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Trabalho

De

Arte
Nome: Jhony Demetrio de Souza
Série: 9° I
N°: 16
O modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo
objetivo era o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e a arte
acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a
independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário modernista a
base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.

No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna,
realizada em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. No
entanto, devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do
movimento de 1922. As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o
modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; e no ano de 1917, a
pintora Anita Malfatti , recém-chegada da Europa, provoca uma renovação artística com
a exposição de seus quadros. A este período chamamos de Pré-Modernismo (1902-
1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro
Lobato e Augusto dos Anjos; nesse período ainda podemos notar certa influência de
movimentos anteriores como realismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.

A partir de 1922, com a Semana de Arte Moderna tem início o que chamamos de
Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), esta fase caracteriza-se por
um maior compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas
estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.),
na literatura há a criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional,
transformando a forma como até então se escrevia; algumas dessas mudanças são: a
Liberdade Formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o
soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização do cotidiano, a
reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também
pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-
Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.

Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do


Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo
predomínio da prosa de ficção. A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se
espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se
une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento
nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o
surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.

Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos
consideram a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as
fontes utilizadas para a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do
Modernismo o período compreendido entre 1945 e 1960 e como Tendências
Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje. Nesta terceira fase, a prosa dá
seqüência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa
intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a
permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e a
criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam
uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:


Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido
Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;

Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos,
Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira,
Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo
Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego,
Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice
Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida,
Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário
Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Érico Veríssimo;

Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;

Escultura: Victor Brecheret;

Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;

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