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Direcção: Paulo Ferreira Dezembro de 2007

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Edição > 03.

Notícias de alvalade
Alvalade > Campo Grande > S.João de Brito > S. João de Deus
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Editorial > Em Destaque


por Paulo Ferreira

O plano de saneamento financeiro da Câmara


Municipal de Lisboa, que inclui um empréstimo de >Blog do Militante
400 milhões de euros viabilizado no passado dia 4 págs. 1
de Dezembro na Assembleia Municipal, reconverte
a dívida a fornecedores em dívida à banca, não >Tratamento dos Resíduos Perigosos
aumentando o endividamento líquido. págs. 2
A autarquia recorreu ao artigo 40º da Lei de
Finanças Locais que entrou em vigor em Janeiro, ao >S. João de Deus ... Freguesia de volta!
abrigo do qual as câmaras podem aplicar o págs. 3
saneamento, desde que não aumentem o
endividamento líquido. >O Empréstimo da CML
Ora, neste contexto, o corte de 100 milhões forçado págs. 4
pelo PSD diminui a margem de manobra para este
executivo e para os seguintes, ou melhor, reduzem a >Guerrrilha Urbana
“folga” a António Costa na esperança de que este
págs. 5
falhe e venham a recolher frutos mais tarde, um dia
que os lisboetas se esqueçam dos Santanas e >Campo Grande
Carmonas, dos esquemas e negócios, das
págs. 6
trapalhadas e investigações e de quem realmente
deixou a divida aumentar incontrolavelmente e sem
reflexos positivos na cidade….
>“Freguesia do Campo Grande”
O PSD sabe que se os objectivos deste empréstimo págs. 7
não forem cumpridos nos 12 anos estipulados na lei
este mecanismo não pode voltar a ser utilizado. >LatinAmerica
As duas regras base para o recurso à figura do págs. 10
saneamento são não aumentar o endividamento
líquido e cumprir o limite de 12 anos no saneamento. >III Jantar de Reis
É que além da dívida aos fornecedores, o nosso págs. 11
executivo camarário contava, e muitíssimo bem, ter
alguma margem para conseguir fazer face a >Mensagem 2008
processos em contencioso. págs. 14
Não vai ter graças à bancada laranja na Assembleia
Municipal mas, em grande medida, por acção da Exigir ao Estado, à Administração Central que
direcção nacional do PPD-PSD que escolheu esta seja “pessoa de bem”, que pague a tempo e
cidade, Lisboa, como mártir da sua guerra santa horas e depois fazer “guerrilha urbana” evitando
contra o PS, doa a quem doer, prejudique os que o Estado, a Administração Local, pague a as
portugueses que prejudicar, hipotecando o futuro suas dividas e honre os seus compromissos é no
duma autarquia se preciso for! mínimo contraditório e, na minha perspectiva,
Não é de bom senso pagar aos fornecedores? desprezível, ao nível da mais “baixa politica” a
Muitos dos quais são pequenas e médias empresas que o PSD nos habituou em Lisboa nos últimos
em dificuldades e várias são as empresas a terem já anos.
encerrado em Lisboa por não suportarem as dividas A atitude do PSD pode apenas ser classificada
da Autarquia que se arrastam por anos a fio… duma forma, politica de “terra queimada”
Não é esta uma forma clara de credibilizar e executada de forma execrável num timing
moralizar a CML? Não será uma boa forma de abjecto. Espero que os lisboetas saibam aferir
assegurar o reinvestimento por parte dessas este comportamento e tirar do mesmo as
empresas e a manutenção de postos de trabalho? consequências devidas.

Paulo Ferreira
Na Secção
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Alvalade Dezembro de 2007

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>Blog do Militante

Da mudança do sistema político português ao pela degradação do sistema político e de grande


combate aos crimes económico-financeiros parte das instituições públicas.

1. A adesão de Portugal à CEE em 1986, permitiu a 5. O combate a este tipo de crimes, permite
concretização do terceiro objectivo da Revolução minorar as ameaças ao Estado de Direito,
do 25 de Abril de 1974, a implementação do devendo por isso ser continuamente
Desenvolvimento, depois da conquista da aperfeiçoado, por exemplo com a criação de
Descolonização e da Democratização. uma Comissão Independente Contra a
2. As mudanças ocorridas na sociedade portuguesa Corrupção (CICC). Esta estrutura, será
desde essa altura, nas esferas económica, social, responsável perante o Governo, em responder a
cultural e política, aceleraram a evolução do questões de âmbito legislativo, fazer a
sistema partidário português, tendo como prevenção, organizar inquéritos e remeter
consequências práticas, a alteração do modelo dos conclusões para o Ministério Público. Desta
partidos existentes, passámos do modelo dos forma poderemos fazer de Portugal, um dos
antigos partidos de massas para o dos partidos territórios mais bem cotados na Europa pela
profissionais eleitorais, do qual o Partido Socialista, “ Tr a n s p a r e n c y I n t e r n a c i o n a l ” e o b t e r
é um dos exemplos desse movimento. Passando reconhecimento por parte de instituições
este a ter uma vocação essencialmente marcada internacionais como Banco Mundial ou o GAFI
por ser mais abrangente, mais interclassista, com (Groupe d´Action Financière sur le Blanchiment
programas eleitorais mais genéricos e tendendo de Capitaux), pela qualidade da sua governação
para um certo aperfeiçoamento social. O partido nestas matérias.
passou a recrutar os seus novos militantes tendo
sobretudo por pré-requisito a concordância política Pedro Mendes Pires
e ascendeu a uma posição de “Broker Político”,
tendo por missão mediar o que os portugueses
desejam e o que o Governo pode executar.
3. Actualmente, o Partido Socialista dispõe de uma
posição privilegiada de “Broker Político”, obtida com
a maioria absoluta sufragada em 2005, devendo
dessa forma aperfeiçoar o seu estilo de governação
no domínio do combate aos crimes económico-
financeiros, nas suas diferentes manifestações,
nomeadamente, a fraude, a evasão fiscal, o
branqueamento de capitais e a corrupção. Crimes
esses que quotidianamente põem em causa o
progresso do sistema financeiro, o equilíbrio do
mercado e a consolidação da nossa Democracia.

4. Tendo presente a dimensão real desta


criminalidade em Portugal, as recentes medidas
legislativas aprovadas neste domínio pelo Governo
socialista, visam minimizar os impactos, que esse
tipo de criminalidade causa ao Estado e aos seus
cidadãos. As suas consequências geram pobreza,
impedem o desenvolvimento económico, provocam
injustiça social e são provavelmente responsáveis
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>TRATAMENTO DOS RESÍDUOS PERIGOSOS

Quando me foi pedido que desse o meu contributo -incineração, não propõem nenhuma alternativa
para esta publicação, foi-me dito, por “defeito” válida para esta pequena percentagem de
profissional que abordasse um tema de ambiente. resíduos perigosos, que é necessário eliminar.
Ante de mais, ambiente tem a vantagem (ou Por não existir uma forma de os tratar, de modo a
desvantagem) de tocar todas as áreas de actuação. que estes não constituam um problema
Como dizia um professor meu, só se iria dar o ambiental de todos nós, torna-se necessário dar-
verdadeiro valor ao ambiente quando não houvesse lhes o destino adequado, e esse é a co-
um ministério com o seu nome. Poderia falar de incineração. A isto chama-se tratar do nosso
vários temas, relacionados com a nossa ambiente. Todo o ruído de fundo que é provocado
actualidade, como sejam o novo aeroporto, e como pelos mais diversos “responsáveis” da nossa
de repente existem inúmeras alternativas baseadas sociedade, é aquilo a que se pode chamar
em impactes ambientais, só porque fica bem falar tecnicamente, um impacte ambiental negativo.
neles, ainda que não se saiba bem o que se está a Uma palavra para a persistência do nosso
dizer. Poderia igualmente falar dos novos desafios Governo, que continua convicto de que esta se
da água, com os novos programas de investimento trata da melhor solução, imune a críticas e
associados ao QREN, o novo quadro comunitário, pensando apenas no que é melhor para o País.
que tem a característica de tentar apoiar os sectores
que deveriam ter sido alvo de investimento nos Tiago Duarte
primeiros quadros comunitários. No entanto, teria
que pedir ao meu amigo Paulo que me deixasse
ultrapassar em larga escala o tamanho do artigo.
Proponho-me a falar de um assunto que já foi falado
inúmeras vezes e que felizmente está perto da sua
conclusão: o tratamento dos resíduos perigosos em
Portugal. Obviamente, o processo de tratamento
escolhido, já amplamente defendido, foi e continua
a ser o correcto. Além de existir tratamento dos
resíduos em centros especializados, os
denominados CIRVER (Centros Integrados de
Recuperação e Eliminação de Resíduos),
actualmente em construção, é necessário que uma
pequena percentagem desses resíduos, que não é
possível tratar de forma a depositar em aterro, seja
alvo de uma queima, cumprindo requisitos técnicos
já amplamente comprovados como eficazes. É aqui
que surge a questão das cimenteiras, que serão as
responsáveis pela queima destes resíduos. A maior
parte da população não sabe se será correcto a
queima de resíduos perigosos em cimenteiras ou
não. No entanto, esta população não é totalmente
culpada dessa dúvida. A mensagem que lhes chega
é composta por diversas interferências, feitas por
aqueles que realmente não se interessam com o
problema do tratamento dos resíduos perigosos.
Não só é a melhor solução, como irá permitir que as
emissões provocadas pelas cimenteiras diminuam,
em virtude do maior controlo a que estas estarão
sujeitas. Aqueles que defendem a não co
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>S. João de Deus ... Freguesia de volta!

Quando me foi pedido que desse o meu contributo -incineração, não propõem nenhuma alternativa
para esta publicação, foi-me dito, por “defeito” válida para esta pequena percentagem de
profissional que abordasse um tema de ambiente. resíduos perigosos, que é necessário eliminar.
Ante de mais, ambiente tem a vantagem (ou Por não existir uma forma de os tratar, de modo a
desvantagem) de tocar todas as áreas de actuação. que estes não constituam um problema
Como dizia um professor meu, só se iria dar o ambiental de todos nós, torna-se necessário dar-
verdadeiro valor ao ambiente quando não houvesse lhes o destino adequado, e esse é a co-
um ministério com o seu nome. Poderia falar de incineração. A isto chama-se tratar do nosso
vários temas, relacionados com a nossa ambiente. Todo o ruído de fundo que é provocado
actualidade, como sejam o novo aeroporto, e como pelos mais diversos “responsáveis” da nossa
de repente existem inúmeras alternativas baseadas sociedade, é aquilo a que se pode chamar
em impactes ambientais, só porque fica bem falar tecnicamente, um impacte ambiental negativo.
neles, ainda que não se saiba bem o que se está a Uma palavra para a persistência do nosso
dizer. Poderia igualmente falar dos novos desafios Governo, que continua convicto de que esta se
da água, com os novos programas de investimento trata da melhor solução, imune a críticas e
associados ao QREN, o novo quadro comunitário, pensando apenas no que é melhor para o País.
que tem a característica de tentar apoiar os sectores
que deveriam ter sido alvo de investimento nos Raquel Brito
primeiros quadros comunitários. No entanto, teria
que pedir ao meu amigo Paulo que me deixasse
ultrapassar em larga escala o tamanho do artigo.
Proponho-me a falar de um assunto que já foi falado
inúmeras vezes e que felizmente está perto da sua
conclusão: o tratamento dos resíduos perigosos em
Portugal. Obviamente, o processo de tratamento
escolhido, já amplamente defendido, foi e continua
a ser o correcto. Além de existir tratamento dos
resíduos em centros especializados, os
denominados CIRVER (Centros Integrados de
Recuperação e Eliminação de Resíduos),
actualmente em construção, é necessário que uma São João de Deus
pequena percentagem desses resíduos, que não é
possível tratar de forma a depositar em aterro, seja
alvo de uma queima, cumprindo requisitos técnicos
já amplamente comprovados como eficazes. É aqui
que surge a questão das cimenteiras, que serão as
responsáveis pela queima destes resíduos. A maior
parte da população não sabe se será correcto a
queima de resíduos perigosos em cimenteiras ou
não. No entanto, esta população não é totalmente
culpada dessa dúvida. A mensagem que lhes chega
é composta por diversas interferências, feitas por
aqueles que realmente não se interessam com o a secção à distância de um clique
problema do tratamento dos resíduos perigosos.
Não só é a melhor solução, como irá permitir que as www.psalvalade.eu
emissões provocadas pelas cimenteiras diminuam,
em virtude do maior controlo a que estas estarão
sujeitas. Aqueles que defendem a não co
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proposta de empréstimo de 500 milhões de


euros, mas, por seu lado, concordar com um
empréstimo de 400 milhões, proposta
>O Empréstimo da CML apresentada, por estes, já em Setembro, qual é a
diferença?
Será que estão todos os partidos e
A Câmara Municipal de Lisboa é, movimentos de cidadãos equivocados quanto á
inquestionavelmente, uma instituição de forte resolução do problema, e só o PSD, o mesmo
interesse público, a sua acção é tão relevante como que não conseguiu resolver o mesmo problema
necessária. É por aqui que passam serviços nos últimos anos, é que já descobriu a verdadeira
essenciais á vida da cidade, serviços como o solução?
Atendimento ao Munícipe, a Acção Social, o Não me parece, uma vez que é o próprio
cuidado com o Ambiente e Espaços Verdes, a antigo líder da distrital de Lisboa do PSD, António
gestão dos Cemitérios, da Circulação e do Preto, que afirma que a maioria dos deputados
Estacionamento, Urbanismo e Obras, e é também sociais-democratas na Assembleia Municipal
por aqui que passam as acções de dinamização do preferia abster-se a respeitar a orientação de
Comércio, Cultura, Desporto, Educação, Juventude voto dada pelo partido contra o empréstimo
e Turismo. proposto pela Câmara.
É para assegurar que estas obrigações Pergunto assim também, se o PSD Lisboa
camarárias se substanciam que urge salvar a considera o empréstimo positivo, que motivação
Câmara Municipal de Lisboa, para tal, é forçoso que terá o PSD nacional para obrigar os seu
haja robustez financeira. deputados municipais a votar contra a proposta,
Ora, se até aqui, no plano teórico, não há sendo que se não o fizerem, nas palavras do
lugar a amplas discussões ou discordâncias, o próprio Carlos Carreiras, o líder da distrital social-
mesmo não acontece no plano prático. democrata, “os deputados municipais que
Vou começar dizendo que, por princípio, não eventualmente se abstenham terão de arcar com
sou apologista do pagamento de uma dívida através as «consequências políticas»”, será, assim, esta
da contracção de outra, contudo, no caso específico decisão motivada pela altruísta intenção de
da Câmara Municipal de Lisboa outra alternativa ajudar Lisboa ou será antes uma tentativa pouco
não se evidência. aprazível para tentar provocar eleições
No caso específico, para que é necessário antecipadas?
este dinheiro já? Porquê pagar já as dívidas? Bom Postas as questões, duas últimas
por várias razões, a primeira prende-se com a observações me aprazem tomar.
necessidade de manter os serviços da câmara a Não considero negativa a atitude tomada
funcionar, a segunda, com a necessidade de manter pelo Presidente da Câmara, António Costa, de
a imagem positiva da instituição e, para mim, uma recuar na sua proposta e ceder em alguns
última razão, a mais importante de todas, porque a pontos, não a considero negativa, não pela forma
câmara tem de ser e tem de se comportar como uma do recuo, mas pelo simples facto de que tal acção
pessoa de bem, que paga o que deve. traduz democraticidade, para o bom e para o mau
O valor definido e proposto para o a democracia exige diálogo e cedências de parte
empréstimo a contrair foi de 500 milhões de euros, a parte, foi o que aconteceu.
PS, PCP, Bloco de Esquerda, Partido Ecologista 'Os A última nota faz-se com a repartição dos
Verdes' e Movimento Cidadãos por Lisboa “pontos políticos”, penso que esta foi uma vitória
concordaram todos com o valor apresentado, sendo do executivo, que acabou por conseguir, em
que o PSD, que detém a maioria dos deputados na linhas gerais, o que pretendia, e uma derrota
Assembleia Municipal se opôs. clara do PSD, que demonstrou um total desnorte,
Várias questões me surgem a partir deste uma notável mudança de ideias a um ritmo quase
facto, questões essas que aqui deixo a debate. diário e uma total incoerência política.
Em primeiro lugar, porque é que o PSD tenta .
inviabilizar uma proposta que surge com o intuito de Jorge Franco
resolver um problema que, eles próprios, ajudaram,
e m m u i t o , a c r i a r ?
Que argumento pode o PSD ofertar aos
lisboetas para justificar o facto de rejeitar a
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>Guerrilha Urbana

O plano de saneamento financeiro da Câmara empresas e a manutenção de postos de


Municipal de Lisboa, que inclui um empréstimo de trabalho?
400 milhões de euros viabilizado no passado dia 4 Exigir ao Estado, à Administração Central que
de Dezembro na Assembleia Municipal, reconverte seja “pessoa de bem”, que pague a tempo e
a dívida a fornecedores em dívida à banca, não horas e depois fazer “guerrilha urbana” evitando
aumentando o endividamento líquido. que o Estado, a Administração Local, pague a as
A autarquia recorreu ao artigo 40º da Lei de suas dividas e honre os seus compromissos é no
Finanças Locais que entrou em vigor em Janeiro, ao mínimo contraditório e, na minha perspectiva,
abrigo do qual as câmaras podem aplicar o desprezível, ao nível da mais “baixa politica” a
saneamento, desde que não aumentem o que o PSD nos habituou em Lisboa nos últimos
endividamento líquido. anos.
Ora, neste contexto, o corte de 100 milhões forçado A atitude do PSD pode apenas ser classificada
pelo PSD diminui a margem de manobra para este duma forma, politica de “terra queimada”
executivo e para os seguintes, ou melhor, reduzem executada de forma execrável num timing
a “folga” a António Costa na esperança de que este abjecto. Espero que os lisboetas saibam aferir
falhe e venham a recolher frutos mais tarde, um dia este comportamento e tirar do mesmo as
que os lisboetas se esqueçam dos Santanas e consequências devidas.
Carmonas, dos esquemas e negócios, das
trapalhadas e investigações e de quem realmente Paulo Ferreira
deixou a divida aumentar incontrolavelmente e sem
reflexos positivos na cidade….
O PSD sabe que se os objectivos deste empréstimo
não forem cumpridos nos 12 anos estipulados na lei
este mecanismo não pode voltar a ser utilizado.
As duas regras base para o recurso à figura do
saneamento são não aumentar o endividamento
líquido e cumprir o limite de 12 anos no
saneamento.
É que além da dívida aos fornecedores, o nosso
executivo camarário contava, e muitíssimo bem, ter
alguma margem para conseguir fazer face a Santana Lopes
processos em contencioso.
Não vai ter graças à bancada laranja na Assembleia
Municipal mas, em grande medida, por acção da
direcção nacional do PPD-PSD que escolheu esta
cidade, Lisboa, como mártir da sua guerra santa
contra o PS, doa a quem doer, prejudique os
portugueses que prejudicar, hipotecando o futuro
duma autarquia se preciso for!
Não é de bom senso pagar aos fornecedores?
Muitos dos quais são pequenas e médias empresas
em dificuldades e várias são as empresas a terem já
encerrado em Lisboa por não suportarem as dividas
Carmona Rodrigues

da Autarquia que se arrastam por anos a fio…


Não é esta uma forma clara de credibilizar e
moralizar a CML? Não será uma boa forma de
assegurar o reinvestimento por parte dessas
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>Campo Grande apenas os problemas do ruído mas da poluição


atmosférica, que se apresenta como um grave
problema para a saúde pública, principalmente
Campo Grande guarda séculos de história. A sua para os habitantes desta área.
Freguesia de hoje, tem marcas visíveis disso em Têm sido feitos esforços quer no sentido de
alguns edifícios e até mesmo palmeiras e lagos que recuperar espaços como este jardim, há tanto
conservam a magia de muitos anos passados, de existente, mas que não tem sortido o efeito
hábitos e pessoas com modos totalmente diferentes visivelmente necessário, quer no sentido de
que nem as gerações mais idosas, que sempre reanimar e integrar certas camadas da
habitaram neste local, conhecem. população e nisso a Acção Social da Igreja dos
Mas os séculos não deixaram só memórias Santos Reis Magos tem desempenhado um
cravadas, trouxeram, evolutivamente, o importante papel na ajuda aos mais
desenvolvimento de novos tempos. desfavorecidos, não só no sentido de os apoiar
Hoje em dia, o Campo Grande tem uma actividade nas necessidades básicas mas também de os
constante, sendo umas das mais movimentadas acompanhar num melhoramento da sua situação
partes da cidade. Deixou de ser rica apenas pelos de vida.
seus espaços verdes para ser também conhecida A Freguesia do Campo Grande integra, do
pelos seus campos universitários, pelas mesmo modo, um prestigiado património de
habitações, pela cultura vincada que revela. Esta instituições. Museu da Cidade, Painel de
Freguesia é um pequeno mundo que reúne azulejos de João Segurado e Júlio Pomar, Torre
agradáveis e problemáticas vivências. do Tombo, Museu dos Coruchéus e Museu
Os bairros integrantes revelam a riqueza social que Rafael Bordalo Pinheiro são alguns dos
esta parte da cidade apresenta. Se por um lado exemplos que estão disponíveis a serem
existe uma população de classe média-alta a viver visitados e têm sido alvo de alguns
em prédios de qualidade, por outro lado pesa uma melhoramentos, é o caso deste ultimo museu
população desfavorecida, onde integram, enunciado.
abundantemente, minorias étnicas como a A relevância da cultura, da educação e do
comunidade cigana. Esta situação díspar desporto não estão esquecidas. As escolas ou
proporciona atritos e situações de reduzida centros de lazer que existem são reconhecidos
segurança na zona; os assaltos aos espaços de também, desde as escola de 1º ciclo de Santo
comércio local são frequentes e a culpabilização António (Escola Básica nº. 33), o Jardim de
dos actos vândalos tem sido apontada às pessoas Infância nº 2 do Campo Grande, os Colégios
deste bairro, que muitas vezes são discriminadas Santa Doroteia e São Vicente Paulo, a Biblioteca
injustamente. A falta de segurança tem sido um Nacional de Lisboa e a Universidade de Lisboa
problema não só dos comerciantes mas de quem se até à Sociedade Hípica Portuguesa e ao
encontra nas ruas. As consequências desta Complexo Desportivo da Cidade Universitária,
situação tem levado a uma maior degradação das são marcos dessa dinâmica que chama tanta
zonas de convívio como o famoso e mítico Jardim gente, nomeadamente a camada jovem, a fazer
do Campo Grande que hoje se encontra em parte do quotidiano desta zona.
péssimo estado, onde os pais deixaram de achar Assim passam os meses, os anos, as décadas e
prudente levar os filhos para brincar, onde os idosos os séculos, e o Campo Grande vai
já têm algum receio de ir fazer os seus passeios, permanecendo, agora mais activo, mais cheio de
onde os casais e pessoas em geral têm medo de tudo, de fumos, de prédios, de pessoas jovens e
estar ou passar. Os espaços verdes, as ruas outrora idosas, onde o custo de vida é moderado, onde
bonitas e limpas tornaram-se espaços pouco existe um contraste de situações sociais tão
agradáveis não só pela criminalidade mas diferentes que, como em qualquer parte do
igualmente porque a poluição sonora é mundo, tenta viver em conjunto, numa mesma
ensurdecedora. O trânsito é caótico, a circulação e sociedade, com um mesmo propósito, viver e
o estacionamento de carros tornou-se uma lutar pelo melhor.
verdadeira confusão e desordem nas ruas; não são
Daniela Geraldes
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>“Freguesia do Campo Grande”

1.Enquadramento Geral Baixa,.., com necessidades habitacionais das


2.Programa do Partido Socialista famílias a desalojar, contribuindo para o projecto
3.Exigências efectuados pelos vogais do PS em de construção de duas mil casas, designadas
todas as Assembleias de Freguesia para a melhoria económicas, mediante um contrato com a
da qualidade de vida dos fregueses Federação das Caixas de Previdência Social
4.Análise politica datado de 1946. Reservando-se a Câmara o
5.Estratégia a implementar no sentido do PS atingir direito de indicar os inquilinos de 60% do número
maior visibilidade local total de habitantes”. (1)

1. Enquadramento Geral O contrato inicial previa o arrendamento por 30


O Campo Grande é uma das 53 freguesias que anos e após esta data a possível aquisição pelos
integram administrativamente a Câmara Municipal inquilinos. As referidas casas eram
de Lisboa, tendo 10.257 habitantes recenseados administradas directamente pelas Caixas de
supondo-se uma população total na ordem das Previdências e mais tarde, após a extinção
12.000 pessoas, ocupando uma área destas, pelo Instituto de Gestão Financeira da
sensivelmente de 244 hectares. Segurança Social.
Esta é uma freguesia com uma população assaz Em 1981, as entidades competentes decidiram
envelhecida e onde 8,48% dos seus habitantes são formalizar a referida promessa de venda das
analfabetos, (anexo 1). referidas fracções.
Mais de 58% da população residente tem idade Ao longo do tempo tem-se verificado uma ligeira
superior a 46 anos, conforme o gráfico anexo. alteração da componente populacional em
virtude das compras/vendas estarem a ser
Esta freguesia é constituída, grosso modo, por 4 efectuadas por um segmento mais jovem e
bairros distintos, o Bairro das Caixas, Bairro das pertencente a uma classe média alta.
Murtas, Bairro do Fonsecas e Calçada e um novo Existe uma rede alargada de associações, sendo
bairro, na Azinhaga, ainda em construção composto a Associação de Moradores do Campo Grande a
por prédios modernos, junto ao eixo Norte-sul, mais divulgada junto da população residente.
ainda pertencente à freguesia do Campo Grande e Dentro do bairro existe uma paróquia muito
que brevemente alterará a composição etária. activa, dirigida pelo Padre Feitor Pinto, que limita
O Bairro das Caixas foi arquitectado nos anos 50, a actividade da Junta no plano social.
por ordem das entidades vigentes para realojar Quanto ao plano cultural conta com vários
pessoas dos bairros degradados da Grande Lisboa, museus dos quais destacamos o Museu da
como Alcântara, Casal Ventoso, e realojar os Cidade, Museu do Bordalo Pinheiro, Torre do
trabalhadores pertencentes às Caixas de Tombo e a Biblioteca Nacional. Na área
Previdências, como, por exemplo, a Caixa da académica contamos com um pólo universitário
Marinha, a Caixa dos Químicos, a Caixa dos bastante diversificado e com uma concentração
Corticeiros. elevadas de universidades.
E nas avenidas principais foram realojados a
pequena e média burguesia; o pessoal da GNR e da
PP, da Câmara, professores e oficiais das Forças
Armadas.
Assim se formou os Bairros de Benfica, Arco do
Cego, Alvalade, Olivais, etc.
O Bairro destinava-se a travar o contínuo
agravamento da crise habitacional e também a
solucionar outras questões. Esperança de resolver
problemas cruciais do trânsito na
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- Maior transparência nos contratos


> efectuados pela junta, nomeadamente com
diversos assessores, administrativos, paroquia,
etc.
O Partido Socialista perdeu esta Junta, nas - Requalificação do espaço das traseiras do
autárquicas de 2001. BC para parqueamento automóvel, caminhos
É uma freguesia constituída por um eleitorado pedonais, parque infantil, com vista a resolução
bastante móvel vacilando entre o PS e PSD, do défice de estacionamento na freguesia e a
verificando-se até hoje uma certa correlação entre falta de segurança provocada pelos baldios.
os resultados nacionais e os apresentados por esta - Requalificação dos recanto do bairro em
Junta. mau estado, servindo de depósito para lixo, e eco
2. Programa do PS Eleições Autárquicas 2005 pontos muitas vezes entupidos.
- Passagem aérea no Campo Grande,
- Envolver a PSP na criação de um programa sendo uma das zonas de Lisboa onde morre mais
de sensibilização sobre segurança pessoas atropeladas e encerramento do túnel
-- Criar um sistema de transportes de que liga a Av. Igreja ao Campo Grande.
proximidade - Abandono do Jardim do Campo Grande e
- Criar e dinamizar o Conselho de Cidadania encerramento da Piscina do Campo Grandes
do Campo Grande sem a constituição de um projecto credível.
-- Requalificar as traseiras dos prédios do - Criação de uma comissão de
Bairro das Caixas acompanhamento ao idoso; constituir uma Base
- Apoiar a população jovem que se tem de Dados para voluntariado, criar soluções para
estabelecido o abandono neste segmento e criar soluções
para maior mobilidade destas pessoas.
3. Exigências efectuadas pelos vogais do PS desde - Utilização do boletim da Junta para
o inicio do mandato 2005/2009 divulgação das associações locais, informação
-- Maior segurança no bairro, maior útil, contos sobre boas práticas de cidadania,
policiamento nas ruas. Devido a concentração de serviços prestados pela junta, etc.
pessoas idosa, frágil e com fraca capacidade de
defesa, tornasse uma zona com interesse para a 4.Ao longo do mandato temos levado à coação
prática de vários roubos, a pessoas e a casas, e alvo todos estes pontos mencionados anteriormente,
de diversas intrujices principalmente em frente aos no entanto o Presidente da Junta argumenta que
Bancos. a responsabilidade directa não está no executivo
- Criação de um meio de Transporte de da Junta mas em muitos destes pontos está
Proximidade, ligando o posto médico, o mercado de associada ás politicas nacionais e ao tipo de
Alvalade, o pingo doce, o centro social paroquial, governação (ex. jardim infância), a falta de
ginásio, etc. descentralização da Câmara e a falta de dinheiro
- Melhoramento da Escola 121, desta para resolver todos estes problemas em
nomeadamente o recreio e envolvente. simultâneo.
- Colocação de lombas em frente à escola É de lamentar a constante ausência de muitos
121, como séria normal. membros do executivo nas assembleias,
- Painel sonoro junto da 2 circular protegendo desprestigiando este órgão junta da população
os moradores do Bairro Fonseca e Calçadas do presente.
nível sonoro elevadíssimos muito acima do E é de salientar que todos os elementos do PS
aconselhado. estiveram sempre presentes e nunca ficou um
- Elaboração de passeios na Azinhaga das lugar vago na bancada do PS.
Galhardas.
- Proposta para resolução do jardim-de-
infância, criando uma associação com estatutos de
IPSS que pudesse dar continuidade ao trabalho
iniciado pela Junta.
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>

Conseguimos, com a ajuda da Ass. Moradores


do Campo Grande, que a carreira da Carris 21
descesse a Av. Igreja, pretensão esta à muito
reclamada pelo PS.

5. A estratégia a ser seguida passa por


diversas acções concertadas, quer no plano
interno quer no externo.:
No plano interno: formação autárquica a todos os
eleitos, maior envolvimento com os nossos
representantes municipais; maior articulação
com as outras 3 Junta de freguesia mais
próximas; maior envolvimento dos militantes da
secção de Alvalade na detecção de conflitos ou
problemas locais; o secretariado terá que se
envolver mais na orientação politica destes
grupos nomeadamente na apresentação comum
de moções e resoluções.
Externo: “autarcas na rua” distribuição de
folhetos informando os fregueses das nossas
preocupações aos munícipes; divulgar o site do
PS Alvalade junta da população com vista a
aumentar a proximidade e a informação do
trabalho que vem sendo efectuado; fazer um
inquérito à população sobre as suas
preocupações e o que se poderia fazer para
aumentar a sua qualidade de vida local; maior
envolvimento dos autarcas com as forças vivas
das freguesias marcando reuniões de trabalho
periódicas.

CatarinaAlbergaria
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>LatinAmerica

Hugo Chávez perdeu.


Em referendo marcado por forte abstenção os
venezuelanos preferiram que a Constituição
determinasse a limitação de mandatos.
Entenderam bem, creio. Não só porque a
renovação é fundamental no exercício do poder
político não obstante o povo possa pretender que
os seus dirigentes persistam mas porque não é no
exercício do poder e no sentido da perpetuação
nele, que se deve defender golpes de Estado
constitucionais. Dado o clima político da venezuela
era como acreditar possível uma revisão
constitucional, quando levantado o estado de sítio.
Mas Chávez reconheceu a derrota. Felicitou os
adversários e admitiu perplexidade. Pese-se
embora a ira privada, soube ser magnânimo em
público. Acatou a vontade do povo. Apesar de tudo.

Hugo Chávez
As sete horas que aguardou até se reconhecer
derrotado, devem-se decerto ao persistir da
esperança e à tangencialidade do resultado.

Sublinho, como nota de enorme importância, a fraca


participação dos partidos tradicionais ou dos
constituídos pós-Chávez na campanha. Foram em
primeiro lugar os estudantes e depois movimentos
sociais diversos, que potenciaram uma mobilização
espontânea que condicionou o resultado final.
O povo a comunidade política do Estado
condicionou, conforme a democracia em abstracto
concebe, a organização do poder político do
Estado, no seu território.
Há muitas lições que se retiram deste fenómeno.
Em primeiro lugar relembramos que é a existência
de um povo num determinado território e a sua
necessidade de viver em sociedade, que determina
a circunstância da existência de um Estado e que
depois o regula.
Em segundo lugar que a política, na expressão das
suas mais importantes decisões, pode ultrapassar a
vontade e a intervenção dos partidos e até dos
políticos. Os movimentos de expressão directa e
pontual da vontade popular no quadro de
democracias participadas podem determinar a
evolução constitucional de um Estado.
Mesmo dos tidos como autoritários, está bem de
ver.

André Moz Caldas


Secção de Alvalade Dezembro de 2007
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> III.º Jantar de Reis


Secção de Alvalade> 4 de Janeiro>Hotel Roma

> Em Destaque

JANTAR DE REIS III

Hotel Roma
Reservas: Maria Otília (TLM. 914 607 278) António Miguel (TLM. 965 072 132)
Guedes Vaz (TLM. 914 556 969) Paula Guimarães (TLM. 969 060 810)
Manuela Cabeçadas (TLM. 967 083 357)

Jantar de convívio do PS Alvalade


com a temática do Dia de Reis
a 4 de Janeiro de 2008 às
20:30h no Hotel Roma.
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>O desafio São João de Brito - Passeios e Estacionamento

No último número desta publicação comecei uma É urgente apresentar um plano de


saga, não sei se interminável mas presumo que útil melhoramento dos passeios de São João de
não por ter lançado algum tema para discussão, que Brito, que tem passar pela colocação de pinos
não lancei, não por ter dito algo de inovador, que metálicos que impossibilitem o estacionamento
não disse, mas por ter lembrado aos militantes do indevido nos passeios, seguido de um plano de
PS que é preciso estarmos atentos aos nossos renovação do piso dos mesmos, posteriormente
bairros, sentir o pulso às Juntas de Freguesia, têm que ser colocadas vedações em todos os
apontar erros e traçar um caminho. canteiros da freguesia que impossibilitem a
Pretendo agora começar a reflectir o bairro onde passagem de animais domésticos, podendo
vivo, como também o fiz e ainda o faço em relação à assim a Junta investir em canteiros que ajudem
terra onde nasci, sempre ciente de que o poder a dar uma nova cara a este bairro, devem ser
autárquico deve e tem que ser a base do sistema colocados baldes do lixo em todos os cantos,
democrático, da representatividade popular e da equipados com cinzeiros e dispensadores de
participação cívica. A política não vive e morre na sacos de plástico para que os donos possam
macroecomia, não se faz apenas nos pólos de remover da via pública os dejetos dos seus
decisão nacional e é muitas vezes na sua base, animais e por fim deve ser contrato um serviço
repito as autarquias, que mais vezes consegue de “motocão”, que consiste numa mota
tocar o cidadão comum, aproximá-lo da política e equipada com um aspirador que remove os
conseguir a sua participação genuína na gestão da dejetos caninos, limpa e desinfecta os passeios,
coisa pública. evitando todos os perigos que os mesmos
Quando comecei a escrever este texto pensei em acarretam para a saúde pública e que já existe
fazer uma exaustiva exposição demográfica de São em autarquias como Beja todas estas medidas
João de Brito, pensei até em fazer um retrato podem parecer utópicas, mas são perfeitamente
histórico desta zona da cidade, ou talvez analisar os exequíveis.
resultados eleitorais nos últimos anos tudo isto me Posteriormente a estas medidas imediatas é
pareceu, pelo menos para já, desnecessário e qui necessário criar mais canteiros e tratar das
ça desinteressante. Resolvi então escolher um árvores que ainda restam na nossa freguesia,
primeiro tema, que para muitos vai parecer banal, estudar sítios para a implementação de
mas que possívelmente vai tocar melhor que pequenos parques infantis que tragam os pais e
ninguém as pessoas que aqui vivem. as crianças para a rua, dando uma nova
Escrevo então sobre os passeios, essas imundas vitalidade a São João de Brito. Claro que toda
vias pedonais que ilustram bem o laissez-faire no estas medidas acarretam outros problemas, na
que toca a políticas de higiéne e ambiente por parte minha modesta opinião de importancia reduzida,
da nossa Junta de Freguesia podem dizer-me que há excepção de um: o estacionamento.
o cuidado e limpeza dos mesmos é da É óbvio que as pessoas estacionam os veículos
responsabilidade da Câmara Munícipal, o que em em cima do passeio, na maior parte das vezes,
parte é verdade, mas também não se podem não por falta de cívismo, mas por que
esquecer que pouco ou nenhum esforço tem sido efectivamente têm essa necessidade, devido ao
feito para minorar esta situação. facto da nossa Freguesia ter poucos edíficios
Na verdade o estado dos passeios é lastimável: que têm garagem própria. Claro que isto não
completamente esburacados, com canteiros mal legítima de forma alguma o estacionamento nos
arranjados, com carros mal estacionados que passeios, mas têm que ser arranjadas
impossibilitam a passagem de pessoas com alternativas.
dificuldades motoras, sem baldes do lixo e Data de 2004 um projecto da Câmara Municipal
inundados de dejetos caninos por toda a parte. de Lisboa, presidida por Pedro Santana Lopes,
Pode e deve ser ponto de honra do Partido para a construção, com parceria privada, de um
Socialista denunciar esta situação e apresentar parque de estacionamento subterrâneo na Av.
alternativas para a mesma. da Igreja, que contou desde do primeiro
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momento com a oposição dos comerciantes,


movimentos de moradores e partidos políticos da
oposição, entre os quais o próprio Partido Socialista.
Este mesmo projecto, que Santana Lopes veio a 4
de Maio desse mesmo ano a abandonar em
Assembleia Municipal, ao que parece contava com
um parecer positivo da Junta de Freguesia já na data
PSD, as palavras são do agora presidente da
bancada parlamentar laranja na Assembleia da
República: "Este projecto não é meu, votei-o porque
tinha parecer positivo da Junta de Freguesia ( de
São João de Brito)" (Jornal A Capital, 5 de Maio de
2004*).
Neste mesmo dia podia ler-se no Jornal de Notícias:
“As sugestões dos moradores passam pela
construção de um parque de estacionamento no
Mercado de Alvalade Norte, na Avenida Rio de
Janeiro (entre o Inatel e a Avenida da Igreja), e por
dois outros parques há muito defendidos por
associações de moradores, que os querem
promover no Largo Frei Heitor Pinto e no Largo José
Duro."* como é óbvio não sei responder se estes
são os melhores espaços, mas sei que a Junta de
Freguesia deve desenvolver esfoços junto da
Câmara Municipal para que se voltem a debater os
problemas de estacionamento nesta zona e essa
também é uma missão do Partido Socialista que
deve desde já começar a estudar estas e outras
localizações.
Só acabando com o problema do estacionamento
em cima dos passeios é que conseguiremos restituir
dignidade aos mesmos, devendo ser esta uma das
primeiras prioridadades do Partido Socialista para
esta Freguesia.
*Dados retirados do site: campogrande.do.sapo.pt

João Gomes

joaogmes@juventudesocialista.org

> Em Destaque

JANTAR DE REIS III

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Reservas: Maria Otília (TLM. 914 607 278) António Miguel (TLM. 965 072 132)
Guedes Vaz (TLM. 914 556 969) Paula Guimarães (TLM. 969 060 810)
Manuela Cabeçadas (TLM. 967 083 357)
UMA SECÇÃO DE MILITANTES

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são
são os os votos
votos do
do Secretariado
Secretariado do do PS
PS Alvalade.
Alvalade.

Um abraço amigo e fraterno do,

Miguel Teixeira
(Secretário-coordenador)

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