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– Aparições de Jesus: o encontro com sua Mãe, a quem aparece em primeiro lugar. Viver este
tempo litúrgico muito perto da Virgem.
Depois de ressuscitar pelo seu próprio poder, Jesus glorioso foi visto pelos
discípulos, que puderam certificar-se de que era Ele mesmo: puderam falar
com Ele, viram-no comer, verificaram as marcas dos pregos e da lança no seu
corpo... Os Apóstolos declaram que Jesus se manifestou com muitas provas6,
e muitos deles morreram em testemunho dessa verdade.
“Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição
espiritual. – E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos seus pés...,
e eu, mais atrevido – por ser mais criança –, pus os meus lábios no seu lado
aberto”7.
II. SÃO LEÃO MAGNO diz de uma forma muito bela que Jesus se apressou
a ressuscitar porque tinha pressa em consolar sua Mãe e os discípulos 8: esteve
no sepulcro o tempo estritamente necessário para cumprir os três dias
profetizados. Ressuscitou ao terceiro dia, mas o mais cedo que pôde, ao
amanhecer, quando ainda estava escuro9, antecipando o amanhecer com a
sua própria luz.
III. A VIRGEM MARIA, que esteve acompanhada pelas santas mulheres nas
horas terríveis da crucifixão do seu Filho, não as acompanhou na piedosa
tentativa de acabar de embalsamar o corpo morto de Jesus. Maria Madalena e
as outras mulheres que haviam seguido Jesus desde a Galileia tinham
esquecido as suas palavras sobre a Ressurreição ao terceiro dia. Mas a
Virgem Santíssima sabe que Ele ressuscitará. Num clima de oração que nós
não podemos descrever, Maria espera o seu Filho glorificado.
Não sabemos de que maneira Jesus apareceu à sua Mãe. Apareceu a Maria
Madalena de uma forma que não permitiu que ela o reconhecesse a princípio.
Juntou-se aos dois discípulos de Emaús como um viajante. Apareceu aos
Apóstolos reunidos no Cenáculo estando as portas fechadas... À sua Mãe,
numa intimidade que nos é impossível imaginar, mostrou-se de uma forma tal
que Ela pôde reconhecer o seu estado glorioso e perceber que o seu Filho já
não continuaria a mesma vida de antes sobre a terra14.
(1) Cfr. Lc 24, 34; Antífona de entrada da Missa do Domingo da Páscoa; cfr. Apoc 1, 6; (2) São
Josemaría Escrivá, Santo Rosário, 1º mist. glorioso; (3) cfr. 1 Cor 15, 14-17; (4) Ef 2, 4-6; (5)
cfr. Act 1, 22; 2, 32; 3, 15; etc.; (6) At 1, 3; (7) São Josemaría Escrivá, Santo Rosário, 1º mist.
glorioso; (8) São Leão Magno, Sermão 71, 2; (9) Jo 20, 1; (10) Jo 8, 12; (11) Missal Romano,
Vigília Pascal; (12) São Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 105; (13) João Paulo II,
Discurso no Santuário de Nuestra Señora de la Alborada, Guayaquil, 31-I-1985; (14) cfr. F. M.
Willam, Vida de Maria; (15) Frei Luís de Granada, Livro da oração e meditação, 26, 4, 16; (16)
cfr. Fr. J. F. P., Vida e misericórdia da Santíssima Virgem, segundo os textos de São Tomás de
Aquino, Segóvia, 1935, págs. 181-182.