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Aula 14 – Toxicodinâmica
Prof. Mauro Rebelo
Tudo pode ser tóxico! A
toxicidade depende da dose
• “todas as substâncias são
venenos, não há nenhuma que não
o seja. A dose correta determina
o remédio e o veneno. Doses
gradativas de uma droga dada a
um indivíduo geralmente
provocam magnitude de resposta
aumentada à medida que as
doses são elevadas.”
(Paracelcius - Medico alemão:1493-1541)
Rotas e Destinos
Ingestão Inalação Intravenosa
Intraperitoneal
Sub-cutânea
Trato Intra-muscular
Pulmão
gastrointestinal
Dermal
Fígado
Sangue Sangue
portal
e Linfa
Bile Fluido
extracelular
Estruturas
Bexiga Alvéolos Órgãos
secretoras
Tecidos
Fezes Urina Expiração Secreções Osso
moles
Toxicocinética e Toxicodinâmica
Exposição
Alteração de
Dose Dose efetiva Efeito
estrutura e
interna (biologicamente) biológico inicial
função
Doença
Fatores de suscetibilidade
Toxicidade
agente causa a 2
toxicidade;
Interação
molecular
b) a disfunção causada
pela interação do
3
agente com o alvo
Disfunção B
causa a toxicidade; celular
c) a saturação ou
disfunção do 4
mecanismo de reparo Falha de C
reparo
causa a toxicidade
Efeito Tóxico
Elementos Essenciais Elementos Não-essenciais
Manutenção e crescimento
Concentração Concentração
Qual é o efeito que vamos
observar e qual o marcador para
ele?
• Uma das características da resposta tóxica
é a interação entre as substâncias químicas.
Adição, sinergia e antagonismo.
Toxicidade
• “Tudo pode ser tóxico! A toxicidade depende da
dose” (Paracelcius)
• Toxicidade – Dosagem na qual uma substancia pode causar
um efeito danoso (tóxico).
• “Ainda não foi desenvolvido nenhum instrumento que possa
avaliar toxicidade! Concentração química pode ser medida
com um instrumento, mas apenas material vivo pode ser
usado para medir toxicidade” (Cairns & Mount, 1990)
Drogas terapêuticas
Concentrações de
teste
(Avaliação do Efeito)
Controle positivo
(Efeito conhecido)
Concentração Letal a 50% da população
Mortalidade
Efeito
CL50
Concentração
Se tudo é tóxico... Agente
Álcool etílico
LD50 (mg.kg-1)
10000
Cloreto de sódio 4000
• Diferenças individuais
– Mesmo dentro de uma espécie, indivíduos podem apresentar
diferenças na resposta a um tóxico: polimorfismos.
– Susceptibilidade também é um fator.
Tipos de reação:
• Ligação não covalente,
• Ligação covalente,
• Desidrogenação
• Transferência de eletrons,
• Reação enzimática
Tóxico
Final Resultado:
• Desfunção,
• Destruição,
• Formação
Molécula neo antígena
Alvo
Atributos do alvo:
• Reatividade,
• Acessibilidade,
• Função crítica
Efeitos
• Disfunção:
– simular uma molécula endógena (hormônio ou
neurotransmissor, entre outros),
– na maior parte das vezes o resultado seja a inibição
• principalmente por alterações conformacionais
• Destruição:
– crosslink de proteínas de citoesqueleto e DNA
– Destruíção espontane de moléculas após ataque químico.
Tipos de efeitos
Desregulação da Imprópria:
expressão gênica • Divisão celular Neoplasia e teratogenese
• Apoptose Involução do tecido e teratogenese
• Síntese proteica proliferação de peroxisomas
Regulação
celular
Desregulação da Atividade neuromuscular imprópria
atividade celular • Tremor, convulsão, espasmos e arritmia
normal cardíaca
Papel da
molécula Impedimento da:
alvo Lesão e
Impedimento da • Síntese de ATP, morte
manutenção interna • Regulação do cálcio celular
• Síntese protéica
• Função microtubular e da membrana
Manutenção
celular
• Anemia
• Como podemos determinar a causa/cura da
anemia deles?
Heme
Hemoglobina
Metabolismo do Heme
Zinco protoporfirina
PORFIRIA
• Fotosensibilidade, porfirinas acumuladas na pele absorvem luz do sol tanto
no espectro ultravioleta, como visível e logo transfere sua energia ao
oxigênio da respiração que se libera sob a forma de EROs
• Hirsutismo, o pelo cresce exageradamente e em lugares não habituais,
como no vão dos dedos e dorso das mãos, nas bochechas, no nariz para
proteger os lugares mais expostos à luz. Esses doentes saiam quase
exclusivamente à noite.
• Pigmentação. A pele pode apresentar também zonas de despigmentação e
os dentes podem ser vermelhos.
Porfiria induzida por dioxina
Anais Brasileiros de Dermatologia. An. Bras. Dermatol. vol.81 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2006. doi: 10.1590/S0365-05962006000600010