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Cadeira de Seminário

Nome: Luís Cary de Velho Cabral Cordovil

Tema do Trabalho de Projecto: Modelos de previsão para a programação da produção

numa indústria conserveira – Cofaco Açores – Fábrica da Madalena e Horta

Artigo em apreciação: Mula, J., Poler, R., García-Sabater, J.P., Lario, F.C. – Models for

production planning under uncertainty: A review, Internacional Journal of Production

Economics, vol. 103, (2006), pp 271-285


Índice

Introdução......................................................................................................................... 1

Análise Crítica .................................................................................................................. 2

1 Modelos Conceptuais ........................................................................................... 4

1.1 Material Requirement Planning.................................................................... 4

2 Modelos analíticos................................................................................................ 5

2.1 Planeamento Hierarquizado da Produção..................................................... 5

2.2 Material Requirement Planning.................................................................... 5

2.3 Manufacturing Resource Planning ............................................................... 6

3 Modelos de simulação .......................................................................................... 7

3.1 Planeamento agregado.................................................................................. 7

3.2 Material Requirement Planning.................................................................... 8

3.3 Manufacturing Resource Planning ............................................................... 9

Conclusão ....................................................................................................................... 10

Bibliografia..................................................................................................................... 13
Introdução
O tema deste trabalho de projecto está inserido no âmbito da actividade profissional de

um Responsável de Produção de uma indústria conserveira, em particular sobre o caso

da Cofaco Açores, Fábricas da Madalena e Horta.

À semelhança de muitas das indústrias alimentares, a indústria conserveira pode-se

caracterizar ao nível do planeamento da produção como “imprevisível” dadas a grande

influência da matéria-prima. Desta forma, desde sempre se assumiu um factor de sorte e

intuição como inerente ao dia-a-dia desta indústria.

Neste projecto pretende-se estudar e implementar modelos de planeamento de produção

novos e ou complementares ao existente, que auxiliem a tomada de decisão, reduzam a

variabilidade de processo (reduzindo-se assim o gut feeling assumido) e melhorem os

indicadores de processo e de rentabilidade das fábricas.

De referir que actualmente o planeamento do processo de produção segue uma

metodologia MRP (Material Requirement Plannin;, Heizer e Render, 2006), com base

em factores de produção e de rendimento previamente definidos em orçamento anual.

Centralmente, a Direcção Industrial e de Logística juntamente com o Departamento

Comercial, elaboram o plano agregado de vendas (sendo enviado mensalmente para as

fábricas o plano de produção mensal), realizam a gestão de inventário, e o planeamento

de capacidade a médio-longo prazo (3 a 5 anos) junto da Administração. Cabe às

Fábricas a desagregação do plano mensal em ordens diárias de produção, de forma a

satisfazer as quantidades pedidas no final do mês. Neste modelo, assume-se que os

factores de rendimento incluem as incertezas e quebras de processo.

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Análise Crítica
No decorrer da pesquisa bibliográfica realizada no âmbito do trabalho de projecto

proposto, o artigo de Mula, J. et al. (2006) sendo um artigo de revisão bibliográfica

permite observar de forma abrangente e condensada a produção científica relevante para

o tema em estudo. Assim, constitui-se como ponto de partida para os modelos de

planeamento de produção que se pretendem avaliar e implementar.

No artigo em apreciação, são classificadas genericamente as fontes de incerteza em dois

grandes grupos:

• Sistémica – a incerteza intrínseca ao processo produtivo, incluem-se nesta

categoria as incertezas devido a:

o Rendimentos de processo,

o Produtividades,

o Tempos de processamento (Lead Times),

o Qualidade,

o Disponibilidade de equipamentos,

o Modificações de estrutura de produção

• Ambiental – incluem-se nesta categoria, por oposição à anterior, as incertezas

exteriores ao processo produtivo, tais como:

o Procura

o Abastecimento

o Absentismo

Os autores apresentam também a seguinte classificação dos modelos de planeamento de

produção e categorias de planeamento de produção (ver Tabela 1):

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Tabela 1: Modelos de Previsão e Categorias de Planeamento de Produção (adaptado de Mula, J. et
al., 2006)
Modelos de previsão Categorias de planeamento de produção
• Conceptuais • Planeamento agregado
• Planeamento hierarquizado
• Analíticos • Material Requirement Planning
• Planeamento de capacidade
• Simuladores • Manufacturing Resource Planning
• Gestão de inventário
• Inteligência Artificial • Planeamento da cadeia de abastecimento

Para o trabalho de projecto em estudo, e dados os meios disponíveis, apenas iremos

analisar os modelos de previsão conceptuais, analíticos e por simulação por serem de

mais fácil computação e aplicabilidade. Os modelos de previsão utilizando inteligência

artificial exigem na sua maioria a utilização de pacotes de software específico de que

não dispomos. Por outro lado, no corrente estádio de trabalho, os inputs necessários

para a execução desses modelos ainda não se encontram compilados nem validados em

toda a sua extensão. Deste modo, observa-se uma evolução lógica dos primeiros

modelos de previsão para os de inteligência artificial, ficando em aberto a sua

aplicabilidade num futuro próximo.

Quanto às categorias de planeamento de produção, não serão abordadas as seguintes:

planeamento da cadeia de abastecimento, gestão de inventário, planeamento de

capacidade; dado que esses níveis de planeamento não se enquadram no âmbito do

trabalho de projecto proposto (sendo as mesmas realizadas Direcção Logística e

Industrial, e não ao nível das Fábricas como anteriormente foi referido).

Segue-se então um resumo dos modelos e categorias por autor revistos por Mula et al.

(2006), que foram considerados relevantes para o trabalho de projecto proposto e que

serão utilizados para posteriores pesquisas bibliográficas.

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1 Modelos Conceptuais
1.1 Material Requirement Planning
Este tipo de modelos utiliza o conceito de factor de rendimento (yield factor) para

incorporar as incertezas sistémicas. Este factor composto relaciona as quantidades

necessárias de um dado input para se produzir uma quantidade determinada de um

output. O factor de rendimento composto é assim função dos factores de produção nas

diferentes fases de produção.

Hegseth (1984) considera um processo de produção em série com incertezas, usa então

uma formulação determinística que impõe factores de produção nas diferentes etapas

das operações. A lista de materiais (bill of materials) é ajustada usando esses factores de

rendimento e o MRP é executado em acordância.

New e Mapes (1984) também abordam o processo por incertezas em sistemas com

grande variabilidade e grandes perdas propõem um modelo que relacione as quantidades

de input e output com factores de rendimento aleatórios, recorrendo a stocks de

segurança, tempos de segurança e hedging para cobrir essas perdas.

Murthy e Ma (191) estudam a abordagem de sobre planeamento. Nesta, mais produção

é realizada do que a exigida pelo Master Production Schedule, satisfazendo assim

possíveis excessos da procura. Esta abordagem apresenta como senão os aumentos de

custo de inventário.

Donselaar (1992) introduz o conceito LRP (line requirement planning) para a

coordenação de material em ambiente estocástico. Este conceito tem por base a

transferência do pedido do cliente directamente nas linhas de produção – não se

observando distorções na procura na fase final.

Hatchuel et al. (1997) desenvolveram um modelo adequado para as indústrias com

elevados tempos de produção e tempos de entrega incertos. O DAA (dynamic

antecipation approach) é baseado numa decomposição clássica em duas etapas do

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processo de planeamento e calendarização: o planeamento utiliza numa abordagem

combinada PERT/MRP e os processos ao nível de Job shop regras de calendarização

dinâmicas.

Bertrand e Rutten (1999) abordam a flexibilidade de processo como fonte para lidar

com as incertezas na procura e na oferta.

2 Modelos analíticos
Dantzig (1995) o pai da programação linear é também um dos primeiros autores a

incorporar a incerteza nos seus modelos matemáticos.

2.1 Planeamento Hierarquizado da Produção


Gfrerer e Zäpfel (1995) apresentam um modelo de planeamento de produção multi-

período hierarquizado com dois níveis de planeamento: o agregado e o detalhado, com

incerteza na procura.

Meybodi e Foote (1995) desenvolveram um modelo de planeamento de produção multi-

período hierarquizado com procura aleatória e falhas de produção.

2.2 Material Requirement Planning


Büchel (1983) considera um procedimento de produção baseado em rácios estocásticos

de uso (razão entre a procura específica de um determinado produto sobre a procura de

todos os produtos finais). Estes rácios podem ser utilizados para reduzir a incerteza na

procura em programas MRP: pequenos rácios e ou poucos pedidos de encomendas,

causam consideráveis variações na procura e requerem um nível de inventário de

segurança maior.

Burstein et al. (1984) consideram um processo de produção multi-estágio em série com

procura definida mas incerteza nas datas de entrega. Os autores propõem uma

abordagem de loteamento dinâmico baseado numa programação estocástica dinâmica.

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Wacker (1985) desenvolve um modelo estatístico que estima a média e a variância dos

outputs dos produtos finais e componentes devido a incertezas. O autor utiliza a

abordagem de existências de segurança, apesar de num ambiente make-to-order estes

não aliviarem a incerteza na procura. O modelo utiliza um “erro padrão de previsão”

para os componentes como um estimador das existências de segurança. O autor

implicitamente refere que os sistemas de MRP não deverão implicar sofisticadas

medidas de controlo para monitorizar incertezas ambientais e sistémicas mas que as

deverão incorporar no sistema MRP.

Wijngaard e Wortmann (1985) estudam diferentes abordagens ao MRP com incertezas

estocásticas. Os autores consideram um processo de produção multi-estágio com fases

convergentes e divergentes. Eles consideram três formas de gerar tampões ao longo dos

estágios: “existências de segurança, tempos de segurança e hedging.

Escudero e Kamesan (1993), usando diferentes cenários para diferentes níveis de

incerteza na procura, obtêm um modelo de programação estocástica multi-estágio,

multi-período para um ambiente de produção em rede.

2.3 Manufacturing Resource Planning


Billing et al. (1983) estudam a interacção entre os tempos de entrega, dimensionamento

de lotes e constrições de capacidade num processo de produção com complexas listas de

materiais e incerteza nos tempos de entrega e procura. Os autores propõem um

programa linear de integrais mistos, i.e., o modelo calcula os tempos de entrega

necessários com base na procura, capacidade disponível, enquanto se reduzem as

existências WIP (work in progress). O esforço computacional exigido para obter

soluções depende do tamanho do modelo e pode ser aliviado comprimindo a lista de

matérias (por exemplo: agregando componentes).

Escudero et al. (1993) analisam diferentes abordagens de planeamento de produção e

capacidade utilizando programação estocástica.

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Escudero e Kamesan (1995) desenvolvem um modelo de programação linear para

problemas estocásticos de planeamento e a metodologia para os resolver, utilizando

incerteza na procura caracterizada por cenários teste.

Kira et al. (1997) propõem uma abordagem hierarquizada ao problema de programação

da produção multi-estágio e multi-produto com um conjunto finito de procuras através

da programação linear estocástica.

Rota et al. (1997) apresentam um modelo de programação linear integral misto para

abordar a natureza complexa e incerta dos ambientes de produção, propondo constrições

de capacidade, pedidos de encomendas, previsões de procura, e decisões de

fornecimento e subcontratação num ambiente a curto-prazo do processo de

planeamento.

Grubbström (1999 a, b) e Tang (1999) providenciam uma revisão sobre os

desenvolvimentos teóricos de MRP / MRP II utilizando uma análise combinada de

inputs-outputs e transformação de Laplace. Baseado nessa abordagem, determina o

nível óptimo de existências de segurança num MRP Multi-estágio com necessidades de

capacidade quando a procura é estocástica. O objectivo é maximizar o NPV (net present

value) do cash-flow associado à produção e à procura. Também adaptaram o modelo

para o caso da procura apresentar uma distribuição gama.

3 Modelos de simulação
3.1 Planeamento agregado
Thompson e Davis (1990) apresentam uma abordagem integrada às incertezas presentes

no plano agregado de produção, através de um modelo de programação linear no qual as

incertezas nos custos, capacidades de processo, tempos de entrega e procura são

modelados usando técnicas de simulação de Monte Carlo.

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3.2 Material Requirement Planning
Callarman e Hamrin (1983) comparam as seguintes regras dinâmicas: Economic Order

Quantity (EOQ), Wagner-Whithin e Part-Period Balancing (PPB) para determinar os

tamanhos dos lotes de produção de artigos com procura independente em sistemas MRP

de estádio único, concluindo que a PPB era que permitia a melhor solução nas

condições referidas.

De Bodt e Wassenhove (1983) estudam a tomada de decisão sobre o tamanho dos lotes,

existências de segurança e o efeito dos custos num ambiente MRP de estádio único com

incerteza na procura e num horizonte a curto prazo, demonstrando que os erros de

previsão têm um importante efeito nos custos relativos das decisões anteriormente

referidas.

Grasso e Taylor (1984) examinam o impacto de diferentes políticas de operações em

sistemas MRP com incerteza nos tempos de entrega, e o impacto no custo total da

variação de quatro factores: tempos de entrega, existências de segurança, tempos de

entrega de segurança e regras de dimensionamento de lotes.

Marlin (1986) desenvolve um modelo estocástico de simulação para um sistema MRP /

job-shop, utilizando SIMSCRIPT II.5. Este modelo fecha o circuito entre as ordens de

produção elaboradas via MRP e a sua execução para uma linha de produção e

fornecedores externos. O modelo simula dois tipos de incerteza na procura: quantidade

(utilizando a abordagem de Hegseth, 1984) e prazos de entrega.

Carlson e Yano (1986) investigam sistemas MRP a curto prazo com incerteza na

procura, assumindo que os erros de previsão apresentam uma distribuição normal.

Desenvolvem um método heurístico e demonstram que existe um incremento

significativo no custo do dimensionamento dos lotes devido à existência de produções

precipitadas, e que por esse motivo as existências de segurança ao nível dos

componentes são uma forma eficaz para reduzir esse custo.

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Kurtulus e Pentico (1988) extendem a abordagem de factor de rendimento de Hegseth

(1984) através de simulações em ambiente MRP.

Kadipasaoglu e Sridharan (1997) desenvolvem modelos de simulação para estudar a

instabilidade de sistemas MRP. O objectivo dessas experiências é analisar o impacto

nos parâmetros de processo (e.g. tamanho do lote, capacidade utilizada, etc.) na

execução do MRP em ambientes com incerteza. Uma das abordagens propostas para

resolver este problema é congelando determinados períodos do MPS (Master

Production Schedule). Xie et al. (2003) também investiga a performance do MPS

congelando alguns parâmetros num sistema multi-item de um nível com apenas uma

constrição de matéria-prima em ambiente de procura incerta.

3.3 Manufacturing Resource Planning


Huang et al. (1982) desenvolvem um modelo de simulação para incorporar a lógica

básica de um MRP num processo de produção utilizando uma simulação Q-GERT e

uma linguagem de modelagem em rede, com o objectivo de fornecer a informação

necessária para o planeamento da capacidade e do material, assim como para controlo

do processo de produção com incerteza.

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Conclusão
Mula et al (2006) apresentam-nos um artigo de revisão sucinto e conciso sobre os

modelos de planeamento de produção com incerteza (ver Tabela 2a e 2b), confirmando-

se assim a escolha deste artigo como ponto de partida para a revisão bibliográfica para o

trabalho de projecto.

Os modelos analíticos, e em particular de programação estocástica, foram os que os

autores mais frequentemente encontraram; sendo que na sua maioria, estes modelos

apenas abordavam um tipo de incerteza e assumiam uma estrutura simples do processo

de produção. Os autores referem que para processos mais complexos, diferentes

produtos finais e mais do que um tipo de incerteza a abordagem analítica é substituída

por metodologias baseadas em inteligência artificial e simuladores, realçando-se assim a

necessidade anteriormente detectada de se estabilizar o modelo actual de planeamento

de produção antes de se adoptar esse tipo de modelos.

De entre as necessidades de investigação detectadas pelos autores, o trabalho de

projecto proposto irá abordar as seguintes: (1) a necessidade para desenvolver modelos

que contenham fontes e tipos de incertezas adicionais, tais como tempos de entrega dos

fornecedores, tempos de transporte, incerteza da qualidade, falhas do sistema de

produção, mudanças na estrutura produtiva, etc.; (2) desenvolvimento de trabalhos

empíricos que comparem as diferentes abordagens de planeamento de produção com

casos reais de estudo; (3) desenvolvimento de uma avaliação comparativa dos modelos

existentes para as diferentes indústrias manufactureiras.

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Tabela 2a: Quadro resumo dos vários modelos apresentados, por autor, incerteza, categoria de planeamento e abordagem utilizada (adaptado de Mula et al., 2006)

Modelo Autores Incerteza Categoria de Abordagem


planeamento
Hegseth (1984) FR Factor de rendimento composto

Requirement
New e Mapes (1984) FR Existências de segurança, factor de rendimento
Conceptuais

Planning
Material
Murthy e Ma (1991) FR Sobre planeamento
Donselaar et al. (2000) P Line Requirement Planning (LRP)
Hatchuel et al (1997) TE Dynamic Anticipate approach (DAA) baseada em integração MRP /
PERT e sequenciamento de regras dinâmicas
Bertrand e Rutten (1999) A Flexibilidade de processo
Gfrerer e Zäpfel (1995) P Planeamento Processos hierarquizados
Meybodi e Foote (1995) P, S Hierarquizado Programação multi-objectivos
da Produção
Büchel (1983) A Estatística, utilização de “rácios estocásticos de uso”

Requirement
Burstein et al. (1984) A Programação estocástica dinâmica

Planning
Material
Wacker (1985) A, S Estatística, existências de segurança
Analíticos

Wijngaard e Wortmann A, FR Existências de segurança, tempos de segurança, hedging


(1985)
Escudero e Kamesan (1993) P Programação estocástica
Billington et al. (1983) A, S Programação linear de integrais mistos
Manufacturing

Escudero et al.(1993) P Programação estocástica


Resource
Planning
Kira et al.(1997) P Programação estocástica
Rota et al.(1997) A Programação linear de integrais mistos
Grubbström (1999 a,b) e P Transformações de Laplace e análise de outputs-inputs
Tang (1999)
Legenda das fontes de incerteza: P – procura, A – ambiental, S – sistémica, TE – tempos de entrega, FR – factores de rendimento

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Tabela 3b: Quadro resumo dos vários modelos apresentados, por autor, incerteza, categoria de planeamento e abordagem utilizada (adaptado de Mula et al., 2006)

Modelo Autores Incerteza Categoria de Abordagem


planeamento
Thompson e Davis (1990) P, S Planeamento Programação linear utilizando incerteza modelada usando técnicas de
et al. (1993) agregado Monte Carlo
Callarman e Hamrin (1983) P Distribuições de probabilidade, dimensionamento de lotes

Material Requiremente Planning


De Boot e Wassenhove A Existências de segurança
(1983)
Grasso e Taylor (1984) S Existências de segurança, tempos de entrega de segurança
Marlin (1986) A, FR Factores de rendimento, existências de segurança
Simulador

Carlson e Yano (1986) A Métodos heurísticos, existências de segurança


Kurtulus e Pentico (1988) FR Factores de rendimento
Anderson e Lagodimos A Expressões analíticas, existências de segurança
(1989)
Kadipasaoglu e Sridharan A Congelamento de parâmetros
(1997)
Xie et al. (2003) P Congelamento de parâmetros
Huang et al. (1985) A, FR Manufacturing Modelação de redes usando Q-GERT
Resource
Planning
Legenda das fontes de incerteza: P – procura, A – ambiental, S – sistémica, TE – tempos de entrega, FR – factores de rendimento

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Bibliografia
• Mula, J., Poler, R., García-Sabater, J.P., Lario, F.C. (2006) – Models for

production planning under uncertainty: A review, Internacional Journal of

Production Economics, vol. 103, pp 271-285

• Heizer, J., Render, B. (2006) – Operations Management, Pearson Prenctice Hall,

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