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NG: STC 7 – Fundamentos

Carlos Santana

16 de Dezembro de 2009

Actividade 1: Exclusão Social e princípios de Tolerância.

Senti-me excluído quando;

Trabalhei durante vários anos numa grande companhia, que representava e


vendia bebidas alcoólicas.

Nesta empresa desempenhei várias funções, comecei por ser vendedor e


mais tarde fui merchandising de grandes superfícies. Ao fim de algum
tempo fui convidado pela administração da empresa a apresentar um
projecto para formar uma equipa de vários merchandisers que iriam actuar
a nível nacional. Apresentei esse projecto, o qual foi aceite à primeira, pois
estava muito bom, e fui nomeado chefe dessa equipa.

Nesta altura comecei a sentir-me excluído por parte de vários colegas, que
claramente não gostaram que eu, com menos tempo de empresa e mais
novo, atingisse um lugar de chefia em vez deles. Esta exclusão passou por
não me falarem, ou falarem apenas o estritamente necessário, juntavam-se
para almoçar e não me convidavam, saiam algumas vezes juntos à noite e
também não me convidavam, e várias outras situações aconteceram em
que eu realmente me sentia excluído do grupo.

Esta situação nunca me deixou mossas, eu pura e simplesmente não queria


saber, mas o facto é que aconteceu, ao ponto do director comercial, um dia
numa reunião que teve comigo abordar esse tema, perguntando-me como é
que eu via e lidava com essa situação, de não ser bem aceite por alguns
colegas. Simplesmente lhe disse que não estava nada preocupado com isso,
pois a minha missão na empresa não era ser popular mas sim um bom
profissional, e realizar as tarefas que me tinham sido confiadas, a contento
da empresa e dos meus superiores e isso era o que se passava, tendo ele
admitido que sim, que estavam muito satisfeitos com a minha prestação.

Esta foi uma vez em que me senti excluído por um grupo de pessoas, sei
que há muitos tipos de exclusão, umas mais graves que outras, mas
felizmente até à altura nunca passei por um tipo de exclusão grave, apenas
pequenas situações, que para mim e para a minha vida não tiveram grande
importância.

Vamos reflectir…

Os idosos;

Muito são os idosos que são vítimas da exclusão social, por várias razões:
uns porque devido ao seu feitio se auto-excluem, outros são abandonados e
excluídos pelos familiares mais próximos que pura e simplesmente não
querem saber, outros não têm recursos para levar uma vida minimamente
digna e sentem-se excluídos da sociedade, e outras situações há em que se
passa este flagelo.

Penso que cada caso é um caso, e não há casos exactamente iguais, cabe-
nos a todos nós enquanto pessoas e cidadãos identificar estas situações, e
dentro dos possíveis ajudar estas pessoas, podemos começar na nossa
própria família tratando bem os mais velhos, dando-lhes amor, carinho,
apoio e compreensão. Se todos nós cumpríssemos com a nossa parte e
fizéssemos apenas isto, já se acabava com muita da exclusão que por aí há.

Depois, há muitas mais formas de ajudar as pessoas idosas que sentem


esta situação, começando pelo próprio estado que poderia ter uma política
muito mais favorável de apoio à terceira idade, com mais centros de dia
onde os idosos poderiam sentir-se mais confortáveis e apoiadas, reformas
mais dignas para a maioria dos idosos, apoio social e igualdade de
oportunidades quer estes estejam nas grande cidades ou nas aldeias mais
afastadas.
Hoje vêem-se muitas instituições de solidariedade social a trabalhar nesta
área, a maioria sem qualquer tipo de apoio estatal, apenas vivem do apoio
popular e das empresas. Mas não deveria ser assim! O estado deveria ter
um papel muito mais activo aqui e fomentar com apoios o aparecimento de
muitas mais instituições, pois apesar de todas as que já existem,
claramente ainda são poucas para tamanha calamidade.

Uma das situações positivas e que eu concordo completamente, é com o


apoio às famílias que recebem em sua casa um idoso em dificuldades,
assim como existe para crianças com as famílias de acolhimento. É claro
que a maioria das pessoas não estão interessadas nesta iniciativa, mas
cada uma que existe é menos um idoso excluído, e uma a seguir de outra
no fim de contas são mais uns quantos idosos apoiados e mais um passo
nesta caminhada, que sabemos nunca terá fim mas que poderá ser reduzida
ao mínimo e assim vivermos todos numa sociedade mais justa e no fundo
muito mais realizada.

Numa sociedade que se queira perfeita, não há lugar para exclusões. As


pessoas têm que aprender a ser muito mais tolerantes, consigo próprias e
com os outros, neste mundo actual em que vivemos existem muitos casos
de exclusão, por isso está muito longe de ser uma sociedade perfeita.

O homem tem evoluído em muitos sentidos, tem mostrado que tem


capacidades intelectuais, quase ou mesmo ilimitadas, mas em algumas
situações não passamos de autênticos primatas não tendo evoluído quase
nada em milhares de anos.

Esta situação tem que mudar, é exigível que mude, temos que cada um de
nós olhar para dentro e perguntar em cada dia e todos os dias; “hoje o que
posso fazer para ajudar a melhorar a vida do meu próximo?” principalmente
quando é alguém que precisa mesmo de ajuda, e ajudar, ajudar mesmo, e
não ficar apenas pela intenção e no final do dia sentir o prazer de ter
contribuído para a felicidade de alguém.

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