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Questionário de Direito Civil

1 – Realize as distinções entre sociedades empresárias e


sociedades civis.
- O novo código civil, determina como sociedades simples as
sociedades civis, considerando que todas as sociedades são
civis.
As sociedades simples são constituídas, em geral, por
profissionais que atuam em uma mesma área ou por
prestadores de serviços técnicos (clinicas médicas, e
dentárias, escritório de advocacia, instituições de ensinos,
etc.) e têm fim econômico ou lucrativo; mesmo que
eventualmente pratiquem atos de empresários, não altera
sua situação, pois o que se considera é a atividade principal
por ela exercida.
As sociedades empresárias, também visam lucro, mas
distinguem-se das sociedades simples, porque têm por
objeto o exercício da atividade própria de empresário sujeito
ao registro previsto no art. 967 do Código Civil. Considera-se
empresário, diz o art. 966 ” quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens de serviços”.
Formas de sociedades: sociedade em nome coletivo,
sociedade em comandita simples, sociedade em comandita
por ações, sociedade limitada, sociedade anônima ou por
ações.
2 – Qual a classificação dos direitos da personalidade?
Comente cada um deles.
- Os direitos da personalidade distribuem-se em duas
categorias gerais: de um lado, os adquiridos e do outro, os
inatos; sendo que os direitos adquiridos, existem nos
mesmos termos que encontram-se disciplinados pelo Direito
Positivo, enquanto que os inatos encontram-se acima de
qualquer condição legislativa, uma vez que são absolutos,
irrenunciáveis, intransmissíveis e imprescritíveis(refere-se á
integridade física e moral e o direito à vida).
3 – Pode a pessoa jurídica ser titular de direitos da
personalidade? Justifique.
- São compostas por pessoas físicas ou naturais que se
agrupam, com observância das condições legais e se
associam para melhor atingir seus objetivos. O mestre Bittar
nos ensina: “Nascem com o registro da pessoa jurídica,
subsistem enquanto estiverem em atuação e terminam com
a baixa do registro, respeitada a prevalência de certos
efeitos posteriores, a exemplo do que ocorre com as
pessoas físicas (como, por exemplo, como o direito moral
sobre criações coletivas e o direito à honra”.
O novo Código Civil traz disposição expressa sobre a
aplicação dos direitos da personalidade às pessoas
jurídicas, pacificando a questão. "Art. 52. Aplica-se às
pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da
personalidade."
Podemos destacar, dentre outros, já que ilimitados, como
direitos da personalidade aplicáveis às pessoas jurídicas:
honra, reputação, nome, marca e símbolos (direito à
identidade da pessoa jurídica), propriedade intelectual, ao
segredo e ao sigilo, privacidade, e assim todos que, com o
avanço do direito, fizerem-se necessários à proteção dos
desdobramentos e desenvolvimento da "vida" das pessoas
jurídicas.

4 – A pessoa natural que se submete a uma cirurgia para


mudança de sexo, tem direito a alteração de sexo no registro
civil?
Sim, a alteração da mudança de sexo é permitida, mas não
para “feminino” deverá ser como “transexual” e com
observância que o transexualismo seja devidamente
constatado no exame clinico e no laudo do Serviço Social do
programa de atendimento a portadores de transtorno de
identidade de gênero – transexualismo constata que o papel
que o autor desempenha na sociedade caracteriza-se como
de cunho feminino, e que ele é portador do diagnóstico de
transexualidade. A alteração de sexo, deve constar no
registro civil como “transexual” pois os órgãos internos desse
individuo correspondem a outro sexo, o que poderia induzir
a erro terceiros que se habilite ao casamento.A troca do
nome é permitida pois a preservação de eventuais ´direitos
de terceiros´ sucumbe ante o princípio fundamental
constitucional da dignidade da pessoa humana, preservando
o individuo para não passar pelo constrangimento de constar
em seus documentos seu sexo em contradição com sua
aparência.

5 – Para o Direito Civil a determinação do sexo deve ser


vinculada a que critério (biológico, psicológico, genético ou
outros)?
- Em geral essa determinação pode ser dada prontamente ,
nesse plano, o registro civil exerce uma chancela
normalmente imodificável, que marca o indivíduo em sua
vida social., mas há situações em que mesmo um
profissional de saúde tem dificuldade em identificar o sexo
do bebê: crianças com sexo indefinido. Mais que um
problema com sérias implicações médicas e éticas, a
determinação do gênero de um indivíduo traz em seu bojo
várias questões jurídicas de complexa resolução. A
identificação inequívoca de um indivíduo com o sexo
masculino ou feminino resulta da plena concordância de
todos os critérios utilizados na definição do sexo: genético
ou cromossômico (XX ou XY), endócrino (ovários ou
testículos), morfológico ou genital (genitais internos e
externos), somático (características sexuais secundárias),
psíquico (o conceito que o indivíduo tem de si mesmo e que
lhe permite identificar- se com um ou outro sexo), social (o
sexo que a sociedade atribui ao indivíduo e que pode, ou
não, adaptar- se ao conceito que este tem de si mesmo) e
civil (o sexo que foi atribuído ao indivíduo quando de sua
inscrição no Registro Civil).

6 – Explique as diferentes espécies de sociedades.

7 – Quais as modalidades de desconsideração da pessoa


jurídica existentes no Direito brasileiro? Comente
dissertando sobre a teoria Maior e Teoria Menor da
desconsideração da personalidade jurídica.
- A doutrina e a jurisprudência reconhecem a existência, no
direito de duas teorias da desconsideração: a Teoria Maior e
a Teoria Menor.
A Teoria Maior prestigia a contribuição doutrinária em que a
comprovação da fraude e do abuso por parte dos sócios
constitui requisito para que o juiz possa ignorar a autonomia
patrimonial das pessoas jurídicas.Divide-se em objetiva e
subjetiva, parar a primeira a confusão patrimonial constitui o
pressuposto necessário e suficiente da desconsideração,
basta a constatação de bens de sócio registrados em nome
da sociedade ou vice-versa; a subjetiva

Blibiografia:
Gonçalves, Carlos Roberto - Direito civil brasileiro, volume 1;
parte geral – 8 ed. – São Paulo – Saraiva, 2010

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7247
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7247
http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_2035.ht
ml
http://www.portalmedico.org.br/revista/bio13v1/artigos/artigo
01.htm

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