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[1] O livro trata de uma questo recorrente: possvel que, diante de uma crise
humanitria grave, que ator internacional, se algum, deve assumir interveno humanitria
para ajudar aqueles que esto sofrendo?
Essa discusso surgiu devido a mudanas no mundo aps a Guerra Fria e, apesar de
existir alguns que no apoiam a ideia, h um entendimento crescente na comunidade
internacional que isso seria moralmente (e, talvez, legal e politicamente) possvel em
determinadas situaes.
Isso fez com que haja uma aceitao mundial da responsabilidade de intervir em
resposta a violaes de direitos humanos em massa. [4] Andrew Cottey defende que isso
mostra que os Estados compreendem que a soberania estatal no pode ser vista em termos
absolutos e o princpio que interveno militar em Estados pode ser justificada em
determinadas circunstncias.
[5] A Organizao das Naes Unidas pode aparecer como o agente mais apropriado,
porque sua jurisdio universal e abrange temas como paz e segurana. Tambm bem
aceito como sendo capaz de encarregar-se de intervenes humanitrias e autoriz-las
legalmente. Entretanto, o genocdio de Ruanda e o caso de Srebrenica enfraquecem isso.
H vrias razes, tanto polticas quanto morais, pelas quais esse tpico importante.
Saber o agente que deve se encarregar tem implicncias substanciais para (A) aqueles que
sofrem com a crise humanitria, (B) para aqueles que formam coletivamente o
interventor e (C) para o sistema internacional como um todo.
[9] Deve-se delinear condies limiares para interveno humanitria. Acima dessas
condies, qualquer agente pode exercer o seu direito de agir. Isso deve ser feito, pois,
quanto mais restries forem estabelecidas, menos interventores existiro quando mais se
precisa.