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Vejamos o que ele quer dizer com isso, comeando pela intuio. Na
primeira diviso da Crtica da Razo Pura, a "Doutrina Transcendental dos
Elementos", a primeira parte intitulada "Esttica Transcendental" (esttica,
aqui, no diz respeito a uma teoria do gosto ou do belo, mas a uma teoria da
sensibilidade). Nela, Kant define sensibilidade como o modo receptivo -
passivo - pelo qual somos afetados pelos objetos, e intuio, a maneira
direta de nos referirmos aos objetos.
Como Kant prova isso? Pense em uma cadeira em um espao qualquer, por
exemplo, em uma sala de aula vazia. Agora, mentalmente, retire esta cadeira
da sala de aula. O que sobra? O espao vazio. Agora tente fazer contrrio,
retirar o espao vazio e deixar s a cadeira. No d, a menos que sua
cadeira fique flutuando em uma dimenso extraterrena.
Mas, para serem fenmenos, estas coisas precisam, antes de tudo, aparecer
no espao e tempo, que so faculdades do sujeito. Vejo uma rvore. Esta
rvore eu vejo em suas cores e formas, que so as sensaes deste objeto.
Estas sensaes so recebidas e organizadas pela intuio no espao e no
tempo. Esta a primeira condio para o conhecimento.