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Junior Maia1
fez crescer advindo da necessidade, em boa parte imposta pelo Estado, de uma formação
profissional contínua e sistematizada. Outro fator contribuinte foi à divulgação, através das
europeus.
A partir daí, a escola vem assumindo uma postura social e didático-informativa tendo
o aluno como foco especial – donde aflora a necessidade de estudar os meios pelos quais o
1999).
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É professor na Fundação Visconde de Cairu e nos cursos de formação de professores em serviço oferecidos pela
Universidade do Estado da Bahia. Na pós-graduação medeia informações sobre formação de professores, currículo
e intersubjetividades na FVC, ABEC, FSBA, UNIFACS e UNESI. Estuda Narrativas do Professorado.
Ao se efetivarem nas relações entre homem-natureza, homem-homem e homem-
diretamente dos vínculos de comunicação por eles constituídos e instituídos. O estudo dessa
presentes de formas explicitas os receios e desejos do ator social que na sala de aula é
chamado de aluno, e compreender estes vínculos relacionais é o que para Zabala (1998),
garantirá a qualidade do ensino, pois são nos tipos de trocas, na dialética constituída/instituída
atreladas a significados e referências (Della Torre, 1989); significados por serem atos dotados
por ser um ato recíproco de dois ou mais corpos membros de uma coletividade.
professor simplesmente transmitir conhecimentos para os que querem aprender, nem orientá-
los a perceberem suas necessidades. Nesse processo, tanto estudantes quanto professores se
mostram ativos. O estudante é o sujeito do processo, por ser aquele que em atividade com o
(1995), afirma que uma relação interativa, bilateral, de trocas de significados, dialógica,
Ricoeur citado por Aquino (1996) afirma que a legitimação acontece porque os
professores têm a tendência em acreditar na falta de conhecimentos dos estudantes, que
aprender é passar da ignorância ao saber, e que, esta passagem está ao poder do mestre,
abrindo espaços para repensar a formação do professor, em especial do professor pedagogo
ou estudante de estudante de pedagogia.
Lei 9394/96 que rege a educação brasileira veio reconhecer que a formação
contínua é um direito de todos os educadores, não servindo apenas para possibilitar mudança
e projeção na carreira, mas também, para garantir o estudo/atualização de conhecimentos e
competências profissionais.
Reportando ao Aurélio, a palavra ensino apresenta-se como ato de fazer com que
outro saiba transmitir conhecimento de e tornar ciente por meio de informação, experiência,
etc. A definição está muito aquém do que se designa a atividade do educador.
DA NECESSIDADE DE MUDANÇA
REFERÊNCIAS
AQUINO, Júlio Groppa. Confronto na sala de aula. Uma leitura institucional da relação
professor-aluno. São Paulo: Summus, 1996.
AUSUBEL, David. Psicologia educativa: um ponto de vista cognitivo. México: Trillas, 1978.
CANDAU, Vera Maria. Rumo a uma nova didática. Petrópoles, Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
DELLA TORRE, M.B.L. O homem e a sociedade. São Paulo: Ed. Nacional, 1989.
FINI, Maria Inês. Sobre a pesquisa qualitativa em educação que tem a fenomenologia como
suporte. In: ESPÓSITO, Vitória H.C & BICUDO, M.A.V. Pesquisa Qualitativa em Educação, 2ª
edição revisitada. Unimeo, 1997.
______________. Democratização da Escola Pública. 13ª edição. São Paulo, Loyola, 1985.
LA TAILLE, Yves de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicopedagenéticas em discussão. São
Paulo: Summus, 1992.
ZABALA, Antoni. A Prática Educativa- como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.