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casa XII

Doar - Sacrifício e Caridade


O Céu como testemunha
Graça Carvalho - Astróloga

O último setor prático de um Mapa do Céu analisado pela Astrologia, a casa XII, é
o ponto que mostra a sua missão em ser co-participante do grande espetáculo do
Universo, que é a Vida, buscando a Unidade de todas as coisas.

É muito natural que, dentro de algumas destas situações, você acabe sentindo-se
ferido, tendo sido desviado dos seus planos e projetos. O importante nestes
momentos é não perder tempo com reclamações e lamentos, mas entender como
você pode tornar-se um canal para que o Sagrado aja através de você. Quando
não há esta percepção, o que seria sacro-ofício torna-se sacrifício, um dos mais
freqüentes artifícios que as pessoas utilizam para não ficarem nulas diante do
Maior e fazerem parte do grande espetáculo da Vida.

Quando bloqueamos a nós mesmos e deixamos de ser um canal para que o


Sagrado aja através de nossos atos, evitando assim os sacrifícios, esta omissão
acaba por gerar algo muito pior, que é o sentimento de tristeza, vazio e a
depressão. Todo o sofrimento desnecessário nasce quando as pessoas tomam
atitudes que as separam da Unidade.

A verdade é que ninguém nasceu, à luz da Tradição, para o sofrimento. Mesmo


assim, todos os seres humanos sofrem e muito. Esta contradição acontece porque
as pessoas deixam de contemplar o mais belo e sublime de todos os espetáculos,
que é a vida, e perdem a noção de que esta beleza só pode ser realizada através
delas próprias.

As pessoas transmitem, umas para as outras, o apoio necessário para que vivam.
Se alguém ajuda o outro, está, na verdade, servindo de canal para que uma
energia maior passe através dele, muitas vezes mesmo sem perceber. Ao
entregar-se, anular-se ao Sagrado, oferecendo-se como canal, você é alimentado
e afasta a depressão e o sofrimento da sua vida. As pessoas que chegam para
"beber" desta energia são chamadas "mendigos". Em vários momentos, você
mesmo é mendigo e a outra pessoa está no papel de canal, repassando algo que
você necessita para o seu crescimento e desenvolvimento. Isso não significa que
um mendigo seja sempre amável e humilde, muitas vezes as pessoas
aproximam-se e arrancam de nós algo que desejam, até de forma grosseira. O
importante é reconhecer, nestas horas, um momento de anulação e doação.

A confusão começa quando você pensa que está repassando toda essa beleza
para o outro. Ao imaginar que tudo que acontece em sua vida é de única e
exclusiva iniciativa sua, você deixa de perceber a interferência da Unidade e
passa a comportar-se como se ela não tivesse nenhuma responsabilidade sobre
as outras pessoas e nem sobre as circunstâncias. E o pior: acaba pensando que
as pessoas a quem você repassou algo lhe devem alguma coisa. Nestes casos, é
bom nunca perder de vista que você é apenas um instrumento do Sagrado.

As formas desse contato com o Sagrado acontecem nas mais variadas situações
da vida. Eles representam oportunidades de se "anular", de se oferecer como
canal. Assim como uma simples mangueira derrama água sobre as plantas,
fornecendo elementos para que vivam, nós também podemos canalizar o que o
outro precisa para a seu desenvolvimento.

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