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Nusp.: 3681524
d.C.
O fato de que um nmero negativo no tem raiz quadrada parece ter sido
sempre claro para os matemticos que se depararam com a questo.
As equaes de segundo grau apareceram na matemtica j nas
tabuletas de argila da Sumria, aproximadamente 1700 anos antes de
Cristo
e,
ocasionalmente, levaram a radicais de nmeros negativos; porm, no
foram elas, em momento algum, que sugeriram o uso de nmeros
complexos.
A rigor, uma equao era vista como a formulao matemtica de um
problema concreto; assim, se no processo de resoluo aparecia uma
raiz quadrada de um nmero negativo, isto era interpretado apenas como
uma indicao de que o problema originalmente proposto no tinha
soluo. Como veremos neste captulo, foram s as equaes de terceiro
grau que impuseram a necessidade de trabalhar com estes nmeros.
Vejamos inicialmente alguns antecedentes. Um primeiro exemplo desta
atitude aparece na Arithmetica de Diophanto. Aproximadamente no ano
de 275 d.c. ele considera o seguinte problema:
Um tringulo retngulo tem rea igual a 7 e seu permetro de 12
unidades. Encontre o comprimento dos seus lados.
Chamando x e y o comprimento dos catetos desse tringulo temos, na
nossa notao atual:
.
Substituindo y em funo de x obtemos a equao:
,
cujas razes so:
.
Neste ponto Diophanto observa que s poderia haver soluo se
o que implica, obviamente, que no existe o tringulo
procurado. Neste contexto, claro que no h necessidade alguma de
introduzir um sentido para a expresso
.
Outras referncias questo aparecem na matemtica indiana.