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CRÔNICA DA MANIFESTAÇÃO DE 1º DE MAIO EM SÃO PAULO

1º DE MAIO DE LUTA PROLETÁRIA, REVOLUCIONÁRIA E


LIBERTÁRIA

Iniciado com manifestações locais, marcadas por panfletagens e agitações


nos bairros, já nas primeiras horas da manhã do 1º de Maio de 2010,
quando a classe operária completa 124 anos de luta por pão e liberdade,
desde a grande greve do meio-oeste americano em 1886, da prisão e
morte dos mártires de Chicago, a FOSP/COB-ACAT/AIT estava nas ruas. Já
nessas manifstações nos bairros se passava o Manifesto de 1º de Maio da
FOSP, bem como a convocatória para a Manifestação unificada das Seções
e Núcleos da Grande São Paulo, que se inciaria a partir do meio-dia, no
antigo Mercado de Escravos da cidade de São Paulo, na Ladeira da
Memória – ao lado da Praça das Bandeiras e do Metrô Anhangabaú.

A manifestação começa pela manhã [precedida por colagens e pixações]


nos bairros da periferia com panfletagens chamando os trabalhadores
para a Manifestação no centro.
A Concentração na Ladeira da Memória crescia a medida que o pessoal ia
chegando das agitações locais, nos bairros ou cidades da Grande SP. As 13
horas, com a presença de mais de 50 camaradas libertários e nucleados
pró-COB/AIT, iniciamos a Assembleía Popular, decidindo não aceitar as
provocaçõesde partidos e policiais, e evitar perder o caráter operário da
nossa manifestação. Decidimos sair em Passeata, com faixas e bandeiras
da FOSP/COB-AIT, em direção a praça Ramos de Azevedo e de lá seguir em
Passeata até a praça da República, onde realizariamos nossa Assembleia
Popular de 1º de Maio.

A Concentração no antigo Mercado de Escravos da cidade de São Paulo


se inicia as 12 hs e cresce até as 14 hs, indo para a Xavier de Toledo para
iniciar a Passeata. Estavamos então em cerca de 50 pessoas.

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A Passeata da FOSP/COB-AIT ganha as ruas e se dirige a praça Ramos de
Azavedo e a cabeça da Passea da AIT em SP chegando no Viaduto do
Chá.
Chegamos na praça Ramos gritando palavras-de-ordem: ‘LUTAR CONTRA
O CAPITAL, LIBERDADE SINDICAL!’, ‘VOTE NULO, NÃO SE ILUDA, VOTE
NULO E VÁ A LUTA!’, ‘ A CLASSE OPERÁRIA É INTERNACIONAL!’. Na praça
Ramos encontramos vários punks e populares observando, de longe, uma
manifestação do partido trotskista POM em parte das escadarias do Eatro
Municipal – que estãá fechado para reforma a mais de dois anos. Como
estavamos munidos de uma aparelho de som adaptado sobre um
carrinho, estilo rádio poste, nos instalamos em meio a praça e ao povo
que observava a manifestação do POM e começamos a fazer nossos
discursos contra o capital , o Estado e os partidos políticos – em especial,
nesse ano de eleições majoritárias. Como, ao final, atraimamos mais
atenção do que a manifestação deles eles resolveram fazer um
chamamento a unidade e propuseram que falassemos ao microfone e
fizessemos a manifestação conjunta. Falamos no microfone deles e
frisamos que qualquer proposta de unificação da classe trabalhadora deve
vir diretamente da necessidade prática da luta revoluciopnária e não de
partidos políticos , que rejeitavamos. Essa unidade proletária, surgida de
baixo para cima, deveria ter como valor máximo a solidariedade na luta,
em especial por liberdade de organização – onde colocamos o problema
da FOSP e da COB, que por não querer manter vínculos com o Estado, em
nome da autonomia sindical, não conseguia ser legalizada! Isso nos
mantem como uma organização clandestina, sujeita a todo tipo de sanção,
colocamos essa questão para explicar que é algo que vem acontecendo
com a AIT-IWA em todo o mundo: citamos a prisão do Secretariado da A
SI/AIT, na Sérvia, e a questão da FAU-IWA, colocada na ilegalidade na
Alemanha. Por fim, anunciamos nossa retirada da praça Ramos em
direção a praça da República, onde realizariamos uma Assembleia Popular,
para discutir as lutas e a preparação de uma grande grevve geral anti-
capitalista, para a qual os chamamos em nome dessa unidade. Eles
preferiram ficar na praça e continuar sua pequena manifestação. Nos
retiramos em cerca de 200 pessoas e subimos a Barão de Itapetininga em
direção a República, gritando palavras-de-ordem: ‘OCUPAR, PRODUZIR,
AUTOGERIR!’, ‘ARROZ, TESÃO, SAÚDE E AUTOGESTÃO!’, ‘POVO UNIDO
GOVERNA SEM PARTIDO!’, ‘POVO ORGANIZADO GOVERNA SEM ESTADO!’.
Eram então por volta das 14:30 hs.

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A Passeata da FOSP/COB-AIT chega na Ramos e realiza Mini-Comício,
debatendo com os trotskistas do POM – que se manifestavam nas
escadarias do teatro Municipal, enquanto a manifestação da FOSP cresce
na sua frente.

A Manifestação sai da Ramos em Passeata pela Barão de Itapetiniga, em


direção a praça da República, fazendo Mini-Comícios com discursos e
palavras-de-ordem – com a cobertura da imprrensa. Eramos cerca de 200
então.
Na Barão, devido ao alto movimento, e buscando arregimentar pessoas
para participar da manifestação, fizemos dua paradas com várias pessoas
fazendo uso da palavra. A participação das pesssoas que estavam na rua,
só fazia crescer nossa manifestação. Seguiamos a passeata com nossas
palavras-de-ordem. Ao chegar na praça da República, onde ocorria a Feira
de Artesanato, a Polícia Militar – buscando nos dispersar – fechou a
entrada da República, do lado da Avenida Ipiranga. Reagimos com
agilidade, evgitando a confrontação e atravessando a praça da República,
por baixo, para entrar na praça pelo outro lado. Ao chegar na região da
rua Vieira de Carvalho, as pessoas , epontaneamente, decidiram fechar a
pista – o que quase provocou um racha na manifstação, já que várias
pesoas achavam que o mais certo seria entrart logo na República e realizar
a Assemb léia Popular, antes que a PM fechasse por ali também. Nesse
momento pudemos faze uma avaliação do número pessoas presntes na
manifestação , cerca de 500 – 400 fechavam a rua. Enquanto discutiamos
se irimos na Republica ou não começaram a surgir vários carros da policia
para dispersar a manifetação. Novamente agimos rápido, ao perceber que
nos cercavam, voltamos em asseata e nos dirigimos a praça da República ,
para realizar a Assembléia. (15 hs)

Nos Mini-Comícios o Microfone da FOSP aberto para todos que


protestavam e reconheciam a importância da data de luta proletária e a
Comíco e discursos contra partidos e pela liberdade sindical e
chamamentos à luta., VIVA OS MÁRTIRES DE CHICAGO! Depois
prossegue com novas adesões. Já eramos mais de 300.

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Ao chegar na República vimos que a PM fechava a entrada, tentando
impedir que entrassemos na praça, onde se realizava a Feira de
Artesanato. Driblamos a Polícia atravessando pelo meio da praça e
entrando pelo outro lado.

Mini-Comiício da FOSP fecha uma pista da Avenida Vieira de Carvalho. Já


eramos cerca de 400 lutadores proletários. Ao percebermos que a PM
fechava o cerco reiniciamos a Passeata em direção a República para
realizar nossa ASSEMBLÉIA POPULAR.
Ao chegarmos na pça. da República, por volta das 16:30 hs, nos instalamos
e demos início às discussões da ASSEMBLEÍA POPULAR. Lá estava
ocorrendo a Feira de Artesanato e todos ficaram atentos aos nossos
discursos, muitos apoiavam. Eramos então cerca de 500 pessoas. A
Assembléia foi tensa – devido a presença da polícia e a ira de vários
manifestantes que faziam discursos anti-militares e pela liberdde de
manifestação. Existia a possibilidade de confronto, mas fizemos ver a
todos a importância da discussão coletiva , que se deu com a palavra
aberta a todos. Discutimos a questão da Greve Geral e das lutas lançadas
pela FOSP/COB-AIT, na periferia da Assembléia miltantes conversavam
com as pessoas que se aproximavam sem entender bem o que se passava.

Ao chegarmos na República demos início a ASSEMBLÉIA POPULAR, que


foi acompanhada pelos que visitavam e trabalhavam na Feira de
Artesanato.
Por volta das 16:30 hs, após a discusão de sairmos em Passeata ser
derrotada, uma parte dos manifestantes se retira em Passeata até a pça.
da Sé e em seguida para a Roosevel, onde haveria uma Gig de Protesto. A
assembleía Popular prosseguiu, discutindo os temas sindicais da FOSP,
sempre com o microfone aberto, se encerradno por bota das 17:30 hs. Em
seguida houve a dispersão da manifestação, mas vários militantes da FOSP
decidiram retornar ao Mercado de Escravos para lá dar in[ico a avaliação
geral da manifestação. Vários aspectos foram levantados por diferentes
pessoas e simpatizantes que nos acompanharam até o fim das discussões.

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A avaliação coletiva, após o término da ASSEMBLEÍA POPULAR e da
dispersão formal da manifestação.
A avaliação geral foi de que a manifestação foi vitoriosa e positiva – apesar
das falhas que naturalmente ocorrem em manifestações públicas
marcadas pelo espontaneísmo, não pela disciplina partidária -, pois se
demosntrou certa insegurança – devido a falta de experiência dos jovens
militantes – o que permitiu certa confusãoentre o discurso sindical da
FOSP e o discurso punk de várias organizações locais. Mas tudo foi
também uma imporortante fonte de experiência para todos, sendo que
vários militantes – além dos Coordenadore da FOSP – tomaram a palavra,
ainda que timidamente. Encerramos as discussões por volta das 18:30 hs e
então nos dispersamos, cansados, mas felizes pela manifestção que
realizamos, marcando com louvor , mai uma vez , o 1º de Maio de Luta
Proltária. Revolucionária e Libertária.

Detalhe do Mini-Comiíco na Vieira de Carvalho e da ASSEMBLÉIA


POPULAR.
VIVA A FOSP!
VIVA A COB/AIT!
VIVA A LUTA E O EXEMPLO DOS MÁRTIRES DE CHICAGO!!!
A bandeira da COB numa mão e o microfne em outra em frente ao teatro
municipal.

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