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Igreja Presbiteriana do Grajaú

Escola Dominical
14 - JUN – 2009

Prof.: Nelson Calmon


Miquéias mostra o fracasso do povo em
viver de acordo com as estipulações do pacto
que Deus havia feito com Israel, no qual
haveria bênção pela obediência (Dt 28.1-14) e
maldição e eventualmente expulsão da terra
por causa da desobediência (Dt 28.15-68).

Miquéias, então, expõe a injustiça de Judá


e declara a justiça e retidão de Iavé,
apontando o quanto ele estava sendo justo
ao discipliná-los.
Ele acusa Israel e Judá pelos pecados de
opressão, suborno entre os juízes, profetas e
sacerdotes e pela cobiça, traição, orgulho e
violência. E é claro, esta disciplina
demonstrada à nação era prova de seu amor
por eles, pois assim os restauraria.

Em suas três mensagens percebe-se o


ensino acerca do remanescente (Mq 2.12; 4.7;
5.7-8; 7.18). Com a vinda do Messias, Iavé
restauraria o povo de Israel para um lugar de
proeminência no mundo.
Pouco se sabe acerca do autor deste livro a não
ser o que se obtém do próprio livro e de Jeremias
26.18.

O nome Miquéias é uma forma hebraica


abreviada de Micaías, que significa “Quem é como
Iavé?”. O próprio profeta sugere isso em 7.18: “Quem,
ó Deus, é semelhante a ti...”.

Miquéias era de Moresete (1.1), uma cidade na


Judéia, cerca de 90 Km a sudoeste de Jerusalém,
próxima à cidade de Gate dos filisteus.
O próprio Miquéias (1.1) nos conta que
profetizou durante os dias de Jotão (750-732
a.C.), Acaz (736-716 a.C.) e Ezequias (716-687 a.C.).

O profeta se dirige primariamente a


Judá, mas uma vez que falou ao reino do
Norte e predisse a queda de Samaria (722
a.C.), boa parte de seu ministério ocorreu
assim, antes do cativeiro Assírio.
Miquéias apresenta Cristo como
o Deus de Jacó (4.2), o juiz das nações
(4.3) e o Senhor que nasceria na
cidade de Belém (5.2 //Mt 2.1-6).
Os capítulos 6 e 7 são centrais na obra do
profeta. A parte final do livro descreve uma
cena de uma corte. Deus tem uma controvérsia
contra seu povo, e chama os montes para que
lhe sirvam de júri. A linguagem é similar à do
Salmo 50, e o veredicto é o de que são
culpados.

Apesar disso o livro encerra com uma


nota de esperança. Sim, pois o mesmo Deus
que executa seu julgamento também tem
prazer na misericórdia.
Miquéias é antes de tudo um livro de juízo
proclamado. O profeta declara que o Deus santo e justo
não mais tolerará a constante maldade de seu povo (1.3).
Muitos dos pecados de Israel são mencionados,
desde a idolatria e a feitiçaria (5.12-14) às ações
enganosas e fraudulentas (6.10,11). Mas Miquéias
acrescenta uma condenação especial àqueles que
oprimem o povo apoderando-se de terras que Deus
determinou como herança a todo o seu povo (2.1-5).
Os líderes de Judá, tanto políticos como religiosos,
são também condenados por sua opressão sobre o povo
e por negligência com a justiça e a verdade (cap.3).
Os termos do relacionamento de aliança entre
Deus e seu povo são a base da proclamação de
Miquéias sobre o castigo e a restauração.
Enquanto Deus fielmente cumpriu seus
compromissos segundo a Aliança (6.1-5), o povo
permaneceu na desobediência; e agora deve receber
as maldições da aliança (6.13-16).
Apesar do tom predominante de castigo
iminente, Miquéias também contempla, após o
julgamento, a restauração e bênçãos futuras, que
também fazem parte da aliança de Deus com seu
povo.
Fiel às promessas da aliança com os
patriarcas (7.20), o SENHOR preservará o
restante do seu povo (2.12; 4.7; 5.3,7,8), e
suscitará um governante de Belém de Judá, o
próprio Messias (5.1-5).
Através das sua profecias de salvação,
Miquéias reconhece que a restauração de
Israel depende unicamente do perdão
misericordioso de Deus e de sua iniciativa
soberana, não do trabalho das mãos humanas
(7.18,19).
Esse livro nos faz voltarmos
humildemente para Deus, confessando nossa
negligência em relação à Aliança, pedindo
perdão e louvando ao SENHOR para que Ele
nos mostre a sua misericórdia e fidelidade por
meio do mediador, Jesus Cristo.

Soli Deo Gloria


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