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A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo.


Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali
permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram
reunificados. É o dia santo mais impor tante da religião cristã, quando as
pessoas vão às igrejas e participam de cerimónias religiosas.

Muitos costumes ligados ao período pascal originam -se dos festivais pagãos
da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa
judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é
celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egi pto durante o
reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de
passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina -se do


hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de
Pasqua e os franceses de Pâques.

Nossos amigos de Kidlink nos contaram como se escreve "Feliz Páscoa" em


diferentes idiomas. Assim: (Faraone ² 20/04/2003)

A Páscoa judaica é marcada sobretudo pela refeição (Seder) pascal, que é


feita em família. Além do jantar em família, eram celebrados ritos no
templo, incluindo o sacrifício do cordeiro, hoje não se celebram mais esses
ritos, mas há leituras nas sinagogas.

No jantar da Páscoa há alguns elementos importantes como o cordeiro


assado, pães ázimos, ervas amargas, ervas doces e o molho doce com cor de
tijolo. Na época do templo o corde iro pascal era sacrificado no próprio
templo, porém com sua destruição isso não foi mais possível, mas ficou a
lembrança. Pois, na bandeja da Páscoa sobre a mesa do Seder, deve ter um
osso grelhado, para lembrar do cordeiro e um ovo, "para lembrar as
oferendas festivas que acompanhavam os sacrifícios" (Mansonneuve, Festas
Judaicas, p. 31). Talvez venha daí nossa tradição do "ovo da Páscoa", tão
condenado por muitos hoje.

O jantar da Páscoa tem um carácter eminentemente didáctico, ele ensina às


gerações mais novas a torah oral, pois o filho mais novo pergunta o sentido
de cada elemento e o pai ou oficiante responde com base nos textos da
torah, conforme ensinou Hillel e Gamaliel. O rabino Gamaliel dizia: Quem não
explicou os três elementos que acompanham a Pá scoa não cumpriu com sua
obrigação. Essa explicação se dá no Seder como resposta às perguntas do
filho menor.

O Cordeiro Pascal (pesah) "é o sacrifício da Páscoa de Jahwé, que passou as


casas dos filhos de Israel no Egipto, quando feriu os egípcios e livro u nossas
casas" (Ex 12.27).

O Pão Ázimo (matsah) simboliza a falta de tempo de fermentar a massa do


pão na saída do Egipto. "E cozeram bolos ázimos da massa que levaram do
Egipto, porque ela não tinha levedado, porquanto foram lançados do Egipto;
e não puderam deter-se, nem haviam preparado comida." (Ex 12.39).

As Ervas Amargas (maror) têm seu lugar porque os egípcios tornaram a vida
dos israelitas amarga com o sofrimento da escravidão. "Assim lhes
amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijol os, e com toda
sorte de trabalho no campo, enfim com todo o seu serviço, em que os faziam
servir com dureza (Ex 1.14) ". Hillel introduz ainda o molho doce, cor de
tijolo, lembrando a produção de seu trabalho, no qual é embebida a erva
amarga para comer, pois a amargura da servidão se tornou em doçura,
graças à salvação. Esse também será o sentido das ervas doces.

O aspecto didáctico da Páscoa é prescrito em Ex 12.25 -26. Há no Midrasch


a apresentação de quatro filhos, que representam quatro posturas diante da
cerimónia.

1.c O sensato, que quer aprender o sentido da Páscoa, por


compreender ser ordenança de Jahwé;
2.c O insensato, que não se compreende como parte da comunidade
pascal, se excluindo de sua própria origem;

3.c O ingénuo, que desconhece o sentido e é esclarecido;

4.c O que não sebe fazer pergunta, a este é explicado por


iniciativa do pai.

A Páscoa judaica é assim, rica em sentidos pois representa uma actualização


da libertação de Deus da escravidão egípcia, com uma oportunidade de
ensino doméstico da torah, mantendo as gerações participantes da acção
libertadora de Jahwé na história.

O verdadeiro sentido da Páscoa

A festa da Páscoa

Para entendermos a Páscoa cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem


na festa judaica de mesmo nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado
no livro do Êxodo (Ex 12.1 -28). Por essa festa, a mais importante do
calendário judaico, o povo celebra o fa to histórico de sua libertação da
escravidão do Egipto acontecido há 3.275 anos, cujo protagonista desse
evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do
Sinai.
O evento ÊXODO/SINAI compreende a libertação do Egipto, a caminhada
pelo deserto e a aliança no monte Sinai (sintetizado nos dez mandamentos
dado a Moisés). De evento histórico se torna evento de fé. A passagem do
mar vermelho foi lembrada como Páscoa e ficou como um marco na história
do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sem pre foi comemorada com um rito
todo particular.

Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a


Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães ázimos (sem
fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26 -27; Dt
12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egipto (forma pela qual tal
fato era passado de geração em geração ² Ex 12.42; 13.2-8).

Essa celebração ganhou também dimensão futura com o passar do tempo. E


quando novamente dominados por estrangeiros, celebra vam a Páscoa
lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperança de uma nova
libertação, última e definitiva, quando toda escravidão seria vencida, e
haveria o começo de um mundo novo há muito tempo prometido.

A celebração da Páscoa reunia três real idades distintas:

pc Uma realidade do passado: o acontecimento histórico da


libertação do Egipto quando Israel tornou -se o povo de Deus;

pc Uma realidade do presente: a memória ritual ( celebração) do


fato passado levava o israelita a ter consciência de ser um
¶libertado· de Javé ( Deus), não somente os antepassados, mas o
sujeito de hoje (Dt 5.4);

pc Uma realidade futura: a libertação do Egipto era símbolo de


uma futura e definitiva libertação do povo de toda a
escravidão. Libertação esta que seria a nov a Páscoa, marcando
o fim de uma situação de pecado e o começo de uma nova era.
Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o duplo sentido da Páscoa
judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1 -
2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal,
do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.

A nova Páscoa não era uma libertação política do poder dos romanos, como
os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reino de Deus transcen de o
aspecto político, histórico e geográfico.

Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com sacrifício do cordeiro e


alimentando-nos com pães sem fermento, pois Cristo se deu em sacrifício
uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como cor deiro pascal,
como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.

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Liliana Ribeiro 7º E Nº 15

José Miguel Ribeiro 7ºE Nº14

Ricardo Pinheiro 7º E Nº 20

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