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Resumo: O artigo apresentado mostra que grande parte das Séries Numéricas são somáveis,
no todo e/ou em parte, utilizando processos simples e facilmente compreensíveis.
Esta possibilidade, baseada em métodos novos de conseguir criar relações de equivalência
entre sucessões e séries numéricas, permite estabelecer elos de ligação muito íntimos e
profundos entre estas e as primitivas e integrais que podem proporcionar vantagens muito
significativas em termos de leccionação e aprendizagem destes assuntos por parte dos
estudantes.
Abstract: The following article shows that for great part of Numerical Series it is possible
calculate their sum, totally and/or partially, using simple and easily understandable
processes.
That possibility, based in new methods of to create relations of equivalence between
successions and numerical series allows establish connection links very intimate and
profound among those and primitives and integrals which can have very significant
advantages in terms of teaching and comprehension of these matters by the students.
(∑ )
Introdução
1
Assim, o referido estudo ideal de uma SN apenas poderá ser realizável a partir de métodos
indirectos de cálculo das referidas somas.
Em alguns (poucos) tipos de SN, esses métodos indirectos existem e resultam da possibilida-
de de fazer substituir as SN por sucessões equivalentes associadas ( S n ) , ou seja, conseguir
∞
estabelecer equivalências SN = ∑ ( bn ) ⇔ S n e, a partir das S n , fazer o cálculo do valor da
n =1
soma de qualquer número finito e sequente de termos das bn incluindo o VSIT quando este
existir. Assim, as equivalências SN ⇔ S n permitem-nos garantir que:
n =1
…
O termo de ordem n da SN ou Termo Geral (TG ) da S n , será representado por
n
( SN ) n = ∑ ( bn ) =b1 + b2 + b3 + ... + bn = S n −1 + bn = S n
n =1
∞
• De onde partimos
No actual estádio, o estudo das SN é essencialmente baseado na determinação da sua
convergência ou divergência utilizando os chamados Critérios de Convergência.
A determinação de equivalências SN ⇔ S n é, normalmente, excepcional sendo possível
apenas para alguns tipos de SN.
Adicionalmente, para algumas outras SN, embora não seja possível obter as equivalências
SN ⇔ S n , pode haver processos de determinação dos respectivos VSIT.
Então, de acordo com o conhecimento actual, teremos:
2
1− rn
expressão genérica é SG = ∑ ( r ) ⇔ S n = r ×
∞
n
. As SG são convergentes
n =1 1− r
apenas para r <1 e, só para estas, é possível calcular os correspondentes VSIT.
iii) As SN convergentes cujos VSIT podem ser calculados sem passar por determinar
as equivalências SN ⇔ S n são as designadas por Séries Telescópicas ou Séries
de Mengoli ( SM ) que referiremos mais adiante.
iv) Finalmente, o desenvolvimento de algumas funções reais de variável real em série
de Taylor ou Mac-Laurin pode originar, o surgimento de SN convergentes com
VSIT calculáveis. Como exemplos, poderemos apresentar, entre muitos outros, as
∞ ∞
1 n +1 1
SN = ∑ ⇒ VSIT = e , ou a SN = ∑ ( − 1) ⇒ VSIT = ln ( 2 ) .
n = 0 n! n =1 n
Nota: Como veremos mais adiante há dois tipos de equivalências SN ⇔ S n , uma delas definindo
equivalências exactas e a outra definindo equivalências aproximadas.
Ambos os tipos de equivalências são muito importantes mas os respectivos fundamentos são diferentes pelo
que faremos o seu estudo de forma separada começando pelas equivalências exactas.
I
A TEORIA DAS EQUIVALÊNCIAS EXACTAS SN ⇔ S n = u n + C
3
n −1 ∞
Exemplo: Consideremos a SN = ∑
n =1 n!
Vamos determinar os primeiros quatro sucessivos termos da SN. Obteremos:
n =1
n −1 1−1
∗ O primeiro termo da SN será ( SN ) 1 = ∑ = b1 = =0
n =1 n! 1!
n=2
n − 1 2 −1 1
∗ O segundo termo da SN será ( SN ) 2 = ∑ n! = b1 + b2 = 0 + 2! = 2
n =1
n=3
n −1 1 3 −1 5
∗ O terceiro termo da SN será ( SN ) 3 = ∑ n! = b1 + b2 + b3 = S 2 + b3 = 2 + 3! = 6
n =1
n=4
n −1 5 4 − 1 5 1 23
∗ O quarto termo da SN será ( SN ) 4 = ∑ n! = S 3 + b4 = 6 + 4! = 6 + 8 = 24
n =1
Nota: Este primeiro método de determinação de equivalências exactas, pode ser usado em outros casos de SN.
Todavia ele é muito trabalhoso, bastante falível e dificilmente permite generalizações o que limita bastante o
seu interesse.
S =b +b
2 1 2
S = b +b +b
3 1 2 3
…
S = b + b + b +... + b
n −1 1 2 3 n −1
S = b + b + b + ... + b + b
n 1 2 3 n −1 n
4
Baseados na igualdade genérica S n − S n −1 = bn obtida atrás, poderemos enunciar o:
Princípio da Equivalência SN ⇔ S n (PE, SN ⇔ S n )
• Se uma SN com sucessão base bn tiver uma sucessão equivalente associada S n , ou
∞
seja, se SN = ∑ ( bn ) ⇔ S n então será S n − S n −1 = bn e S n = b1 + b2 + b3 + ... + bn •
n =1
Nota: O aqui designado PE, SN ⇔ S n é sobejamente conhecido, referido e descrito em muitos livros e
textos sobre SN. No entanto, o aprofundamento que dele vai ser feito, leva a desenvolvimentos muito
interessantes e nunca antes explorados.
De facto, tal ocorrência pode acontecer (e com notável frequência) mas, infortunadamente,
nem sempre como veremos.
• Cálculo da constante C
5
Quando se verifica a existência de uma equivalência exacta válida
∞
SN = ∑ ( bn ) ⇔ S n = u n + C poderemos escrever S1 = b1 = u1 + C ⇒ C = b1 − u1
n =1
∞
A determinação de C = b1 − u1 permite escrever SN = ∑ (b ) ⇔ S
n =1
n n = u n + b1 − u1 como
∑ [r ( r − 1) ] ⇔ S
∞
n −1
Então, se S n = u n + C poderemos escrever SN = n = rn + C .
n =1
∗ Cálculo do valor de C
Teremos C = b1 − u1 ⇒ C = r − 1 − r ⇔ C = −1 ⇒ S n = r n − 1
Poderemos escrever então a equivalência exacta provisória SN ⇔ S n = u n + C apresentada a
seguir:
[ ] r −1 ∞ n
( ) ( ) 1− rn
∞ ∞
∑ r n −1
( r − 1) ⇔ S n = r n
− 1 ⇒ × ∑ r ⇔ S n = r n
− 1 ⇒ ∑ r n
⇔ S n = r ×
n =1 r n =1 n =1 1− r
1− rn
∑ (r ) ⇔ S
∞
Nota: A equivalência exacta provisória SN = = r×
n
n é reconhecidamente válida
n =1 1− r
porque se trata da muito conhecida equivalência SN ⇔ S n aplicável às Séries Geométricas anteriormente
apresentada e suficientemente demonstrada.
n
Segundo exemplo: Consideremos a sucessão racional u n =
( n + 1) 2
n n −1 − n2 + n + 1
Determinemos bn = u n − u n −1 ⇒ u n = − ⇔ b =
( n + 1) 2 n 2 n
n 2 × ( n + 1)
2
∞
− n2 + n + 1 n
Então, poderemos escrever SN = ∑ 2 2
⇔ Sn = +C
n =1 n × ( n + 1) ( n + 1) 2
∗ Cálculo do valor de C
1 1
Teremos C = b1 − u1 ⇒ C = − ⇔ C = 0 ⇒ un = Sn
4 4
Assim poderemos escrever a equivalência exacta provisória como sendo:
∞
− n2 + n + 1 n
SN = ∑ 2 2
⇔ Sn =
n =1 n × ( n + 1) ( n + 1) 2
Nota: A equivalência exacta provisória obtida é, obviamente, inválida porque bn e S n são incompatíveis
visto que bn é uma sucessão com sinal negativo enquanto S n é uma sucessão com sinal positivo.
6
Esta situação de invalidade para a equivalência exacta provisória provenientes do PE , SN ⇔ S n , obtida
anteriormente, pode ocorrer para outros tipos de sucessões u n .
Para prevenir o aparecimento destas falhas o ideal seria poder identificar, a priori, se a sucessão u n escolhida
tem, ou não, capacidade para gerar equivalências exactas válidas.
2. Condições necessárias e suficientes para que uma sucessão u n possa gerar uma
equivalência exacta válida SN ⇔ S n = u n + C .
2.1. Condições necessárias mas não suficientes.
2.1.1. Introdução.
Antes de iniciarmos o estudo das condições em título vamos estabelecer úteis simplificações
que consistem em dividir as sucessões em 4 grandes grupos ou conjuntos atribuindo-lhes
uma designação e um símbolo. Assim, consideraremos as sucessões como podendo ser:
sucessões convergentes mas com limite diferente de zero, ou escrever u n ∈ SIP significa que u n pertence
ao conjunto das sucessões infinitamente pequenas, caracterizadas por terem limite específico igual a zero.
7
A determinação de equivalências exactas SN ⇔ S n = u n + C partindo de sucessões u n sem
sinal fixo não será aqui considerada.
Por outro lado, a equivalência exacta provisória obtida no segundo exemplo do ponto 1.3.3.
∞
− n 2 + n + 1 n
anterior e definida por SN = ∑ 2 2
⇔ Sn = não pôde ser considerada
n =1 n ( n + 1) ( n + 1) 2
válida porque bn tinha sinal fixo negativo e S n sinal fixo positivo o que as tornava
incompatíveis.
Assim, salvo excepções que referiremos adiante, as sucessões u n ⇒ bn ⇒ S n envolvidas em
equivalências exactas válidas resultantes do PE, SN ⇔ S n deverão ter o mesmo sinal fixo.
Obviamente, se isso não acontecer, as eventuais equivalências obtidas não poderão ser
válidas.
Nota: Demonstração da validade das equivalências obtidas. Método das verificações sucessivas.
A verificação da validade das equivalências obtidas a partir do PE, SN ⇔ S n , e não reconhecidas é
necessária, tendo em conta os riscos envolvidos de poderem não ser verdadeiras.
Assim, poderemos usar o Método das Verificações Sucessivas.
8
Este, consistiria em fazer a verificação da igualdade dos sucessivos somatórios de bn com os
correspondentes resultados obtidos a partir de S n = u n + C .
No entanto, poderemos garantir o mesmo se fizermos a verificação da igualdade para um termo qualquer e
para o termo de ordem n.
Assim, no caso anterior poderemos escrever:
1
Para n = 2 ⇒ S 2 = 2 ∧ SN 2 = b1 + b2 = 1 + = 2 (confirma)
2 +1
1
Para n = n ⇒ S n = n ∧ SN n = S n −1 + bn = n − 1 + = n (confirma)
n + n −1
De acordo com os resultados obtidos pelo Método das Verificações Sucessivas poderemos garantir que a
equivalência SN ⇔ S n encontrada atrás é absolutamente válida.
O método das verificações sucessivas pode ser utilizado para confirmar as equivalências exactas provisórias
obtidas SN ⇔ S n = u n + C de forma completamente fiável.
No entanto, a sua aplicação nem sempre é fácil, principalmente a verificação do termo geral final, ou seja
S n = S n −1 + bn . Por isso, grande parte das vezes, usa-se o Método Simplificado das Verificações
Sucessivas que consiste em fazer apenas as duas primeiras verificações sucessivas.
De facto, verifica-se que se a equivalência não estiver correcta um erro vai ser detectado logo na primeira
verificação e que será confirmado na segunda verificação pelo que, este método, apesar de simplificado em
relação ao anterior, é completamente fiável.
…
2.1.5. Condicionalismos referentes ao comportamento evolutivo dos termos das
sucessões envolvidas nas equivalências exactas válidas PE , SN ⇔ S n = u n + C .
Por agora, referiremos os condicionalismos apenas para sucessões com termos de sinal fixo
positivo considerando que, para as mesmas sucessões com sinal fixo negativo, esses podem
ser ajustados tendo em consideração a sua simetria de comportamentos. Assim:
ii) As nb ∈ S C\ S I P
, com termos positivos monotonamente crescentes ou monotonamente
decrescentes para o seu limite originarão S n ∈ SIG com termos positivos
monotonamente crescentes.
iii) As bn ∈ SIG com termos positivos monotonamente crescentes originarão
S n ∈ SIG com termos positivos monotonamente crescentes.
∞
1
Nota: A equivalência exacta válida SN = ∑ ⇔ S n = n , encontrada atrás, é composta por
n =1 n + n −1
uma bn ∈ SIP , com termos positivos monotonamente decrescentes para zero, e que origina uma S n ∈ SIG
com termos monotonamente crescentes para infinito.
9
iii) Se for de sinal fixo positivo deverá ter termos monotonamente crescentes
quer seja, nu ∈ S C\ S I P
ou u n ∈ SIG .
iv) Se for de sinal fixo negativo deverá ter termos monotonamente decrescentes
quer seja n u ∈ S C\ S I P
ou u n ∈ SIG .
v) Gerar bn = u n − u n −1 com as seguintes características:
1) Tenham termos com o mesmo sinal fixo de u n com excepção de u n ∈ SIP
2) Sejam monotonamente decrescentes se forem bn ∈ SIP com sinal positivo ou
monotonamente crescentes se forem bn ∈ SIP com sinal negativo.
3) Sejam monotonamente crescentes se forem n b ∈ S C\ S I ou
P bn ∈ SIG com sinal
Nota: Para economizar texto, designaremos por sucessões viáveis todas as sucessões u n e bn que respeitam
as condições necessárias para gerar equivalências exactas válidas.
Assim, u n →1 de forma não monótona pelo que é uma sucessão não viável.
n3 + 1
Exemplo 2: Consideremos a sucessão u n = . Será u n viável?
( n + 1) 3
Esta sucessão n u ∈ S C\ S I P
tem lim ( u n ) = 1 e é monotonamente crescente para o limite.
−
Obteremos: bn = u n − u n −1 = − =
( n + 1) 3 n3 n 3 × ( n + 1)
3
10
n2 ( n − 1)
2
2n 2 − 1
É, em princípio, viável. A respectiva bn será bn = − ⇔ bn =
( n + 1) 2 n2 n 2 × ( n + 1)
2
Nota: Apesar de, no exemplo 3, termos tido sucesso, nos dois outros isso não aconteceu pelo que, a verdade é
que o processo de obtenção de equivalências válidas usando o PE, SN ⇔ S n é algo falível.
Assim, o ideal seria partir de uma sucessão u n = bn e estabelecer, directamente, equivalências válidas.
Vamos, seguidamente, procurar estabelecer as condições para que tal seja possível.
1
Exemplo: Consideremos a sucessão bn =
n × ( n + 1)
1 1 1
Vamos decompô-la. Obteremos: bn = = − .
n × ( n + 1) n n + 1
11
1
A decomposição obtida é do tipo bn = u n −1 − u n , sendo u n = .
n +1
Embora não se trate da decomposição adequada bn = S n − S n −1 poderemos obtê-la fazendo:
1
S n = −u n + C ⇒ S n = − + C em que C = b1 + u1 .
n +1
1 1
Então, C = + = 1 pelo que poderemos escrever:
2 2
∞
1 1 ∞
1 n
SN = ∑ ⇔ Sn = − + 1 ⇔ SN = ∑ ⇔ Sn =
n =1 n × ( n + 1) n +1 n =1 n × ( n + 1) n +1
Nota: Como é óbvio, a constatação à priori de que determinada sucessão bn não pode ser decomposta nos
termos do TDA permitir-nos-á rejeitá-la imediatamente como sucessão capaz de gerar uma equivalência exacta
válida SN ⇔ S n = u n + C .
3n + 1
Exemplo: Consideremos a sucessão bn =
( n + 1) × ( n + 3)
A sucessão bn ∈ SIP e é viável. No entanto, o denominador de bn mostra-nos o produto de dois termos
não sequentes de uma sucessão polinomial o que invalida a possibilidade de a decompor em bn = u n − u n −1
ou bn = u n −1 − u n .
Então, neste caso, a sucessão bn , apesar de viável, não poderá gerar uma S n porque não pode respeitar o
TDA.
Nota: Como a representação genérica extensiva das sucessões polinomiais apresentada atrás não é muito
prática para a escrita frequente que utilizaremos a seguir, passaremos a usar simbologias simplificadas do tipo
u n = P ( m ) ( n ) ou v n = Q ( p ) ( n ) , ou ainda wn = R ( k ) ( n ) como representação de sucessões polinomiais de
variável n ∈ N e graus ( m, p, k ) ∈ N respectivamente. Assim, se escrevermos u n = Q
( 4)
( n − 1)
estaremos a querer dizer que u n é uma sucessão polinomial de grau 4 e variável ( n −1) .
∞
Como C = b1 − u1 = 1 − 1 = 0 poderemos escrever SN = ∑ ( 2n − 1) ⇔ S
n =1
n = n2 .
∑ (3n )
∞
Então, como C = b1 − u1 = 0 − 0 = 0 poderemos escrever
2
− 3n ⇔ S n = n 3 − n
n =1
3.4. Utilização dos resultados anteriores para definição de uma fórmula geral para
equivalências exactas directas SN ⇔ S n = u n + C resultantes de bn ⇒ S n .
No primeiro caso anterior, verificamos que para bn = P ( n ) = 2n − 1 ⇒ S n = Q ( n ) = n .
( 1) ( 2) 2
13
No segundo caso anterior para bn = P ( n ) = 3n − 3n ⇒ S n = Q ( n ) = n − n .
( 2) 2 ( 3) 3
Pelos casos apresentados e por outros efectuados e não referidos poderemos concluir, de
forma genérica, que para bn = P ( m ) ( n ) ⇒ S n = Q ( m +1) ( n ) .
Nota: Nos dois casos resolvidos a expressão do polinómio S n não contém o termo constante a m +1 .
De facto, esta situação é recorrente como poderemos demonstrar a seguir.
Assim, pelo TDA, teremos bn = S n − S n −1 = Q
( m +1)
( n ) − Q ( m+1) ( n − 1)
Então se considerarmos Q
( m +1)
( n ) = S n = a0 n m +1 + a1 n m + ... + a m n + a m +1 e, em consequência,
Q ( m +1) ( n − 1) = a 0 ( n − 1) + a1 ( n − 1) + ... + a m ( n − 1) + a m +1 , poderemos escrever:
m +1 m
S n − S n −1 = a 0 n m +1 + a1 n m + ... + a m n + a m +1 − a 0 ( n − 1) − a1 ( n − 1) − ... − a m ( n − 1) − a m +1 ⇔
m +1 m
( ) [
⇔ S n − S n −1 = a 0 n m+1 + a1 n m + ... + a m n − a 0 ( n − 1)
m +1
+ a1 ( n − 1) + ... + a m ( n − 1)
m
]
Como vemos verifica-se que S n = Q
( m +1)
( n ) = a0 n m+1 + a1n m + ... + a m n , ficando demonstrado que
S n tem sempre o termo constante a m +1 igual a zero.
as sucessões polinomiais obedecem ao TDA pelo que as sucessões deste tipo funcional são
sempre viáveis e capazes de gerar equivalências válidas SN ⇔ S n = u n + C .
A determinação prática dessas equivalências faz-se recorrendo à fórmula obtida e ao método
dos coeficientes indeterminados.
14
A= 1
A+ B+ C + D = 1 4
1 A+ 86B + 4C + 2D = 9 B = 1 4 3 2
2 n + 2n + n
⇒ ⇒ Sn =
8 A+ 21B + 97C + 3D = 3 6 C = 1 4
2 A+ 56 B + 164C + 46D = 1 0 40
D = 0
n 4 + 2n 3 + n 2
Poderemos escrever SN = ∑ ( n ) ⇔ S n =
∞
3
n =1 4
∗ Verificação simplificada sucessiva (para n > 4)
Para n = 5 ⇒ S 5 = 225 ∧ SN 5 = S 4 + b5 = 100 + 125 = 225 (confirma)
Para n = 6 ⇒ S 6 = 441 ∧ SN 6 = S 5 + b6 = 225 + 216 = 441 (confirma)
Nota: Como vimos, foi possível criar um método genérico que nos permite calcular equivalências exactas
S n ⇔ SN = u n + C , válidas para todas as sucessões polinomiais bn o que significa que todas elas
obedecem ao TDA e que, nestes casos, a decomposição adequada é, também, única.
Neste grupo funcional, verifica-se que bn ∈ SIG ⇒ S n ∈ SIG .
Então, como o limite de S n é infinito para todas as sucessões polinomiais bn isto parece reduzir o interesse
da sua determinação.
No entanto, existem outros motivos de interesse para a determinação de S n .
Assim, o conhecimento de S n permite calcular com exactidão e de forma simples e imediata o valor
numérico da soma de qualquer número de termos sequentes de bn o que não é possível se fizermos a simples
constatação da sua divergência. Então:
n + 2n + n
∑ (n ) ⇔ S
∞ 4 3 2
Então, para a equivalência SN = =
3
n resolvida atrás será:
n =1 4
40 + 2 × 40 + 40 2
4 3
SN 40 = S 40 = = 672400
4
∗ Motivo de interesse 2: Possibilidade de cálculo do valor numérico da soma de qualquer número de termos
sequenciais da bn .
Suponhamos que queríamos calcular a soma dos termos b45 + b46 + b47 + ... + b102 de uma SN ⇔ S n .
n =102 n = 44
Tal soma será dada por b45 + b46 + b47 + ... + b102 = ∑ ( bn ) − ∑ ( bn ) = S102 − S 44 .
n =1 n =1
15
102 4 + 2 × 102 3 + 102 2 44 4 + 2 × 44 3 + 44 2
S102 − S 44 = − = 26613909
4 4
Nota: As sucessões racionais cujo denominador é o produto de dois termos sequentes da mesma sucessão
polinomial podem ser decomponíveis de acordo com o TDA e são, portanto, capazes de gerar equivalências
válidas SN ⇔ S n = u n + C .
S \S C I P
• Relacionamentos do tipo 2 em que bn ∈ ⇒ Sn ∈ S I G
S I G
Para estes relacionamentos obtivemos a seguinte fórmula geral:
P ( m) ( n) R ( m − p +1) ( n )
Se bn = ( p ) ⇒ S = com m ≥ 2 p
Q ( n ) × Q ( p ) ( n. − 1) Q ( p ) ( n)
n
Nota 1: Como se vê, os relacionamentos do tipo 1 e 2 apresentados, deixam de fora as equivalências referentes
a sucessões racionais do tipo bn ∈ SIP ⇒ S n ∈ SIG .
No entanto, mais adiante e em capítulo especial, esse estudo será feito.
16
polinómio que surge como numerador das S n não contém o termo constante, pelo que estas podem ser
a 0 n p + a1 n p −1 + ... + a p −1 n a 0 n m − p +1 + a1 n m − p + ... + a m − p n
representadas por S n = ou S n =
b0 n p + b1 n p −1 + bm −1 n + bm b0 n p + b1 n p −1 + ... + bm −1 n + bm
• Método genérico.
n 2 + n −1
Exemplo: Consideremos bn =
n × ( n + 1)
A sucessão n b ∈ S C\ S I P
é viável e pertence ao relacionamento tipo 2.
Assim, como m = 2 e p =1 teremos, de acordo com o formulário apropriado, que
P ( 2) ( n) n2 + n −1 R ( 2 ) ( n ) An 2 + Bn
bn = ( 1) = ⇒ S = =
Q ( n ) × Q ( 1) ( n − 1) ( n + 1) × n Q ( 1) ( n )
n
n +1
Na expressão de S n temos dois coeficientes indeterminados A e B pelo que precisamos de
duas equações extraídas das igualdades sucessivas SN ⇔ S n . Assim:
A+B 1
Para n = 1 ⇒ S1 = ∧ S1 = b1 =
2 2
4 A + 2B 1 5 4
Para n = 2 ⇒ S 2 = ∧ S 2 = S1 + b2 = + =
3 2 6 3
O sistema de equações e as respectivas soluções serão as seguintes:
BA =+ 1 A= 1 n 2
⇒ ⇒ Sn =
4A 2B=+ 4 B= 0 n+ 1 ∞
n 2 + n − 1 n2
Poderemos escrever SN = ∑
n =1 n ( n + 1)
⇔ S n =
n +1
17
∗ Verificações simplificadas sucessivas
9 4 11 9
Para n = 3 ⇒ S 3 = ∧ SN 3 = S 2 + b3 = + = (confirma)
4 3 12 4
16 9 19 16
Para n = 4 ⇒ S 4 = ∧ SN 4 = S 3 + b4 = + = (confirma)
5 4 20 5
∞
3 5 3n 2 + n − 1 3n + 2
C = b1 + u1 = + = 2 ⇒ ∑ 2
⇔ Sn = − +2⇒
n =1 ( n + 1) × n ( n + 1) 2
2
4 4
∞
3n 2 + n − 1 2n 2 + n
⇒ SN = ∑ 2
⇔ S =
n =1 ( n + 1) × n ( n + 1) 2
2 n
Nota: As sucessões racionais polinomiais u n ∈ SIP do relacionamento tipo 1 anterior, podem ser
P ( m ) ( n) R ( q ) ( n − 1) R ( q ) ( n )
decompostas fazendo = − em que ( n, p ) ∈ N ,
Q ( p ) ( n ) × Q ( p ) ( n − 1) Q ( p ) ( n − 1) Q ( p ) ( n )
( m, q ) ∈ N 0 e p −1 ≤ m ≤ 2 p − 2 .
A sequência de valores possíveis de m ∈ [ ( p − 1) , ( 2 p − 2 ) ] determina a sequência de valores possíveis de q
que estarão situados no intervalo q ∈ [ 0, ( p − 1) ] .
Assim, por exemplo, para p =1 apenas poderemos ter m = 0 ⇒ q = 0 .
Já para p = 2 poderemos ter m = 1 ⇒ q = 0 ou m = 2 ⇒ q = 1
• Método genérico
An 2 + Bn
Como m = 2 e p = 2 a correspondente S n será do tipo S n = .
( n + 1) 2
A resolução do sistema de 2 equações permite escrever:
18
BA =+ 3 A= 2 2n + n 2
⇒ ⇒ Sn = 2
2 BA =+ 5 B= 1 (n+ 1)
3n 2 + n − 1
∞
2n 2 + n
Então SN = ∑
2
⇔ Sn =
n =1 ( n + 1) × n ( n + 1) 2
2
( ) ∑( u ) − lim (u ) .
p
u n ∈ SC ⇒ lim u n − u n + p = 0 . Nessas circunstâncias será VSIT = n n+ p
n =1
∞
No entanto, as SM convergentes com p =1 , ou seja, SM = ∑ ( u n − u n +1 ) são da mesma
n =1
∞
natureza que as SN = ∑ ( u n −1 − u n ) ⇔ S n = −u n + C .
n =1
Por outro lado, é sempre possível transformar uma SM com p >1 numa soma de SM com
p =1 como demonstramos a seguir. Assim:
∞ ∞
SM = ∑ ( u n − u n + p ) = ∑ ( u n − u n +1 + u n +1 − u n + 2 + ... + u n + p −1 − u n + p ) ⇔
n =1 n =1
∞
⇔ ∑( u
n =1
n − u n+ p ) =
n =1 n =1 n =1 n =1
∞
Então, SM = ∑ ( u n − u n + p ) ⇔ S n = S n +1 + S n + 2 + S n+3 + ... +S n+ p
n =1
19
Isto permite assegurar que qualquer SM convergente com p ∈N pode ter uma S n global
que será a soma das S n das SM com p =1 e não apenas um VSIT, como até agora se
considerava.
∞
1 1
Exemplo: Consideremos a SM = ∑ − ⇒ p =3
n =1 n + 1 n+ 4
Poderemos escrever:
∞
1 1 ∞ 1 1 1 1 1 1
SM = ∑ − = ∑ − + − + − ⇔
n =1 n + 1 n + 4 n =1 n + 1 n + 2 n + 2 n + 3 n + 3 n + 4
∞
1 1 ∞ 1 1 ∞ 1 1 ∞ 1 1
⇔ ∑ − =∑ − + ∑ − + ∑ − ⇔
n =1 n + 1 n + 4 n =1 n + 1 n + 2 n=1 n + 2 n + 3 n=1 n + 3 n + 4
∞
1 1 ∞ 1 ∞ 1 ∞ 1
⇔ ∑ − =∑ + ∑ +∑ ⇔
n =1 n + 1 n + 4 n =1 ( n + 1) × ( n + 2) n =1 ( n + 2) × ( n + 3) n =1 ( n + 3) × ( n + 4 )
∞
1 1 n n n
⇔ ∑ − ⇔S n = S n + 2 + S n + 3 + S n + 4 ⇔ S n = + +
n =1 n + 1 n+ 4 2( n + 2) 3( n + 3) 4( n + 4)
II
TEORIA DAS EQUIVALÊNCIAS APROXIMADAS SN ⇔ S n ≅ u n + C
Introdução.
O desenvolvimento de certas realidades matemáticas de há muito conhecidas, mas nunca
exploradas para o fim aqui proposto permitem estabelecer equivalências aproximadas do
tipo SN ⇔ S n ≅ u n + C em que o sinal ≅ se lê “aproximadamente igual”.
Estas equivalências aproximadas permitem, obter resultados de grande importância para a
teoria geral das SN.
As referidas realidades matemáticas que servem de base à agora apresentada Teoria das
Equivalências Aproximadas SN ⇔ S n ≅ u n + C traduzir-se-ão no que designaremos por
Princípio da Igualdade Aproximada (PIA) e Teorema da Decomposição Logarítmica
Aproximada (TDLA) que, juntamente com os anteriormente apresentados PE , SN ⇔ S n e
TDA constituirão as bases para a Teoria que passaremos a analisar.
20
A evidência do exemplo anterior e a óbvia possibilidade da sua generalização permite-nos
enunciar o
Princípio da Igualdade Aproximada (PIA)
b
• Dadas duas quaisquer duas sucessões bn ∈ SIP e vn ∈ SIP tal que lim vn = 1 então,
n
Nota 2: Aplicação do PIA em igualdade plena para determinação de certos limites complexos com
sucessões transcendentes.
Certos limites referidos a sucessões transcendentes muito complexas podem, por vezes, escapar aos métodos
normais de resolução. Nesse caso, a sua análise no sentido de ver se é possível aplicar-lhes o PIA em igualdade
plena pode permitir simplificá-los de forma a conseguir chegar a um limite conhecido.
1
21
Infelizmente, este Critério tem o inconveniente de necessitar de conhecimentos de Cálculo
Integral extrínsecos à Teoria das SN o que levanta problemas à sua aprendizagem.
A utilização do PIA por si só em alguns casos, em conjugação com o PE , SN ⇔ S n em
alguns outros casos ou, com o TDA noutros casos ainda, permite esclarecer não só a
natureza destes tipos de SN (prescindindo do Critério do Integral) como também, muitas
vezes, calcular inclusivamente a correspondente S n embora aproximada.
n×( 1n +1) ∞
Exemplo: Consideremos a SN = ∑
e −1 . Determinar, caso possível, a sua
n =1
equivalência aproximada.
1
n×( n +1) 1
Como pelo PIA podemos escrever e −1 ≅ então teremos:
n × ( n + 1)
∞ n×( 1n +1) ∞
1
∑ e −1 ≅ ∑ .
n =1 n × ( n +1)
n =1
∞
1 n ∞ n×( 1n +1) n
Sendo SN = ∑ ⇔ Sn = então ∑ e −1 ⇔ S n ≅ u n =
n =1 n × ( n + 1) n +1
m =1
n +1
Como vemos, para estas primeiras 6 subtracções de termos, a sucessão de erros εn cresce lentamente e
parece tender para um valor numérico constante e aproximadamente igual a 0.169 .
A ser assim, poderemos escrever que lim ( ε n ) ≅ 0.169
22
n×( 1n +1) n
Então, em vez da igualdade aproximada inicial ∑e −1 ⇔ S n ≅ (1) será mais correcto e
n +1
∞ 1
n
completo escrever ∑ e −1 ⇔ S n ≅
n×( n +1)
+ 0.169 (2)
n =1
n +1
De facto, a expressão (2) continua a ser uma igualdade aproximada mas com maior qualidade de aproximação
do que a expressão (1) devido à introdução da constante C ≅ 0.169 .
De uma forma geral, tal como aqui, o estabelecimento de equivalências aproximadas pela aplicação do PIA faz
surgir, quase sempre, na comparação de termos por subtracção, uma sucessão de erros ε n = SN n − u n que
tende para uma constante real, ou seja, ε n → C ∈ IR ⇒ C = lim( ε n ) .
∞
A determinação exacta do C , ou seja, C = lim ∑ ( bn ) − lim( u n ) é muito morosa e, na verdade, pouco
n =1
positivo para n > 1 e lim ( u n ) = 1 . Assim sendo, u n é uma sucessão viável. Então,
+
Nota: Alguns cálculos efectuados permitem ter a convicção que C ≅ 0.62 mas, mais importante do que
1
calcular o valor exacto de C , é a garantia da convergência da SN = ∑ n × ln ( n ) × ln ( n +1) .
∞
1
De facto, até agora, a demonstração da convergência da importante SN = ∑ n × ln ( n ) que é da mesma
2
n =1
1
natureza da SN = (praticamente iguais, aliás) apenas se podia fazer recorrendo ao
n × ln ( n ) × ln ( n + 1)
Critério do Integral.
23
Por este processo de estabelecimento de equivalências aproximadas SN ⇔ S n ≅ u n + C , o Critério do
Integral torna-se desnecessário, a demonstração da convergência da SN pode fazer-se recorrendo ao Critério da
Comparação e até é possível calcular a sua soma aproximada.
v n +1 v − vn
Então, poderemos escrever = 1 + n +1 .
vn vn
Aplicando logaritmos neperianos aos dois termos da igualdade anterior obteremos
v v − vn
ln n +1 = ln 1 + n +1 (1) .
vn vn
v n +1 − v n
Como, para as condições iniciais, se verifica sempre que → 0 então, de acordo
vn
v n +1 − v n v n +1 − v n
com o PIA, poderemos escrever ln 1 + ≅ .
v n vn
v n +1 − v n
Fazendo = bn poderemos substituir a igualdade plena (1) anterior pela igualdade
vn
v n +1 v n +1 − v n
aproximada: ln ≅ = bn ⇒ bn ≅ ln ( v n +1 ) − ln ( v n ) ( 2 )
vn vn
Se considerarmos em ( 2 ) que ln ( v n +1 ) = u n +1 e ln ( v n ) = u n então, a expressão obtida é
uma decomposição adequada aproximada do tipo bn ≅ u n − u n +1 .
Assim, de acordo com o TDA, poderemos definir a equivalência aproximada genérica
∞
u − un
SN = ∑ n +1 ⇔ S n ≅ ln ( u n +1 ) + C .
n =1 un
Estamos então em condições de enunciar o
24
(i ) Utilização do TDLA para definir equivalências aproximadas de SN com bn
P ( p −1) ( n )
definidas por sucessões racionais do tipo bn = não estudadas anteriormente.
Q ( p ) ( n)
Consideremos a sucessão polinomial u n = Q ( n ) com ( n, p ) ∈ N e apliquemos-lhe a
( p)
Q ( p ) ( n + 1) − Q ( p ) ( n )
[ ]
∞
∑ ⇔ S n ≅ ln Q ( n + 1) + C
( p)
escrever SN =
n =1 Q ( n)
( p)
u n +1 n +1
Como lim = lim = 1+ poderemos escrever:
un n
Q ( 1) ( n + 1) − Q ( 1) ( n ) ( n + 1) − n ⇔ b = 1 SN = ∞ 1 ⇔ S ≅ ln( n + 1) + C
bn =
Q ( 1) ( n )
⇒ bn =
n
n
n
⇒ ∑
n =1 n
n
∗ Cálculo do valor de C
∞
1
Como referimos atrás, valor exacto de C seria C = lim ∑ − lim[ ln ( n + 1) ] (1)
n =1 n
Para evitar fazer o cálculo directo de C, que seria muito penoso, vamos recorrer à conhecida
n
1
constante de Euler-Mascheroni que é dada por γ = lim ∑ − lim[ ln ( n ) ] ( 2 ) .
n =1 n
n →∞
25
A pequena discrepância revela-se a favor da igualdade aproximada ( 2) resultantes do TDLA porque a
sucessão de erros (ε n ) é menor do que a correspondente εn provenientes da igualdade aproximada (1)
resultante da EE.
Dado que os resultados obtidos são suficientemente esclarecedores fá-lo-emos apenas para os 3 primeiros
termos. Então para:
( E )E⇒ ε 1 = S N1 − u1 ⇒ ε 1 = b1 − u1 ⇔ ε 1 = 1 − l n( 1) ⇒ ε 1 = 1
∗ n =1⇒
( T D ) L⇒ Aε 1 = S N1 − u1 ⇒ ε 1 = b1 − u1 ⇔ ε 1 = 1 − l n( 2) ⇒ ε 1 ≅ 0,3 1
( E E) ⇒ ε 2 = S N2 − u2 ⇒ ε 2 = b1 + b2 − u2 ⇔ ε 2 = 1 + 1 − l n( 2) ⇒ ε 2 ≅ 0,8 1
2
∗ n= 2⇒
( T D L) ⇒Aε = S N − u ⇒ ε = b + b − u ⇔ ε = 1 + 1 − l n( 3) ⇒ ε ≅ 0,4
2 2 2 2 1 2 2 2
2
2
( E E) ⇒ ε 3 = S N3 − u3 ⇒ ε 3 = 1 + 1 + 1 − l n( 3) ⇒ ε 3 ≅ 0,7 3 5
2 3
∗ n = 3⇒
( T D L) ⇒A ε = S N − u ⇒ ε = 1 + 1 + 1 − l n( 4) ⇒ ε ≅ 0,4 4 7
3 3 3 3
2 3
3
Como vemos confirma-se que a sucessão de erros resultantes das igualdades aproximadas provenientes do
TDLA é menor do que a correspondente sucessão de erros proveniente da EE.
Por outro lado, como γ ≅ 0,577 verifica-se que os erros resultantes do TDLA fazem a aproximação à
constante γ tendencial por valores menores do que γ enquanto no caso da EE se verifica o contrário.
…
Nota 2: A demonstração da equivalência entre os termos da SH e a sucessão logarítmica devida a Euler
necessita do conhecimento da teoria do cálculo integral para ser compreendida.
O TDLA faz essa mesma demonstração mantendo os conhecimentos necessários à sua compreensão
estritamente dentro da Teoria das SN.
…
Exemplo 2: Consideremos a sucessão polinomial divergente genérica u n = Q ( n ) = n + p
( 1)
com p ∈N .
u n +1 n +1 + p n +1 + p − n − p 1
Como lim = lim = 1+ poderemos escrever bn = =
un n+ p n + p n + p
∞
1
Então, pelo TDLA teremos SN = ∑ ⇔ S n ≅ ln ( n + 1 + p ) + C p .
n =1 n + p
∗ Cálculo de C p
A determinação do valor de C p pode tornar-se o principal óbice ao estabelecimento das
equivalências aproximadas completas deste tipo de séries.
Poderemos superar essa dificuldade recorrendo a um artifício.
Assim, faremos o cálculo expedito do valor de C p recorrendo ao conhecimento do valor de
γ , do valor do VSIT das SM e ainda ao TDLA.
26
∞
1 1 p
1 1 p
1
Assim (1) SM = ∑ −
n n+ p ⇒ VSIT = ∑ − p lim ⇔ VSIT = ∑
n =1 n =1 n n+ p n =1 n
∑
− = ∑ − ∑ ⇔S n − S n + p ≅ ln ( n + 1) + γ − ln ( n + p + 1) + C p ⇔
n =1 n n + p n =1 n n =1 n + p
∞
1 1 n +1
⇔ ∑ − ⇔S n − S n + p ≅ ln + γ − C p (2).
n =1 n n+ p n + p +1
Igualando os resultados (1) e (2) anteriores no limite, poderemos determinar C p .
n +1
( )
p p
1 1
Assim lim S n − S n+ p = lim ln
n + p +1 + γ − C p = ∑
n =1 n
⇒ C p = γ − ∑
n =1 n
Teremos então a seguinte fórmula geral para este tipo de SN:
∞
1 p
1
SN = ∑ ⇔ S n ≅ ln ( n + 1 + p ) + γ − ∑
n =1 n + p n =1 n
∞
1
∗ Caso concreto: Consideremos a SN = ∑
n =1 n + 4
u n +1
= lim
( n + 1) 3 + 1 = 1+
Como lim poderemos escrever:
un n 3 +1
Q ( 3) ( n + 1) − Q ( 3) ( n ) n 3 + 3n 2 + 3n + 2 − n 3 − 1 3n 2 + 3n + 1
bn = ⇒ b = ⇔ b = ⇒
Q ( 3) ( n )
n n
n3 + 1 n3 + 1
3n 2 + 3n + 1
⇔ S n ≅ ln( n 3 + 3n 2 + 3n + 2 ) + C
∞
⇒ SN = ∑
n =1 n +1
3
∗ Cálculo de C
Este caso é específico e não generalizável pelo que o cálculo de C seria muito moroso e
pouco interessante.
No entanto, o resultado obtido permite-nos garantir que a SN é divergente tal como todas as
outras da mesma natureza.
27
n +1 1
ln ln1 +
ln ( n + 1) − ln( n ) n n 1
bn = ⇔ bn = ⇔ bn = ⇒ bn ≅ ⇒
ln( n ) ln ( n ) ln ( n ) n × ln ( n )
∞
1
∑ n × ln( n ) ⇔ S n ≅ ln[ ln ( n + 1) ] + C
n=2
∗ Cálculo de C
Neste caso o cálculo de C seria muito moroso e pouco interessante.
No entanto, o resultado obtido para a equivalência dá garantia da divergência da SN.
…
Nota: Também aqui, a divergência desta SN só podia ser comprovada utilizando o critério do integral.
CONCLUSÕES
Já enquanto estudante e, mais tarde como professor, sempre considerei as SN como uma
espécie de anomalia à natureza do edifício matemático que sempre se baseou em
conhecimentos acumuláveis, interligáveis e sequentes.
De facto, o estudo e a leccionação das SN, embora reconhecidamente sequencial das
sucessões, estudadas no ensino secundário, parecia procurar prescindir destas.
Assim, o sinal mais evidente disso era o facto de ser comum chamar termo geral (TG ) da
SN à sucessão base bn quando, na minha opinião, esse TG das SN deveria, mais
apropriadamente, ser representado pela soma de n termos da sucessão base, ou seja,
TG ( SN ) = b1 + b2 + ... + bn .
Depois, embora a sequência natural de assuntos fosse que, a seguir às Séries se devesse
leccionar e aprender o cálculo integral, a verdade é que o estudo completo das SN
necessitava de conhecimentos antecipados desse cálculo integral dado que a comprovação
da natureza de algumas delas só podia ser feita usando o critério do integral.
Finalmente, as SN não deixavam revelar a íntima ligação aos assuntos que se deveriam
seguir, ou sejam as primitivas e integrais parecendo tratar-se de coisas diferentes.
O artigo agora publicado vem esclarecer:
• Que, ao contrário do que era ideia generalizada entre os estudiosos de SN, uma enorme
quantidade destas pode ter equivalências exactas SN ⇔ S n = u n + C ou equivalências
aproximadas SN ⇔ S n ≅ u n + C e que essas equivalências se traduzem em relacionamentos
íntimos entre sucessões e SN, ou seja, bn ⇒ S n ⇔ SN o que permite estabelecer uma natural
transição entre esses temas matemáticos.
• Que a forma de encontrar as equivalências como, por exemplo, o aparecimento das
constantes C e do tipo de formulários obtidos para os relacionamentos bn ⇒ S n constitui
uma excelente introdução ao estudo das primitivas.
• Que o critério do integral é, afinal, redundante para o estudo das SN.
• Que deixa de haver qualquer obstáculo para que a natural sequência dos temas
Sucessões, Séries, Primitivas, Integrais seja universalmente aceite e que, portanto, a
verdadeira natureza do edifício matemático seja recomposta.
Para finalizar direi que as analogias e ligações que, no artigo, podem começar a ser
detectadas entre as SN e as primitivas e integrais podem ser ampliadas e aprofundadas.
28
De facto, elas são tão interessantes e sugestivas que poderão constituir uma revolução no
estudo e compreensão do Cálculo Integral.
Esses aspectos não poderão ser apresentados aqui pelo que ficarão, eventualmente, para um
artigo ulterior.
29