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pergunta-chave
de
Agostinho,
aquela
que
realmente
fazer o bem, este opta por fazer o mal, com consequncias para ele e
seus descendentes, que logo em seguida agem da mesma forma, como
podemos ver nas aes de Lameque (Gn 4.23-24).
Os autores do dilogo tambm analisam que em todas as espcies
de aes ms a paixo que domina. Ela no precisa ser consumada
para ser condenvel, pois Deus v o corao, isto , as intenes dos
homens (Mt 5.28).
Ainda neste mesmo livro, Agostinho e Evdio discursam sobre a
inteligncia do homem. Caso houvesse um animal forte e feroz, com
prodigiosa fora, poderia ele dominar o homem e subjulg-lo? Sendo
assim, a razo ou a inteligncia faz com que nenhum animal possa
exercer seu domnio sobre o homem, enquanto que o oposto acontece.
Esta diferena sugere que ningum pode dominar o homem e sua
mente, e que ns temos conscincia da vida e que podemos usar a
inteligncia para viv-la com mais perfeio e esplendor.
Portanto, os escritores chegam a concluso de que o homem sbio
aquele que tem domnio prprio, em que suas paixes so dominadas
por sua razo. Partem do pressuposto de que a razo no mais fraca
do que a paixo, a no ser que ela decaia de sua justia e se torne
viciada, se tornando mais fraca.
Nossa parte espiritual mais forte do que nossa parte carnal.
Preferimos um ser vivo a um no vivo; a substncia que d vida vale
mais do que aquela que a recebe. Ento, um esprito justo com domnio
pode afastar-se de sua paixo. Consequentemente, no h nenhuma
outra realidade que torne a mente cmplice da paixo a no ser a
prpria vontade e o livre-arbtrio.
Essa paixo produze inmeras perturbaes: a avareza cerca este
homem, a luxria o consome, a ambio o escraviza, o orgulho o incha,