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18.10.

2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/1

I
(Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade)

REGULAMENTO (CE) N.o 1829/2003 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO


de 22 de Setembro de 2003
relativo a géneros alimentícios e alimentos para animais geneticamente modificados
(Texto relevante para efeitos do EEE)

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, (5) Foi estabelecido no Regulamento (CE) n.o 258/97 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Janeiro de
Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia 1997, relativo a novos alimentos e ingredientes alimen-
e, nomeadamente, os seus artigos 37.o e 95.o e a alínea b) do tares (5), um procedimento de autorização para os
n.o 4 do artigo 152.o, alimentos geneticamente modificados que envolve os
Estados-Membros e a Comissão. Este procedimento
Tendo em conta a proposta da Comissão (1), deverá ser racionalizado e tornado mais transparente.

Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social


Europeu (2),
(6) O Regulamento (CE) n.o 258/97 prevê também um
Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões ( ), 3 procedimento de notificação para novos alimentos que
sejam substancialmente equivalentes aos alimentos exis-
Deliberando nos termos do artigo 251.o do Tratado (4), tentes. Apesar de a equivalência substancial ser um
procedimento chave no processo de avaliação da segu-
rança de alimentos geneticamente modificados, não
Considerando o seguinte:
constitui por si mesmo uma avaliação de segurança. No
sentido de assegurar clareza, transparência e um quadro
(1) A livre circulação de géneros alimentícios e alimentos harmonizado para a autorização de alimentos genetica-
para animais seguros e saudáveis constitui um requisito mente modificados, este procedimento de notificação
essencial do mercado interno, contribuindo significativa- deve ser abandonado no que se refere aos alimentos
mente para a saúde e o bem-estar dos cidadãos e para os geneticamente modificados.
seus interesses sociais e económicos.

(2) Deverá ser assegurado um elevado nível de protecção da


vida e da saúde humanas na realização das políticas (7) Os alimentos para animais que sejam constituídos por
comunitárias. ou contenham organismos geneticamente modificados
(OGM) têm, até ao momento, sido autorizados nos
(3) Por forma a proteger a saúde humana e animal, os termos do procedimento de autorização previsto na
géneros alimentícios e alimentos para animais que sejam Directiva 90/220/CEE do Conselho, de 23 de Abril de
constituídos por, contenham ou sejam produzidos a 1990 (6), e na Directiva 2001/18/CE do Parlamento
partir de organismos geneticamente modificados (a Europeu e do Conselho, de 12 de Março de 2001, rela-
seguir denominados «géneros alimentícios e alimentos tiva à libertação deliberada no ambiente de organismos
para animais geneticamente modificados») deverão ser geneticamente modificados (7). Não existe um procedi-
submetidos a uma avaliação de segurança através de um mento de autorização para alimentos para animais
procedimento comunitário antes de serem colocados no produzidos a partir de OGM. Deverá ser criado um
mercado da Comunidade. procedimento de autorização comunitário único, eficaz e
transparente para alimentos para animais que sejam
(4) As diferenças entre as disposições legislativas, regula- constituídos por, contenham ou sejam produzidos a
mentares e administrativas nacionais em matéria de partir de OGM.
avaliação e autorização de géneros alimentícios e
alimentos para animais geneticamente modificados
podem entravar a sua livre circulação, criando condições
de concorrência desigual e desleal. (8) As disposições do presente regulamento aplicar-se-ão
também aos alimentos para animais destinados a animais
que não são criados para a produção alimentar.
(1) JO C 304 E de 30.10.2001, p. 221.
(2) JO C 221 de 17.9.2002, p. 114.
(3) JO C 278 de 14.11.2002, p. 31. (5) JO L 43 de 14.2.1997, p. 1.
(4) Parecer do Parlamento Europeu de 3 de Julho de 2002 (ainda não (6) JO L 117 de 8.5.1990, p. 15. Directiva revogada pela Directiva
publicado no Jornal Oficial), posição comum do Conselho de 17 de 2001/18/CE.
Março de 2003 (JO C 113 E de 13.5.2003, p. 31), decisão do Parla- (7) JO L 106 de 17.4.2001, p. 1. Directiva com a última redacção que
mento Europeu de 2 de Julho de 2003 (ainda não publicada no lhe foi dada pela Decisão 2002/811/CE do Conselho (JO L 280 de
Jornal Oficial) e decisão do Conselho de 22 de Julho de 2003. 18.10.2002, p. 27).
L 268/2 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

(9) Os novos procedimentos de autorização dos géneros alimentação humana (2), prevê a autorização de aditivos
alimentícios e alimentos para animais geneticamente utilizados nos géneros alimentícios. Além deste processo
modificados deverão incluir os novos princípios introdu- de autorização, os aditivos alimentares que sejam consti-
zidos na Directiva 2001/18/CE. Deverão também utilizar tuídos por, contenham ou sejam produzidos a partir de
o novo quadro para a avaliação do risco em questões de OGM deverão também ser abrangidos pelo âmbito do
segurança alimentar, estabelecido pelo Regulamento (CE) presente regulamento no que diz respeito à avaliação de
n.o 178/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de segurança da modificação genética, enquanto que a auto-
28 de Janeiro de 2002, que determina os princípios e rização final deverá ser concedida ao abrigo do procedi-
normas gerais da legislação alimentar, cria a Autoridade mento estabelecido na Directiva 89/107/CEE.
Europeia para a Segurança dos Alimentos e estabelece
procedimentos em matéria de segurança dos
alimentos (1). Assim, os géneros alimentícios e alimentos (13) Os aromatizantes abrangidos pelo âmbito da Directiva
para animais geneticamente modificados só deverão ser 88/388/CEE do Conselho, de 22 de Junho de 1988, rela-
autorizados para colocação no mercado comunitário tiva à aproximação das legislações dos Estados-Membros,
após uma avaliação científica do mais elevado nível no domínio dos aromas destinados a serem utilizados
possível de quaisquer riscos que apresentem para a saúde nos géneros alimentícios e dos materiais de base para a
humana e animal e, se tal for o caso, para o ambiente, a respectiva produção (3), que sejam constituídos por,
ser efectuada sob responsabilidade da Autoridade Euro- contenham, ou sejam produzidos a partir de OGM
peia para a Segurança dos Alimentos (a seguir designada deverão também ser abrangidos pelo âmbito do presente
«autoridade»). Esta avaliação científica deverá ser seguida regulamento no que se refere à avaliação de segurança
por uma decisão de gestão do risco tomada pela Comu- da modificação genética.
nidade, sob procedimento regulamentar através de uma
cooperação estreita entre a Comissão e os Estados-
-Membros. (14) A Directiva 82/471/CEE do Conselho, de 30 de Junho
de 1982, relativa a certos produtos utilizados na alimen-
tação dos animais (4), prevê um procedimento de apro-
(10) A experiência tem revelado que não deve ser concedida vação para as matérias para a alimentação animal produ-
autorização para uma única utilização sempre que seja zidas utilizando diferentes tecnologias que podem pôr
provável que um produto possa ser utilizado para fins em risco a saúde humana e animal e o ambiente. Estas
de alimentação humana e animal. Por isso, tais produtos matérias que sejam constituídas por, contenham ou
deverão apenas ser autorizados quando cumpram os sejam produzidos a partir de OGM deverão ser abran-
critérios de autorização relativos tanto aos géneros gidas pelo âmbito do presente regulamento.
alimentícios como aos alimentos para animais.

(15) A Directiva 70/524/CEE do Conselho, de 23 de


(11) Ao abrigo do presente regulamento, poderá ser conce-
Novembro de 1970, relativa aos aditivos na alimentação
dida autorização quer a um OGM a utilizar como
para animais (5), prevê um procedimento de autorização
matéria-prima para a produção de géneros alimentícios
para a colocação no mercado de aditivos utilizados nos
ou alimentos para animais e aos produtos para utilização
alimentos para animais. Além deste procedimento de
na alimentação humana e/ou animal que sejam consti-
autorização, os aditivos para alimentos para animais que
tuídos por, contenham ou sejam produzidos a partir
sejam constituídos por, contenham, ou sejam produzidos
desse OGM, quer a géneros alimentícios ou alimentos
a partir de OGM deverão também ser abrangidos pelo
para animais produzidos a partir de um OGM. Deste
âmbito do presente regulamento.
modo, sempre que um OGM utilizado na produção de
géneros alimentícios ou alimentos para animais tenha
sido autorizado ao abrigo do presente regulamento,
(16) O regulamento proposto deve abranger produtos produ-
géneros alimentícios ou alimentos para animais que
zidos «a partir de» um OGM mas não produtos produ-
sejam constituídos por, contenham ou sejam produzidos
zidos «com» um OGM. O critério de determinação é a
a partir desse OGM não necessitam de autorização ao
presença ou não de material derivado do material geneti-
abrigo do presente regulamento mas encontram-se
camente modificado original nos géneros alimentícios
sujeitos aos requisitos estabelecidos na autorização
ou alimentos para animais. Os auxiliares tecnológicos
concedida em relação ao OGM. Além disso, os géneros
que são apenas utilizados durante o processo de
alimentícios abrangidos por uma autorização concedida
produção dos géneros alimentícios ou dos alimentos
ao abrigo do presente regulamento encontram-se isentos
para animais não estão abrangidos pela definição de
dos requisitos do Regulamento (CE) n.o 258/97, relativo
género alimentício ou alimento para animais e, por isso,
a novos alimentos e ingredientes alimentares, excepto
estão excluídos do âmbito do presente regulamento. Da
quando pertençam a uma ou mais categorias definidas
mesma forma, também não estão abrangidos no âmbito
na alínea a) do n.o 2 do artigo 1.o do Regulamento (CE)
do presente regulamento os géneros alimentícios ou
n.o 258/97 com respeito a uma característica que não
tenha sido considerada para fins da autorização conce-
dida ao abrigo do presente regulamento. (2) JO L 40 de 11.2.1989, p. 27. Directiva alterada pela Directiva 94/
/34/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 237 de
10.9.1994, p. 1).
(3) JO L 184 de 15.7.1988, p. 61. Directiva alterada pela Directiva 91/
(12) A Directiva 89/107/CEE do Conselho, de 21 de /71/CEE da Comissão (JO L 42 de 15.2.1991, p. 25).
Dezembro de 1988, relativa à aproximação das legis- (4) JO L 213 de 21.7.1982, p. 8. Directiva com a última redacção que
lações dos Estados-Membros respeitantes aos aditivos lhe foi dada pela Directiva 1999/20/CE (JO L 80 de 25.3.1999, p.
que podem ser utilizados nos géneros destinados à 20).
(5) JO L 270 de 14.12.1970, p. 1. Directiva com a última redacção que
lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 1756/2002 (JO L 265 de
(1) JO L 31 de 1.2.2002, p. 1. 3.10.2002, p. 1).
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alimentos para animais fabricados com recurso a auxi- (22) Além disso, a rotulagem deverá informar acerca de qual-
liares tecnológicos geneticamente modificados. Deste quer característica ou propriedade que torne um género
modo, os produtos obtidos a partir de animais alimen- alimentício ou alimento para animais diferente do
tados com alimentos geneticamente modificados ou respectivo equivalente tradicional no que diz respeito à
tratados com medicamentos geneticamente modificados composição, valor nutritivo ou efeitos nutricionais, utili-
não estarão sujeitos aos requisitos da autorização nem zação prevista, implicações para a saúde em determi-
de rotulagem estabelecidos no presente regulamento. nadas camadas da população, bem como de qualquer
característica ou propriedade que possa dar origem a
(17) De acordo com o artigo 153.o do Tratado, a Comuni- preocupações de ordem ética ou religiosa.
dade contribuirá para a promoção do direito dos consu-
midores à informação. Além de outros tipos de infor-
mação ao público estabelecidos no presente regula- (23) O Regulamento (CE) n.o 1830/2003 do Parlamento
mento, a rotulagem dos produtos é um meio que Europeu e do Conselho, de 22 de Setembro de 2003,
permite ao consumidor efectuar uma escolha informada relativo à rastreabilidade e rotulagem de organismos
e facilitar a boa fé das transacções entre o vendedor e o geneticamente modificados e à rastreabilidade dos
comprador. géneros alimentícios e alimentos para animais produ-
zidos a partir de organismos geneticamente modificados
(18) O artigo 2.o da Directiva 2000/13/CE do Parlamento que modifica a Directiva 2001/18/CE (4), garante que a
Europeu e do Conselho, de 20 de Março de 2000, rela- informação pertinente relativa a qualquer modificação
tiva à aproximação das legislações dos Estados-Membros genética estará disponível em todas as fases de colocação
respeitantes à rotulagem, apresentação e publicidade dos no mercado do OGM e dos géneros alimentícios e dos
géneros alimentícios (1), prevê que a rotulagem não alimentos para animais produzidos a partir do mesmo, o
deverá induzir o comprador em erro no que se refere às que deverá, por isso, facilitar a rotulagem exacta.
características dos géneros alimentícios e, em especial,
no que diz respeito à sua natureza, identidade, proprie-
dades, composição e método de produção e de fabrico. (24) Apesar de alguns operadores evitarem a utilização de
géneros alimentícios e alimentos para animais genetica-
(19) Requisitos adicionais para a rotulagem de alimentos mente modificados, estes materiais podem estar
geneticamente modificados encontram-se estabelecidos presentes em vestígios ínfimos nos géneros alimentícios
no Regulamento (CE) n.o 258/97, no Regulamento (CE) e alimentos para animais tradicionais em resultado da
n.o 1139/98 do Conselho, de 26 de Maio de 1998, rela- sua presença acidental ou tecnicamente inevitável
tivo à menção obrigatória, na rotulagem de determi- durante a produção das sementes, o cultivo, colheita,
nados géneros alimentícios produzidos a partir de orga- transporte ou transformação. Em tais casos, estes
nismos geneticamente modificados, de outras infor- géneros alimentícios ou alimentos para animais não
mações para além das previstas na Directiva 79/112/ deverão ser sujeitos aos requisitos de rotulagem contidos
/CEE (2), e no Regulamento (CE) n.o 50/2000 da no presente regulamento. Por forma a alcançar este
Comissão, de 10 de Janeiro de 2000, relativo à rotu- objectivo, é necessário estabelecer limites para a
lagem dos géneros alimentícios e ingredientes alimen- presença acidental ou tecnicamente inevitável de material
tares que contêm aditivos e aromas geneticamente modi- geneticamente modificado nos géneros alimentícios e
ficados ou produzidos a partir de organismos genetica- alimentos para animais, tanto quando a comercialização
mente modificados (3). de tal material é autorizada na Comunidade como
quando a sua presença é tolerada por força do presente
regulamento.
(20) Deverão também ser estabelecidos requisitos harmoni-
zados de rotulagem para os alimentos geneticamente
modificados para animais para fornecer aos utilizadores
finais, nomeadamente os criadores de animais, infor- (25) É também adequado prever que, quando o nível combi-
mação exacta sobre a composição e propriedades destes nado da presença acidental ou tecnicamente inevitável
alimentos, o que permitirá ao utilizador efectuar uma dos materiais geneticamente modificados num género
escolha informada. alimentício ou alimento para animais ou num dos seus
componentes for superior aos limiares estabelecidos, essa
(21) A rotulagem deverá incluir informação objectiva de que presença seja indicada de acordo com o disposto no
o género alimentício ou alimento para animais consiste presente regulamento e sejam adoptadas normas especí-
em, contém ou é produzido a partir de OGM. Uma rotu- ficas para a sua execução. Deverá igualmente ser prevista
lagem clara, independentemente da detectabilidade de a possibilidade de estabelecer limiares mais baixos, em
ADN ou de proteína resultante da modificação genética especial para os géneros alimentícios e alimentos para
no produto final, está de acordo com a pretensão animais que contenham ou sejam constituídos por
expressa em vários inquéritos por uma grande maioria OGM, ou a fim de tomar em consideração os progressos
de consumidores, facilita uma escolha informada e evita científico e tecnológico.
potenciais enganos dos consumidores relativamente ao
método de fabrico ou de produção.
(26) É indispensável que os operadores se esforcem por evitar
(1) JO L 109 de 6.5.2000, p. 29. Directiva alterada pela Directiva qualquer presença acidental de material geneticamente
2001/101/CE da Comissão (JO L 310 de 28.11.2001, p. 19). modificado não autorizado pela legislação comunitária
(2) JO L 159 de 3.6.1998, p. 4. Regulamento com a última redacção nos géneros alimentícios ou nos alimentos para animais.
que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 49/2000 da Comissão
(JO L 6 de 11.1.2000, p. 13).
(3) JO L 6 de 11.1.2000, p. 15. (4) Ver página 24 do presente Jornal Oficial.
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Todavia, para garantir a praticabilidade e a viabilidade (32) Reconhece-se que, em alguns casos, a avaliação científica
do presente regulamento, um limiar específico, com a dos riscos não pode, só por si, fornecer todas as infor-
possibilidade de serem estabelecidos limites mais baixos, mações sobre as quais se deve basear uma decisão em
em especial no que se refere aos OGM vendidos directa- matéria de gestão dos riscos e que podem ser tidos em
mente ao consumidor final, deve ser estabelecido como conta outros factores legítimos no domínio em conside-
medida transitória para vestígios ínfimos de tal material ração.
geneticamente modificado nos géneros alimentícios ou
nos alimentos para animais, sempre que a presença de
tal material seja acidental ou tecnicamente inevitável e (33) Sempre que os pedidos digam respeito a produtos que
desde que sejam cumpridas todas as condições especí- contenham ou sejam constituídos por OGM, o reque-
ficas estabelecidas no presente regulamento. A Directiva rente deve poder escolher entre apresentar uma autori-
2001/18/CE deve ser adaptada em conformidade. A apli- zação de libertação deliberada no ambiente já obtida nos
cação desta medida deve ser revista no contexto da termos da parte C da Directiva 2001/18/CE, sem
revisão geral da execução do presente regulamento. prejuízo das condições estabelecidas nessa autorização,
ou solicitar que seja efectuada uma avaliação dos riscos
ambientais ao mesmo tempo que a avaliação de segu-
rança nos termos do presente regulamento. Neste último
caso, é necessário que a avaliação dos riscos ambientais
(27) Para determinar se a presença desses materiais é respeite os requisitos estabelecidos na Directiva 2001/
acidental ou tecnicamente inevitável, os operadores /18/CE e que as autoridades nacionais competentes desig-
devem estar em condições de demonstrar às autoridades nadas pelos Estados-Membros para o efeito sejam
competentes que adoptaram as medidas adequadas para consultadas pela autoridade. Além disso, é adequado dar
evitar a presença de géneros alimentícios ou alimentos à autoridade a possibilidade de solicitar a uma dessas
para animais geneticamente modificados. autoridades competentes que efectue a avaliação dos
riscos ambientais. É igualmente adequado, em conformi-
dade com o n.o 4 do artigo 12.o da Directiva 2001/18/
/CE, que as autoridades nacionais competentes designadas
nos termos da referida directiva para todos os casos que
digam respeito a OGM e a géneros alimentícios e/ou
(28) Os operadores devem evitar a presença acidental de alimentos para animais que contenham ou sejam consti-
OGM noutros produtos. A Comissão deve recolher infor- tuídos por OGM sejam consultadas pela autoridade antes
mações e, com base nas mesmas, elaborar orientações da finalização da avaliação dos riscos ambientais.
sobre a coexistência de culturas geneticamente modifi-
cadas, convencionais e orgânicas. Além disso, a
Comissão é convidada a apresentar, o mais rapidamente (34) No caso dos OGM destinados a serem utilizados como
possível, as propostas eventualmente necessárias. sementes ou outro material de reprodução vegetal que
sejam abrangidas pelo âmbito do presente regulamento,
a autoridade tem a obrigação de delegar a avaliação de
risco ambiental numa autoridade nacional competente.
Todavia, as autorizações concedidas ao abrigo do
(29) A rastreabilidade e rotulagem dos OGM em todas as presente regulamento deverão sê-lo sem prejuízo do
fases da sua colocação no mercado, incluindo a possibili- disposto nas Directivas 68/193/CEE (5), 2002/53/CE (6) e
dade de serem estabelecidos limiares, são asseguradas 2002/55/CE (7), que prevêem, em especial, as regras e
pela Directiva 2001/18/CE e pelo Regulamento (CE) n.o critérios de aceitação das variedades e a respectiva apro-
1830/2003. vação oficial para inclusão em catálogos comuns, nem
do disposto nas Directivas 66/401/CEE (8), 66/402/
/CEE (9), 68/193/CEE, 92/33/CEE (10), 92/34/CEE (11),
2002/54/CE (12), 2002/55/CE, 2002/56/CE (13) ou 2002/
/57/CE (14) que regulamentam, em especial, a certificação
(30) É necessário definir procedimentos harmonizados para a e comercialização das sementes e de outro material de
avaliação do risco e autorização que sejam eficazes, limi- reprodução vegetal.
tados no tempo e transparentes, bem como critérios para
a avaliação dos riscos potenciais associados aos géneros (5) JO L 93 de 17.4.1968, p. 15. Directiva com a última redacção que
lhe foi dada pela Directiva 2002/11/CE (JO L 53 de 23.2.2002, p.
alimentícios e aos alimentos para animais geneticamente 20).
modificados. (6) JO L 193 de 20.7.2002, p. 1.
(7) JO L 193 de 20.7.2002, p. 33.
(8) JO 125 de 11.7.1966, p. 2298/66. Directiva com a última redacção
que lhe foi dada pela Directiva 2001/64/CE (JO L 234 de 1.9.2001,
p. 60).
9
( ) JO 125 de 11.7.1966, p. 2309/66. Directiva com a última redacção
(31) Para garantir uma avaliação científica harmonizada dos que lhe foi dada pela Directiva 2001/64/CE.
géneros alimentícios e dos alimentos para animais gene- (10) JO L 157 de 10.6.1992, p. 1. Directiva com a última redacção que
lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 806/2003 (JO L 122 de
ticamente modificados, tais avaliações deverão ser efec- 16.5.2003, p. 1).
tuadas pela autoridade. Todavia, uma vez que os actos (11) JO L 157 de 10.6.1992, p. 10. Directiva com a última redacção
ou as omissões em conformidade com o presente regula- que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.o 806/2003.
mento, por parte da autoridade, podem produzir efeitos (12) JO L 193 de 20.7.2002, p. 12.
(13) JO L 193 de 20.7.2002, p. 60. Directiva alterada pela Decisão
jurídicos directos para os requerentes, convém prever a 2003/66/CE da Comissão (JO L 25 de 30.1.2003, p. 42).
possibilidade de proceder à revisão administrativa de tais (14) JO L 193 de 20.7.2002, p. 74. Directiva alterada pela Directiva
actos ou omissões. 2003/45/CE da Comissão (JO L 138 de 5.6.2003, p. 40).
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(35) É necessário introduzir, sempre que adequado e com (42) Deverão ser previstas disposições para a consulta ao
base nas conclusões da avaliação dos riscos, requisitos de Grupo Europeu de Ética para as Ciências e as Novas
vigilância pós colocação no mercado da utilização de Tecnologias, criado pela decisão da Comissão de 16 de
alimentos geneticamente modificados para consumo Dezembro de 1997, ou a qualquer órgão adequado
humano e da utilização de alimentos para animais gene- criado pela Comissão, com o objectivo de fornecer acon-
ticamente modificados para consumo animal. No caso selhamento relativo a questões éticas referentes à colo-
dos OGM, é obrigatório um plano de monitorização dos cação no mercado de géneros alimentícios e alimentos
efeitos ambientais em conformidade com a Directiva para animais geneticamente modificados. Tais consultas
2001/18/CE. são sem prejuízo da competência dos Estados-Membros
em questões de ética.
(36) No sentido de facilitar os controlos dos géneros alimentí-
cios e alimentos para animais, geneticamente modifi- (43) A fim de prever um elevado nível de protecção da vida e
cados, os requerentes da autorização deverão propor da saúde humanas, da saúde e do bem-estar dos animais,
métodos adequados de amostragem, identificação e do ambiente e dos interesses dos consumidores no que
detecção e enviar amostras dos alimentos para a alimen- se refere aos géneros alimentícios e aos alimentos para
tação humana e animal geneticamente modificados à animais geneticamente modificados, as exigências que
autoridade. Os métodos de amostragem e detecção decorrem do presente regulamento deverão ser aplicadas
deverão ser validados, sempre que adequado, pelo labo- de forma não discriminatória aos produtos originários
ratório de referência comunitário. da Comunidade e aos produtos importados de países
terceiros, de acordo com os princípios gerais estabele-
cidos no Regulamento (CE) n.o 178/2002. O teor do
(37) A evolução tecnológica e os avanços científicos deverão presente regulamento tem em conta os compromissos
ser levados em consideração na aplicação do presente das Comunidades Europeias em matéria de comércio
regulamento. internacional e os requisitos relativos às obrigações do
importador e à notificação impostos no Protocolo de
Cartagena sobre a Segurança Biológica anexo à
(38) Os géneros alimentícios e alimentos para animais abran- Convenção sobre a Diversidade Biológica.
gidos pelo presente regulamento que tenham sido legal-
mente colocados no mercado na Comunidade antes da
data de aplicação do presente regulamento deverão (44) Em consequência do presente regulamento, determi-
continuar a ser autorizados no mercado, desde que nados instrumentos de direito comunitário deverão ser
sejam apresentadas à Comissão pelos operadores, no revogados, enquanto que outros deverão ser alterados.
prazo de seis meses após a data de aplicação do presente
regulamento, informações relativas à avaliação dos riscos (45) A execução do presente regulamento deverá ser revista à
e aos métodos de amostragem, identificação e detecção, luz da experiência obtida a curto prazo, devendo o
conforme adequado, incluindo a transmissão de amos- impacto da aplicação do regulamento na saúde humana
tras dos géneros alimentícios e dos alimentos para e animal, na protecção e informação dos consumidores e
animais e respectivas amostras de controlo. no funcionamento do mercado interno ser acompa-
nhado pela Comissão,
(39) Deverá ser estabelecido um registo dos géneros alimentí-
cios e dos alimentos para animais geneticamente modifi-
cados autorizados ao abrigo do presente regulamento,
incluindo a informação específica do produto, estudos ADOPTARAM O PRESENTE REGULAMENTO:
que demonstrem a respectiva segurança, incluindo,
sempre que disponível, referências a estudos indepen-
dentes e avaliados pelos pares e a métodos de amos-
tragem, identificação e detecção. Os dados não confiden- CAPÍTULO I
ciais devem ser tornados públicos.
OBJECTIVO E DEFINIÇÕES
(40) No sentido de incentivar a investigação e o desenvolvi-
mento no domínio dos OGM para utilização nos géneros
alimentícios e/ou alimentos para animais, importa Artigo 1.o
proteger o investimento efectuado pelos inovadores na
recolha de informação e dados de apoio a um pedido ao
abrigo do presente regulamento. Esta protecção deverá, Objectivo
contudo, ser limitada no tempo por forma a evitar a
repetição desnecessária de estudos e ensaios o que seria Em conformidade com os princípios gerais estabelecidos no
contra o interesse público. Regulamento (CE) n.o 178/2002, o presente regulamento tem
por objectivo:
(41) As medidas necessárias à execução do presente regula- a) Proporcionar o fundamento para garantir, no que diz
mento serão aprovadas nos termos da Decisão 1999/ respeito aos géneros alimentícios e alimentos para animais
/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999, que fixa geneticamente modificados, um elevado nível de protecção
as regras de exercício das competências de execução atri- da vida e da saúde humanas, da saúde e do bem-estar dos
buídas à Comissão (1). animais, do ambiente e dos interesses dos consumidores,
assegurando simultaneamente o funcionamento eficaz do
(1) JO L 184 de 17.7.1999, p. 23. mercado interno;
L 268/6 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

b) Estabelecer procedimentos comunitários para a autorização 11. Entende-se por «amostra de controlo», o OGM ou o respec-
e supervisão dos géneros alimentícios e alimentos para tivo material genético (amostra positiva) e o organismo
animais geneticamente modificados; parental ou o respectivo material genético que tenha sido
utilizado para fins de modificação genética (amostra nega-
c) Estabelecer disposições para a rotulagem dos géneros tiva).
alimentícios e alimentos para animais geneticamente modifi-
cados. 12. Entende-se por «equivalente tradicional», um género
alimentício ou um alimento para animais similar, produ-
zido sem recurso a qualquer modificação genética e cuja
segurança de utilização esteja bem estabelecida.

Artigo 2.o 13. Entende-se por «ingrediente», um «ingrediente» na acepção


do n.o 4 do artigo 6.o da Directiva 2000/13/CE;
Definições
14. Entende-se por «colocação no mercado», a detenção de
géneros alimentícios ou de alimentos para animais para
Para efeitos do presente regulamento: efeitos de venda, incluindo a oferta para fins de venda ou
qualquer outra forma de transferência, a título oneroso ou
não, bem como a venda, a distribuição e outras formas de
1. São aplicáveis as definições de «género alimentício», transferência propriamente ditas.
«alimento para animais», «consumidor final», «empresa do
sector alimentar» e «empresa do sector dos alimentos para
15. Entende-se por «género alimentício pré-embalado», qual-
animais» estabelecidas no Regulamento (CE) n.o 178/2002.
quer unidade de venda destinada a ser apresentada como
tal, constituída por um género alimentício e pela emba-
2. É aplicável a definição de «rastreabilidade», prevista no lagem em aquele foi acondicionado antes de posto à venda,
Regulamento (CE) n.o 1830/2003. quer a embalagem o encerre na totalidade ou parcialmente,
desde que o conteúdo não possa ser alterado sem que a
3. Entende-se por «operador», a pessoa singular ou colectiva embalagem seja aberta ou alterada.
responsável por assegurar o cumprimento dos requisitos
do presente regulamento na empresa do sector alimentar 16. Entende-se por «colectividade», uma «colectividade» na
ou na empresa do sector dos alimentos para animais sob o acepção do artigo 1.o da Directiva 2000/13/CE.
seu controlo.

4. São aplicáveis as definições de «organismo», «libertação


deliberada» e «avaliação dos riscos ambientais» estabelecidas CAPÍTULO II
na Directiva 2001/18/CE.
GÉNEROS ALIMENTÍCIOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
5. Entende-se por «organismo geneticamente modificado» ou
«OGM», o organismo geneticamente modificado tal como
definido no n.o 2 do artigo 2.o da Directiva 2001/18/CE,
excluindo os organismos obtidos através das técnicas de
modificação genética enumeradas no anexo I B da Direc- Se c ç ão 1
tiva 2001/18/CE.
A utorização e sup e rvisão
6. Entende-se por «género alimentício geneticamente modifi-
cado», o género alimentício que contenha, seja constituído
por, ou seja produzido a partir de OGM.
Artigo 3.o
7. Entende-se por «alimento para animais geneticamente
modificado», o alimento para animais que contenha, seja
constituído por, ou seja produzido a partir de OGM. Âmbito de aplicação

8. Entende-se por «organismo geneticamente modificado 1. A presente secção abrange:


destinado à alimentação humana», o OGM que pode ser
utilizado como género alimentício ou como matéria-prima
para a produção de géneros alimentícios. a) Os OGM destinados à alimentação humana;

b) Os géneros alimentícios que contenham ou sejam consti-


9. Entende-se por «organismo geneticamente modificado tuídos por OGM;
destinado à alimentação animal», o OGM que pode ser
utilizado como alimento para animais ou como matéria-
-prima para a produção de alimentos para animais. c) Os géneros alimentícios produzidos a partir de ou que
contenham ingredientes produzidos a partir de OGM.
10. Entende-se por «produzido a partir de organismos geneti-
camente modificados» o que é derivado, no todo ou em 2. Sempre que necessário, poder-se-á determinar, nos termos
parte, de OGM, mas não contém nem é constituído por do n.o 2 do artigo 35.o, se um tipo de género alimentício é
OGM. abrangido pela presente secção.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/7

Artigo 4.o 2. O pedido deve ser enviado às autoridades nacionais


competentes de um Estado-Membro.
Requisitos
a) A autoridade nacional competente deve:
1. Os géneros alimentícios a que se refere o n. 1 do artigo
o
i) confirmar ao requerente, por escrito, a recepção do
3.o não devem: pedido no prazo de 14 dias a contar da referida
recepção. A confirmação deve indicar a data de recepção
a) Ter efeitos nocivos para a saúde humana, a saúde animal ou do pedido,
o ambiente;
ii) informar sem demora a Autoridade Europeia para a
b) Induzir em erro o consumidor; Segurança dos Alimentos, a seguir designada «autori-
dade», e
c) Diferir de tal forma dos géneros alimentícios que se
destinam a substituir que o seu consumo normal possa iii) pôr à disposição da autoridade o pedido bem como
implicar, em termos nutritivos, uma desvantagem para o quaisquer informações adicionais fornecidas pelo reque-
consumidor. rente;

2. Ninguém pode colocar no mercado um OGM destinado à b) A autoridade deve:


alimentação humana ou um género alimentício a que se refere i) informar sem demora os Estados-Membros e a Comissão
o n.o 1 do artigo 3.o que não esteja abrangido por uma autori- e pôr à sua disposição o pedido bem como quaisquer
zação concedida em conformidade com a presente secção e se informações adicionais fornecidas pelo requerente;
não forem cumpridas as condições relevantes estabelecidas
nessa autorização. ii) tornar pública a síntese do processo referida na alínea l)
do n.o 3.
3. Um OGM destinado à alimentação humana ou um género
alimentício a que se refere o n.o 1 do artigo 3.o só pode ser 3. O pedido deve ser acompanhado dos seguintes elementos:
autorizado se o requerente da autorização tiver demonstrado
adequada e suficientemente o cumprimento dos requisitos esta-
belecidos no n.o 1 do presente artigo. a) O nome e o endereço do requerente;

4. A autorização referida no n.o 2 pode abranger: b) A designação do género alimentício e as suas especificações,
incluindo a(s) construção(ões) usada(s) na(s) transformaç-
a) Um OGM e os géneros alimentícios que contenham ou ão(ões) utilizada(s);
sejam constituídos por esse OGM, bem como os géneros
alimentícios produzidos a partir de ou que contenham c) Se for caso disso, as informações a fornecer em conformi-
ingredientes produzidos a partir desse OGM; dade com o anexo II do Protocolo de Cartagena sobre a
Segurança Biológica anexo à Convenção sobre a Diversidade
b) Um género alimentício produzido a partir de um OGM, Biológica, a seguir designado «Protocolo de Cartagena»;
bem como os géneros alimentícios produzidos a partir de
ou que contenham esse género alimentício. d) Se for caso disso, uma descrição pormenorizada do método
de produção e de fabrico;
c) Um ingrediente produzido a partir de um OGM, bem como
os géneros alimentícios que contenham esse ingrediente.
e) Uma cópia dos estudos que tenham sido efectuados,
incluindo, se disponíveis, estudos independentes e avaliados
5. A autorização referida no n.o 2 só pode ser concedida, pelos pares e qualquer outro material disponível que
recusada, renovada, alterada, suspensa ou revogada pelos demonstre que o género alimentício cumpre os requisitos
motivos e de acordo com os procedimentos previstos no estabelecidos no n.o 1 do artigo 4.o;
presente regulamento.
f) Uma análise, apoiada por informações e dados adequados,
6. O requerente de uma autorização referida no n.o 2 e, após que demonstre que as características do género alimentício
concessão da autorização, o seu detentor ou o respectivo repre- não são diferentes das do equivalente tradicional tendo em
sentante, devem encontrar-se estabelecidos na Comunidade. conta os limites aceites das variações naturais de tais carac-
terísticas e os critérios definidos na alínea a) do n.o 2 do
7. A autorização prevista no presente regulamento é conce- artigo 13.o, ou uma proposta de rotulagem do género
dida sem prejuízo da Directiva 2002/53/CE, da Directiva 2002/ alimentício de acordo com o disposto na alínea a) do n.o 2 e
/55/CE e da Directiva 68/193/CEE. no n.o 3 do artigo 13.o;

g) Uma declaração fundamentada em como o género


alimentício não dá origem a preocupações éticas ou reli-
Artigo 5.o giosas, ou uma proposta de rotulagem de acordo com a
alínea b) do n.o 2 do artigo 13.o;
Pedido de autorização
h) Se for caso disso, as condições de colocação no mercado do
1. Para obter a autorização referida no n.o 2 do artigo 4.o, género alimentício ou dos géneros alimentícios a partir dele
deve ser apresentado um pedido em conformidade com as produzidos, incluindo as condições específicas de utilização
disposições a seguir indicadas. e manuseamento;
L 268/8 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

i) Métodos de detecção, amostragem (incluindo referências a Artigo 6.o


métodos de amostragem oficiais ou normalizados existentes)
e identificação da construção usada na transformação e, se
for caso disso, de detecção e identificação da construção Parecer da autoridade
usada na transformação no género alimentício e/ou nos
géneros alimentícios a partir dele produzidos;
1. Ao emitir o seu parecer, a autoridade deve esforçar-se por
j) Amostras do género alimentício e respectivas amostras de respeitar um prazo de seis meses a contar da data da recepção
controlo, bem como informações sobre o local onde é de um pedido válido. Este prazo é dilatado sempre que a auto-
possível ter acesso ao material de referência; ridade solicitar informação adicional ao requerente nos termos
do n.o 2.
k) Se for caso disso, uma proposta de monitorização da utili-
zação do género alimentício para consumo humano após a 2. A autoridade, ou a autoridade nacional competente
sua colocação no mercado; através da autoridade, pode, se necessário, exigir que o reque-
rente complete num determinado prazo as informações que
l) Uma síntese do processo sob forma normalizada. acompanham o pedido.

4. No caso de um pedido relativo a um OGM destinado à 3. Para efeitos de elaboração do parecer, a autoridade:
alimentação humana, as referências a «género alimentício» no
n.o 3 devem ser interpretadas como referências a géneros a) Deve verificar se as informações e documentação apresen-
alimentícios que contenham, sejam constituídos por ou sejam tadas pelo requerente se encontram em conformidade com
produzidos a partir do OGM que é objecto do pedido. o artigo 5.o e examinar se o género alimentício cumpre os
critérios estabelecidos no n.o 1 do artigo 4.o;
5. No que respeita aos OGM ou aos géneros alimentícios
que contenham ou sejam constituídos por OGM, o pedido deve b) Pode solicitar ao organismo de avaliação alimentar compe-
também ser acompanhado: tente de um Estado-Membro que efectue uma avaliação da
segurança do género alimentício em conformidade com o
artigo 36.o do Regulamento (CE) n.o 178/2002;
a) Do processo técnico completo, onde constem as infor-
mações previstas nos anexos III e IV da Directiva 2001/18/
/CE e as informações e conclusões acerca da avaliação dos c) Pode solicitar a uma autoridade competente, designada de
riscos efectuada em conformidade com os princípios defi- acordo com o artigo 4.o da Directiva 2001/18/CE, a reali-
nidos no anexo II da Directiva 2001/18/CE ou, sempre que zação de uma avaliação dos riscos ambientais. No entanto,
a colocação no mercado do OGM tenha sido autorizada nos se o pedido disser respeito a OGM a utilizar como sementes
termos da parte C da Directiva 2001/18/CE, uma cópia da ou outro material de reprodução vegetal, a autoridade deve
decisão de autorização; solicitar a uma autoridade nacional competente que realize
a avaliação dos riscos ambientais;
b) De um plano de monitorização dos efeitos ambientais em
conformidade com o anexo VII da Directiva 2001/18/CE, d) Deve enviar ao laboratório comunitário de referência as
incluindo uma proposta relativa à duração desse plano, que informações previstas nas alíneas i) e j) do n.o 3 do artigo
poderá ser diferente da duração proposta para a autori- 5.o O laboratório comunitário de referência deve testar e
zação. validar o método de detecção e identificação proposto pelo
requerente;

Nesse caso, não são aplicáveis os artigos 13.o a 24.o da Direc- e) Ao verificar a aplicação da alínea a) do n.o 2 do artigo 13.o,
tiva 2001/18/CE. deve examinar as informações e os dados apresentados pelo
requerente para demonstrar que as características do género
alimentício não são diferentes das do equivalente tradicional,
6. Sempre que o pedido se refira a uma substância cuja utili- tendo em conta os limites aceites das variações naturais de
zação e colocação no mercado seja sujeita, ao abrigo de outras tais características.
disposições da legislação comunitária, à sua inclusão numa lista
de substâncias registadas ou autorizadas com exclusão de todas
as outras, este facto deve ser mencionado no pedido, devendo 4. No caso dos OGM ou dos géneros alimentícios que conte-
ser indicado o estatuto da substância ao abrigo da legislação nham ou sejam constituídos por OGM, são aplicáveis à
pertinente. avaliação os requisitos de segurança ambiental previstos na
Directiva 2001/18/CE, por forma a assegurar a adopção de
todas as medidas adequadas para evitar os efeitos nocivos para
7. Após consulta à autoridade, a Comissão estabelece, nos a saúde humana e animal e para o ambiente que possam even-
termos do n.o 2 do artigo 35.o, as regras de execução do tualmente decorrer da libertação deliberada de OGM. Durante a
presente artigo, incluindo as relativas à elaboração e à apresen- avaliação dos pedidos de colocação no mercado de produtos
tação do pedido. que consistam em ou contenham OGM, a autoridade deve
consultar a autoridade nacional competente, na acepção da
Directiva 2001/18/CE, designada por cada um dos Estados-
8. Antes da data de aplicação do presente regulamento, a -Membros para o efeito. As autoridades competentes dispõem
autoridade deve publicar orientações pormenorizadas a fim de de um prazo de três meses a contar da data de recepção do
ajudar o requerente na elaboração e na apresentação do pedido. pedido para darem a conhecer o seu parecer.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/9

5. Um parecer favorável à autorização do género alimentício 3. A decisão final sobre o pedido é aprovada nos termos do
deve também incluir as seguintes informações: n.o 2 do artigo 35.o

a) O nome e o endereço do requerente;


4. A Comissão deve informar sem demora o requerente da
b) A designação do género alimentício e as suas especificações; decisão tomada e publicar detalhes da decisão no Jornal Oficial
da União Europeia.
c) Se for caso disso, as informações exigidas pelo anexo II do
Protocolo de Cartagena;
5. A autorização concedida de acordo com o procedimento
d) A proposta de rotulagem do género alimentício e/ou dos previsto no presente regulamento é válida em toda a Comuni-
géneros alimentícios a partir dele produzidos; dade por 10 anos e renovável de acordo com o artigo 11.o O
género alimentício autorizado deve ser inscrito no registo refe-
e) Se for caso disso, quaisquer condições ou restrições a impor rido no artigo 28.o Cada entrada no registo deve mencionar a
à colocação no mercado e/ou condições ou restrições data da autorização e incluir os dados referidos no n.o 2 do
específicas de utilização e manuseamento, incluindo requi- presente artigo.
sitos de monitorização após colocação no mercado com
base nos resultados da avaliação dos riscos, e no caso de
OGM ou de géneros alimentícios que contenham ou sejam 6. A autorização prevista na presente secção é concedida
constituídos por OGM, condições para a protecção de sem prejuízo de outras disposições da legislação comunitária
ecossistemas/ambiente específicos e/ou zonas geográficas; em matéria de utilização e colocação no mercado de
substâncias que apenas possam ser utilizadas se fizerem parte
f) O método de detecção, validado pelo laboratório comuni- de uma lista de substâncias registadas ou autorizadas com
tário de referência, incluindo a amostragem, a identificação exclusão de todas as outras.
da construção usada na transformação e, se aplicável, o
método de detecção e identificação da construção usada na
transformação nos géneros alimentícios e/ou nos géneros 7. A concessão da autorização não diminui a responsabili-
alimentícios produzidos a partir dele; a indicação onde é dade civil e penal de nenhum operador do sector alimentar no
possível ter acesso ao material de referência adequado; que diz respeito ao género alimentício em causa.
g) Se for caso disso, o plano de monitorização referido na
alínea b) do n.o 5 do artigo 5.o 8. As referências feitas nas partes A e D da Directiva 2001/
/18/CE a OGM autorizados nos termos da parte C da referida
6. A autoridade deve enviar o seu parecer aos Estados- directiva aplicam-se igualmente aos OGM autorizados nos
-Membros, à Comissão e ao requerente, com um relatório termos do presente regulamento.
descrevendo a sua avaliação do género alimentício e apresen-
tando os motivos do seu parecer e as informações em que o
mesmo assentou, incluindo os pareceres das autoridades
competentes, quando consultadas de acordo com o n.o 4.
Artigo 8.o
7. Em conformidade com o n.o 1 do artigo 38.o do Regula-
mento (CE) n.o 178/2002, a autoridade deve tornar público o Estatuto dos produtos existentes
seu parecer, após ter suprimido eventuais informações conside-
radas confidenciais, em conformidade com o artigo 30.o do
presente regulamento. Qualquer pessoa pode apresentar obser- 1. Em derrogação do n.o 2 do artigo 4.o, os produtos abran-
vações à Comissão no prazo de 30 dias após esta publicação. gidos pela presente secção que tenham sido legalmente colo-
cados no mercado comunitário antes da data de aplicação do
presente regulamento podem continuar a ser colocados no
mercado, utilizados e transformados desde que sejam
Artigo 7.o cumpridas as seguintes condições:

Autorização a) No caso dos produtos colocados no mercado nos termos da


Directiva 90/220/CEE antes da entrada em vigor do Regula-
1. No prazo de três meses a contar da recepção do parecer mento (CE) n.o 258/97 ou nos termos do Regulamento (CE)
da autoridade, a Comissão deve apresentar ao comité referido n.o 258/97, os operadores responsáveis pela colocação no
no artigo 35.o um projecto da decisão a tomar em relação ao mercado dos produtos em questão devem notificar a
pedido, tomando em consideração o parecer da autoridade, Comissão da data em que estes foram inicialmente colo-
quaisquer disposições pertinentes da legislação comunitária e cados no mercado comunitário, tendo para o efeito um
outros factores legítimos relevantes para a matéria em apreço. prazo de seis meses a contar da data de aplicação do
Sempre que o projecto de decisão não estiver de acordo com o presente regulamento;
parecer da autoridade, a Comissão deve dar uma explicação
para as diferenças. b) No caso dos produtos legalmente colocados no mercado
comunitário mas não referidos na alínea a), os operadores
2. Qualquer projecto de decisão que preveja a concessão da responsáveis pela colocação no mercado dos produtos em
autorização deve incluir os dados mencionados no n.o 5 do questão devem notificar a Comissão de que os produtos
artigo 6.o, o nome do detentor da autorização e, sempre que foram colocados no mercado comunitário antes da data de
adequado, o identificador único atribuído ao OGM, tal como aplicação do presente regulamento, tendo para o efeito um
referido no Regulamento (CE) n.o 1830/2003. prazo de seis meses a contar dessa data.
L 268/10 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

2. A notificação referida no n.o 1 deve ser acompanhada dos como géneros alimentícios ou alimentos para animais. Sempre
dados mencionados nos n.os 3 e 5 do artigo 5.o, caso tal seja que tenha sido imposta ao detentor da autorização uma moni-
adequado, os quais devem ser enviados pela Comissão à autori- torização após a colocação no mercado nos termos da alínea k)
dade e aos Estados-Membros. A autoridade deve enviar ao labo- do n.o 3 do artigo 5.o e/ou uma monitorização nos termos da
ratório comunitário de referência as informações previstas nas alínea b) do n.o 5 do artigo 5.o, este deve assegurar a sua reali-
alíneas i) e j) do n.o 3 do artigo 5.o O laboratório comunitário zação e apresentar relatórios à Comissão de acordo com o
de referência deve testar e validar o método de detecção e iden- previsto na autorização. Esses relatórios de monitorização
tificação proposto pelo requerente. devem ser postos à disposição do público, após terem sido
suprimidas as eventuais informações consideradas confidenciais
3. No prazo de um ano a contar da data de aplicação do em conformidade com o artigo 30.o
presente regulamento e depois de se ter verificado que foram
entregues e analisadas todas as informações, os produtos em 2. Caso o detentor da autorização pretenda alterar os termos
questão devem ser incluídos no registo. Cada entrada no registo da mesma, deve apresentar para o efeito um pedido em confor-
deve incluir, conforme adequado, os dados referidos no n.o 2 midade com o n.o 2 do artigo 5.o Os artigos 5.o, 6.o e 7.o
do artigo 7.o e, no caso dos produtos referidos na alínea a) do aplicam-se mutatis mutandis.
n.o 1, mencionar a data em que os produtos em questão foram
inicialmente colocados no mercado. 3. O detentor da autorização deve informar de imediato a
Comissão de qualquer novo dado científico ou técnico
4. No prazo de nove anos a contar da data em que os susceptível de influenciar a avaliação da segurança de utilização
produtos referidos na alínea a) do n.o 1 foram inicialmente do género alimentício. O detentor da autorização deve, nomea-
colocados no mercado, mas nunca antes de decorridos três damente, informar de imediato a Comissão de qualquer proi-
anos após a data de aplicação do presente regulamento, os bição ou restrição imposta pela autoridade competente de um
operadores responsáveis pela colocação no mercado dos refe- país terceiro em cujo mercado o género alimentício seja colo-
ridos produtos devem apresentar um pedido em conformidade cado.
com o artigo 11.o, que se aplica mutatis mutandis.
4. A Comissão deve comunicar sem demora à autoridade e
No prazo de três anos a contar da data de aplicação do aos Estados-Membros a informação fornecida pelo requerente.
presente regulamento, os operadores responsáveis pela colo-
cação no mercado dos produtos referidos na alínea b) do n.o 1
devem apresentar um pedido em conformidade com o artigo
11.o, que se aplica mutatis mutandis. Artigo 10.o

5. Os produtos referidos no n.o 1 e os géneros alimentícios Alteração, suspensão e revogação das autorizações
que os contenham ou sejam produzidos a partir deles ficam
sujeitos às disposições do presente regulamento, designada- 1. Por sua própria iniciativa ou no seguimento de um
mente dos artigos 9.o, 10.o e 34.o, que se aplicam mutatis pedido de um Estado-Membro ou da Comissão, a autoridade
mutandis. deve emitir parecer sobre se uma autorização para um produto
a que se refere o n.o 1 do artigo 3.o ainda preenche as
6. Sempre que a notificação e as informações que a acompa- condições previstas no presente regulamento. A autoridade
nham referidas nos n.os 1 e 2 não sejam entregues no prazo deve imediatamente informar desse facto a Comissão, o
estabelecido ou sejam consideradas incorrectas, ou sempre que detentor da autorização e os Estados-Membros. Em conformi-
um pedido não seja apresentado dentro do prazo estabelecido dade com o n.o 1 do artigo 38.o do Regulamento (CE) n.o 178/
nos termos do n.o 4, a Comissão, deliberando nos termos do /2002, a autoridade deve tornar público o seu parecer, após ter
n.o 2 do artigo 35.o, deve adoptar uma medida a exigir que o suprimido eventuais informações consideradas confidenciais em
produto em questão e quaisquer produtos dele derivados sejam conformidade com o artigo 30.o do presente regulamento.
retirados do mercado. Esta medida pode prever um prazo para Qualquer pessoa pode apresentar observações à Comissão no
a liquidação das existências do produto em causa. prazo de 30 dias após esta publicação.

7. No caso das autorizações não concedidas a um detentor 2. A Comissão deve analisar o parecer da autoridade o mais
específico, as informações ou o pedido devem ser apresentados rapidamente possível. Devem ser tomadas as medidas
à Comissão pelo operador que importa, produz ou fabrica os adequadas nos termos do artigo 34.o. Se for caso disso, a auto-
produtos referidos no presente artigo. rização deve ser alterada, suspensa ou revogada, nos termos do
artigo 7.o
8. As regras de execução do presente artigo são aprovadas
nos termos do n.o 2 do artigo 35.o 3. O n.o 2 do artigo 5.o e os artigos 6.o e 7.o aplicam-se
mutatis mutandis.

Artigo 9.o
Artigo 11.o
Supervisão
Renovação das autorizações
1. Após a emissão de uma autorização ao abrigo do
presente regulamento, o respectivo detentor e as partes interes- 1. As autorizações concedidas ao abrigo do presente regula-
sadas devem respeitar quaisquer condições ou restrições nela mento são renováveis por períodos de 10 anos, mediante
impostas e, em particular, certificar-se de que os produtos não pedido do detentor da autorização à Comissão, a apresentar o
abrangidos pela autorização não serão colocados no mercado mais tardar um ano antes da data de expiração da autorização.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/11

2. O pedido deve ser acompanhado dos seguintes elementos: 4. Podem ser estabelecidos limiares adequados mais baixos
nos termos do n.o 2 do artigo 35.o, particularmente no que
a) Cópia da autorização de colocação do género alimentício no respeita aos alimentos que contenham ou sejam constituídos
mercado; por OGM ou para ter em conta os progressos científico e
tecnológico.
b) Relatório dos resultados da monitorização, se especificado
na autorização;
c) Qualquer outra nova informação disponível relativamente à
avaliação da segurança de utilização do género alimentício e Artigo 13.o
aos riscos do género alimentício para o consumidor ou para
o ambiente;
Requisitos
d) Se for caso disso, uma proposta para alterar ou completar
as condições da autorização inicial, nomeadamente as
condições relativas à futura monitorização. 1. Sem prejuízo das outras disposições da legislação comuni-
tária relativas à rotulagem dos géneros alimentícios, os géneros
3. O n.o 2 do artigo 5.o e os artigos 6.o e 7.o aplicam-se alimentícios que se enquadrem no âmbito da presente secção
mutatis mutandis. devem ser sujeitos aos seguintes requisitos de rotulagem especí-
ficos:
4. Sempre que, por razões não imputáveis ao detentor da
autorização, não tenha sido tomada nenhuma decisão sobre a a) Sempre que o género alimentício consista em mais do que
renovação da autorização antes de esta expirar, o período de um ingrediente, os termos «geneticamente modificado» ou
autorização do produto deve ser prorrogado automaticamente «produzido a partir de [nome do ingrediente] geneticamente
até que seja tomada uma decisão. modificado» devem constar da lista dos ingredientes prevista
no artigo 6.o da Directiva 2000/13/CE, entre parênteses e
5. Após consulta à autoridade, a Comissão pode, nos termos imediatamente a seguir ao nome do ingrediente em causa;
do n.o 2 do artigo 35.o, estabelecer as regras de execução do
presente artigo, incluindo as relativas à elaboração e à apresen- b) Sempre que o ingrediente seja designado pelo nome de uma
tação do pedido. categoria, devem constar da lista dos ingredientes os termos
«contém [nome do organismo] geneticamente modificado»
6. A autoridade deve publicar orientações pormenorizadas a ou «contém [nome do ingrediente] produzido a partir de
fim de ajudar o requerente na elaboração e na apresentação do [nome do organismo] geneticamente modificado»;
seu pedido.
c) Sempre que não exista lista de ingredientes, devem constar
claramente da rotulagem os termos «geneticamente modifi-
cado» ou «produzido a partir de [nome do organismo] gene-
Secção 2 ticamente modificado»;
Rotulagem d) As indicações referidas nas alíneas a) e b) podem figurar
numa nota de rodapé à lista dos ingredientes, caso em que
deverão ser impressas com caracteres pelo menos do mesmo
Artigo 12.o tamanho que os da lista dos ingredientes. Sempre que não
exista lista de ingredientes, devem constar claramente do
Âmbito de aplicação rótulo;

1. A presente secção aplica-se aos géneros alimentícios e) Sempre que o género alimentício seja apresentado ao consu-
fornecidos como tal na Comunidade, ao consumidor final ou a midor final como um género alimentício não pré-embalado
colectividades, e que: ou como um género alimentício pré-embalado em pequenos
acondicionamentos, cuja superfície maior seja inferior a
a) Contenham ou sejam constituídos por OGM; ou 10 cm2, a informação exigida no presente número deve ser
indicada quer no expositor do género alimentício ou no
b) Sejam produzidos a partir de ou contenham ingredientes local imediatamente contíguo a este, quer na embalagem, de
produzidos a partir de OGM. forma permanente e visível, em caracteres de tamanho sufi-
ciente para ser facilmente legível e identificada.
2. A presente secção não se aplica aos géneros alimentícios
que contenham material que contenha, seja constituído por ou
seja produzido a partir de OGM numa proporção não superior 2. Além dos requisitos de rotulagem estabelecidos no n.o 1,
a 0,9 % dos ingredientes que os compõem, considerados indivi- a rotulagem deve também mencionar qualquer característica ou
dualmente, ou do próprio género alimentício, se este consistir propriedade que seja especificada na autorização, nos seguintes
num único ingrediente, desde que a presença desse material seja casos:
acidental ou tecnicamente inevitável.
a) Sempre que um género alimentício seja diferente do equiva-
3. Para determinar se a presença desse material é acidental lente tradicional no que se refere às seguintes características
ou tecnicamente inevitável, os operadores devem estar em ou propriedades:
condições de fornecer, de uma forma que as autoridades i) composição,
competentes considerem suficiente, provas de que tomaram as
medidas adequadas para evitar a presença de tal material. ii) valor nutritivo ou efeitos nutricionais,
L 268/12 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

iii) utilização prevista do género alimentício, Artigo 16.o


iv) implicações para a saúde de determinadas camadas da
população, Requisitos

b) Sempre que um género alimentício possa dar origem a


1. Os alimentos para animais referidos no n.o 1 do artigo
preocupações de ordem ética ou religiosa.
15.o não devem:

3. Além dos requisitos de rotulagem estabelecidos no n.o 1 e a) Ter efeitos nocivos para a saúde humana, a saúde animal ou
de acordo com o especificado na autorização, a rotulagem dos o ambiente;
géneros alimentícios abrangidos pela presente secção para os
quais não exista um equivalente tradicional deve conter infor- b) Induzir em erro o utilizador;
mações adequadas acerca da natureza e das características dos
géneros alimentícios em questão. c) Prejudicar o utilizador, ou induzi-lo em erro, ao alterar as
características distintivas dos produtos animais;

d) Diferir de tal forma dos alimentos para animais que se


Artigo 14.o destinam a substituir que o seu consumo normal possa
implicar, em termos nutritivos, uma desvantagem para os
Medidas de execução animais ou para os seres humanos.

1. As regras de execução da presente secção, entre outras as 2. Ninguém pode colocar no mercado, utilizar ou trans-
relativas às medidas necessárias para que os operadores formar um produto referido no n.o 1 do artigo 15.o que não
cumpram os requisitos de rotulagem, podem ser aprovadas nos esteja abrangido por uma autorização concedida em conformi-
termos do n.o 2 do artigo 35.o dade com a presente secção e se não forem cumpridas as
condições relevantes estabelecidas nessa autorização.
2. Podem ser adoptadas nos termos do n.o 2 do artigo 35.o
regras específicas no que se refere às informações a prestar 3. Um produto referido no n.o 1 do artigo 15.o só pode ser
pelas colectividades que fornecem alimentos ao consumidor autorizado se o requerente da autorização tiver demonstrado
final. adequada e suficientemente o cumprimento dos requisitos esta-
belecidos no n.o 1 do presente artigo.
A fim de atender à situação específica destas colectividades, as
referidas normas podem prever uma adaptação dos requisitos 4. A autorização referida no n.o 2 pode abranger:
da alínea e) do n.o 1 do artigo 13.o
a) Um OGM e os alimentos para animais que contenham ou
sejam constituídos por OGM, bem como os alimentos para
animais produzidos a partir desse organismo;
CAPÍTULO III
b) Um alimento para animais produzido a partir de um orga-
ALIMENTOS PARA ANIMAIS GENETICAMENTE nismo geneticamente modificado, bem como os alimentos
MODIFICADOS para animais produzidos a partir de ou que contenham esse
alimento.

Secção 1 5. A autorização referida no n.o 2 só pode ser concedida,


recusada, renovada, alterada, suspensa ou revogada pelos
motivos e de acordo com os procedimentos previstos no
A utorização e sup e rvisão presente regulamento.

6. O requerente de uma autorização referida no n.o 2 e, após


Artigo 15.o concessão da autorização, o seu detentor ou o respectivo repre-
sentante, devem encontrar-se estabelecidos na Comunidade.
Âmbito de aplicação
7. A autorização prevista no presente regulamento é conce-
dida sem prejuízo da Directiva 68/193/CEE, da Directiva 2002/
1. A presente secção abrange: /53/CE e da Directiva 2002/55/CE.
a) Os OGM destinados à alimentação animal;

b) Os alimentos para animais que contenham ou sejam consti- Artigo 17.o


tuídos por OGM;

c) Os alimentos para animais produzidos a partir de OGM. Pedido de autorização

2. Sempre que necessário, pode determinar-se, nos termos 1. Para obter a autorização referida no n.o 2 do artigo 16.o,
do n.o 2 do artigo 35.o, se um tipo de alimento para animais é deve ser apresentado um pedido em conformidade com as
abrangido pela presente secção. disposições a seguir indicadas.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/13

2. O pedido deve ser enviado às autoridades nacionais i) Métodos de detecção, amostragem (incluindo referências aos
competentes de um Estado-Membro. métodos de amostragem oficiais ou normalizados existentes)
e identificação da construção usada na transformação e, se
a) A autoridade nacional competente deve: for caso disso, de detecção e identificação da construção
i) confirmar ao requerente, por escrito, a recepção do usada na transformação no alimento para animais e/ou no
pedido no prazo de 14 dias a contar da referida alimento para animais produzido a partir dele;
recepção. A confirmação deve indicar a data de recepção
do pedido, j) Amostras do alimento para animais e respectivas amostras
de controlo e informações sobre o local onde é possível ter
ii) informar sem demora a autoridade, e
acesso ao material de referência;
iii) pôr à disposição da autoridade o pedido bem como
quaisquer informações adicionais fornecidas pelo reque- k) Se for caso disso, uma proposta de monitorização da utili-
rente; zação do alimento para animais após a sua colocação no
mercado;
b) A autoridade deve:
i) informar sem demora os outros Estados-Membros e a l) Uma síntese do processo sob forma normalizada.
Comissão e pôr à sua disposição o pedido bem como
quaisquer informações adicionais fornecidas pelo reque-
rente, 4. No caso de um pedido relativo a um OGM destinado à
ii) tornar pública a síntese do processo referida na alínea l) alimentação animal, as referências a «alimento para animais» no
do n.o 3. n.o 3 devem ser interpretadas como referências a alimentos
para animais que contenham, sejam constituídos por ou sejam
produzidos a partir do OGM que é objecto do pedido.
3. O pedido deve ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) O nome e o endereço do requerente;


5. No que respeita aos OGM ou aos alimentos para animais
b) A designação do alimento para animais e as suas especifi- que contenham ou sejam constituídos por OGM, o pedido deve
cações, incluindo a(s) construção(ões) usada(s) na transfor- também ser acompanhado:
mação;
a) Do processo técnico completo, onde constem as infor-
c) Se for caso disso, as informações a fornecer em conformi- mações previstas nos anexos III e IV da Directiva 2001/18/
dade com o anexo II do Protocolo de Cartagena; /CE e as informações e conclusões acerca da avaliação dos
riscos efectuada em conformidade com os princípios defi-
d) Se for caso disso, uma descrição pormenorizada do método nidos no anexo II da Directiva 2001/18/CE ou, sempre que
de produção e de fabrico e as utilizações previstas do a colocação no mercado do OGM tenha sido autorizada nos
alimento para animais; termos da parte C da Directiva 2001/18/CE, uma cópia da
decisão de autorização;
e) Uma cópia dos estudos que tenham sido efectuados,
incluindo, se disponíveis, estudos independentes e avaliados
b) De um plano de monitorização dos efeitos ambientais em
pelos pares e qualquer outro material disponível que
conformidade com o anexo VII da Directiva 2001/18/CE,
demonstre que o alimento para animais cumpre os requi-
incluindo uma proposta relativa à duração desse plano, que
sitos estabelecidos no n.o 1 do artigo 16.o e, nomeadamente
poderá ser diferente da duração proposta para a autori-
para os alimentos para animais abrangidos pela Directiva
zação.
82/471/CEE, as informações exigidas ao abrigo da Directiva
83/228/CEE do Conselho, de 18 de Abril de 1983, relativa
à fixação de linhas directrizes para a avaliação de certos Nesse caso, não são aplicáveis os artigos 13.o a 24.o da
produtos utilizados na alimentação dos animais (1); Directiva 2001/18/CE.

f) Uma análise, apoiada por informações e dados adequados,


que demonstre que as características dos alimentos para 6. Sempre que o pedido se refira a uma substância cuja utili-
animais não são diferentes das do equivalente tradicional, zação e colocação no mercado seja sujeita, ao abrigo de outras
tendo em conta os limites aceites das variações naturais de disposições da legislação comunitária, à sua inclusão numa lista
tais características e os critérios definidos na alínea c) do n.o de substâncias registadas ou autorizadas com exclusão de
2 do artigo 25.o ou uma proposta de rotulagem dos outras, este facto deve ser mencionado no pedido, devendo ser
alimentos para animais, de acordo com o disposto na alínea indicado o estatuto da substância ao abrigo da legislação perti-
c) do n.o 2 e no n.o 4 do artigo 25.o; nente.

g) Uma declaração fundamentada em como o alimento para


animais não dá origem a preocupações éticas ou religiosas, 7. Após consulta à autoridade, a Comissão estabelece, nos
ou uma proposta de rotulagem de acordo com a alínea d) termos do n.o 2 do artigo 35.o, as regras de execução do
do n.o 2 do artigo 25.o; presente artigo, incluindo as relativas à elaboração e à apresen-
tação do pedido.
h) Se for caso disso, as condições de colocação no mercado do
alimento para animais, incluindo as condições específicas de
utilização e manuseamento; 8. Antes da data de aplicação do presente regulamento, a
autoridade deve publicar orientações pormenorizadas a fim de
(1) JO L 126 de 13.5.1983, p. 23. ajudar o requerente na elaboração e na apresentação do pedido.
L 268/14 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

Artigo 18.o 5. Um parecer favorável à autorização do alimento para


animais, deve também incluir as seguintes informações:
Parecer da autoridade
a) O nome e o endereço do requerente;

1. Ao emitir o seu parecer, a autoridade deve esforçar-se por b) A designação do alimento para animais e as suas especifi-
respeitar um prazo de seis meses a contar da data da recepção cações;
dum pedido válido. Este prazo é prorrogado sempre que a
autoridade solicitar informação adicional ao requerente nos c) Se for caso disso, as informações exigidas pelo anexo II do
termos do n.o 2. Protocolo de Cartagena;

2. A autoridade, ou a autoridade nacional competente d) A proposta de rotulagem do alimento para animais;


através da autoridade, pode, se necessário, exigir que o reque-
rente complete num determinado prazo as informações que e) Se for caso disso, quaisquer condições ou restrições a impor
acompanham o pedido. à colocação no mercado e/ou condições ou restrições
específicas de utilização e manuseamento, incluindo requi-
sitos de monitorização após colocação no mercado com
3. Para efeitos de elaboração do parecer, a autoridade:
base nos resultados da avaliação dos riscos, e no caso de
OGM ou sejam constituídos por OGM, condições para a
a) Deve verificar se as informações e documentação apresen- protecção de ecossistemas/ambiente específicos e/ou zonas
tadas pelo requerente se encontram em conformidade com geográficas;
o artigo 17.o e examinar se o alimento para animais cumpre
os critérios estabelecidos no n.o 1 do artigo 16.o;
f) O método de detecção, validado pelo laboratório comuni-
tário de referência, incluindo a amostragem, a identificação
b) Pode solicitar ao organismo de avaliação dos alimentos para
da construção usada na transformação e, se for caso disso, o
animais competente de um Estado-Membro que efectue uma
método de detecção e identificação da construção usada na
avaliação da segurança do alimento para animais em confor-
transformação no alimento para animais e/ou no alimento
midade com o artigo 36.o do Regulamento (CE) n.o 178/
para animais produzido a partir dele; a indicação onde é
/2002;
possível ter acesso ao material de referência adequado;
c) Pode solicitar a uma autoridade competente, designada de
acordo com o artigo 4.o da Directiva 2001/18/CE, a reali- g) Se for caso disso, o plano de monitorização referido na
zação de uma avaliação dos riscos ambientais. No entanto, alínea b) do n.o 5 do artigo 17.o
se o pedido disser respeito a OGM a utilizar como sementes
ou outro material de reprodução vegetal, a autoridade deve
6. A autoridade deve enviar o seu parecer aos Estados-
solicitar a uma autoridade nacional competente que realize
-Membros, à Comissão e ao requerente, com um relatório
a avaliação dos riscos ambientais;
descrevendo a sua avaliação do alimento para animais e apre-
sentando os motivos do seu parecer e as informações em que
d) Deve enviar ao laboratório comunitário de referência as assentou, incluindo os pareceres das autoridades competentes,
informações previstas nas alíneas i) e j) do n.o 3 do artigo quando consultadas de acordo com o n.o 4.
17.o O laboratório comunitário de referência deve testar e
validar o método de detecção e identificação proposto pelo
requerente; 7. Em conformidade com o n.o 1 do artigo 38.o do Regula-
mento (CE) n.o 178/2002, a autoridade deve tornar público o
e) Ao verificar a aplicação da alínea c) do n.o 2 do artigo 25.o, seu parecer, após ter suprimido eventuais informações conside-
deve examinar as informações e os dados apresentados pelo radas confidenciais, em conformidade com o artigo 30.o do
requerente para demonstrar que as características do presente regulamento. Qualquer pessoa pode apresentar obser-
alimento para animais não são diferentes das do equivalente vações à Comissão no prazo de 30 dias após esta publicação.
tradicional tendo em conta os limites aceites das variações
naturais de tais características.

4. No caso dos OGM ou alimentos para animais genetica- Artigo 19.o


mente modificados que contenham ou sejam constituídos por
OGM, são aplicáveis à avaliação os requisitos de segurança
ambiental previstos na Directiva 2001/18/CE, por forma a asse- Autorização
gurar a adopção de todas as medidas adequadas para evitar os
efeitos nocivos para a saúde humana e animal e para o ambi-
ente que possam eventualmente decorrer da libertação delibe- 1. No prazo de três meses a contar da recepção do parecer
rada de OGM. Durante a avaliação dos pedidos de colocação da autoridade, a Comissão deve apresentar ao Comité referido
no mercado de produtos que contenham ou sejam constituídos no artigo 35.o um projecto da decisão a tomar em relação ao
por OGM, a autoridade deve consultar a autoridade nacional pedido, tomando em consideração o parecer da autoridade,
competente, na acepção da Directiva 2001/18/CE, designada quaisquer disposições pertinentes da legislação comunitária e
por cada um dos Estados-Membros para o efeito. As autori- outros factores legítimos relevantes para a matéria em apreço.
dades competentes dispõem de um prazo de três meses a Sempre que o projecto de decisão não estiver de acordo com o
contar da data de recepção do pedido para darem a conhecer o parecer da autoridade, a Comissão deve dar uma explicação
seu parecer. para as diferenças.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/15

2. Qualquer projecto de decisão que preveja a concessão da questão devem notificar a Comissão de que esses produtos
autorização deve incluir os dados mencionados no n.o 5 do foram colocados no mercado comunitário antes da data de
artigo 18.o, o nome do detentor da autorização e, sempre que aplicação do presente regulamento, tendo para o efeito um
adequado, o identificador único atribuído ao OGM, tal como prazo de seis meses a contar dessa data.
referido no Regulamento (CE) n.o 1830/2003.

3. A decisão final sobre o pedido é aprovada nos termos do 2. A notificação referida no n.o 1 deve ser acompanhada dos
n.o 2 do artigo 35.o dados mencionados nos n.os 3 e 5 do artigo 17.o, caso tal seja
adequado, os quais devem ser enviados pela Comissão à autori-
dade e aos Estados-Membros. A autoridade deve enviar ao labo-
4. A Comissão deve informar sem demora o requerente da ratório comunitário de referência as informações previstas nas
decisão tomada e publicar detalhes da decisão no Jornal Oficial alíneas i) e j) do n.o 3 do artigo 17.o O laboratório comunitário
da União Europeia. de referência deve testar e validar o método de detecção e iden-
tificação proposto pelo requerente.
5. A autorização concedida de acordo com o procedimento
previsto no presente regulamento é válida em toda a Comuni-
dade por 10 anos e renovável de acordo com o artigo 23.o O 3. No prazo de um ano a contar da data de aplicação do
alimento para animais autorizado deve ser inscrito no registo presente regulamento e depois de se ter verificado que foram
referido no artigo 28.o Cada entrada no registo deve mencionar entregues e analisadas todas as informações, os produtos em
a data da autorização e incluir os dados referidos no n.o 2 do questão devem ser incluídos no registo. Cada entrada no registo
presente artigo. deve incluir, conforme adequado, os dados referidos no n.o 2
do artigo 19.o e, no caso dos produtos referidos na alínea a) do
6. A autorização prevista na presente secção é concedida n.o 1, mencionar a data em que os produtos em questão foram
sem prejuízo de outras disposições da legislação comunitária inicialmente colocados no mercado.
em matéria de utilização e colocação no mercado de
substâncias que apenas possam ser utilizadas se fizerem parte
de uma lista de substâncias registadas ou autorizadas com 4. No prazo de nove anos a contar da data em que os
exclusão de todas as outras. produtos referidos na alínea a) do n.o 1 foram inicialmente
colocados no mercado, mas nunca antes de decorridos três
anos após a data de aplicação do presente regulamento, os
7. A concessão da autorização não diminui a responsabili- operadores responsáveis pela colocação no mercado dos refe-
dade civil e penal de nenhum operador do sector alimentar no ridos produtos devem apresentar um pedido em conformidade
que diz respeito ao alimento para animais em causa. com o artigo 23.o, que se aplica mutatis mutandis.

8. As referências feitas nas partes A e D da Directiva 2001/


/18/CE a OGM autorizados nos termos da parte C da referida No prazo de três anos a contar da data de aplicação do
directiva aplicam-se igualmente aos OGM autorizados nos presente regulamento, os operadores responsáveis pela colo-
termos do presente regulamento. cação no mercado dos produtos referidos na alínea b) do n.o 1
devem apresentar um pedido em conformidade com o artigo
23.o, que se aplica mutatis mutandis.
Artigo 20.o
5. Os produtos referidos no n.o 1 e os alimentos para
Estatuto dos produtos existentes animais que os contenham ou sejam produzidos a partir deles
ficam sujeitos às disposições do presente regulamento, designa-
1. Em derrogação do n.o 2 do artigo 16.o, os produtos damente dos artigos 21.o, 22.o e 24.o, que se aplicam mutatis
abrangidos pela presente secção que tenham sido legalmente mutandis.
colocados no mercado comunitário antes da data de aplicação
do presente regulamento podem continuar a ser colocados no
mercado, utilizados e transformados desde que sejam 6. Sempre que a notificação e as informações que a acompa-
cumpridas as seguintes condições: nham referidas nos n.os 1 e 2 não sejam entregues no prazo
estabelecido ou sejam consideradas incorrectas, ou sempre que
a) No caso dos produtos que tenham sido autorizados nos um pedido não seja apresentado dentro do prazo estabelecido
termos da Directiva 90/220/CEE ou 2001/18/CE, inclusiva- nos termos do n.o 4, a Comissão, deliberando nos termos do
mente para utilização como alimentos para animais, nos n.o 2 do artigo 35.o, deve adoptar uma medida a exigir que o
termos da Directiva 82/471/CEE, que sejam produzidos a produto em questão e quaisquer produtos dele derivados sejam
partir de OGM, ou nos termos da Directiva 70/524/CEE, retirados do mercado. Esta medida pode prever um prazo para
que contenham, sejam constituídos por ou sejam produ- a liquidação das existências do produto em causa.
zidos a partir de OGM, os operadores responsáveis pela
colocação no mercado dos produtos em questão devem
notificar a Comissão da data em que estes foram inicia- 7. No caso das autorizações não concedidas a um detentor
lmente colocados no mercado comunitário, tendo para o específico, as informações ou o pedido devem ser apresentados
efeito um prazo de seis meses a contar da data de aplicação à Comissão pelo operador que importa, produz ou fabrica os
do presente regulamento; produtos referidos no presente artigo.

b) No caso dos produtos legalmente colocados no mercado


comunitário mas não referidos na alínea a), os operadores 8. As regras de execução do presente artigo são aprovadas
responsáveis pela colocação no mercado dos produtos em nos termos do n.o 2 do artigo 35.o
L 268/16 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

Artigo 21.o 3. O n.o 2 do artigo 17.o e os artigos 18.o e 19.o aplicam-se


mutatis mutandis.
Supervisão
Artigo 23.o
1. Após a emissão de uma autorização ao abrigo do
presente regulamento, o respectivo detentor e as partes interes- Renovação das autorizações
sadas devem respeitar quaisquer condições ou restrições nela
impostas e, em particular, certificar-se de que os produtos não 1. As autorizações concedidas ao abrigo do presente regula-
abrangidos pela autorização não serão colocados no mercado mento são renováveis por períodos de 10 anos, mediante
como géneros alimentícios ou alimentos para animais. Sempre pedido do detentor da autorização à Comissão, a apresentar o
que tenha sido imposta ao detentor da autorização uma moni- mais tardar um ano antes da data de expiração da autorização.
torização após a colocação no mercado nos termos da alínea k)
do n.o 3 e/ou uma monitorização nos termos da alínea b) do 2. O pedido deve ser acompanhado dos seguintes elementos:
n.o 5 do artigo 17.o, o detentor da autorização deve assegurar a
sua realização e apresentar relatórios à Comissão de acordo a) Cópia da autorização de colocação do alimento para
com o previsto na autorização. Esses relatórios de monitori- animais no mercado;
zação devem ser postos à disposição do público, após terem
sido suprimidas as eventuais informações consideradas confi- b) Relatório dos resultados da monitorização, se especificado
denciais em conformidade com o artigo 30.o na autorização;
c) Qualquer outra nova informação disponível relativamente à
2. Caso o detentor da autorização pretenda alterar os termos avaliação da segurança da utilização do alimento para
da mesma, deve apresentar para o efeito um pedido em confor- animais e aos riscos do alimento para os animais, para os
midade com o n.o 2 do artigo 17.o Os artigos 17.o, 18.o e 19.o seres humanos ou para o ambiente;
aplicam-se mutatis mutandis.
d) Se for caso disso, uma proposta para alterar ou completar
as condições da autorização inicial, nomeadamente as
3. O detentor da autorização deve informar de imediato a condições relativas à futura monitorização.
Comissão de qualquer novo dado científico ou técnico
susceptível de influenciar a avaliação da segurança de utilização 3. O n.o 2 do artigo 17.o e os artigos 18.o e 19.o aplicam-se
do alimento para animais. O detentor da autorização deve, mutatis mutandis.
nomeadamente, informar de imediato a Comissão de qualquer
proibição ou restrição imposta pela autoridade competente de 4. Sempre que, por razões não imputáveis ao detentor da
um país terceiro em cujo mercado o alimento para animais seja autorização, não tenha sido tomada nenhuma decisão sobre a
colocado. renovação da autorização antes de esta expirar, o período de
autorização do produto deve ser prorrogado automaticamente
até que seja tomada uma decisão.
4. A Comissão deve comunicar sem demora à autoridade e
aos Estados-Membros a informação fornecida pelo requerente. 5. Após consulta à autoridade, a Comissão pode, nos termos
do n.o 2 do artigo 35.o, estabelecer as regras de execução do
presente artigo, incluindo as relativas à elaboração e à apresen-
tação do pedido.
Artigo 22.o
6. A autoridade deve publicar orientações pormenorizadas a
fim de ajudar o requerente na elaboração e na apresentação do
Alteração, suspensão e revogação das autorizações seu pedido.

1. Por sua própria iniciativa ou no seguimento de um


pedido de um Estado-Membro ou da Comissão, a autoridade Se c ç ão 2
deve emitir parecer sobre se uma autorização para um produto
referido no n.o 1 do artigo 15.o ainda preenche as condições R ot u l ag e m
previstas no presente regulamento. A autoridade deve imediata-
mente informar desse facto a Comissão, o detentor da autori-
zação e os Estados-Membros. Em conformidade com o n.o 1 do Artigo 24.o
artigo 38.o do Regulamento (CE) n.o 178/2002, a autoridade
deve tornar público o seu parecer, após ter suprimido eventuais
Âmbito de aplicação
informações consideradas confidenciais em conformidade com
o artigo 30.o do presente regulamento. Qualquer pessoa pode
apresentar observações à Comissão no prazo de 30 dias após 1. A presente secção aplica-se aos alimentos para animais
esta publicação. referidos no n.o 1 do artigo 15.o

2. A presente secção não se aplica aos alimentos para


2. A Comissão deve analisar o parecer da autoridade o mais animais que contenham material que contenha, seja constituído
rapidamente possível. Devem ser tomadas as medidas por ou seja produzido a partir de OGM numa proporção não
adequadas nos termos do artigo 34.oSe for caso disso, a autori- superior a 0,9 % do alimento para animais ou de cada um dos
zação deve ser alterada, suspensa ou revogada, nos termos do alimentos que o compõem, desde que a presença desse material
artigo 19.o seja acidental ou tecnicamente inevitável.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/17

3. Para determinar se a presença desse material é acidental d) Conforme especificado na autorização, qualquer caracterís-
ou tecnicamente inevitável, os operadores devem estar em tica ou propriedade do alimento para animais que possa dar
condições de fornecer, de uma forma que as autoridades origem a preocupações de ordem ética ou religiosa.
competentes considerem suficiente, provas de que tomaram as
medidas adequadas para evitar a presença de tal material. 3. Além dos requisitos estabelecidos nas alíneas a) e b) do
n.o 2 de acordo com o especificado na autorização, a rotulagem
4. Podem ser estabelecidos limiares adequados mais baixos ou os documentos de acompanhamento dos alimentos para
nos termos do n.o 2 do artigo 35.o, particularmente em relação animais abrangidos pela presente secção para os quais não
a alimentos para animais que contenham ou sejam constituídos exista um equivalente tradicional devem conter informações
por OGM ou para ter em conta os progressos científico e adequadas acerca da natureza e das características do alimento
tecnológico. em questão.

Artigo 26.o
Artigo 25.o
Medidas de execução
Requisitos
As regras de execução da presente secção, entre outras as rela-
1. Sem prejuízo das outras disposições da legislação comuni- tivas às medidas necessárias para que os operadores cumpram
tária relativa à rotulagem dos alimentos para animais, os os requisitos de rotulagem, podem ser aprovadas nos termos
alimentos para animais referidos no n.o 1 do artigo 15.o devem do n.o 2 do artigo 35.o
ser sujeitos aos requisitos de rotulagem específicos a seguir
estabelecidos.
CAPÍTULO IV
2. Qualquer pessoa que pretenda colocar no mercado um
alimento para animais referido no n.o 1 do artigo 15.o deve DISPOSIÇÕES COMUNS
assegurar que as informações a seguir especificadas figurem de
forma claramente visível, legível e indelével num documento de
acompanhamento ou, se for caso disso, na embalagem, no reci- Artigo 27.o
piente ou no rótulo do alimento.
Produtos susceptíveis de serem utilizados como géneros
Cada alimento para animais que entre na composição de um alimentícios e como alimentos para animais
determinado alimento para animais deve ser sujeito às seguintes
regras: 1. Sempre que um produto seja susceptível de ser utilizado
simultaneamente como género alimentício e como alimento
a) No tocante aos alimentos para animais referidos nas alíneas para animais, deve ser apresentado um único pedido ao abrigo
a) e b) do n.o 1 do artigo 15.o, devem constar entre parên- dos artigos 5.o e 17.o, que dará origem a um parecer único da
teses imediatamente a seguir ao nome do alimento para autoridade e a uma única decisão comunitária.
animais os termos «[nome do organismo] geneticamente
modificado». 2. A autoridade deve determinar se o pedido de autorização
deve ser apresentado simultaneamente para géneros alimentí-
Em alternativa, esta indicação pode figurar numa nota de cios e para alimentos para animais.
rodapé à lista dos ingredientes do alimento para animais,
caso em que deve ser impressa com caracteres pelo menos
do mesmo tamanho que os da lista dos ingredientes;
Artigo 28.o
b) No tocante ao alimento para animais referido na alínea c)
do n.o 1 do artigo 15.o, devem constar entre parênteses Registo comunitário
imediatamente a seguir ao nome do alimento para animais
os termos «produzido a partir de [nome do organismo] 1. A Comissão deve estabelecer e manter um Registo Comu-
geneticamente modificado». nitário dos Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais
Geneticamente Modificados, designado no presente regula-
Em alternativa, esta indicação pode figurar numa nota de mento «registo».
rodapé à lista dos ingredientes do alimento para animais,
caso em que deve ser impressa com caracteres pelo menos 2. O público deve ter acesso ao registo.
do mesmo tamanho que os da lista dos ingredientes;

c) Conforme especificado na autorização, qualquer caracterís-


Artigo 29.o
tica do alimento para animais referido no n.o 1 do artigo
15.o que seja diferente do seu equivalente tradicional, como
as a seguir indicadas: Acesso do público
i) composição, 1. O público deve ter acesso ao pedido de autorização, às
ii) propriedades nutricionais, informações adicionais do requerente, aos pareceres das autori-
dades competentes designadas nos termos do artigo 4.o da
iii) utilização prevista, Directiva 2001/18/CE, aos relatórios de monitorização e às
iv) implicações para a saúde de determinadas espécies ou informações do detentor da autorização, com exclusão das
categorias de animais, informações confidenciais.
L 268/18 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

2. No tratamento dos pedidos de acesso a documentos na 5. O uso dos métodos de detecção e a reprodução dos mate-
sua posse, a autoridade deve aplicar os princípios estabelecidos riais de referência previstos no n.o 3 do artigo 5.o e no n.o 3 do
no Regulamento (CE) n.o 1049/2001 do Parlamento Europeu e artigo 17.o para efeitos de aplicação do presente regulamento
do Conselho, de 30 de Maio de 2001, relativo ao acesso do aos OGM, géneros alimentícios ou alimentos para animais a
público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho que se refere o pedido não é restringido pelo exercício de
e da Comissão (1). direitos de propriedade intelectual nem de qualquer outra
forma.
3. Os Estados-Membros devem tratar os pedidos de acesso
aos documentos recebidos ao abrigo do presente regulamento 6. A Comissão, a autoridade e os Estados-Membros devem
em conformidade com o artigo 5.o do Regulamento (CE) n.o tomar as medidas necessárias para assegurar a devida confiden-
1049/2001. cialidade das informações recebidas ao abrigo do presente regu-
lamento, com excepção das informações que devam ser
tornadas públicas, caso as circunstâncias o exijam, a fim de
Artigo 30.o proteger a saúde humana, a saúde animal ou o ambiente.

Confidencialidade
7. Caso o requerente retire ou tenha retirado o seu pedido, a
autoridade, a Comissão e os Estados-Membros devem respeitar
1. O requerente pode indicar quais as informações apresen- a confidencialidade das informações comerciais e industriais,
tadas ao abrigo do presente regulamento que deseja ver tratadas incluindo as relativas à investigação e ao desenvolvimento, bem
como confidenciais por a sua divulgação poder prejudicar como das informações sobre cuja confidencialidade a Comissão
significativamente a sua posição concorrencial. Em tais casos, e o requerente discordem.
deve ser dada uma justificação susceptível de verificação.

2. Sem prejuízo do disposto no n.o 3, a Comissão deve


determinar, após consulta ao requerente, quais as informações Artigo 31.o
que devem ser mantidas confidenciais, devendo informar o
requerente da sua decisão.
Protecção de dados
3. Não são consideradas confidenciais as seguintes infor-
mações:
Os dados científicos e as outras informações constantes do
a) Nome e composição do OGM, do género alimentício ou do processo do pedido exigido nos termos dos n.os 3 e 5 do artigo
alimento para animais a que se referem o n.o 1 do artigo 3.o 5.o e dos n.os 3 e 5 do artigo 17.o não podem ser utilizados para
e o n.o 1 do artigo 15.o e, se aplicável, indicação do benefício de outro requerente durante um período de 10 anos
substrato e do microrganismo; a contar da data da autorização, excepto se o outro requerente
tiver acordado com o detentor da autorização que os referidos
b) Descrição geral do OGM e nome e endereço do detentor da dados e informações podem ser utilizados.
autorização;
c) Características físico-químicas e biológicas do OGM, do No termo deste período de 10 anos, os resultados da totalidade
género alimentício ou do alimento para animais a que se ou parte da avaliação efectuada com base nos dados científicos
referem o n.o 1 do artigo 3.o e o n.o 1 do artigo 15.o; e nas informações constantes do processo do pedido podem ser
utilizados pela autoridade em benefício de outro requerente se
d) Efeitos do OGM, do género alimentício ou do alimento para este puder provar que o género alimentício ou o alimento para
animais a que se referem o n.o 1 do artigo 3.o e o n.o 1 do animais para o qual solicita autorização é essencialmente
artigo 15.o sobre a saúde humana e animal e sobre o ambi- similar a um género alimentício ou a um alimento para animais
ente; já autorizado ao abrigo do presente regulamento.

e) Efeitos do OGM, do género alimentício ou do alimento para


animais a que se referem o n.o 1 do artigo 3.o e o n.o 1 do
artigo 15.o sobre as características dos produtos animais e as Artigo 32.o
suas propriedades nutricionais;
f) Métodos de detecção, incluindo a amostragem, e identifi- Laboratório comunitário de referência
cação da construção usada na transformação e, se for caso
disso, de detecção e identificação da construção usada na
transformação no género alimentício ou no alimento para O laboratório comunitário de referência e as suas competências
animais a que se referem o n.o 1 do artigo 3.o e o n.o 1 do e funções são os definidos no anexo.
artigo 15.o;
g) Informações relativas ao tratamento dos resíduos e à inter- Podem ser designados laboratórios nacionais de referência nos
venção em caso de emergência. termos do no n.o 2 do artigo 35.o

4. Em derrogação do n.o 2, a autoridade deve fornecer à Os requerentes das autorizações relativas a géneros alimentícios
Comissão e aos Estados-Membros, a seu pedido, todas as infor- e a alimentos para animais geneticamente modificados devem
mações de que dispõe. contribuir para suportar os custos decorrentes das actividades
do laboratório comunitário de referência e da rede europeia de
(1) JO L 145 de 31.5.2001, p. 43. laboratórios para os OGM mencionados no anexo.
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/19

As contribuições dos requerentes das autorizações não devem Para o efeito, deve ser apresentado um pedido à Comissão no
ser superiores aos custos decorrentes da validação dos métodos prazo de dois meses a contar da data em que a parte interes-
de detecção. sada teve conhecimento do acto ou da omissão em causa.

As regras de execução do presente artigo e do anexo, bem A Comissão deve tomar uma decisão no prazo de dois meses,
como quaisquer alterações a este último, podem ser aprovadas pedindo à autoridade, se for caso disso, que revogue a sua
nos termos do no n.o 2 do artigo 35.o decisão ou repare a sua omissão.

Artigo 33.o Artigo 37.o

Consulta ao Grupo Europeu de Ética para as Ciências e as Revogação


Novas Tecnologias
São revogados, com efeitos a partir da data de aplicação do
1. A Comissão, por sua própria iniciativa ou a pedido de presente regulamento, os seguintes regulamentos:
um Estado-Membro, pode consultar o Grupo Europeu de Ética
para as Ciências e as Novas Tecnologias ou qualquer outro — Regulamento (CE) n.o 1139/98,
órgão adequado que venha a criar, no sentido de obter o seu — Regulamento (CE) n.o 49/2000,
parecer sobre questões éticas.
— Regulamento (CE) n.o 50/2000.
2. A Comissão deve tornar públicos esses pareceres.

Artigo 38.o
Artigo 34.o
Alteração do Regulamento (CE) n.o 258/97
Medidas de emergência
O Regulamento (CE) n.o 258/97 é alterado, com efeitos a partir
Sempre que for evidente que um produto autorizado por ou da data de aplicação do presente regulamento, nos termos
em conformidade com o presente regulamento é susceptível de seguintes:
constituir um risco grave para a saúde humana, a saúde animal
ou o ambiente, ou sempre que, à luz de um parecer da autori- 1. São revogadas as seguintes disposições:
dade emitido nos termos do artigo 10.o ou do artigo 22.o, se — alíneas a) e b) do n.o 2 do artigo 1.o,
constatar a necessidade de suspender ou modificar urgente- — segundo parágrafo do n.o 2 e n.o 3 do artigo 3.o,
mente uma autorização, devem ser tomadas medidas nos
termos dos artigos 53.o e 54.o do Regulamento (CE) n.o 178/ — alínea d) do n.o 1 do artigo 8.o,
/2002. — artigo 9.o
2. No n.o 4 do artigo 3.o, a primeira frase passa a ter a seguinte
Artigo 35.o redacção:
«4. Em derrogação do n.o 2, o procedimento previsto no
Processo de comité artigo 5.o é aplicável aos géneros alimentícios e ingredientes
alimentares referidos nas alíneas d) e e) do n.o 2 do artigo
1. A Comissão é assistida pelo Comité Permanente da Cadeia 1.o que, com base nos dados científicos disponíveis e geral-
Alimentar e da Saúde Animal instituído pelo artigo 58.o do mente reconhecidos ou num parecer de um dos organismos
Regulamento (CE) n.o 178/2002, a seguir designado «comité». competentes a que se refere o n.o 3 do artigo 4.o, sejam
substancialmente equivalentes a géneros alimentícios ou
2. Sempre que se faça referência ao presente número, são ingredientes alimentares existentes, em termos de compo-
aplicáveis os artigos 5.o e 7.o da Decisão 1999/468/CE, tendo- sição, valor nutritivo, metabolismo, utilização prevista e teor
-se em conta o disposto no seu artigo 8.o de substâncias indesejáveis.».

O prazo previsto no n.o 6 do artigo 5.o da Decisão 1999/468/


/CE é de três meses. Artigo 39.o

3. O comité aprovará o seu regulamento interno. Alteração da Directiva 82/471/CEE

Ao artigo 1.o da Directiva 82/471/CEE é aditado o seguinte


Artigo 36.o número, com efeitos a partir da data de aplicação do presente
regulamento:
Reapreciação administrativa «3. A presente directiva não se aplica aos produtos que
actuem como fontes directas ou indirectas de proteínas
Qualquer decisão da autoridade ao abrigo da competência que abrangidos pelo Regulamento (CE) n.o 1829/2003 do Parla-
lhe é atribuída pelo presente regulamento, ou qualquer mento Europeu e do Conselho, de 22 de Setembro de
abstenção sua do exercício dessa competência, pode ser reapre- 2003, relativo aos géneros alimentícios e alimentos para
ciada pela Comissão, por sua própria iniciativa ou em resposta animais geneticamente modificados (*).
a um pedido de um Estado-Membro ou de qualquer outra
pessoa directa e individualmente interessada. (*) JO L 268 de 18.10.2003, p. 1.».
L 268/20 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

Artigo 40.o belece procedimentos em matéria de segurança dos


alimentos (*), só seja aceite se tiver sido autorizada ao abrigo
da legislação pertinente.
Alteração da Directiva 2002/53/CE
(*) JO L 31 de 1.2.2002, p. 1.».
A Directiva 2002/53/CE é alterada, com efeitos a partir da data
de aplicação do presente regulamento, nos termos seguintes:
Artigo 42.o
1. O n.o 5 do artigo 4.o passa a ter a seguinte redacção:
«5. Além disso, quando material derivado de uma varie- Alteração da Directiva 68/193/CEE
dade vegetal se destine a ser utilizado em géneros alimentí-
cios abrangidos pelo artigo 3.o ou em alimentos para
animais abrangidos pelo artigo 15.o do Regulamento (CE) O n.o 3 do artigo 5.oBA da Directiva 68/193/CEE passa a ter a
n.o 1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de seguinte redacção, com efeitos a partir da data de aplicação do
22 de Setembro de 2003, relativo aos géneros alimentícios e presente regulamento:
alimentos para animais geneticamente modificados, essa
variedade só pode ser aceite se tiver sido aprovada em «3. a) Quando produtos derivados de materiais de propa-
conformidade com o referido regulamento (*). gação da vinha se destinarem a ser utilizados como
géneros alimentícios ou em géneros alimentícios
(*) JO L 268 de 18.10.2003, p. 1.». abrangidos pelo artigo 3.o ou como alimentos para
animais ou em alimentos para animais abrangidos
2. O n.o 5 do artigo 7.o passa a ter a seguinte redacção: pelo artigo 15.o do Regulamento (CE) n.o 1829/
/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22
«5. Os Estados-Membros devem assegurar que uma varie- de Setembro de 2003, relativo aos géneros alimentí-
dade destinada a ser utilizada em géneros alimentícios ou cios e alimentos para animais geneticamente modifi-
em alimentos para animais, tal como definidos nos artigos cados (*), a variedade de videira em causa só pode
2.o e 3.o do Regulamento (CE) n.o 178/2002 do Parlamento aceite se tiver sido aprovada em conformidade com
Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro de 2002, que o referido regulamento.
determina os princípios e normas gerais da legislação
alimentar, cria a Autoridade Europeia para a Segurança dos b) Os Estados-Membros devem assegurar que uma
Alimentos e estabelece procedimentos em matéria de segu- variedade de videira de cujo material de propagação
rança dos alimentos (*), só seja aceite se tiver sido autorizada tenham sido derivados produtos destinados a ser
ao abrigo da legislação pertinente. utilizados em géneros alimentícios ou em alimentos
para animais, tal como definidos nos artigos 2.o e
(*) JO L 31 de 1.2.2002, p. 1.». 3.o do Regulamento (CE) n.o 178/2002 do Parla-
mento Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro de
2002, que determina os princípios e normas gerais
da legislação alimentar, cria a Autoridade Europeia
Artigo 41.o para a Segurança dos Alimentos e estabelece proce-
dimentos em matéria de segurança dos
alimentos (**), só seja aceite se tiver sido autorizada
Alteração da Directiva 2002/55/CE ao abrigo da legislação pertinente.

A Directiva 2002/55/CE é alterada, com efeitos a partir da data (*) JO L 268 de 18.10.2003, p. 1.
(**) JO L 31 de 1.2.2002, p. 1.».
de aplicação do presente regulamento, nos termos seguintes:

1. O n.o 3 do artigo 4.o passa a ter a seguinte redacção:


«3. Além disso, quando material derivado de uma varie- Artigo 43.o
dade vegetal se destine a ser utilizado em géneros alimentí-
cios abrangidos pelo artigo 3.o ou em alimentos para Alteração da Directiva 2001/18/CE
animais abrangidos pelo artigo 15.o do Regulamento (CE)
n.o 1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
22 de Setembro de 2003, relativo aos géneros alimentícios e A Directiva 2001/18/CE é alterada do seguinte modo, com
alimentos para animais geneticamente modificados (*), essa efeitos à data de entrada em vigor do presente regulamento:
variedade só pode ser aceite se tiver sido aprovada em
conformidade com o referido regulamento. 1. É inserido o seguinte artigo:

(*) JO L 268 de 18.10.2003, p. 1.». «Artigo 12.oA

2. O n.o 5 do artigo 7.o passa a ter a seguinte redacção: Medidas transitórias respeitantes à presença acidental
ou tecnicamente inevitável de organismos genetica-
«5. Os Estados-Membros devem assegurar que uma varie- mente modificados que tenham sido objecto de uma
dade destinada a ser utilizada em géneros alimentícios ou avaliação de risco favorável
em alimentos para animais, tal como definidos nos artigos
2.o e 3.o do Regulamento (CE) n.o 178/2002 que determina 1. A colocação no mercado de vestígios de OGM ou de
os princípios e normas gerais da legislação alimentar, cria a uma combinação de OGM em produtos destinados a serem
Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos e esta- utilizados directamente como géneros alimentícios ou
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/21

alimentos para animais, ou para transformação, fica isenta a sua aplicação. As sanções impostas devem ser efectivas,
da aplicação dos artigos 13.o a 21.o desde que satisfaçam as proporcionadas e dissuasivas. Os Estados-Membros devem noti-
condições previstas no artigo 47.o do Regulamento (CE) n.o ficar essas disposições à Comissão no prazo de seis meses após
1829/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 a data de entrada em vigor do presente regulamento, devendo
de Setembro de 2003, relativo aos géneros alimentícios e notificá-la o mais rapidamente possível de qualquer alteração
alimentos para animais geneticamente modificados (*). posterior que lhes diga respeito.

2. O presente artigo é aplicável por um período de três


anos a contar da data de aplicação do Regulamento (CE) n.o
1829/2003.

(*) JO L 268 de 18.10.2003, p. 1.». Artigo 46.o


2. É inserido o seguinte artigo:

«Artigo 26.oA Medidas transitórias respeitantes aos pedidos, rotulagem e


notificações
Medidas destinadas a impedir a presença acidental de
OGM

1. Os Estados-Membros podem tomar todas as medidas 1. Os pedidos apresentados ao abrigo do artigo 4.o do Regu-
apropriadas para impedir a presença acidental de OGM lamento (CE) n.o 258/97 antes da data de aplicação do presente
noutros produtos. regulamento devem ser transformados em pedidos nos termos
da secção 1 do capítulo II do presente regulamento, sempre
2. A Comissão deve recolher e coordenar informações que o relatório de avaliação inicial previsto no n.o 3 do artigo
baseadas em estudos comunitários e nacionais, acompanhar 6.o do Regulamento (CE) n.o 258/97 não tenha ainda sido
a evolução da coexistência nos Estados-Membros e, com enviado à Comissão, bem como em todos os casos em que seja
base nessas informações e observações, elaborar orientações exigido um relatório de avaliação complementar, de acordo
sobre a coexistência de culturas geneticamente modificadas, com o disposto nos n.os 3 ou 4 do artigo 6.o do Regulamento
convencionais e orgânicas.». (CE) n.o 258/97. Os outros pedidos apresentados nos termos do
artigo 4.o do Regulamento (CE) n.o 258/97 antes da data de
aplicação do presente regulamento devem ser tratados nos
Artigo 44.o termos do Regulamento (CE) n.o 258/97, não obstante o
disposto no artigo 38.o do presente regulamento.
Informações a fornecer em conformidade com o Protocolo
de Cartagena
2. As exigências de rotulagem impostas no presente regula-
1. Qualquer autorização, renovação, alteração, suspensão ou mento não são aplicáveis aos produtos cujo processo de fabrico
revogação da autorização de um OGM, de um género tenha tido início antes da data de aplicação do presente regula-
alimentício ou de um alimento para animais a que se referem mento, desde que os referidos produtos estejam rotulados em
as alíneas a) ou b) do n.o 1 do artigo 3.o ou as alíneas a) ou b) conformidade com a legislação que lhes era aplicável antes da
do n.o 1 do artigo 15.o deve ser notificada pela Comissão às data de aplicação do presente regulamento.
partes no Protocolo de Cartagena através do Centro de
Intercâmbio de Informações para a Segurança Biológica, de
acordo com o n.o 1 do artigo 11.o ou o n.o 1 do artigo 12.o, 3. As notificações relativas a produtos, incluindo a sua utili-
consoante o caso, do Protocolo de Cartagena. zação como alimentos para animais, apresentadas ao abrigo do
artigo 13.o da Directiva 2001/18/CE antes da data de aplicação
A Comissão deve fornecer uma cópia da informação, por do presente regulamento devem ser transformadas em pedidos
escrito, ao ponto focal nacional de cada uma das partes que nos termos da secção 1 do capítulo III do presente regula-
tenha comunicado antecipadamente ao Secretariado que não mento, sempre que não tenha sido ainda enviado à Comissão o
tem acesso ao Centro de Intercâmbio de Informações para a relatório de avaliação previsto no artigo 14.o da Directiva
Segurança Biológica. 2001/18/CE.

2. A Comissão deve também processar os pedidos de infor-


mações adicionais apresentados por qualquer das partes nos 4. Os pedidos apresentados para os produtos referidos na
termos do n.o 3 do artigo 11.o do Protocolo de Cartagena, e alínea c) do n.o 1 do artigo 15.o do presente regulamento ao
fornecer cópia das leis, regulamentações e orientações nos abrigo do artigo 7.o da Directiva 82/471/CEE antes da data de
termos do n.o 5 do artigo 11.o do mesmo protocolo. aplicação do presente regulamento devem ser transformados
em pedidos nos termos da secção 1 do capítulo III do presente
regulamento.
Artigo 45.o

Sanções 5. Os pedidos apresentados para os produtos referidos no


n.o 1 do artigo 15.o ao abrigo do artigo 4.o da Directiva 70/
Os Estados-Membros devem estabelecer as regras relativas às /524/CEE antes da data de aplicação do presente regulamento
sanções aplicáveis em caso de infracção ao disposto no presente devem ser completados por pedidos apresentados nos termos
regulamento e tomar todas as medidas necessárias para garantir da secção 1 do capítulo III do presente regulamento.
L 268/22 PT Jornal Oficial da União Europeia 18.10.2003

Artigo 47.o 4. As regras de execução do presente artigo são aprovadas


nos termos do n.o 2 do artigo 35.o
Medidas transitórias respeitantes à presença acidental ou
tecnicamente inevitável de material geneticamente modifi- 5. O presente artigo é aplicável por um período de três anos
cado que tenha sido objecto de uma avaliação de risco a contar da data de aplicação do presente regulamento.
favorável
Artigo 48.o
1. A presença em géneros alimentícios ou alimentos para
animais de material que contenha, seja constituído por ou seja Revisão
produzido a partir de OGM numa proporção não superior a
0,5 % não é considerada uma violação do n.o 2 do artigo 4.o 1. Até 7 de Novembro de 2005 e à luz da experiência
nem do n.o 2 do artigo 16.o, desde que: adquirida, a Comissão deve enviar ao Parlamento Europeu e ao
Conselho um relatório sobre a execução do presente regula-
a) Essa presença seja acidental ou tecnicamente inevitável; mento, nomeadamente do artigo 47.o, acompanhado, se for
b) O material geneticamente modificado tenha sido objecto de caso disso, de uma proposta adequada. O relatório e a eventual
parecer favorável por parte do(s) comité(s) científico(s) proposta devem ser tornados públicos.
comunitário(s) ou da autoridade antes da data de aplicação 2. Sem prejuízo das competências das autoridades nacionais,
do presente regulamento; a Comissão deve acompanhar a aplicação do presente regula-
c) O pedido de autorização não tenha sido rejeitado de acordo mento e o seu impacto na saúde humana e animal, na defesa e
com a legislação comunitária pertinente; e informação dos consumidores e no funcionamento do mercado
interno e, se necessário, apresentar propostas o mais rapida-
d) Estejam publicamente disponíveis métodos de detecção. mente possível.
2. Para determinar se a presença desse material é acidental
ou tecnicamente inevitável, os operadores devem estar em Artigo 49.o
condições de provar às autoridades competentes que tomaram
Entrada em vigor
as medidas adequadas para evitar a presença de tal material.
O presente regulamento entra em vigor 20 dias após o da sua
3. Os limiares referidos no n.o 1 podem ser reduzidos nos publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
termos do n.o 2 do artigo 35.o, em particular para os OGM
vendidos directamente ao consumidor final. É aplicável seis meses após a data da sua publicação.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em


todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 22 de Setembro de 2003.

Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho


O Presidente O Presidente
P. COX R. BUTTIGLIONE
18.10.2003 PT Jornal Oficial da União Europeia L 268/23

ANEXO

COMPETÊNCIAS E FUNÇÕES DO LABORATÓRIO COMUNITÁRIO DE REFERÊNCIA

1. O laboratório comunitário de referência a que se refere o artigo 32.o é o Centro Comum de Investigação da
Comissão.
2. Para o exercício das funções definidas no presente anexo, o Centro Comum de Investigação da Comissão será assis-
tido por um conjunto de laboratórios nacionais de referência, designado por «Rede europeia de laboratórios para os
OGM».
3. O laboratório comunitário de referência será responsável, nomeadamente, por:
— receber, preparar, armazenar, manter e distribuir aos laboratórios nacionais de referência as amostras de controlo
positivas e negativas adequadas,
— testar e validar o método de detecção, incluindo a amostragem, e identificação da construção usada na transfor-
mação e, se for caso disso, de detecção e identificação da construção usada na transformação do género
alimentício ou do alimento para animais,
— avaliar os dados fornecidos pelo requerente da autorização de colocação no mercado do género alimentício ou do
alimento para animais, com vista a testar e validar o método de amostragem e de detecção,
— apresentar à autoridade relatórios de avaliação completos.
4. O laboratório comunitário de referência terá um papel a desempenhar na resolução de litígios entre Estados-Membros
no que se refere aos resultados das funções definidas no presente anexo.

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