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estar juntos e jogar. O jogo-jogante tem a ver com o entretenimento, que um brincar criativo
e muitas vezes at mesmo hilariante. . Nessa perspectiva, Huizinga dizia que o jogo tem uma
finalidade em si mesmo. Ou ainda um jogo-jogante que no entretenimento, mas tambm
no se materializa num bem material explcito, como dar uma boa aula; o jogo-jogantevivente. Outras vezes, nesse espao potencial, o jogo-jogante conduz a um resultado concreto,
que pode ser utilizado e reutilizado por cada um ou por todos. O resultado de uma
investigao cientfica, um artefacto tecnolgico, uma obra de arte plstica, uma msica, um
poema, um belo frasco de vidro, um vaso,... Afinal a produo do conhecimento, do til ou
da beleza.
O brincar esse agir criativo no espao potencial de todas as possibilidades, que so infinitas,
e a sua conseqente expresso objetiva, que traz ao cotidiano criativamente uma dessas
possibilidades. Os fsicos qunticos falam em precipitar a realidade; das infinitas
possibilidades, uma delas se expressa na nossa experincia cotidiana. Metaforicamente,
poderamos dizer que das seis possibilidades do dado (representando as infinitas
possibilidades da vida) uma se precipita. Somente um dos lados do dado cai com a face para
cima. o resultado do trnsito pelo espao potencial. Esse trnsito o brincar. E, deste modo,
brinca a criana, brinca o adolescente e brinca o adulto, cada um com suas potencialidades,
com seus recursos de vida. Esse espao pode ser vivido ludicamente pelo entretenimento ou
pela criao de alguma coisa, mas sempre o brincar, que tem a ver com a invecionice do uso
das possibilidades.
H uma condio para que esse brincar seja efetivamente um brincar: que o agir no espao
potencial seja efetivado com um caminho que tenha corao, conforme expresso de Dom
Juan, mestre Yaqui de Carlos Castaeda. Sem corao, no h caminho e, por isso mesmo,
no h ludicidade.