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Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 21/10/2009 (20:32) - Página 2- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW

Enxerto

B2 | Valor | Quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Empresas | Tecnologia&Comunicações
Equipamentos Medida em vigor VALTER CAMPANATO/ABR

perderá validade em dezembro

Governo
Federal vai
prorrogar
‘Lei do Bem’
Gustavo Brigatto acordo com Gadelha, a Casa Civil
De São Paulo está avaliando se a proposta será
enviada ao Congresso em regime
O governo federal pretende de urgência ou na forma de Medi-
pretende enviar ao congresso em da Provisória. Procurado pelo Va-
até três semanas a proposta ela- lor, o Ministério da Fazenda não
borada pelo Ministério da Ciência retornou o pedido de entrevista,
e Tecnologia (MCT) de prorroga- até o fechamento desta edição.
ção dos benefícios fiscais da “Lei Para Hugo Valério Junior, vice-
do Bem”. Segundo Augusto Gade- presidente da Associação Brasilei-
lha, secretário de Política de Infor- ra da Indústria Elétrica e Eletrônica
mática do MCT, serão mantidas as (Abinee) a edição de uma MP é a
mesmas isenções de cobrança de única alternativa neste momento.
PIS e Cofins previstas pela Lei “O calendário está muito aperta-
11.196, editada em novembro de do”, diz. Nas empresas, o clima é de Augusto Gadelha, do Ministério da Ciência e Tecnologia: serão mantidas as mesmas isenções de cobrança de PIS e Cofins previstas pela lei editada em 2005
2005. De acordo com o secretário, apreensão, mas a maioria prefere
ainda não foi decidido se a reedi- não trabalhar seu planejamento em 2008. Segundo a Abinee, o setor sidente do IBL, Edson Vismona. Além vendidas pela empresa no Brasil fo- para a fabricação de equipamentos
ção do incentivo ao mercado de de 2010 sem prever a continuida- de informática criou dez mil em- disso, destaca o executivo, novas ram declaradas. No ano passado, portáteis com a configuração exi-
computadores terá vigência de de da isenção de PIS e Cofins. pregos no período, e o que deveria marcas e investimentos chegaram ao US$ 263 milhões foram sonegados gida no programa “Um Computa-
três ou quatro anos. “A discussão A isenção do pagamento dos ser uma renúncia fiscal, represen- país. A mais nova é a taiwanesa Acer. só com a importação fraudulenta dor por Aluno” (UCA). O outro é a
no governo envolve diferentes dois tributos é considerada um dos tou um aumento da arrecadação de Depois de 15 anos sem atuação dire- de equipamentos. Segundo Vismo- prorrogação da isenção de IPI pre-
áreas”, diz Gadelha. No caso da grandes motores do crescimento R$ 1 bilhão para R$ 1,8 bilhão. ta no Brasil a empresa iniciou a fabri- na, criminosos têm usado rotas al- vista na Lei de Informática para os
“Lei do Bem” participaram o MCT, das vendas de computadores e da Levantamento do Instituto Brasil cação local este ano com o objetivo ternativas que passam pelo Chile e fabricantes que investem em pes-
e os Ministérios do Desenvolvi- redução da comercialização de pro- Legal (IBL) mostra que entre 2006 e de reduzir a participação na venda o pelo Estado do Amapá para abas- quisa e desenvolvimento no Brasil.
mento, Indústria e Comércio Exte- dutos no chamado mercado cinza 2008 as apreensões de produtos de informal de notebooks no país. tecer o mercado cinza no Brasil. O benefício também expira em 31
rior (MDIC) e da Fazenda. nos últimos quatro anos. O corte de informática que entravam no país Segundo o IBL, no primeiro se- De acordo com Gadelha, do de dezembro. A proposta, segundo
Apesar de ter sinalizado que os quase 10% nos impostos pagos so- sem pagar impostos caíram de R$ 56 mestre de 2009, dos 200 mil equi- MCT, o governo está avaliando ou- Gadelha, é aumentar o valor dos
benefícios seriam estendidos, o bre o total de vendas dos varejistas milhões para R$ 47 milhões, fruto da pamentos da Acer comercializados tras duas medidas na área de fabri- atuais 2% para 3%, para aproximar
governo vem sofrendo pressão dos — e das empresas que comerciali- maior competitividade dos produ- no país, apenas 16% foram declara- cação de computadores no Brasil. o valor dos 4% praticado em outros
fabricantes para colocar a medida zam diretamente os seus produtos tos fabricados no Brasil e da maior dos à Receita Federal. O número é Uma que já está em consulta públi- artigos da Lei. “Esse é um recurso
em prática o mais rápido possível, — ajudou as vendas de computado- fiscalização das fronteiras. “O preço alto, mas menor do que o registra- ca, é a ampliação dos benefícios fis- que não vai para o governo como
já que a legislação em vigor perde a res a passarem de 6,3 milhões de dos equipamentos para o consumi- do no mesmo período de 2008, cais para empresas que tenham o imposto, e acaba voltando para a
validade em 31 de dezembro. De unidades em 2005 para 12 milhões dor caiu pelo menos 15%”, diz o pre- quando 22% das 230 mil unidades Processo Produtivo Básico (PPB) empresa”, comenta.

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