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1a tes 12 Ie BD-008 INTRODUGAO A MECANICA RELATIVISTICA Newton Bornardes 26 de julho de 1 972 BOLEIIM DIDATICO CENTRO DE ENERGIA NA AGRICULTURA USP - CNEN ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA "LUIZ DE QUEIROZ" PIRACICABA-SP BRASIL APRES ENTACAO 0s dois capftulos, DINAMICA DE UMA PaRrt- CUL4 o SISTEMAS DE PARTICULAS, aqui apresentados cons tituem a primeira terca parte de um curso de Introdu- go & Fisica, orientado na direg&o da Meica Atémica, 0 curso completo foi ministrado durante o segundo se- mestre de 1971 aos alunos do 12 ano da Escola Supe- rior de Agricultura "Imiz de Queirdz" e aos alunos do curso Introdug&o a Energia Nuclear na Agricultura, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, ambos de Pi racicaba, em dezesseis semanas, de quatro horas de au las cada. Durante cada sessio, foram discutidos vd- rios exercfcios e problemas que ndo se encontram no texto, assim como uma atividade moderada de laboraté- rio, Isoladamente, estes dois capitulos, cons- tituem uma Introdug&o & Mec&nica Relativistica atra- ves de principios e caminhos originais e inéditos. © caminho histérico & Relatividade a par- tir de fondmenos éticos foi abandonado porque nele, @ amplid&o da Relatividade pode passar desapercebida. Nosso primeiro capitulo, propositadamente, mostra a estruturagio de uma teoria como um entrelaca mento de idéies e fatos nitidamente independentes. A eiéncia envolve descobertas, mas invengodes, além de importantes,s&o necessérias. © segundo cap{tylo contém o desenvolvimen to da Dinfmica dos Sistemas, Aqui tentei esclarecer dois pontos frequentemente obscurecidos: 1) os para~ metros din&micos do sistema, tais como massa de repou so e 2) @ exatidio da chamada Relatividade Restrita ow Especial, mesmo em casos onde existe interag&o, Minha tarefa foi facilitada pela partici- pag8o do pessoal do CEVA e do Departamento de Fisica da ESALQ, pois sem essa oportunidade, seria incerta a realizac&o deste trabalho, Piracicaba, outubro de 1971 w. NEWTON BERNARDES Catodrético da U.S.P. It, pagina I, DINAMICA DE UMA PaRTICULA 1. Velocidade o1 2. Massa 02 3. Momentum ou Quantidade de Movimento 03 4. Energia 06 5. Outras formas de Energia 09 6. Principios de Conservacéo 12 7s Andlise critica dos Principios de Consorvacio 14 8. 0 Teorema das Fércas Vives e os Tundamentos igicos 14 9. A RelacSo Fundamental e os Fundamentos légicos 19 10, Equivalénciacntro Massa _¢ Energia 24 il. As unidades de Massa e Inergia 25 12. Variacao da Magsa com a Velocidade 28 13. A nova expressdo da Energia Cinética 31 14. Determinag&o do valor da constanto "o" 34 15, & Velocidade da Luz 36 16, Céleulo aproximado da variago da Massa 37 if. Varice’ do Massa no dominio atémico | 40 18. Variac&o de Massa no dominio da ecletrénica 40 19. Célculo exato da velocidade adquirida por um elétron 42 20. 0 "Eletron-volt" como uma nova e convoniente unidade de energia 4T 21, Problemas 22, 0 limite Cléssico 23. Teoria da Relatividade o Mec&nica Cléssica 51 24, Principio de Relatividade . 52 25. Mudanca de Refcrencial-Transformagao de 53 Lorentz 26. Composic&o das vclocidades 60 27, Invariantes 61 28. O Invariante Fundamental 63 29. 0 Tempo Préprio 66 30. Um cxemplo de Dilatag&o do Tempo 68 31. A Energia e o Tempo Préprio 70 SISTHMAS DE PARTICULAS 32. A Estrutura dos Sistomes 72 33. Sistemas Ideais e Sistemas Reais 15 34. 4 Energia de Interag&o no dom{nio da Quimica 76 35. A Energia de InteragZo no domfnio da Fisica 78 36. Sistemas Ideais de particulas independentes 79 37. Transformagdo de Lorentz 82 38. A Masse de Repouso de um Sistema 84 39. Um Referencial todo special 86 40. 0 valor da Massa de Repouso de um Sistoma 90 InDICE et continuagao 41. 42, As contribuigdes para a Massa de Repouso de um Sistema Ideal A Inéreia da Energia A Masse de Repouso da luz A composic&o da Energia Total de um sistema A variacéo da Massa e da Energia com a volg cidade Sistemas Reais Um exemplo: 0 Deuteron A ubilidade da Teoria da Relatividade As limitagdes da Teoria da Relatividade a utilidade da Mecinice Cldéssica © fracasso da Mec&nica Cléssica Novamente as limitagSes da Teoria da Relati vidade A Teoria da Relatividede e a Energia Poten- ci: A composicao aproximada da Massa de Repouso de um Sisteme Real Conservacéo da Massa de Repouso de um Sistg ma Tsolado © Valor de uma Reacdio Desintegractio nuclear Fusdo Nuclear Energia de Ligacéo_ A Energia de Ligagio dog micleos Atémicos A Enorgia de Ligagdo quimica Um outro significado do valor Q de uma rea~ g&o de sintose Os sistemas da Fisica Atémica A Messa Reduzida Epilogo I - DINAMICA DE UMA PaRTicuba 1. VELOCIDADE Queremos, inicialmente, estudar o movimento de um OBJETO suficientemente pequeno face A precisio dos nossos instrumentos de medida, de modo que sua posic&o ing tantanea, em relac3o a um referencial R, possa ser especi ficada pelas trés coordenadas de um vinico ponto. Nessas condigdes de aproximagBo 0 objeto serd denominado PARTICU LA PUNTIFORME, ou simplesmente PARTICULA. Nao é necessd rio que a particula seja "material" oo sentido vulgar da palavra. For exemplo, podemos estudar o movimento da luz, que poderd também ser considerada como particula se, num dado instante, a sua presenca se manifestar numa re- giao suficientemente pequena de modo que possamos definir as coordenadas da sua posic¢&o sem ambigitidade. Se com nossos aparelhos podemos perceber que um objeto é consti- tufdo de mais de uma particula, denominamos &sse objeto de SISTEMA, Para uma particula puntiforme, podemos defi- air sua velocidade instanténea, ¥°"), em relacio a um re- ferencial R como =(R) ax(®) ax R) ye") = lim ————. = at—0 At at ou, abreviadamente ~ & vo Na discusso do movimento de uma particula, além de sua velocidade, esto envolvidos outros conceitos, principalmente: MASSA, MOMENTUM e ENERGIA, que passamos a discutir. =2- 2. MASSA © conceito de massa sempre esteve presente nas discussdes do movimento de uma particula, NEWTON, o grande formlador da dinamica, por volta de 1670, definia MASSA como "a quantidade de matéria em um corpo", Embo- ra seja dificil saber exatamente o que NEWTON queria di- zer, 6 certo que para éle a massa de um corpo era uma pro. priedade INTRINSECA, isto 6, uma propriedade que nao de- pende de NENHUMA relag&o do objeto com o resto do UNIVER- SO. 0 atributo ESSENCIAL da massa é a INERCIA, isto é, a incapacidade de um objeto mudar sua posi¢lo em relagZo aum referencial particular, sem a intervengdo de outros objetos. Portanto, para NEWTON, a inércia é algo intrin seco do objeto. Essa atitude é até hoje adotada pela maioria dos fisicos, embora seja vdlida uma posig&o criti ca. Por exemplo, hoje é aceitdvel a conjectura da possi, bilidade da massa ou inércia de um objeto ser, n&o uma propriedade intrinseca, mas sim uma propriedade global do objeto face ao Universo. LAVOISIER, em 1780, realizou experiéncias mos trando que o péso dos produtos da fermentagZo do agucar era igual ao péso dos ingredientes antes da fermentacio, concluindo que "em tédas as operagdes da arte e da nature za nada 6 criado; uma igual quantidade de matéria existe tanto antes como depois da experiéncia; a qualidade e a quantidade dos elementos permanecem exatamente as mesmas @ nada acontece além de mudancgas e modificagdes na combi- nag&o désses elementos". Assim, as experiéncias de La- VOISIER constituem a bese para um dos axiomas fundamen- tais de téda a ciéncia, qual seja o PRINCLPIO DA CONSERVA GRO DA MASSA, que pode ser enunciado sob uma das seguin- tes formas: "S impossivel alterar por qualquer proces so a MASSA de um sistema isolado", ou "Se um processo altera a MASSA de um sis~ tema, ent&o podemos conoluir que concomi tantemente se altera a MASSA de um outro sistema de forma que a MASSA total do Uni verso permanece constante". De uma forma ou de outra o prine{pio da con servacio da massa é um axioma bésico de téda a ciéneia. Vamos denotd-1o por Al e exprim{f-lo em simbolos matemdti- cos por Amuso AL subentendendo um SISTEMA ISOLADO. Mais recentemente, em 1965, EINSTEIN con- eluiu que hd uma EQUIVALENCIA entre MASSAe ENERGIA, abrin do a possibilidade da convers&o reciproca entre massa e energia. De qualquer maneira a Fisica até hoje ndo é ca paz de formlar com precis%o o conceito de massa, que as~ sim, permanece vago. No entanto, essa indefinig&o pare- ce nfo prejudicar o desenvolvimento da Fisica. 3 até pos sivel, que o conceito de massa seja supérfluo, emboraiitil, na Fisica. Essas questdes serio novamente discutidas mais adiante. MOMENTUM OU_QUANTIDADE DE MOVIMENTO DESCARTES, por volta de 1640, foi o primeiro a introduzir o produto mv, da massa pela velocidade, como uma medida do'movimento contido num corpo". Para DESCARTES, @ quantidade total de movimento de um corpo era constante, isto é, da mesma forma como para LAVOISIER a MASSA ou a "quantidade de matéria" de um corpo nao podia ser altera~ da, também o MOMENTUM, mv, ow a "quantidade de movimento" de um corpo nfo mudava, permanecendo constante. A ideo- logia de DESCARTES foi severamente criticada no sécvlo XVII, mas apesar disso NEWTON fez bom uso do conceito de MOMENTUM e formulou as condigdes em que a "quantidade de movimento" podia ser forgada a variar, e introduzin o con ceito de FORGA como uma medida da VARTACAO DE MOMENTUM ccorrida durante um intervalo unitério de tempo. Embora as palavras momentum e quantidade de movimento tenham se tornado sindnimos na lingua portugue- 8a, vamos preferir o uso do vocdbulo MOMENTUM para indi- car o produto mv, e vamos denotd-lo pelas letras PoP, A conservag&o do MOMENTUM total de um siste- ma isolado é outro princ{pio bdsico da Fisica, e podemos enunciar o PRINCIPIO DA CONSERVAGAO DO MOMENTUM sob uma das seguintes formas: "£ impossfvel alterar por qualquer proces So o MOMENTUM de um sistema isolado", "Se um processo altera o MOMENTUM de um sistema ent&o podemos concluir que concg mitantemente se altera o MOMENTUM de um outro sistema de forma que o MOMENTUM t9 tal do Universo permanece constante", Vamos denotar ésse axioma por A2 e exprimi- 1o em simbolos mateméticos por OP=o0 2 subentendendo um SISTEMA ISOLADO, Pl. P2. P3. P4, Um objeto livre préximo & superficie da Terra cai com uma velocidade crescente, aumentando portanto o seu MOMENTUM. Qual parte do Universo tem o seu MOMEN- TUM concomitantemente alterada? Qual foi o Referen cial adotado? Um objeto de massa igual a 1 kg se encontra, inicial mente, a uma altura de 2 km acima da superficie da Terra. 0 momentum total em relagio a um bom refe~ rencial é, pois, oulo. fle cai verticalmente per- correndo um certo intervalo de tempo a distancia de 1 km. J& que o momentum total se conserva, podemos concluir que nesse mesmo intervalo de tempo a Terra adquiriu uma certa velocidade em sentido contrério. Calcule a dist&ncia percorrida pela Terra nesse in- tervalo de tempo. Das suas observagdes GALILEU concluiu que todos os corpos préximos & superficie da Terra caem com a MES MA aceleragio. Baseado no Princfpio da Conservagio do Momentum prove que essa afirmagio vale sé aproxi- madamente, e que aa verdade os corpos mais pesados caem com acelerac&o maior. Repita o problema P2 substituindo os valores 1 kge 2 km pelos valores correspondentes & massa e & dis- t&ncia da Lua A Terra, -6~ Dos resultados désses problemas vemos que certos efeitos so muito pequenos para serem observados normalmente. No caso da queda dos corpos a conservacio do momentum, i.e. o recuo da Terra, 86 poderia ser consta tada experimentalmente se a massa do objeto que cai fosse compardével & massa da Terra, No entantc, em vdérias ou- tras situagdes em que as massas dos objetos em movimento relativo s&o, entre si, da mesma ordem de grandeza, pode mos constatar que o momentum total permanece constante. ENERGIA © conjunto das idéias de DESCARTES foi seve- ramente criticado e combatido no século XVII, tendo como Principal opositor LEIBNITZ, LEIBNITZ propds em 1686 que em vez do MOMENTUM, uma medida adequada da "quantidade de movimento contido em um corpo" era dada pelo produto da massa pelo quadrado da velocidade, mv®, que le denomina~ va FORGA VIVA. Bm térmos de hoje o conceito de PORCA VI- VA corresponde ao a@bro da ENERGIA crnénrca, —L mv2, A energia de um objeto é um indice da sua capacidade de pro duzir alteragdes no Universo. A energia CINSTICA depen- de sbmente do estado de MOVIMENTO do objeto, e no da sua POSIGAO em relago ao Universo. No século XIX o conceito de energia foi es- tendido para incluir a idéia de que mesmo em repouso um corpo tem energia LATENTE, ou seja, mesmo em REPOUSO ésse Corpo pode produzir alteragdes no Universo. Bm geral o repouso é devido a vinculos ou inibigdes que impedem o mg vimento em potencial. 0 caso, por exemplo, de um obje to em repouso préximo & superficie da Terra suspenso por um fio. Removidos os vinculos o corpo entra em movimen- -T- to e adquire energia CINETICA, A ésse tipo de energia latente devido & situacio do objeto em relacio ao Univer- so (ou seja, devido & configurago do Universo) chama-se ENERGIA POTENCIAL. Assim estendido, o conceito de ener. gia passou a ser tal que o "contevido de energia de um cor po" em qualquer instante era repartido em duas partes: uma, a ENERGIA CINETICA, devido ao movimento inetant4neo, e outra, a ENERGIA POTENCIAL, devido & posicio instant&- Bea do corpo em relagio ao Universo (configuracio instan- tanea do Universo) que podia modificar, isto é, acelerar, 9 movimento do corpo e portanto, transformar-se em ener- gia cinética, Bm sfmbolos matem&ticos podemos escrever: E=U + 2p) onde E 6 a energia total, U a energia potencial e T a energia cinética. A ENERGIA POTENCIAL 6 definida de tal forma que pode haver uma conversao total de energia cinética em energia potencial e vice versa, Portanto, as duas formas de energia sio concebidas de tal forma quea ENERGIA TOTAL de um corpo, pensada como a SOMA de sua energia cinéti- ca com a sua energia potencial, se CONSERVA havendo ape- nas transformacio reciproca das duas formas de energia. Isso significa que a configuragSo instantanea do Universo pode alterar o movimento das suas partes, assim como ésse uovimento pode alterar a configuracho do Universo. EXEMPLO: GALILEU estudando a queda dos corpos sob a ago da gravidade concluiu em 1590 que: 1) a velocidade v de um corpo em queda livre no v4cuo a partir do repouso aumenta proporcionalmente com o tem= Po, isto é, v= gt ao passo que 2) 0 espaco h percorrido por ésse corpo aumenta com o qua drado do tempo, isto é, 1 b= — gt? 2 Disso podemos concluir que a ENERGIA CINETICA désse corpo, uv® oumenta assim 1 1 (et)? 1 — w* = — m(gt)? = — ag’ 2 28 2 242 Se queremos descobrir qual deve sera express%o da ENERGIA POTENCIAL U em termos da FOSIQAO h do corpo, de tal forma que a ENERGIA TOPAL E = T + U se mantenha constante, bas- ta escrever 1 1 T+ U = — ngs? + (hn) = — met? + 0 = const. 2 2 ou seja, feet? 12 U = const, -—— mg*t? = const. - mg (——~ gt?) = const. -mgh 2 Se escolhermos uma certa altura h, arbitrrianente como a Posteo em que a energia POTENCIAL do corpo é aula, tenes = mgh, - mgh = mg(h,-h), e a ENERGIA TOTAL, se escre- ve pois, ar) E= U(h) + Mv) = mg(h) - h) + > P5. Estudo do movimento de um péndulo, i.e., v = v(8) e © = O(t) a partir de E= 74 V = const. ~9- 5. QUTRAS FORMAS DE ENERGIA m vdrias situagdes do cotidiano podemos ob servar que a soma 6 energia cinética com a energia poten cial ndo permenece constante. Como exemplo bastante sin ples podemos considerar o processo pelo qual um corpo de massa m partindo com uma certa velocidade v, deslisa s8- bre um plano horizontal com atrito, o que produz um de- créscimo de sua velocidade até que finalmente o objeto atinge o repouso. Pessa forma, a energia cinética ini cial + uv? foi totalmente dissipada, no tendo ocorri- tT, do nenhuma transformagfo de energia cinética em energia Potencial, enbora seja possivel reconhecer facilmente cer tas ALTERACGOES no objeto, como, por exemplo, um aumento de temperatura, Um outro exemplo de situagHo em que parece haver dissipac&o de energia é 0 seguinte: un gés estd contido num cilindro hermético provido de um pistZo sem atrito que pode se mover na vertical. Se 0 pistdo fr suficientemente pesado, face & pressdo exercida pelo gds, éle abandonado por si sé, se deslocard para baixo. Supondo a existéncia de um impecilho qual- quer, © pist&o atingiré o repouso a uma altura Ah abaixo da posigSo inicial Nesse caso, apesar de no haver ocor, rido nenhuma variagao de energia cinética do pist&o, hou- -lo- ve uma diminuic&o da sua energia potencial igual a mgAh, # claro, portanto, que a energia total do pist&o nfo se conservou, tendo havido uma dissipagZo de energia poten- cial igual a mgAh. No entanto, aqui também podemos f&- cilmente observar que houve aumento de temperatura do eds, do cilindro e do pistio. A andlise de situacdes como estas conduziu a uma AMPLIAGAO ou EXTENSAO do conceito de energia, para ineluir o CALOR como uma forma ae ENERGIA TERMICA, de mo- do que nos nossos exemplos, em vez de dizer que houve um desaparecimento de uma quantidade de energia igual a + nav? ou mAh, dirfamos, no primeiro exemplo, que how ve uma transformagao de energia CINETICA em CALOR ou ener gia TERMICA, e no segundo exemplo uma transformagao de energia POTENCIAL em energia TERMICA, As investigagdes de RUMFORD (1798), MAYER (1842) e JOULE (1842), demonstraram que a aparente dissipac&o de uma certa quantidade de ener gia mecAnica, isto 6, tanto energia cinética como energia potencial, de um sistema isolado produziam sempre um mes~ mo acréscimo da ENERGIA TARMICA do sistema medido como um acréseimo de TEMPERATURA, Embora essa energia térmica nem sempre pudesse vir a ser totalmente convertida de vol ta em energia cinética ou energia potencial ao sistema, @ energia anteriormente dissipada nfo havia sido perdida, © permanecia no sistema. Assim, além de energia CINSTI- ca e energia POTENCIAL, um sistema tem uma ENERGIA INTER- NA, se bem que essa energia interna 6 na verdade energia cinética e energia potencial de partes do sistema, partes estas (moléculas) que por serem muito pequenas,as suas con figuragdes e os seus movimentos n&o s&o percebidos pelos aparelhos ordindrios. Assim, foi possfvel estender 0 conceito de conservac&o da energia de um sistema isolado, uma vez rea

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