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Na cobertura do hotel, uma menina fitava o nada, até que uma voz conhecida a chamou.
- Marina.
Marina também tinha olhos negros como os de seu caçula, estava vestida com uma camisa simples, uma
calça e uma jaqueta. Tudo preto. Na verdade, eram as cores favoritas de ambos os dois. A garota tinha olhares
sérios, assim como Daniel quando trocava de personalidade. Ela era maior que a pessoa que estava a sua
frente. Também empunhava uma espada, porém, não tinha curvas como as adagas, mas um pouco maior que
elas.
Um silêncio pairava entre os irmãos até que, o menino decidiu tomar a iniciativa.
- Mas é claro – Respondeu sua irmã, secamente e perguntou – Aonde você esteve?
- Num orfanato.
- O que!?
- Você ouviu, deveria ficar lá. Afinal, nossos pais morreram, somos órfãos, a nossa irmã mais velha nem se
quer está aqui.
Antes de responder, o menino dos raios teve pensamentos passados com Clara. Sim, ele queria voltar, mas
para rever a garota.
- Está louca?
- Não sou que nem você – Retrucou. Virou o rosto para lado e perguntou – Mas me diga, como você foi
para lá? Mentiu por acaso? Ou...
Essa resposta deixou a garota de olhos negros surpresa, mas não deixou Daniel perceber.
- Que pena que farei você se lembrar – levantou a espada para perto do seu peito e continuou – Daniel.
Você....
- Cale-se – Gritou o garoto apontando para sua irmã fazendo com que um raio caísse perto dela.
A guria se esquivou, mas ficou aflita ao ver aquilo, sabia que seu irmão poderia mata-la.
Já o caçula não entendeu o que aconteceu. Olhou para o céu e reparou que estava vindo uma tempestade
para a cidade. Ele reparou que tinha raios caindo ali perto.
- Tempo está para você, meu irmão – Disse a menina de preto, fazendo a pessoa chamada retornar sua
atenção para a irmã – Bem... de qualquer jeito, você mesmo iria se lembrar do que fez, se quiser....
Na verdade, ela tinha medo de ser atingida por ouro feixe de plasma, por isso não continuou com o insulto.
Agora que o caçula mostrou o que podia fazer, ela a vez de Marina demonstrar o dela. Estendeu a mão para
o irmão e um cristal foi em direção a pessoa que se esquivou.
- Bom. Acredito que não preciso falar o que é pois o William já deve ter falado. Estou certa? – Disse a
atacante.
- Muita gente pensa que eu disparo vento. Acho que eles não podem ver a bola, mas, isso na verdade só
era demonstração, se te atingisse não teria efeito algum.
- Só as pessoas da família, e a Amanda podem ver o dom dela – Explicou a Entidade para Daniel – mas ela
pode fazer muita coisa além daquilo.
- Não posso ter um poder assim que nem o teu, ou uma dupla personalidade, ou seja, lá o que for isso que
você tem – Discutiu a garota.
- Chega... – Resmungou o caçula – Quer ir comigo para o orfanato ou não? Não há, na verdade muitos
lugares para você ir, mana.
- Irei com você se me derrubar numa luta de espada. Claro, da parte da espada sem fio.
- Está maluca? – Perguntou o menor.
- Não.
- Mas, com algumas condições. Você não pode pedir para o William te ajudar, e você não pode usar raio.
Assim como eu não usarei meu poder. De acordo?
- Certo.
- ‘’Está louco?’’ – Era a vez de William reclamar em pensamento – ‘’Você é mais fraco que ela, alias muito
mais sem poder usar o raio na qual nem tem muita energia para isso. E Pior, você não sabe lutar e nem se
sabe se ela também’’.
- ''Não se preocupe'' – Disse Daniel em mente, eu vi você batalhar, sei como que é.
Marina partiu para cima tentando ataca-lo de frente, mas seu irmão esquivou para o lado e revidou. A irmã
pulou para trás antes que ele a acerta-se, mas não deu tempo de pensar, pois Daniel a atacou com a outra
espadas. O golpe doeu, mas não cortou a pele da menina e não rasgou a roupa.
A menina de olhos negros ficou nervosa com aquilo, tentou freneticamente ataca-lo. Mesmo sendo um
pouco mais rápida que Daniel para atacar, ele usava a outra adaga para se defender dos golpes da menina.
Sendo assim. Marina partiu para outro plano. Deu um chute na mão do oponente, arremessando uma
espada para longe, depois, desferiu um corte em diagonal com sua lamina, isso fez um feixe luminoso em
forma de crescente ir diretamente de encontro a pessoa que estava a sua frente, mas conseguiu evita-lo.
- Ah, sério? – Respondeu a rival sarcasticamente – Eu não sabia. E disparou outra crescente.
A rebelde disparava seus ataques toda hora, certamente não daria brecha para o caçula atacar, mas, isso a
desgastava cada vez mais.
Com uma mão livre, ele fez um movimento partindo do chão até a sua irmã que reparou no que ele ia
fazer. A entidade tentou impedi-lo.
- Não... Não faça isso. É diferente, Daniel.
- Não – Marina gritou fazendo um movimento com a espada. Uma crescente vinha em direção a Daniel que
não teve tempo de se esquivar, foi pego na barriga. Deu alguns passos para trás devido à força do golpe, mas,
ao que parece, o ataque não foi para feri-lo.
Do céu, vários raios tocavam o teto do hotel desde aonde a criança começou até onde está sua irmã.
No chão, Marina olhava para o céu nublado da cidade, por pouco a morte não a pegou vindo de lá.
Descontraída, nem percebeu que seu rival estava de joelhos em cima dela com sua adaga apontada para
seu o pescoço.
Ao ouvir aquilo, ela rapidamente o arremessou no chão, chutou seu outro braço e repetiu o mesmo
movimento que ele.
O irmão apenas deu um sorriso sarcástico para irmã, e tocou no braço dela.
Isso fez a jovem sentir uma corrente elétrica passar por todo seu corpo e seus músculos contraírem.
Quando chegou perto, falaria algo, mas parou para prestar atenção no barulho da tempestade chegando
junto com vários carros de policia.
A oponente do garoto, mesmo bem fadiga, arrumou um pouco de energia para se levantar, empurrar
Daniel, pegar sua espada e correr.
- Espera! – gritou seu irmão apontando para a fugitiva – Não vai vim comigo?
- Cale-se – gritou, desferiu outra crescente no chão perto do irmão, esse ataque foi mais forte que o
normal, até deixou uma marca negra onde atingiu.
Ele foi em direção a outra espada, depois, locomoveu-se em direção ao para-peito do prédio e viu vários
carros de policia lá embaixo.
O menino fez um gesto com a mão, um raio desceu diretamente para um poste elétrico perto do hotel
desligando a energia do bairro.