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Pontífice Universidade Católica do Paraná

MBA em Gestão de Projetos de Software


Disciplina de Gestão de Riscos

Plano de Gestão de Riscos para um Projeto de


Desenvolvimento de Sistema de Blitz Eletrônica

Aluno: Wilson S. Melo Junior


Profª Drª Andréia Malucelli

Curitiba, Março de 2009


Índice

1. Introdução......................................................................................................................................3
1.1 Propósito deste trabalho ............................................................................................................3
1.2 Convenções e escalas utilizadas...............................................................................................3
2. Escopo sumarizado do projeto ......................................................................................................4
2.1 Cenário de Negócio ...................................................................................................................4
2.2 Objetivos ....................................................................................................................................4
2.3 Escopo .......................................................................................................................................4
3. Plano de gerenciamento de riscos ................................................................................................6
3.1 Fatores de risco .........................................................................................................................6
3.2 Fichas de controle de riscos ......................................................................................................7
3.3 Priorização ...............................................................................................................................14

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1. Introdução

1.1 Propósito deste trabalho


O presente trabalho foi elaborado como parte da avaliação da disciplina de Gestão de Riscos, do
curso de MBA em Gestão de Projetos de Software, turma de 2008. O propósito do mesmo é
desenvolver um plano de gestão de riscos para um projeto de desenvolvimento de software. Para tal,
foi escolhido um projeto real da empresa Perkons S.A. (www.perkons.com), onde o elaborador atua
hoje como coordenador de desenvolvimento de software.
Algumas informações deste documento, em especial nomes de clientes, valores e prazos envolvidos,
foram modificadas de modo a preservar as informações reais. Especificamente o plano de gestão de
riscos foi criado exclusivamente para este trabalho. Ainda que o mesmo reporte algumas decisões
que foram tomadas na prática, o mesmo não foi aplicado ao projeto real, mesmo porque este projeto
já foi concluído no final de 2008.

1.2 Convenções e escalas utilizadas


As fichas de controle de riscos utilizadas neste documento foram elaboradas a partir do modelo
fornecido em sala de aula. Foram consideradas para análise a seis dimensões de risco propostas
(Tempo, Custo, Qualidade, Político, Legal e Comercial) e a escalas seguem os valores descritos a
seguir. A avaliação do impacto sobre o tempo, custo e qualidade são respectivamente o atraso na
entrega do projeto, o percentual excedente sobre o custo inicialmente planejado e o impacto sobre as
principais funcionalidades implementadas pelo projeto.
Fatores de Impacto Peso P Peso I
Probabilidade
escala Tempo Custo Qualidade
Nulo 0% a 9% Zero Zero Zero Zero Zero
MBx 10% a 29% 1 semana 1% a 5% Irrelevante 0,1 0,05
Bx 30% a 49% 2 semanas 6% a 10% Pouco importante 0,3 0,1
Méd 50% a 69% 3 semanas 11% a 15% Importante 0,5 0,2
Alt 70% a 89% 5 semanas 15% a 20% Muito importante 0,7 0,4
MAlt acima de 90% > 5 semanas > 20% Crítico 0,9 0,8

A matriz de impacto e probabilidade foi utilizada considerando o primeiro como dimensão horizontal
(eixo x) e a segunda como dimensão vertical (eixo y).

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2. Escopo sumarizado do projeto

2.1 Cenário de Negócio


A Perkons S.A. é uma empresa que desenvolve equipamentos para controle e segurança de trânsito
em vias públicas. As principais funcionalidades providas pelos equipamentos da Perkons são o
registro estatístico do fluxo de veículos e a fiscalização de infrações de trânsito, tais como excesso de
velocidade, avanço de sinal, circulação em horário não permitido, etc. Essa fiscalização é feita por
meio da detecção do veículo e o registro da imagem do mesmo. Na maioria dos casos, o
equipamento também é dotado de um sistema de OCR (Optical Character Recognizer), o que permite
a identificação da placa do veículo com uma precisão aproximada de 85%.
Atualmente, faz parte do plano estratégico da Perkons expandir seus negócios na região sudeste do
Brasil, e por isso a empresa decidiu participar de uma licitação pública no estado do Amapá,
disputando um edital publicado pelo Departamento de Transito (DE-AP) deste estado. O produto da
Perkons se enquadra bem às funcionalidades descritas no edital, com exceção de uma: a
possibilidade de realização de blitz eletrônica utilizando estes equipamentos.
Considerando a oportunidade, a diretoria da Perkons solicitou a criação e execução um projeto para
adequação da versão atual do software do equipamento, de modo a contemplar esta nova
funcionalidade. Para tanto foi aprovado um orçamento de R$ 90.000,00 para este projeto. Se obtiver
sucesso em ganhar o edital, a Perkons espera um retorno de investimento de R$ 2 milhões em 48
meses.

2.2 Objetivos
O principal objetivo do projeto é modificar o produto de software utilizado atualmente pelo
equipamento Perkons, acrescentando ao mesmo um módulo para realização de blitz eletrônica. O
projeto deve ser concluído até o início do processo de licitação do DE-AP, previsto para abril de 2009,
permitindo a Perkons participar do processo licitatório com um produto em conformidade com as
solicitações do cliente.
Embora seja de grande importância para a organização, este projeto deve ser executado sem
interferir nos demais projetos em andamento, fazendo uso dos recursos não alocados.

2.3 Escopo
O escopo deste projeto é planejar, implementar, testar e homologar a nova funcionalidade atendendo
ao prazo solicitado pela diretoria da Perkons.
A implementação inclui todo o processo de engenharia do produto, adequando a nova funcionalidade
às funcionalidades já existentes. É importante acima de tudo que a nova funcionalidade seja aderente
à especificação descrita no edital de licitação do DE-AP.
Conforme definido pela área de Novos Produtos da empresa, a blitz eletrônica é definida conforme
apresentado a seguir.
A funcionalidade de blitz eletrônica consiste em um sistema de software que provê informações em
tempo real para um agente de trânsito durante uma operação de blitz de trânsito, permitindo que este
tome decisões em função destas. Este sistema se baseia nas informações geradas pelo equipamento
(estatística de veículos e registro de fiscalização) para determinar quais veículos estariam cometendo
alguma irregularidade (e.g. IPVA em débito, restrição a circulação, etc). O sistema poderia até mesmo
ser utilizado para detecção de veículos roubados ou placas clonadas. Com o devido acesso ao
sistema, o agente de trânsito poderia se posicionar em uma via próxima ao ponto de
instalação/montagem do equipamento, de tal modo que os veículos passem pela blitz alguns poucos
minutos após passarem pelo equipamento, sendo assim possível abordar somente os veículos
apontados pelo equipamento como passíveis de alguma irregularidade ou infração.
Após uma análise preliminar dos requisitos para a nova versão do produto, foram identificados os
seguintes casos de uso:
1) O agente de trânsito necessita de um sistema computacional de apoio operações de blitz,
que lhe permita se conectar a qualquer equipamento disponível e acessar informações
geradas pelo mesmo;

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2) O agente de trânsito necessita receber em sua tela, em tempo real, os dados dos veículos
detectados pelo equipamento de fiscalização;
3) O agente de trânsito necessita saber quais veículos possuem irregularidades, diferenciado-os
facilmente daqueles que estão OK;
4) O agente de trânsito necessita obter informações detalhadas dos veículos irregulares,
incluindo a imagem gerada pelo equipamento bem como uma consulta aos dados deste
veículo na base de dados do DETRAN;
5) Em caso de uma operação de blitz, o agente de trânsito necessita registrar eventuais ações
tomadas com relação ao veículo, que podem ser desde a abordagem e fiscalização direta do
mesmo, até a imposição de uma medida administrativa (e.g. retenção ou apreensão do
veículo);
6) O agente de trânsito necessita a possibilidade de digitar placa do veículo em substituição à
placa identificada pelo sistema OCR, caso este erre a leitura dos caracteres. Neste caso, o
sistema deverá refazer a fiscalização do veículo, verificando a nova situação para a nova
placa digitada;
7) O agente de trânsito necessita emitir um relatório ao término de cada operação de blitz,
contendo um resumo das informações geradas durante a mesma (total de veículos
fiscalizados, total de veículos abordados, etc);
8) O órgão de trânsito necessita receber em uma central de processamento os mesmos dados
enviados para a operação de blitz, de modo que este possa posteriormente auditar as
decisões tomadas pelo agente de trânsito;
Foram identificados ainda os seguintes requisitos não funcionais:
a) O sistema deve possuir interface web, de modo a permitir que qualquer computador com
browser tenha acesso à mesma sem qualquer necessidade de pré-configuração. Inicialmente
devem ser suportados os browsers Internet Explorer e Firefox;
b) A interface deve ser simples, intuitiva e de fácil operação, considerando-se o perfil do usuário
que irá utiliza-la (em sua grande maioria, guardas de trânsito);
c) O sistema deve disponibilizar as informações do veículo em até 4 segundos para o agente de
trânsito e em até 10 segundos para a central de processamento;
d) O sistema deve prever a recuperação dos dados de sessão durante uma operação de blitz,
em caso de falha no computador do cliente ou perda da comunicação temporária;
e) O sistema deve prever o fechamento automático de uma operação de blitz, com a finalização
de qualquer registro pendente e a emissão de relatório, caso o agente de trânsito se esqueça
de fazê-lo;
f) O sistema deve se adequar às restrições de hardware do equipamento Perkons, ou seja,
suas funcionalidades devem ser implementadas de modo a não comprometer o desempenho
deste;

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3. Plano de gerenciamento de riscos

3.1 Fatores de risco


A partir do escopo descrito na seção anterior, seguindo a metodologia trabalhada na disciplina de
Gestão de Riscos, foram identificados os seguintes fatores de risco para o projeto em questão, com
os respectivos contextos:
• R001 - Cancelamento do edital de licitação do DE-AP. Embora as chances de cancelamento
de um edital sejam pequenas, esta possibilidade existe quando ocorre a impugnação do
mesmo pelo Tribunal de Contas. Considerando que a Perkons não possui até então
perspectiva de comercialização desta funcionalidade para outros clientes, este evento se
constitui um fator de risco a ser considerado;
• R002 - Antecipação do edital de licitação do DE-AP. Se houver uma urgência muito grande
por parte do DE-AP em executar a contratação dos serviços em pauta, este pode antecipar
as datas do processo licitatório, obrigando as empresas participantes a se adequarem aos
novos prazos;
• R003 - Alteração do conteúdo técnico do edital de licitação do DE-AP. É importante ressaltar
que os requisitos do projeto foram definidos a partir do texto publicado no edital. Uma
alteração do mesmo pode invalidar estes requisitos, ou mesmo requerer a inclusão de novos
requisitos ao escopo. Esta necessidade já ocorreu em outros editais, quando o órgão público
responsável pela licitação é obrigado a adequar o edital às leis que regulamentam o processo
licitatório;
• R004 - Não aderência da interpretação do edital pela área de Novos Produtos à real
expectativa do cliente (DE-AP). Este fator de risco é relevante, pois é responsabilidade da
área de Novos Produtos a interpretação do conteúdo técnico de edital e a compatibilidade do
mesmo à estratégia de desenvolvimento de produto da empresa. Basicamente, é
desenvolvido um conceito de produto que se ajuste ao rol de produtos da empresa, e ao
mesmo tempo permita atender às especificações técnicas do edital. Erros neste processo,
que ocorre anteriormente à execução do projeto, podem resultar na perda da licitação ou, se
descoberto a tempo, em mudanças severas no escopo do projeto. Geralmente, um edital
sempre redigido com base na percepção do órgão público sobre as funcionalidades de um
produto já existente. Assim, existe a grande probabilidade que um cliente da Perkons já
possua o produto de blitz eletrônica desenvolvido, e o mesmo estaria fortemente associado à
idéia do cliente publicada no edital;
• R005 - Impossibilidade de atendimento ao prazo solicitado (Abril/2009). Por análise de
histórico da equipe de desenvolvimento, projetos relacionados a licitações são executados
em média em período de 4 meses. O prazo estimado para a entrega do projeto requer que o
mesmo seja realizado em pouco mais de 2 meses;
• R006 - Insuficiência de mão de obra especializada para execução do projeto. Apesar do
prazo restrito associado ao mesmo, a diretoria da Perkons deseja que o projeto seja
executado sem interferir nos demais projetos em andamento. Cerca de 50% da equipe,
incluindo alguns desenvolvedores com maior conhecimento sobre o produto da Perkons, está
atualmente alocada em outros projetos, e não seria possível um remanejamento sem afetar o
andamento destes. Com isso, apenas parte da equipe de desenvolvimento estará disponível
para o projeto;
• R007 - Inaptidão da equipe para desenvolver um software com interface web. Embora possui
conhecimento acadêmico para tal, a equipe de desenvolvimento da Perkons nunca criou um
produto com interface web. Alguns colaboradores possuem conhecimentos esparsos sobre
as tecnologias associadas a este tipo de produto, todavia este conhecimento é muito teórico e
pouco prático;
• R008 - Restrições de desempenho dos recursos computacionais do equipamento. Por utilizar
um hardware industrial muito específico, os equipamentos da Perkons não possuem um
poder computacional muito grande, sendo sua arquitetura correspondente a processadores
comerciais de três anos atrás. Assim, é imprescindível verificar quais restrições os mesmos
impõem ao uso de uma tecnologia recente para construção de sistemas web;

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• R009 - Problemas de compatibilidade com o software legado. O conjunto dos produtos de
software em uso no equipamento não foi projetado para integração com uma aplicação de
blitz. Ao mesmo tempo, manter a funcionalidade do mesmo é imprescindível;
• R10 – Indisponibilidade do ambiente de testes para validação e homologação do novo
produto. A Perkons não dispõe de ferramentas sofisticadas de teste, de modo que um grande
percentual dos testes de software necessita ser executado em um equipamento real. Este
esta associado a um custo elevado, tanto devido a infraestrutura necessária (obra civil,
mecânica de equipamento, hardware, etc) como às condições a serem reproduzidas em um
teste completo (passagem de diferentes tipos de veículos, diferentes placas para leitura de
OCR, etc). Além disso, existem aspectos legais, pois geralmente um teste completo requer
autorização do órgão de trânsito municipal para obstrução de vias e acompanhamento dos
mesmos por uma autoridade de trânsito;
Os fatores de risco são detalhados a seguir, em suas respectivas fichas de controle risco.

3.2 Fichas de controle de riscos

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R001 Criada em: 20/02 Fator de risco: Cancelamento do edital de
licitação do DE-AP.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: O cancelamento do edital implicaria na
não existência de um cliente em potencial, e
MAlt
conseqüentemente da perda de oportunidade
Alt de negócio para a Perkons. Mesmo que o
projeto fosse concluído, o retorno financeiro do
Med mesmo estaria comprometido. A impacto deste
Bx $,P,C fator de risco depende muito de em qual fase
do projeto o edital fosse cancelado. Se o
MBx cancelamento ocorresse nas fases iniciais, o
Nula impacto seria menor. Se próximo ao término do
projeto, o impacto seria maior.
Nula MBx Bx Med Alt Malt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Realizar estudo de mercado, verificando a possibilidade de se desenvolver a blitz eletrônica
em um contexto de produto mais amplo, de modo a viabilizar seu uso para outros clientes
(concluído);
• Obter aprovação da diretoria para aumento do escopo do projeto, gerando duas entregas: a
primeira direcionada ao atendimento do edital DE-AP e a segunda associada a um produto
comercial disponível aos demais clientes da Perkons (em análise pela Diretoria).
Plano de contingência
• Não havendo a perspectiva de utilização do produto por outros clientes ou não havendo
aprovação da diretoria para tal (ver estratégia de contenção), cancelar o projeto
imediatamente.

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FICHA DE CONTROLE DE RISCO
Identificação: R002 Criada em: 20/02 Fator de risco: Antecipação do edital de
licitação do DE-AP.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Com a antecipação do edital, o prazo
para conclusão do projeto tornar-se-ia ainda
MAlt mais crítico. Considerando-se que o projeto
Alt seja desenvolvido em menos tempo, a
qualidade conseqüentemente é comprometida,
Med uma vez que provavelmente o tempo seria
Bx “enxugado” nas fases de testes e
homologação.
MBx T,Q
Nula
Nula MBx Bx Med Alt Malt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Por se considerar este fator de risco como de baixa prioridade, bem como por se entender
que a contenção deste risco implica em executar o projeto em um prazo ainda menor, algo
considerado praticamente impossível no momento, optou-se por não se estabelecer uma
estratégia de mitigação do mesmo;
Plano de contingência
• Não há plano de contingência. Caso o risco se concretize, a Perkons irá desistir de
participar na licitação.

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R003 Criada em: 20/02 Fator de risco: Alteração do conteúdo técnico
do edital de licitação do DE-AP.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Com a alteração do conteúdo do edital,
conseqüentemente ocorre uma alteração no
MAlt escopo do projeto. Esta alteração pode ser
Alt pequena ou crítica, dependendo das alterações
aplicadas ao edital. O histórico de situações
Med similares mostra que geralmente o impacto é
Bx T, Q $ alto, implicando no acréscimo de novas
funcionalidades dentro de um período curto de
MBx tempo.
Nula
Nula MBx Bx Med Alt MAlt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)

8
Estratégia de contenção
• Acionar o setor Comercial para estabelecer uma comunicação mais próxima com o cliente
(DE-AP), de modo a ter acesso prévio a quaisquer informações relacionadas à alteração do
edital. Para isto estão sendo previstas viagens periódicas de um representante comercial a
Belo Horizonte, durante todo o período do projeto. Isto resultará em um custo adicional de
R$ 10.000,00 ao projeto (em análise pela Diretoria);
• Obter aprovação da diretoria para reserva de um valor adicional de 50% orçamento do
projeto para ser utilizado no pagamento de horas extras e/ou contratações temporárias,
caso o fator de risco se manifeste (aprovado);
• Manter uma lista atualizada de profissionais free-lancer, com conhecimento do negócio da
Perkons, que possam ser contratados em caráter emergencial (concluído);
Plano de contingência
• Obter aprovação da diretoria para desembolso da reserva adicional de 50%, prevista na
estratégia de contingência;

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R004 Criada em: 20/02 Fator de risco: Não aderência da interpretação
do edital à real expectativa do cliente.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Havendo erros de interpretação do
edital por parte da área de Novos Produtos,
MAlt
duas conseqüências são claramente visíveis. A
Alt T, Q $ primeira pode comprometer o sucesso da
empresa na licitação. Embora ganhar ou não o
Med edital esteja fora do escopo do projeto, este
Bx risco deve ser registrado e reportado à alta
direção. A segunda conseqüência, com
MBx impacto direto sobre o projeto, é a descoberta
Nula de erros de interpretação antes da licitação,
resultando em uma eventual alteração do
Nula MBx Bx Med Alt MAlt escopo. Neste aspecto, este risco é muito
similar ao R003, com a diferença de que o fator
Dimensões de risco
de risco é interno e, portanto, pode ser
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q) abordado de forma mais incisiva. Por análise
de histórico, tem-se que erros na interpretação
Legal (L) Político (P) Comercial (C) de edital são comuns na Perkons.
Estratégia de contenção
• Validar a interpretação dada ao edital pela área de Novos Produtos com um comitê,
composto por membros da organização que possuam informação sobre as perspectivas do
cliente (em andamento);
• Solicitar à área de Marketing um estudo de produtos similares desenvolvidos por empresas
concorrentes, avaliando quais destes produtos podem ter influenciado o cliente ao redigir o
edital de licitação. Uma vez identificados estes produtos candidatos, alinhar as
interpretações da Perkons para o edital com as funcionalidades destes produtos. Esta
atividade gera um custo adicional de R$ 3.000,00 ao projeto (concluído);
Plano de contingência
• Executar o mesmo plano de contingência previsto para o fator de risco R003;

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FICHA DE CONTROLE DE RISCO
Identificação: R005 Criada em: 20/02 Fator de risco: Impossibilidade de atendimento
ao prazo solicitado.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: O prazo solicitado para entrega do
projeto é muito curto, e pode não ser possível
MAlt T,Q C atingi-lo. Se isto ocorrer, a Perkons estaria
Alt impossibilitada de participar da licitação,
perdendo assim uma importante oportunidade
Med comercial. Ao mesmo tempo, observando-se o
Bx histórico dos projetos da Perkons, sabe-se que
a qualidade geralmente é comprometida em
MBx projetos com prazos muito curtos, pelo fato de
Nula que geralmente as fases de teste do produto
são sacrificadas para que se atinja o prazo
Nula MBx Bx Med Alt MAlt solicitado.
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Aprovar junto à Diretoria um aumento de 30% no orçamento destinado ao projeto, destinado
a contratar mão de obra temporária para dar mais velocidade ao desenvolvimento do
projeto (em análise pela Diretoria);
• Acionar a área Jurídica para estudar alternativas legais que possam ser utilizadas para
prolongar o processo de licitação do cliente, conseqüentemente obtendo mais tempo para o
projeto. Esta alternativa tem um custo de aproximadamente R$ 8.000,00, e seu resultado é
incerto (em análise pelo Comercial);
Plano de contingência
• Não existe plano de contingência para este risco, uma vez que se entende que se o mesmo
ocorrer, as conseqüências são irreversíveis.

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R006 Criada em: 20/02 Fator de risco: Insuficiência de mão-de-obra
especializada na execução do projeto.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Considerando que 50% da equipe está
envolvida em outros projetos da empresa, e
MAlt
entre este grupo se encontram os
Alt desenvolvedores mais experientes, o fato de
os recursos disponíveis se mostrarem
Med $ T Q insuficientes para realização do trabalho pode
Bx impactar no custo do projeto devido a
retrabalho, no tempo pelo fato dos
MBx desenvolvedores não conseguirem concluir as
Nula atividades conforme planejado, e na qualidade
pela possibilidade desta ficar aquém do
Nula MBx Bx Med Alt MAlt esperado.
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)

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Estratégia de contenção
• Negociar com a Diretoria o replanejamento dos projetos em andamento, de modo que se
avalie a possibilidade de remanejar pessoas de um projeto para o outro, montando uma
equipe mais experiente (concluído);
• Contratar consultoria especializada para orientação da equipe de desenvolvimento. É
estimado um custo adicional de R$ 5.000,00 (em análise pela diretoria);
• Elaborar um plano ostensivo de gerenciamento da qualidade do produto, incluindo revisão
por pares, de modo a prevenir retrabalhos e/ou entregas com baixa qualidade;
Plano de contingência
• Obter autorização para suspensão dos demais projetos da empresa e alocação imediata da
mão de obra destes no projeto. Essa medida geraria um custo estimado em R$ 20.000,00,
considerando a mão de obra adicional e o custo de projetos suspensos.

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R007 Criada em: 20/02 Fator de risco: Inaptidão da equipe para
desenvolver um software com interface web
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: O fato de a equipe técnica do projeto
não dominar tecnologias para implementação
MAlt de aplicações web pode afetar fortemente a
Alt qualidade do produto gerado, bem como
prazos e custos decorrentes da não realização
Med $,T,Q das atividades conforme planejado.
Bx
MBx
Nula
Nula MBx Bx Med Alt MAlt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Realizar treinamento com a equipe de desenvolvimento antes do início das atividades do
projeto. O custo do treinamento é estimado em R$ 4.500,00 (em análise pela Diretoria);
• Contratar mão de obra temporária especializada em desenvolvimento web para
implementar exclusivamente a interface do produto. Estima-se um custo adicional de R$
12.500,00 para cada profissional a contratar (concluído);
Plano de contingência
• Não há plano de contingência para este fator de risco, pois se entende que as medidas
adotadas na estratégia de contenção são suficientes para mitiga-lo;

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FICHA DE CONTROLE DE RISCO
Identificação: R008 Criada em: 20/02 Fator de risco: Restrições de desempenho dos
recursos computacionais do equipamento.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Considerando-se que os recursos
computacionais de um equipamento são bem
MAlt limitados, existe a possibilidade de que não
Alt seja possível executar uma aplicação de blitz
eletrônica no mesmo. Podem existir também
Med Q, C restrições à disponibilização de uma aplicação
Bx web, uma vez que esta exige um servidor
HTTP ou um servidor de aplicação.
MBx
Nula
Nula MBx Bx Med Alt MAlt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Executar testes de conceito com arquiteturas candidatas ainda durante a fase de
planejamento do projeto, para tentar se determinar com antecedência quais tecnologias
teriam restrições de execução no hardware do equipamento (concluído);
• Prever arquitetura modular baseada em objetos distribuídos para a nova funcionalidade, de
modo que seja possível disponibilizar o produto com um conjunto mínimo de módulos
rodando no equipamento e com os outros módulos rodando em um hardware à parte, com
todos os módulos se comunicando por uma camada de rede. Estima-se que esta arquitetura
distribuída gere um custo adicional de R$ 7.500,00 ao projeto (aprovado);
Plano de contingência
• Utilizar o produto de forma distribuída, conforme previsto na estratégia de contenção.

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R009 Criada em: 20/02 Fator de risco: Problemas de compatibilidade
com o software legado.
Responsável: Wilson Origem: Wilson
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Uma vez que o software em uso
atualmente no equipamento não foi pensado
MAlt
para ter a funcionalidade de blitz eletrônica (e
Alt muito menos uma interface web), podem surgir
dificuldades na integração da nova
Med funcionalidade às demais, comprometendo a
Bx Q qualidade do produto como um todo.

MBx
Nula
Nula MBx Bx Med Alt MAlt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)

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Estratégia de contenção
• Realizar análise de compatibilidade entre o software legado e as novas funcionalidades já
na fase de planejamento do projeto, antecipando qualquer dificuldade maior na integração
(concluído);
• Acrescentar ao escopo a implementação de um middleware para integração com o software
legado, tornando assim a nova funcionalidade um produto independente. Estima-se que
esta estratégia de implementação implique em um custo adicional de R$ 15.000,00 ao
projeto (em análise pela Diretoria);
Plano de contingência
• Não há plano de contingência para este fator de risco, pois se entende que as medidas
adotadas na estratégia de contenção são suficientes para mitiga-lo;

FICHA DE CONTROLE DE RISCO


Identificação: R010 Criada em: 20/02 Fator de risco: Indisponibilidade do ambiente
de testes para validação e homologação do
Responsável: Wilson Origem: Wilson
novo produto.
Matriz de impacto e probabilidade Risco: Conforme descrito no contexto deste
FR, os testes da blitz eletrônica requerem a
MAlt disponibilidade de um equipamento real, o que
Alt Q implica em uma estrutura complexa e cara. A
não disponibilidade de uma estrutura para
Med testes pode ter severas implicações na
Bx qualidade final do produto. Entretanto, este
risco pode ser mitigado e mesmo eliminado se
MBx forem adotadas medidas para garantir a
Nula disponibilidade deste ambiente na fase de teste
e homologação.
Nula MBx Bx Med Alt MAlt
Dimensões de risco
Custo ($) Tempo (T) Qualidade (Q)
Legal (L) Político (P) Comercial (C)
Estratégia de contenção
• Efetuar reserva antecipada do equipamento de testes da empresa para o período previsto
para testes da blitz eletrônica (concluído);
• Verificar antecipadamente se todos os componentes do equipamento de testes estão
funcionando devidamente (concluído);
• Efetuar compra de componentes que estejam apresentando problemas de funcionamento
(em avaliação);
• Efetuar compra de sobressalentes de componentes considerados críticos no equipamento,
de modo a tê-los disponíveis em caso de falhas. Estima-se um custo aproximado de R$
8.000,00 com a aquisição destes componentes;
Plano de contingência
• Solicitar acordo com a área Comercial para uso de um dos equipamentos em produção para
testes. A empresa seria penalizada pelo cliente, pois para ele o equipamento estaria
parado. Estima-se que a multa a ser paga pela parada do equipamento seja do valor de R$
5.000,00. Entretanto, seria possível viabilizar os testes desta forma;

13
3.3 Priorização de riscos
A seguir é apresentada uma tabela de priorização dos riscos com relação ao índice de importância do
mesmo. A tabela também considera, para cada risco, o custo associado à mitigação do mesmo
(valores decorrentes das ações previstas na estratégia de contenção). Também são transcritos, para
memória de cálculo, os pesos atribuídos ao impacto e à probabilidade de cada fator de risco.

ID Impacto Probabilidade IIR Custo de mitigação


R005 1,6 0,9 1,44 R$ 35.000,00
R004 1,6 0,7 1,14 R$ 8.000,00
R010 0,8 0,7 0,56 R$ 8.000,00
R003 1,6 0,3 0,48 R$ 10.000,00
R006 0,7 0,5 0,35 R$ 5.000,00
R008 0,4 0,5 0,20 R$ 7.500,00
R001 0,6 0,3 0,18 Sem custo adicional
R002 1,6 0,1 0,16 Não será mitigado
R009 0,4 0,3 0,12 Não será mitigado
R007 1,2 0,5 0,60 Não será mitigado

Como pode ser verificado, o custo total relacionado às estratégias de mitigação de riscos é de R$
73.500,00, um valor elevado se comparado em termos percentuais ao valor orçado para o projeto (R$
90.000,00). Todavia, acredita-se que este investimento se justifique, principalmente em face da
expectativa de retorno do negócio, que é mais de doze vezes superior ao orçamento do projeto
acrescido do custo de mitigação de riscos.
Optou-se por não mitigar os fatores de risco R009 e R007 por se entender que o custo associado aos
mesmos não se justifica em função de sua probabilidade.

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