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3) SÍNTESE
O tema da migração constitui uma prioridade estratégica para a União Europeia (UE). A
imigração não deve ser encarada apenas como um problema, mas também como um
fenómeno positivo para o crescimento e o êxito, quer na União, quer nos países de
origem.
Com base no Tratado de Amesterdão e nas prioridades formuladas pelo Conselho
Europeu de Tampere, está a proceder-se à progressiva introdução de uma política
comunitária em matéria de migrações e asilo. A comunicação integra-se nesta
abordagem global e será acompanhada (Março de 2003) de uma outra comunicação da
Comissão relativa às diferentes interacções entre a imigração, o emprego e as políticas
sociais na União Europeia.
Tendo em conta o problema da imigração clandestina, o Conselho Europeu de Sevilha
sublinhou o contributo que as políticas e instrumentos externos da União, especialmente
a política de desenvolvimento, podem dar como resposta aos factores que estão na
origem dos fluxos migratórios. Assim, o Conselho solicitou que a política em matéria de
imigração seja integrada nas relações da União com os países terceiros. O Conselho
Europeu solicitou, igualmente, um relatório sobre a eficácia dos recursos financeiros
disponíveis a nível comunitário em matéria de repatriamento dos imigrantes e dos
requerentes de asilo recusados, da gestão das fronteiras externas e dos projectos de
asilo e de migração nos países terceiros.
Dividida em duas partes, a comunicação contém essas duas vertentes:
Migração e desenvolvimento
Orientações
Os trabalhadores qualificados. Uma vez que a fuga de cérebros pode ter um impacto
negativo nos países terceiros em desenvolvimento, é necessário procurar aumentar as
ofertas de emprego locais que sejam aliciantes em termos financeiros (por exemplo, a
Comunidade poderá oferecer a trabalhadores locais postos de trabalho actualmente
ocupados por pessoal estrangeiro).
Parte II: Relatório sobre a eficácia dos recursos financeiros disponíveis a nível
comunitário: Na segunda parte da comunicação, a Comissão avalia a eficácia dos
recursos financeiros disponíveis a nível comunitário para procurar resolver os problemas
das migrações. A Comissão constata que será necessária uma análise mais vasta, que
deverá abranger não só todos os instrumentos financeiros já existentes, mas também
os que estão previstos no quadro das políticas comuns de asilo e de imigração.
Embora os fundos destinados a este domínio tenham sido aumentados com
regularidade, e consideravelmente, desde a criação das primeiras dotações para o asilo
e a imigração, a próxima revisão das perspectivas financeiras tem de ser sujeita a um
reajustamento que tenha em conta as necessidades decorrentes de políticas comuns
concretas de imigração e asilo.