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Tarefa da 5ª sessão de trabalho – 19 de Novembro de 2009

Plano de Avaliação

Domínio B

Indicadores B.1 e B.3

Trabalho realizado por:

Cláudia Almendra Gonçalves

BE Agrupamento de Escolas Miguel Torga - Amadora


Índice de títulos

Introdução

Objectivo da avaliação

O que se vai avaliar?

Processo de avaliação

O que se vai verificar?

Recolha de evidências

Intervenientes

Recursos/ Instrumentos de recolha

Resultados

Calendarização

Bibliografia
Introdução

“Existe um grande número de ferramentas e métodos a usar no processo de avaliação


da Biblioteca Escolar. É importante identificar o domínio que se quer avaliar, identificar
os dados que é necessário recolher, utilizar o método avaliativo certo para recolha
desses dados, analisá-los e comunicá-los às devidas entidades. Seguindo estes
critérios, obter-se-ão muitos benefícios e melhoramentos para os programas da
Biblioteca Escolar”1

A auto-avaliação da Biblioteca Escolar é um processo contínuo, formativo e de


reflexão sobre as práticas correntes e práticas a implementar ou declinar na nossa
acção diária.
Sendo a Biblioteca Escolar o centro do processo educacional de uma escola, o local
onde se reúne toda a informação, tem de ser avaliada no sentido do impacto que
demonstra ter na aprendizagem e sucesso educativo dos alunos, assim como agente
facilitador da prática docente.
Assim, importa não só reconhecer o seu trabalho em termos de inputs, outputs e
processos, numa perspectiva mais tradicional e quantitativa, mas sim numa
perspectiva qualitativa, em termos de outcomes, observando o valor que os seus
utilizadores lhe reconhecem.

Não descurando a importância que a avaliação quantitativa revela, reitera-se aqui a


necessidade de conhecer a qualidade da Biblioteca Escolar enquanto agente promotor
de mudança, do conhecimento e da aprendizagem para a vida.

No presente ano lectivo, será avaliado o domínio B do Modelo de Auto-avaliação das


Bibliotecas Escolares, Leitura e Literacia.
Neste plano de avaliação serão focados os indicadores B.1 Trabalho da BE ao serviço
da promoção da leitura na escola/agrupamento, como um indicador de processo, e B.3
Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da
leitura e da literacia, como um indicador de impacto.

Optou-se por avaliar este domínio por parecer um pouco menos trabalhoso do que os
restantes: A, C e D. Não se entenda, com esta adjectivação, que se esperam
facilidades. A opção prende-se com o facto de as BE do Agrupamento serem três,
uma direccionada para os alunos de 2º e 3º Ciclos, e duas para os alunos de 1º Ciclo,
havendo ainda um serviço de Biblioteca para o jardim-de-infância que integra o
Agrupamento. Neste sentido, e sendo o primeiro ano de aplicação do modelo por parte
das professoras bibliotecárias do agrupamento, pareceu mais conveniente a escolha
deste domínio por oferecer alguma segurança aos seus aplicadores, dada a
complexidade das BE do agrupamento. A Leitura e a Literacia são

1
(Tradução pessoal)
Everhart, Nancy. “Evaluation of School Library Media Centers: Demonstrating Quality”, Library Media
Connection, March, 2003
Objectivo da avaliação

A auto-avaliação de Bibliotecas Escolares e os resultados que dela emanam servem o


propósito do desenvolvimento e melhoramento das mesmas, enquanto núcleo de uma
grande célula que é a escola e o seu sistema educacional.

O objectivo da auto-avaliação é aferir o impacto do trabalho da Biblioteca Escolar no


seio da comunidade, com base numa visão formativa e de melhoria constante.

Tem como pressuposto chegar a todos os membros da comunidade escolar,


contribuindo para a sua melhoria e sucesso educativo. Prevê, desta forma, o
contributo de uma amostra significativa dos intervenientes da comunidade. Assim,
garante que há uma abordagem mais alargada no processo de levantamento de
dados, garantindo uma maior margem de análise.

O principal objectivo da auto-avaliação da Biblioteca Escolar é “demonstrar a sua


contribuição e impacto no ensino e aprendizagem, de modo a que ela responda cada
vez mais às necessidades da escola no atingir da sua missão e objectivos”.

O que se vai avaliar

O Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar contempla quatro grandes domínios


como objecto de avaliação. Os domínios representados pelo modelo apresentam as
áreas essenciais que a Biblioteca Escolar tem de cumprir de forma efectiva, dentro do
contexto de cada escola e realidade de cada agrupamento.
Durante o presente ano lectivo, e sabendo que todos os domínios serão alvo de uma
avaliação (ainda que de forma mais ténue), será avaliado o domínio B – Leitura e
Literacia.

O domínio B será avaliado em dois indicadores de referência. Um indicador de


processo e um de impacto, B.1 e B.3, respectivamente.

O indicador B.1 refere-se ao trabalho da Biblioteca Escolar ao serviço da promoção da


leitura na escola/agrupamento.
O indicador B.3 refere-se ao impacto do trabalho da Biblioteca escolar nas atitudes e
competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia.

Processo de avaliação
O coordenador dos professores bibliotecários do agrupamento apresenta o modelo de
auto-avaliação ao órgão de gestão da escola e ao Conselho Pedagógico do
agrupamento. Pressupõe-se, aqui, a reflexão conjunta sobre qual o domínio a avaliar.
No caso presente escolheu-se o domínio já referido.
Motivação e compromisso de todas as entidades referidas são primordiais para o
sucesso do processo.
Após a identificação do domínio a avaliar, procede-se à implementação do processo.
Nesta fase, importa organizar um grupo de aplicadores do modelo e esboçar o
calendário de aplicação do processo de recolha de evidências baseadas em inquéritos
ou entrevistas.
O grupo, sob a coordenação do professor bibliotecário, neste caso, do coordenador
dos professores bibliotecários, conduz o processo, percebendo a tarefa atribuída a
cada elemento, e elabora o plano de avaliação. Nesta fase, estrutura-se todo o
processo em termos de calendário, instrumentos de recolha e tratamento de dados,
comunicação da informação, levantamento de necessidades, …
No final do ano lectivo elabora-se o relatório de auto-avaliação da Biblioteca Escolar,
para ser comunicado em Conselho Pedagógico de Junho.

O que se vai verificar?

Os indicadores seleccionados contemplam uma série de factores críticos de sucesso a


serem verificados.
Assim, e segundo o Modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar, os factores
críticos a analisar relativamente ao indicador de processo B.1 são:

A BE disponibiliza uma colecção variada e adequada aos gostos, interesses e


necessidades dos utilizadores.
 A BE identifica novos públicos e adequa a colecção e as práticas às necessidades
desses públicos (CEF, EFA, CNO, outros).
 A BE identifica problemáticas e dificuldades neste domínio e delineia acções e
programas que melhorem as situações identificadas.
 A BE promove acções formativas que ajudem a desenvolver as competências na
área da leitura.
 A BE incentiva o empréstimo domiciliário.
 A BE está informada relativamente às linhas de orientação e actividades propostas
pelo PNL e desenvolve as acções implicadas na sua implementação.
 A BE incentiva a leitura informativa, articulando com os departamentos curriculares
no desenvolvimento de actividades de ensino e aprendizagem ou em projectos e
acções que incentivem a leitura.
 A BE desenvolve, de forma sistemática, actividades no âmbito da promoção da
leitura: sessões e clubes de leitura, fóruns, blogs ou outras actividades que associem
formas de leitura, de escrita ou de comunicação em diferentes ambientes e suportes.
 A BE promove encontros com escritores ou outros eventos culturais que aproximem
os alunos dos livros ou de outros materiais/ambientes e incentivem o gosto pela
leitura.
 A BE incentiva a leitura em ambientes digitais explorando as possibilidades
facultadas pela WEB, como o hipertexto, o e-mail, blogs, wikis, slideshare, youtube…
 A BE organiza e difunde recursos documentais que, associando-se a diferentes
temáticas ou projectos, suportam a acção educativa e garantem a transversalidade e o
desenvolvimento de competências associadas à leitura.
 A BE apoia os alunos nas suas escolhas e conhece as novidades literárias e de
divulgação que melhor se adequam aos seus gostos.2

Ao nível de 1º Ciclo, a observação é mais direccionada e não abrange todos os


factores críticos. Verifica-se a falta de utilização da Biblioteca de forma espontânea por
não haver um funcionário que garanta a sua abertura ao longo de todo o dia. A nível
de informática, uma das Bibliotecas de 1º Ciclo não tem qualquer tipo de equipamento
e outra tem um equipamento obsoleto. Estes são apenas alguns factores que limitam a
observação destes factores ao nível do 1º ciclo.

Os factores críticos a analisar relativamente ao indicador de processo B.3 são:

Os alunos usam o livro e a BE para ler de forma recreativa, para se informar ou para
realizar trabalhos escolares.
 Os alunos, de acordo com o seu ano/ciclo de escolaridade, manifestam progressos
nas competências de leitura, lendo mais e com maior profundidade.
 Os alunos desenvolvem trabalhos onde interagem com equipamentos e ambientes
informacionais variados, manifestando progressos nas suas competências no âmbito
da leitura e da literacia.
 Os alunos participam activamente em diferentes actividades associadas à
promoção da leitura: clubes de leitura, fóruns de discussão, jornais, blogs, outros.

Recolha de evidências

Na sequência da organização de documentos para recolha de evidências, enceta-se a


sua aplicação.

Para cada indicador referido em “o que se vai avaliar?”, existe uma série de factores
críticos a observar, que demonstram as acções realizadas.
As evidências a recolher correspondem a cada um dos indicadores seleccionados.

A recolha de evidências realiza-se durante todo o ano lectivo, havendo momentos


pontuais para um determinado tópico.
Deve ser realizada em vários contextos de actividades diferentes, abrangendo um
número significativo de alunos e professores.

A avaliação e a recolha de evidências torna-se mais eficaz se se verificar um uso


diversificado de instrumentos de recolha e cruzamento de vários dados.
Este processo deve ser sistemático e exigente, mas simplificado, não caindo em
exagero de trabalho e consequente excesso de dados dispensáveis.

Intervenientes

2
Cópia integral do texto do Modelo de auto-avaliação da Biblioteca Escolar – RBE. Não parece que haja
alguma alteração a fazer, pois todos os factores são importantes. Também não se acrescenta por, de
momento, não surgir mais nenhum de relevância. Acrescentar-se-á se entretanto surgir.
Os intervenientes no processo são todos os elementos da comunidade escolar,
através de um número de representantes de cada “grupo”.
• Professores bibliotecários e colaboradores;
• Professores directores de turma (20 a 30% do número de professores da
escola);
• Alunos (10% em cada nível de escolaridade:1º,2º e 3º ciclos);
• Membros do órgão de gestão e Conselho Pedagógico;
• Assistentes operacionais;
• Pais e encarregados de educação;
• Outros membros da comunidade escolar (ex: representante da Biblioteca
Municipal que trabalha em parceria com a Biblioteca Escolar);

Recursos/ Instrumentos de recolha

A recolha de evidências faz-se a partir de vários documentos de suporte e da


observação directa das actividades, assim como pedindo a colaboração dos
intervenientes. Divide-se nas várias possibilidades registadas a seguir:
• Recolha de dados em documentos oficias do agrupamento e da escola
(regimento, regulamento, plano anual de actividades, recursos financeiros, …)
• Análise dos dados estatísticos realizados ao longo de todo o ano lectivo
(entradas na BE, requisição de livros, …)
• Observação directa de actividades em contexto de Biblioteca (grelha O3, O4)
• Observação e análise de trabalhos dos alunos, produto das actividades
implementadas na Biblioteca escolar
• Inquéritos e entrevistas
• Questionários: QD2 (professores), QA2 (alunos), QEE1 (pais). (Os questionário
terão de ser adaptados ao 1ºCiclo)

Resultados

Elabora-se o relatório de auto-avaliação da Biblioteca Escolar, segundo as


recomendações da RBE.
Apresentam-se os resultados à comunidade escolar e delineiam-se planos de
melhoria, conforma a conclusão da auto-avaliação.

Os vários perfis de desempenho integram quatro níveis de performance, sendo que o


nível 4 demonstra muito bom trabalho no indicador correspondente e está
completamente integrada no processo de desenvolvimento da escola e o nível 1
demonstra que a Biblioteca está a precisar de desenvolvimento urgente na área
específica a que se refere.
Calendarização

Ao longo do 1º Período:
• Formação dos professores bibliotecários para aplicação do modelo de auto-
avaliação da Biblioteca Escolar
• Análise do modelo e apresentação do mesmo ao Conselho Pedagógico
• Escolha do domínio a avaliar

Ao longo do 2º Período:
• Janeiro – organização do grupo de trabalho e definição de tarefas
• Janeiro – elaboração de documentos necessários para recolha de dados
• Recolha das evidências, em vários momentos previamente calendarizados

Ao longo do 3º Período:
• Tratamento e análise dos dados
• Elaboração do relatório de auto-avaliação
• Junho – Comunicação dos resultados ao Conselho Pedagógico
• Elaboração de um plano de acção com vista à melhoria, de acordo com os
resultados obtidos

Bibliografia

• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, “Bibliotecas Escolares: Modelo de


Auto-avaliação” – www.rbe.min-edu.pt
• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, “Bibliotecas Escolares: Modelo de
Relatório de Auto-avaliação”- www.rbe.min-edu.pt
• Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares, “Bibliotecas Escolares: Modelo de
Auto-avaliação (Instrumentos de Recolha de Dados)” - www.rbe.min-edu.pt
• Texto: “O modelo de auto-avaliação das Bibliotecas escolares: metodologias de
operacionalização (Parte 1)”, www.forumbibliotecas.rbe.min-edu.pt
• Páginas Web: “Basic guide to Program Evaluation” e “The Program Manager`s
Guide to Evaluation”

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