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A mudança da Capital das Minas Gerais era sonho antigo, presente desde o período
colonial e o império, devido a questões políticas e econômicas. Em 1867, um
delegado do Norte de Minas sugere a localização em área ao longo do Rio das
Velhas. O Arraial do Curral Del Rey localizava-se no encontro de três caminhos: Um
que, margeando o rio Arrudas (foto 87) e o rio das Velhas, ia para Sabará; outro que,
pela serra do Curral, se dirigia ao sul; e um terceiro que, na direção norte, ia para o
sertão. Na unção desses três caminhos ficava a praça com a Igreja (foto 1).
Esse local era dotado de uma série de qualidades, dentre elas, a facilidade de
ligação, através de um pequeno ramal férreo, à Estrada de Ferro Central do Brasil,
as amenidades do clima e sua salubridade e a facilidade de suprimento de excelente
água, própria para todos os usos domésticos em quantidade suficiente para uma
população de mais de 30.000 almas.
O tratamento dos esgotos por depuração através de infiltração do solo não chegará
a ser implantado, devido, principalmente, à demanda por área agricultáveis e de
condições topográficas desfavoráveis. Com isso as águas os esgotos são lançadas
diretamente no Ribeirão Arrudas (foto 30), sem qualquer tratamento prévio, o que irá
comprometer o uso de suas águas pelos agricultores tanto para irrigação quanto
para fins domésticos.
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http://bairrosdebelohorizonte.webnode.com.br/saneamento-/ 16/04/2010
O cuidado da CNCC em erguer uma cidade com condições higiênicas ideais não
evitou que a população fosse vítima de doenças transmitidas pela água. Conforme
registro do livro “Saneamento básico de Belo Horizonte: trajetória em 100 anos”,
publicado pela Fundação João Pinheiro, uma tabela mostra o índice de
contaminação. Em 1910, 72,19 pessoas em cada grupo de 100 mil, tiveram febre
tifóide e 21,06, disenteria. Em 1920, o índice passou para 5,4, no caso da febre
tifóide, e 3,68, na disenteria. Em 1930, foram 17,95 ocorrências de tifo e 4,27 de
disenteria. O mesmo livro mostra que, em países desenvolvidos, os índices ficavam
perto de zero.
Hoje, a cidade não conta mais com as antigas fontes de água. Conforme informação
da Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA, 85% da água que
abastece Belo Horizonte, vêm de outras cidades e apenas 15% vêm do córrego do
Cercadinho. Levantamento sobre recursos hídricos realizado pela Superintendência
de Desenvolvimento da Capital – SUDECAP em 1999, informava que foram
encontrados 750 Km de cursos d’água, sendo que 550 – 67% - estavam
degradados, 250 estavam canalizados e 150 km passavam embaixo de ruas e
avenidas.
HISTÓRICO DA CANALIZAÇÃO: