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INTRODUÇÃO
O Banco do Livro S/A está entrando em seu sexto ano, funcionando agora em parceria com o
Telecentro Comunitário “Caminhos do Rosa”. A perspectiva é inovar constantemente as suas
atividades, para possibilitar o acesso à leitura. Sempre é bom lembrar:
“Quem lê aprende a sonhar e sonhando aprende a realizar seu sonho.”
Diariamente, o Banco do livro recebe, em média, 40 pessoas para trocas e visitas, estando instalado
na Praça Voluntários da Pátria, nº 81.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Neste período, as atividades foram realizadas em parceria com o Telecentro Comunitário “Caminhos
do Rosa”, o projeto Ser Criança e a Cooperativa Dedo de Gente. A proposta é fazer de Curvelo uma
“Cidade Rosiana” e para isso o Banco do Livro está trilhando os caminhos do prazer pela literatura e
pela cultura do sertão deixados por Guimarães Rosa.
• Troca de livros
A troca é a base sustentadora do Banco do Livro e se realiza de forma satisfatória. Quem não usa
mais um determinado livro, mantendo-o guardado há muito tempo, tem a oportunidade de trocá-lo
• Doações
As doações de livros, apostilas e revistas são de suma importância, uma vez que o Banco do Livro
sobrevive disso. Sabendo disso, foi organizada uma campanha incentivando a comunidade a doar
livros. Panfletos foram distribuídos na cidade e a Rádio Comunitária divulgou o novo endereço e
horário de funcionamento do Banco.
Foi feito ainda um “Placar de Doações” para prestigiar as pessoas que mais contribuem. Ele é feito a
cada três meses, a partir da contagem do número de doações. O nome do doador e a quantidade
doada ficam expostos em um mural no Banco do Livro, estimulando aqueles que ainda não doaram a
fazer sua contribuição.
Outra idéia foi fazer brindes (marcador de livro, lápis enfeitado, cartões com frases e poesias) para
agradecer aos doadores, freqüentadores e visitantes pela presença, atenção, carinho e amizade
dedicados ao Banco do Livro. Com isso, o número de doações aumentou significativamente, sendo
possível perceber a participação efetiva da comunidade. Quando interrogados sobre a razão de fazer
doações, muitos respondem: “Ao invés de deixar o livro parado em casa, é melhor levá-lo para onde
sei que alguém pode estar precisando. E é muito bom saber que posso ajudar”. Com esse
pensamento, as doações crescem a cada dia.
• Bornal de livros
Com a finalidade de estimular nas crianças e na comunidade o gosto pela leitura, foi criado o “Bornal
de Livros”. Trata-se de uma capanga contendo livros diversos que é levada para as escolas e projetos.
Na apresentação do Bornal, são contadas algumas histórias, com o objetivo de despertar ainda mais a
curiosidade.
A confecção do Bornal contou com a contribuição das adolescentes do grupo de bordado do projeto
Fabriquetas, que fizeram os bordados retratando a cultura do sertão.
A oficina foi de suma importância para o aprimoramento da técnica de contar histórias, tornando a
leitura um hábito ainda mais interessante. Foi realizada pela educadora “Batatinha”, do projeto
Sementinha de Santo André (SP), que contribuiu de forma singular para o enriquecimento de todos.
Na finalização da atividade, foi feita uma grande roda de contação de história, com a presença dos
participantes da oficina e de contadores de história da cidade de Morro da Garça. Para enriquecer o
trabalho, um cenário foi montado na Praça do Santuário: um varal foi estendido e nele foram
dependurados lençóis e roupas, tapetes e panos foram estendidos no chão e esculturas da
Cooperativa Dedo de Gente foram distribuídas no local.
A roda reuniu cerca de 50 participantes, entre crianças, jovens e adultos. A participação dos
educadores contribuiu para despertar o interesse de outras pessoas em contar e fazer história. A partir
de agora, acontecerá uma roda de contação de histórias na praça toda quarta-feira. No dia 05 de
abril, foi convidada a Escola Dr. Viriato Diniz Mascaranhas, que trouxe duas turmas.
• Algibeiras Culturais
As Algibeiras Culturais são um recurso usado para descontrair e chamar a atenção da comunidade
para a importância da leitura e da cultura local. Também servem para levar à comunidade
informações para aprimorar o seu conhecimento. De uma maneira irreverente e ambulante, a
Algibeira quebra a rotina do dia-a-dia com suas piadas, poesias, causos, receitas, levando às pessoas
mais alegria e curiosidade pela leitura.
As algibeiras são deixadas de quinze em quinze dias em um determinado local, para que todas as
pessoas possam ter acesso às suas informações. Elas já foram ao projeto Ser Criança e ao Banco do
Brasil.
Os integrantes do grupo da Terceira Idade, após conhecer as histórias, causos, poesias, receitas,
piadas, pensamentos, curiosidades e dicas das algibeiras, ficaram encantados e resolveram fazer uma
algibeira própria. Futuramente, pretende-se fazer uma parceria com esse grupo.
Para homenagear e divulgar as obras dos escritores da nossa cidade e principalmente fazer com que a
comunidade conheça um pouco da cultura local, foram feitos murais com poesias e trechos de suas
obras.
• Encontro Marcado
Dando continuidade às atividades do ano passado, foi organizada uma roda com os integrantes do
grupo “Encontro Marcado”, do qual participam alguns poetas, trovadores, repentistas e escritores de
Curvelo, que já têm uma afinidade com o Banco do Livro. Deste encontro, surgiu a idéia de montar
um jornal para registrar as atividades e produções culturais desses e de outros artistas da cidade. Ficou
combinado que a responsabilidade da criação do jornal ficará a cargo do “Encontro Marcado” e que
o Banco do Livro será um ponto de referência e apoio para o grupo.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
O Banco do Livro S/A é coordenado pelo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) e por
uma funcionária da Prefeitura Municipal, que atua como responsável pelo atendimento e organização
do Banco.
A comunidade participa direta e ativamente do Banco do Livro S/A, já que é a sua principal
sustentadora. O Banco atende a crianças, jovens, adultos e idosos.
O Banco do Livro recebe visitas freqüentes e diversas: crianças e adolescentes do projeto “Ser
Criança”, autoridades locais, como o vice-prefeito Daltinho, o prefeito Maurílio Guimarães e Maria de
Fátima Coelho, do Morro da Garça, que é presidente do Circuito Guimarães Rosa, além de
educadores e da comunidade em geral.
• Indicadores qualitativos
• Indicadores quantitativos
• Indicadores de dificuldades
O Banco do Livro é hoje um espaço de grande procura de pessoas das mais variadas idades. Busca
sempre inovar, a partir das necessidades e das sugestões dos freqüentadores, para melhor atender a
comunidade. É um espaço que não se restringe à mera troca de livros. Este é apenas um meio
utilizado para se chegar de uma forma descontraída às pessoas, tocá-las com a beleza da poesia, com
a exatidão da matemática, com as inovações das ciências e os problemas sociais.
Procuramos trabalhar de forma a nutrir as pessoas. Aqueles que aqui chegam não saem apenas com
um livro na mão, mas com amigos e novos conhecimentos, que se enriquecem com a troca de
experiências e com as idéias que fervilham em busca de mudanças. O Banco trabalha para formar um
celeiro de idéias, aprendizagem, cultura e inovação. É um lugar de contribuição para o progresso de
toda a comunidade.
Ao completar seis anos, o Banco do Livro já sente a necessidade de inovar. As trocas são importantes,
sim, mas investir para que a comunidade tenha a leitura como hábito de rotina é fundamental. Por
isso, o Banco está investindo no trabalho de contação de histórias, voltado a princípio para as
crianças, mesmo porque os educadores estão iniciando agora nessa arte.
Washington Rodrigues - Coordenador
Banco do Livro
• Depoimentos
“Acho o Banco do Livro importante, porque com ele podemos aumentar a nossa cultura literária. Além
disso, foi criado para todos, desde as crianças até as pessoas mais velhas. Existe algo interessante que
é o Banco de Troca, no qual podemos trocar os livros que lemos por outros que ainda não lemos.
Mas, se não temos livros para trocar, isso não é problema, pois podemos pegar emprestados os livros
dos escritores curvelanos. Interessante também é que podemos ajudar a ampliar o desenvolvimento do
Banco do Livro com doações. Ele aceita e agradece.”
Sandra Águida
Freqüentadora do Banco do Livro
“Gosto de trocar livros por causa da variedade e facilidade que encontro aqui.”
Thaís Matos - Estudante
1º período de Pedagogia da Unipac
“Eu gosto do Banco do Livro porque lidamos com um dos bens mais preciosos ao conhecimento: o
livro.”
Isabela Rodrigues -15 anos
Estudante do 1° ano da E. E. Bolívar de Freitas
“A troca de livros é importante, pois além dos livros trocamos também experiências e fazemos
amizades.”
Charles - 19 anos
Estudante