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O mal, que ele nos tenta, pode estar em nosso carter, em nosso temperamento, e em nossa
tica.
Devemos evitar o dualismo de fundo bramnico, entre alma (boa) e corpo (ruim). O ser
humano foi criado integrado, caiu integrado e restaurado integrado. Carne na Bblia no igual
a Corpo (muito menos a sexualidade) mas a natureza cada (integrada). Lutero disse: Jesus veio
em carne e no pecou; Satans no tem carne e peca todo o tempo.
A Palavra e o Esprito vo nos libertando dos condicionamentos culturais e nos forjando como
novas criaturas. A presente ordem, e o poder do mal, so transitrias. A nossa esperana
escatolgica, pois a antiga ordem j passou (Ap. 21,4b).
Concluses
Com o ocaso da modernidade vo-se os seus mitos: a bondade natural, o progresso, a razo
(cincia) e as utopias globais. Volta a ambigidade moral (e o pecado), os avanos e as
decadncias, a sensao de limitao nos empreendimentos e instituies humanas, e a
redescoberta do alm-razo no ser humano: o mstico, o esttico, o ertico, o ldico, o intuitivo
etc.
H uma redescoberta do antes desvalorizado. A construo do futuro, porm, no se faz com um
mero retorno ao passado (e aos seus males). O anglico e o demonaco voltam como temas e
realidades, vencendo-se, porm, os sincretismos protestantes e as supersties evanglicas,
estranhas ao esprito e a proposta da Reforma.
Nem o reducionismo psicanaltico, nem o reducionismo dos cultos de descarrego.
A conscincia do mstico, do transcendente e do espiritual, no nos leva alienao da Histria e
das nossas responsabilidades como cidados e pessoas plenas.
Pois o bem e o mal, e suas potestades, se relacionam com os poderes polticos histricos, como
procurou demonstrar Agostinho de Hipona em sua Cidade de Deus.
Que os Anjos do Senhor acampem ao redor de ns.
Artigo originalmente escrito por: Padre Flix, Uma demonologia bblica. Disponvel em:
<http://www.padrefelix.com.br/anjos28.htm>