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Nome: Thiago ‘Tarek’ Daoud Raça: Hominídeo Matilha:

N. Garou: Sussuro da Noite Augúrio: Galliard Totem:


Jogador: Gustavo Tribo: Posto: Cliath
Natureza: Comportamento: Conceito:

 Atributos 


Físicos Sociais Mentais
Força  Carisma  Percepção 
Destreza  Manipulação  Inteligência 
Vigor  Aparência  Raciocínio 
Habilidades
Talentos Perícias Conhecimentos
Prontidão  Emp c animais  Computador 
Esportes  Ofícios  Enigmas 
Briga  Condução  Investigação 
Esquiva  Etiqueta  Direito 
Empatia  Armas de Fogo  Lingüística 
Expressão  Armas Brancas  Medicina 
Intimidação  Performance  Ocultismo 
Instinto Primitivo  Liderança  Política 
Manha  Furtividade  Rituais 
Lábia  Sobrevivência  Ciências 

Vantagens 
Antecedentes Dons
Contatos  Persuasão (raça)
Ritos  Comunicação com Animais (augúrio)
 Velocidade do Pensamento (tribo)






Renome Fúria Vitalidade
Glória 
  Escoriado 
 Machucado -1 
Honra Gnose Ferido -1 
  Ferido Gravemente -2 
  Espancado -2 
Sabedoria Força de Vontade Aleijado -5 
  Incapacitado  
 
Qualidades Defeitos
Memória Eidética - 2 Incapacidade de mudar parcialmente – 1
Memória Eidética - 3 Sedutor incorrigível – defeito 2
Transformação forçada – 2 (álcool e
drogas = crinos )

FETICHES
Nome: Nível: Gnose:
Efeito:
Nome: Nível: Gnose:
Efeito:
Nome: Nível: Gnose:
Efeito:
Nome: Nível: Gnose:
Efeito:

RITUAIS

Incapacidade de mudar parcialmente – defeito1


Transformação forçada – defeito 2 ( álcool e drogas para crinos )
Sedutor incorrigível – defeito 2

Memória eidética – qualidade 2


Canal natural – qualidade 3

Sheheryar munawar
Burak ozcivit
Salim kechiouche

Nascido e residente de São José dos Campos, estado de São Paulo, Thiago Daud
tinha uma infância comum.
Talvez não tão comum, ele não tinha a família normal e tradicional como se vê
em comercial de margarinas. Vivia mais com os tios, irmã de sua mãe e o marido, do
que com a própria mãe que vivia em viagens e ocupada com o trabalho. Já o pai, este,
ele nunca o conheceu.
A mãe praticamente não falava sobre ele. As únicas coisas que soube é que fora
uma paixão rápida entre ela e um homem que tinha conhecido durante o fim de seu
doutorado em Israel, um homem que ela nunca mais vira.
Ela só descobriu estar grávida, já no Brasil, quando começou a sentir enjôos.
Segundo a mãe, o pai de Thiago era um homem bastante interessante, cheio de
histórias, vivido e charmoso. Segundo ela, o mais fascinante dele era o olhar, que ela
jurava que o filho, Thiago, tinha o mesmo. Aliás, segundo ela, o filho era muito
parecido com pai, não apenas fisicamente, mas também em jeito de se mover e
pensar.
Porém, tais comparações que a mãe fazia do pai com o garoto, era algo que
irritava Thiago. Ele não queria e não gostava de ser parecido com o homem que nunca
conheceu, que nunca esteve presente e que deveria o criar, ser pai.
Um pouco do ressentimento que sentia pelo pai foi diminuído quando ouviu uma
conversa da mãe com a tia, que talvez o pai tivesse morrido em conflitos na região de
Israel, e por isso ela perdera o total contato com o homem e nunca pôde lhe dizer que
ele tinha um filho. De certa forma, aquela ideia o confortava, era melhor ter um pai
morto do que só ausente e que não se importava.
Apesar de dizerem que ele era como o pai, Thiago se identificava muito com a
mãe, não pela convivência, já que era escassa, assim como carinhos, mas sim por
quem ela era e seu estilo de vida. Ela era professora e pesquisadora da área de história
e arquiologia da USP, e a todo tempo estava em viagens para algum congresso, ou
visitando algum sítio arqueológico no Amazonas, ou no Piauí, ou em Pernambuco. Ou
ainda em viagem internacional para algum curso. E era essa liberdade de viajar para
todos os lugares que Thiago invejava e almejava para sim, além disso, assim como a
mãe ele adorava ouvir as histórias e conhecer sobre lugares e culturas.
Diferente dela, os tios quase nunca saiam e preferiam o conforto da casa, e por
isso acabaram por agir como se fossem os verdadeiros pais de Thiago. E toda a
preocupação que os pais verdadeiros nunca mostraram, os tios tinham em dobro ou
mais. Talvez, pelo motivo deles nunca conseguirem ter um filho, projetavam tudo que
podiam no sobrinho. Se tornando bastante protetores e o impedindo muitas vezes de
ter espaço e autonomia.
Tal situação de excesso de zelo pelos tios piorou após um acidente que Thiago
sofrera aos 7 anos, quando resolveu numa brincadeira escalar um alambrado do
pequeno quintal que a casa tinha.
Ele estava no alto, quando os tios o viram e gritaram com ele, o que fez Thiago se
desconcentrar de sua escalada, culminando num enroscar-se no arame do alambrado
e depois cair junto com parte da tela que se rompera. O acidente gerou alguns cortes e
escoriações não muito sérios, o maior problema foi o arame que se enrosca na
genitália que acabou por fim levando ele a se tornar estéril. O que na infância aquilo
nada significou para Thiago, para além de dor, uma cirurgia rápida e alguns dias no
hospital.
Depois do acidente os tios se tornaram mais protetores em relação a saúde e
segurança do menino. Tanto que Thiago se sentia apenas sufocado com as constantes
perguntas e cobranças dos tios, com o excesso de cuidados e medos e com as broncas,
caso ele resolvesse fazer algo que minimamente pudesse ter a possibilidade de se
machucar.
Além disso, a partir dos 12 anos, a escola começou a lhe parecer tediosa. Não
que ele fosse mau aluno. Ele gostava de aprender e estudar, gostava de entender as
coisas e ouvir as histórias. Tinhas suas questões e raciocínio rápido para idade. Assim
como a mãe, era provável que ele tivesse um bom futuro na academia.
Mas se irritava com a situação de extrema obediência que tinha que ter ali. Ouvir
e não questionar, absorver e não criar ou criticar, ficar horas sentado numa cadeira,
parado. Dentro de si sentia sempre algo queimar para que saísse e fugisse. Algo que o
fazia se sentir um prisioneiro. Mesmo que aquela fosse na verdade uma rotina comum
para uma criança da sua idade. Acordar, ser levado de carro até a escola, ficar lá
sentado e estudar, voltar para casa de carro, fazer lição, ler levado e buscado do curso
de francês (uma exigência da mãe que aprendesse outros idiomas), brincar no
computador, ver televisão, banho, comer e dormir, para tudo recomeçar no dia
seguinte seguindo essa rotina.
Mesmo assim ele sentia falta de algo. Algo em si reclamava por mais espaço e
mudança.
Muitas vezes, tais clamores eram atendidos em seus sonhos, onde se via
correndo pela cidade, pelas planícies, florestas... Esses sonhos iam ficando cada vez
mais freqüentes, assim como sua irritação a se sentir preso. Ele se recordava do
melhor sonho que tivera, corria pelo deserto e passava por Oasis e camelos, sentia o
sol nas costas e o vento em seu focinho, sim ele tinha um focinho e corria em quatro
patas, sem nem que percebesse, no sonho, o menino era um tipo de cachorro ou lobo.
Coisas de sonho. Mas ele se sentia ali livre e bem durante aquele sonho.
Ao menos na vida desperta ele tinha os livros. Leitura atividade segura que podia
fazer sem restrições. E com as histórias que lia ele viajava pelo menos em sua mente a
lugares distantes e mágicos. Mas, claro, que os livros não conseguiriam aplacar aquela
sensação de estar preso e querer correr por muito tempo.
A adolescência chegava, e Thiago crescia, e segundo a mãe ficava cada vez mais
parecido com o pai. E ele estava cada vez mais irritado com a escola, com ausência da
mãe que agora praticamente só o via em poucos fins de semana, e principalmente,
irritado com a super-proteção dos tios.
E nesse momento os primeiros conflitos e experiências de liberdade começaram
a ser gerados. Aos 14 anos, Thiago passou a matar aula, fingia entrar no colégio, saia
para andar pela cidade e então só retornava para perto do colégio na hora da saída
para entrar no carro dos tios e fingir que tinha sido tudo normal dentro do esperado.
Isso não durou mais de uma semana, a escola logo entrou em contato com os
tios preocupada com as faltas do menino que sempre fora antes exemplar. E junto
com toda a discussão entre mãe, porque nessas horas de conflito ela se fazia presente,
tios e coordenação escolar, onde todos queriam que aquilo fosse resolvido, mas
nenhum queria ouvir seu desejo ou mudar como eram, Thiago notou que além das
broncas, sempre se ouvia apelos para que ele não fizesse aquilo e melhorasse, junto de
um termo “um garoto tão bonito não pode ser assim”.
Foi ali quando se questionou o quanto era bonito. E começou a reparar em sua
aparência, alto pra idade, magro, traços do oriente médio, cabelo escuro e espesso, o
olhar que a mãe dizia ser igual do pai. E foi ai que começou a notar que as pessoas a
volta o achavam bonito, não era apenas algo que seus familiares diziam, numa visão
distorcida sobre ele.
E o mais importante, ele notou que pessoas bonitas eram tratadas de forma
diferente. Tinham certos privilégios.
A partir dali, Thiago passou a descobrir como usar isso em seu benefício.
Apesar de não mais matar aula, ficando o dia todo fora do colégio, conseguia
usando de palavras e sua aparência, algumas regalias, como a quase toda aula que
considerasse chata, sair para ir ao banheiro, que na verdade se tornava uma longa
volta pelo pátio. Respirar um pouco e sair da sala fechada para poder ter forças para
voltar a prisão. Mas logo o pátio também era pequeno.
No terceiro ano do ensino médio, com quase 17 anos, Thiago tinha, o que
chamava de seguidores, alguns alunos que tinham interesse romântico nele e que ele
até correspondia com alguns beijos, nada de mais, ele não nutria sentimento
recíprocos, mas os usava. Os beijos, carinhos que oferecia serviam a ele como um
pagamento para ter desses alunos uma cobertura para fugas que ele fazia da escola,
pulando o muro e ficando algumas horas fora. Visitas a esses alunos também se
tornaram desculpas para encobrir passeios do adolescente pela cidade e idas
escondidas a cidades vizinhas e visita a capital.
Tudo parecia correr até bem para ele, até uma briga ser gerada na escola por um
aluno que gostava de uma menina a qual Thiago tinha como sua seguidora.
Rapidamente as ofensas e acusações entre os dois adolescentes foram trocadas
por socos e chutes, logo a briga começara.
Thiago nunca tinha brigado e nem tinha um porte físico grande, diferente do
outro aluno que era bastante robusto e famoso pelas horas na academia e o nariz
batatudo. Mas de alguma forma Thiago ganhara a briga. Nem ele sabia explicar, sentiu
apenas raiva e calor dentro de si o queimar, notou sua visão se turvar em vermelho e
mais nada.
O que recorda, são flashes tortos, como se seu corpo estivesse então
anestesiado e a mente distante. Recorda da visão do oponente ao chão com o nariz
sangrando e os alunos a volta assustados.
Ouvia algumas vozes de alunos entre gritos de medo, pedidos para parar,
comemorações e incentivos, e descrições que nunca tinham visto Thiago, ou qualquer
outra pessoa se mover daquele jeito.
Recorda-se de minutos depois estar sentado na sala da diretora, e como ela
esbravejava com ele até o chegar da mãe com os tios e os pais do outro aluno. Ele ter
que ficar no corredor esperando os adultos conversarem e então a mãe surgir séria e
fria como não vira antes o pedindo para a acompanhar enquanto ouvia alguns
comentarem que ele seria expulso do colégio.
Recorda de estar no carro só com a mãe e de ver uma paisagem que não era
mais a cidade que conhecia, e só ali, sua mente pareceu ter voltado realmente ao
corpo.
Ele questionou a ela para onde iriam. Ela disse, ainda seca, apenas que tinham
que viajar. Ele notou no banco de trás sua mochila que parecia bem cheia.
Conforme corriam pela estrada, ele notou que a expressão dela ia mudando, de
raiva e frieza, para tristeza. Mas não teve coragem de falar mais nada.
No meio do caminho ela disse que ele teria que ficar com uns dias com um tio
que ele não conhecia ainda nessa viagem. O que fez considerar que a mãe o estava
levando com ela para dar um tempo longe da cidade e férias aos tios preocupados.
Quando param em Curitiba em frente a um parque, Thiago tinha certeza que seria ali
um tipo de camping com a mãe, que mal falaria com ele, pois estaria trabalhando em
busca de algum fóssil ou ponta de flecha de índio.
Na entrada estava um homem que parecia ter mais de 50 anos. Era o tal tio.
O tio cumprimentou ambos educadamente e por um instante conversou em
separado com a mãe em tom baixo, mas Thiago pode apenas compreender algo
relacionado a ter sido bom ela ter levado ele lá e que algo já começava anunciar que o
momento dele estava próximo.
O velho tomou a mochila do garoto e os três começaram a andar parque adentro
por uma trilha entre árvores, foi uma caminhada de mais uma hora até chegarem
numa clareira onde havia duas barracas de camping e restos de uma fogueira.
Thiago se sentia num misto de confusão, medo e excitação por estar naquele
lugar, e estranhamente nada daquilo, nem o tio, pareciam com cientista ou
arqueólogos ou uma pesquisa de campo. Então a mãe o abraça, ainda naquela
expressão triste, segurando lagrimas, ela se despede do menino com um adeus. Dentre
as árvores surge um homem que Thiago não tinha visto antes e acompanha a mãe para
fora. Ele quase instintivamente a segue, mas tem o ombro segurado pelo velho tio, que
já avisa que eles teriam que conversar.
O tio, Farid, conta que ele era um ‘primo’ do pai de Thiago, Ahrmed, e que por
estar mais perto agora, ele era o parente responsável em ficar de olho no garoto e o
preparar. E assim começou com uma história que para Thiago era muito confusa e
irreal sobre mitos e lobisomens, insinuando que Thiago era um descendente de um,
que ele era um lobisomem. Que tinha que ficar naquele parque um tempo, que tinha
que ser treinado. Que não podia ainda correr por aí, por no momento ele ser um
perigo para os outros e para ele mesmo.
Thiago sentiu a mente girar, e sabia que aquilo não podia ser verdade. Deveria
ser um tipo de pegadinha, ou o velho era maluco. A mãe não havia saído a tanto
tempo, então cogitou que se corresse bastante poderia alcançá-la e sair de perto do
velho maluco. E que talvez, na porta do parque haveria pessoas com câmeras rindo
dele.
Ele correu o mais rápido que pôde. Teve a impressão de ver o Tio Farid sorrir
enquanto saia. Teve a impressão de nunca correr tão rápido ali naquela trilha. E
quando chegou a porta do parque não havia mais nada, nem mãe e nem carro.
E em segundo atrás de si surgia Farid o chamando para voltar. Ele não queria
voltar, ele não queria nada. Aquilo tudo era loucura. Pensava se aquilo era um castigo,
se ele era uma pessoa tão horrível, que havia sido abandonado pelo pai e agora pela
mãe e que sempre colocavam alguém para controlar a sua vida e o manter num lugar
preso.
Dentro de si sentia o calor queimar, mas dessa vez queimava muito mais do que
antes, sentia-se inteiro em chamas, e sentia um pouco de dor junto ao queimar e
desconforto por todo o corpo.
Ele se lembra apenas de ter empurrado o tio Farid de perto de si, mas teve a
impressão que não eram suas mãos e sim garras gigantes. A mente ficou turva. Sua
última sensação foi apenas algo parecido com o sonho que sempre tinha. De correr e
sentir o vento bater em seu focinho.
Acordou sentido dor em todo corpo e exausto, estava sujo, sentia gosto de
sangue na boca, e estava deitado ao lado da tenda de camping em frente do Tio Farid.
Conforme tentava se levantar, tio conversava com ele, e sua mente se abria às
memórias do que tinha acontecido.
Sim ele era um lobisomem. Ele tinha virado uma fera, corrido aquele parque
todo, urrado ou uivado, caçado e comido um coelho. Sentiu um pouco de nojo de si
nessa parte.
Levou um tempo para que Thiago assimilasse aquelas informações, e entendesse
sua condição e entendesse que tudo que parecia fantasia lhe era real. E pacientemente
o tio lhe explicava, respondia suas questões, retrucava as reações regressivas do jovem
e debatia com as informações e histórias que contava.
De vagar ele aprendeu a se controlara, a missão dos Garou em proteger Gaia.
Aprendeu novas habilidades e como lidar com seu corpo e seu físico. Conheceu as leis,
deveres e liberdades de ser quem era.
Longos meses se passaram, era ele e o tio ali, mas sempre surgiam alguém
diferente que passava alguns dias ali com eles e seguia, viajantes, parentes que
deixavam sempre algum ensinamento ou história antes de partir.
Assim quando Farid achou que o garoto estava pronto, o rito foi marcado. E ao
ser concluído, ao retornar ao acampamento, muitos homens estavam ali para
participar da cerimônia e festejar.
Agora Thiago era um deles de verdade, agora era um Galliard, Peregrino
Silêncioso, e então recebeu seu nome, segundo a tradição de sua tribo, e foi batizado
como Tarek. E ao contar seus feitos de como realizara sua prova para rito, ganhara o
nome de “Sussurro da noite”.
Após os ritos, era hora de festejar. Festejar o novo membro e aquele grande
encontro dos que comumente ficam distantes.
No festejo foi a primeira vez que, o agora chamado Tarek, pode beber álcool. E
todos agradeceram o fato ter sido ali entre ele. Assim que Tarek começou a sentir os
efeitos do álcool, logo ele começou a mudar, acabando por tomar a forma Chrinos. O
que ali não foi um problema, mas numa outra situação poderia ser bastante
complicado. O único que não pareceu nada surpreso foi o tio Farid que parecia já ter
notado que Tarek tinha alguns problemas com as mudanças de forma.
Após os festejos, quando a maioria dos participantes seguia viagem. Tarek e o tio
tinham a última conversa. Conselhos foram dados ao sobrinho sobre sua
transformação e sobre caminhos a seguir junto das últimas histórias e um combinado
de encontrarem ali meses depois, e nesse meio tempo Tarek estaria livre para correr o
mundo como quisesse. Um tipo de férias e intercambio ali para ele.
Como qualquer jovem, ele correu para aproveitar a vida. Mesmo tendo pouco
em mãos, ele sabia usar da aparência e lábia para conseguir gentilezas das pessoas a
volta e aproveitar festas. Num dado momento, após correr pelo local, cogitou se devia
voltar para casa, visitar a família, mas não sentia vontade nenhuma para voltar. E se
lembrava da maldição de sua tribo e começou a se questionar o quanto isso podia
afetar até hoje os peregrinos. Recordava o fato de dizerem que não tinham contato
com antepassados e então tudo que tinham de si eram as histórias e lacunas.
Dentro de si começou a ter curiosidade sobre o quanto essas histórias eram reais
e quanto haviam de histórias conflituosas e perdidas já que pouco os membros
trocavam as informações.
No encontro com o tio Farid, relatou tais curiosidades, recebendo logo o sorriso
do velho em resposta, falando que talvez fosse aquela a missão que as estradas, Luna e
Gaia haviam dado ao garoto. Que sempre os peregrinos encontravam suas missões em
seus caminhos pela estrada.
Assim, Tarek decidiu correr o mundo em busca das histórias e as colocar juntas.
Descobrir o que podia sobre a história dos Garou e principalmente sobre os Peregrinos
Silenciosos.
Seus primeiros passos, foi buscar e coletar informações com os peregrinos que
encontrasse nas proximidades. E histórias mais informações em suas andanças o
levaram ao Rio de Janeiro, onde ouviu dizer haver lá um antigo ancião de seu clã, o
Velho Eusébio. Ao chegar, com seus 21 anos, se depara com a complicada situação do
Rio com vampiros e decide permanecer um tempo lá para ajudar em troca de receber
e registrar as historias do ancião e dos fatos ocorridos ali. Afinal as estradas o tinham
levado para lá.

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