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O historiador cristo argumenta que a Hispnia vinha sofrendo nas mos inimigas,
dois anos de matanas e saques. No entanto estavam sofrendo em mos brbaras o mesmo
que sofreram nas mos dos romanos durante duzentos anos. Apontava que aqueles que
queriam fugir da Hispnia podiam contar com a ajuda dos prprios brbaros como
mercenrios, ajudantes e defensores.
Paulo Orsio salienta ainda que apesar de todo o conflito ocorrido na Hispnia,
imediatamente os brbaros baixaram armas e se dedicaram agricultura e respeitaram os
cidados romanos que ali estavam. Aponta ainda que h aqueles que preferem a liberdade
1 Traduo elaborada pelo Professor Eustaquio Sanchez Salor, da Facultad de Filosofa y Letras en
la Universidad de Extremadura.
2 Aqui tomamos entre aspas a denominao adotada por Paulo Orsio para se referir aos
povos no romanos para melhor localizao dos momentos em que os citarmos no texto.
com pobreza ao lado dos brbaros a que preocupao com os tributos ao lado dos
romanos. (Historiarum Adversus Paganus, LivroVII; 41).
Graciela Gomz Aso discute igualmente que Paulo Orsio admirava Teodsio I
(tambm hispano) e nutria admirao por Atalfo e Valia a quem via a possibilidade de
uma reconciliao entre brbaros e hispano-romanos. Ainda, segundo a autora, Paulo
Orsio percebia no casamento de Atalfo e Gala Placdia uma sntese harmoniosa da
tradio romana e a energia renovada dos brbaros.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
PAULO ORSIO. Histrias. Libros V VII. Traduo: Eustaquio Sanchez Salor. Madrid,
Espanha. Editorial Gredos, 1982.