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renan araujo

portfólio
propostas
individuais
+ coletivo soco na pomba
+ parceria com outros artistas
> terremoto

motores de vibração + temporizador


instalação
2009
dimensões variáveis
> motores de vibração são ligados a temporizadores que são acionados em
tempos determinados [20 em 20 minutos], provocando uma vibração nos lugares
instalados. [iluminação expositiva, móveis e objetos fixados na instituição
- dependendo do lugar e característica de cada espaços a ser montado]. a
vibração provocará um “terremoto” artificial em pequena escala, apenas uma
alusão a esse fenômeno natural.

1 - montagem dos motores de vibração [ficando escondido do público os mate-


riais]
2 - Acionamento de 20 em 20 minutos
> manutenção

instalação
2009
temporizador + circuito + interferência na iluminação do espaço expositivo
dimensões variáveis
> em uma das salas reservadas para a exposição: parte da iluminação uti-
lizada para focar os trabalhos será “cortada”. Os cortes serão programados
para acontecerem de hora em hora, ficando as luzes apagadas por um período de
60 segundos. A interrupção será feita por um circuito e por um temporizador
instalado na “caixa de luz”. Todo o espaço expositivo determinado para a
montagem do projeto ficará as escuras e retornará logo após esse tempo.

a instituição e a lógica do poder são inseridas no trabalho plástico, in-


terferindo na visualização das demais obras inseridas na exposição e/ou no
próprio prédio ocupado. O trabalho existe como algo diluído no funcionamento
da instituição.

1 - apenas as luzes do espaço determinado para a montagem do trabalho serão


cortadas e não toda a eletricidade do prédio.
2 - o espaço poderá conter outros trabalhos ou apenas o projeto “manuten-
ção”.
3 - luz acessa por 60 minutos, oscilação e luz apagada por 60 segundos.
> war raw | raw war

reprodutor sonoro + amplificador + alto falantes + som pré-definido


instalação sonora
2008 | 2009
dimensões variáveis
duração | 7’| looping
* versão da obra realizada para o salão de pequenos formatos | 2009
> “war raw | raw war” é uma instalação sonora composta de três saídas de som,
nela é executada um “filme”, uma narrativa sonora tendo como base o gênero
de cinema. É construída uma sequência com os sons pré-existentes em progra-
mas de edição de vídeo [iMovie, Final Cut], todos os sons executados são
os disponibilizados e usados em cenas de filmes [som de porta se fechando,
trilha que precede o susto, carros, passos de alguém se aproximando etc].

os reprodutores sonoros são espalhados por três lugares diferentes da insti-


tuição, ficando escondidos do público, que apenas tem acesso ao som emitido
por eles.

partindo da própria narrativa do cinema, mas desconstruindo uma linearidade


e uma visualidade intrínseca ao meio cinematográfico, faço um cinema/filme
sem imagens. o próprio título war [guerra] e o espelho da palavra, raw [cru]
denotam o caráter de gênero. O cinema vive das questões do gênero: guerra,
ação, western e drama. O que faço é trabalhar com a narrativa crua criando
paisagens sonoras. Quais as possíveis visualidades ou sequências que a obra
apresenta? Cria-se uma visualidade com a imaterialidade das cenas.
> poder

microfones + fios + amplificador + fones de ouvido


instalação
2009
dimensões variáveis
> a instalação "poder" é composta de microfones que captam o som de um de-
terminado local e o transfere para outro.
os microfones são montados em lugares específicos, como: sala da diretoria
ou lugares usados para gerenciar a instituição. Inicialmente dois lugares
serão escolhidos. a transmissão será disponibilizada na parte reservada a
exposição.

"poder" trata dos deslocamentos ao mesmo tempo que discute o sistema de


poder, os sons captados podem ser apenas ruídos, como também conversas pes-
soais. tudo vira paisagem sonora, não havendo hierarquia de importância, ora
ouve-se segredos ora apenas passos.
[os sons serão captados por microfones e transmitidos até o salão princi-
pal].
#campeão

duração: 1’
vídeo
2009
“#campeão” mostra os momentos finais de lutas de boxe. O foco é deslocado do
vencedor, dando a total atenção para o que recebe o nocaute. O vídeo é feito
com recortes capturados de outros vídeos encontrados na internet.
> fronteiras

fotografia
2007 | 2009
60 x 80 cm 1 | 2 | 3 | 4 | 5
> império

vídeo-instalação
2008
duração: filme original | 98 minutos
duas projeções + som externo
Tudo o que fazemos juntos,
mesmo o simples ato de comer... Tem que ser um ato de amor.

> a partir do filme japonês “O império dos sentidos” [Ai no corrida] do diretor
Nagisa Oshima, construo uma vídeo-instalação dividida em duas projeções. O
filme é um clássico do cinema erótico, lançado em 1976, onde narra a história
de um casal japonês [senhorio e criada], tendo como principal referência a
busca e uma intensa obsessão pelo prazer. O Japão nessa época era marcado
pelo conflito entre as cultura oriental e ocidental. Na vídeo-instalação as
projeções mostram apenas o diálogo entre as personagens. Subtraio a imagem
deixando apenas as legendas. Desconstruo a narrativa linear transformando o
filme em duas projeções. É inserido um som que não faz parte da narrativa:
sons de filmes de guerra lançados em 1976 [mesmo ano de lançamento do filme].
A vídeo-instalação propõe a separação não só pela guerra, já que tudo é
parte de uma ficção, como são os filmes, mas uma separação/fronteira existente
entre a própria comunicação e a imagem [ou a falta dela].
> cubo branco [mágico] ou o espaço deslocado

o vídeo mostra um cubo mágico com todas as suas faces brancas sendo manipulado
2008
duração: 4’ [looping]
> balões com hélio

balões + gás hélio + texto impresso sobre papel e registro fotográfico


2005
dimensões variáveis
* obra realizada para o salão de arte de ribeirão preto | 2005
> a proposta tem como diálogo o
pensamento e a produção do artis-
ta Hélio Oiticica. Dentro de cada
balão, cheio de gás hélio, foi
colocado em seu interior frases
escritas por Oiticica [textos
sobre a situação da arte, dos
meios empregados na construção
do objeto e da situação políti-
ca-cultural do país], os balões
foram soltos na região central
da cidade de Ribeirão Preto, a
medida que os balões estouravam,
as frases voltavam ao sistema ur-
bano, as pessoas que encontravam
e liam os dizeres consequente-
mente faziam parte da obra [mesmo
que indiretamente], os artistas
neoconcretos, incluindo Oiti-
cica, procuravam a participação
do espectador/público na obra de
arte, em Balões com Hélio tento
esse diálogo e apropriação com
as idéias neoconcretas, tornando
essa, uma das linhas estruturais
e conceituais da obra.
Tento fazer que o pensamento con-
temporâneo se dilua na paisagem
urbana e no contexto social.
* obra realizada para o salão de arte de ribeirão preto | 2005
> sem título [work in progress]

2006
vídeo-instalação - vídeo + roupa + máquina de escrever + papel + plantas +
lagarta + demais objetos reunidos durante a exposição.
*obra realizada para a exposição individual no sesc ribeirão preto - sp
renan araújo: arte e vida - por cauê alves

No início do século XX, as colagens cubistas que usavam materiais


cotidianos, como fragmentos de jornais ou retalhos de panos já mostravam
que o espaço da arte não podia mais ser distinto do espaço real ou do es-
paço da vida. Objetos da realidade passaram a integrar trabalhos de arte
sem que para isso precisassem ser dissimulados, transformados ou perderem
sua características mais banais. Kurt Schwitters talvez seja o artista
moderno que conseguiu levar as últimas conseqüências esses pressupostos.
Seu Merzbau era uma espécie de totem feito de fragmentos do mundo como pas-
sagens de bonde, a rolha do vinho que havia tomado no dia anterior ou botões
de camisa, entre outros objetos que encontrava ao caso em suas atividades
diárias. A partir dele, pode-se dizer que a relação entre arte e vida pas-
sou a ser mais direta. Muitos foram os artistas que desdobraram, repensaram,
negaram ou desenvolveram essas idéias, principalmente a partir dos anos de
1960. Grande parte deles, como Hélio Oiticica ou Joseph Beuys, fazem parte
do repertório de Renan Araújo.
No ano passado, durante o 30º Salão de Arte de Ribeirão Preto, Araújo
realizou uma ação com balões de gás hélio em que dialogava com a produção
de Oiticica a partir de frases do artista colocadas em seu interior. Além da
surpresa de encontrar essas frases que podiam cair do céu quando os balões
estouravam, o público pôde ver fotografias do trabalho no Museu de Arte de
Ribeirão Preto.
Selecionado para realizar exposição individual na Mostra de Arte da
Juventude, o artista apresenta agora uma instalação em processo em que acu-
mula e exibe durante um mês dezenas de objetos que já possui ou que vai
encontrando durante esse período. Máquina de escrever, plantas, notinhas de
supermercado, cartas de amigos ou da namorada, e assim por diante, fazem
parte de seu projeto. Tanto elementos naturais, como uma lagarta prestes a
virar borboleta, quanto vídeos mostrando o artista com sua família e gato
de estimação em situações cotidianas, comendo, conversando e até tomando
banho, compõem esse espaço sem hierarquia em que arte e vida, literalmente,
não se opõem.
É também uma espécie de diário que Renan Araújo realiza. Alguns de
seus desenhos em nanquim, que se ligam formando composições maiores, são
diretamente relacionados à sua memória e cotidiano. Mas o artista não nos dá
pleno acesso aos personagens. Anônimos e sem fisionomia eles são apresenta-
dos em silhuetas vazadas que valorizam sua linha firme e fluida. Mais do que
expor sua intimidade, parece interessar ao artista o inacabado, o movimento
do tempo e o processo de transformação das coisas. Sua noção de arte não
é apenas aquela de um sujeito que cria obras, mas também de alguém que se
apropria do mundo para nos reapresentá-lo.
Parte de seu trabalho vive da fecunda contradição entre estar dentro
da instituição e ao mesmo tempo prescindir dela. Suas ações acontecem fora
do espaço expositivo, mas é no SESC que estão expostos cartazes e registros
da distribuição de panfletos que anunciam a venda de um museu com acervo im-
portante como o MASP e que possui uma administração, para dizer o mínimo,
inoperante. O trabalho do coletivo “Soco na Pomba”, do qual Renan Araújo
faz parte, é uma crítica direta e frontal à crescente privatização do mu-
seu. Estratégico e irônico, o trabalho, cujo tema se alimenta do próprio
circuito da arte, é potencializado com o apoio institucional que recebeu.
As propostas de Araújo jogam com os limites entre o real e a invenção, as-
sim como entre o que é ou não arte. Elas se instalam num território ambíguo,
mas cheio de vitalidade. Que essa seja a primeira individual de um longo e
duradouro percurso.

Cauê Alves
Possui Bacharelado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2000), Licenciatura
(2000) e mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2004). Tem experiên-
cia em Teoria da Arte, História da Arte e Estética. Membro do Conselho Consultivo
de Artes Plásticas do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2005-2007). Atualmente é
doutorando em Estética pela FFLCH-USP. Curador do Clube da Gravura do Museu de Arte
Moderna de São Paulo. É docente da Faculdade de Comunicação da Fundação Armando
Alvares Penteado, FAAP.
> durante toda a exposição recolho objetos do meu cotidiano, construindo
uma extensão da vida à partir de fragmentos da minha vivência. Crio assim,
um personagem, sempre o que se vê é algo construido.
transpasso #1

microfones + amplificadores + alto-falantes.


2007
dimensões variáveis
* obra realizada com o coletivo soco na pomba + luciana ohira e sergio
bonilha para o “arte pará | 2007”
> a presente proposta consiste
numa instalação sonora, cujo fun-
cionamento depende da presença
dos visitantes. Para tanto, cinco
conjuntos de microfones, ampli-
ficadores e alto-falantes deslo-
carão o som dos passantes, dando
a impressão de um “espelhamento
sonoro”, como se estes cruzassem
consigo mesmos ao passarem pela
instalação. Ademais, enquanto
o som reconstrói o espaço e a
presença dos visitantes numa di-
mensão quase fantasmagórica, a
própria visualidade da instala-
ção - como componentes à mostra
e aparelhos de aspecto artesa-
nal - torna possível traduzir
seu próprio funcionamento. vista geral
> dispositivo de interação combinada [dic]

performance | objeto
2007
acrílico e tubos de polietileno
*obra realizada com o coletivo soco na pomba para a VERBO | galeria vermelho
e SPA das artes | recife | 2007
> um cano é conectado por máscaras na cabeça dos integrantes do coletivo, o
nariz é vedado, coloca-se água no cano interrompendo o fluxo de ar dos per-
formers, para se conseguir respirar é preciso que o outro abaixe, fazendo
que o nível de água caia para os outros canos e, com isso, a liberação do
ar acontece.
“Utilizar um dispositivo que conecte uma pessoa a outra, demonstrar a de-
pendência existente em ações cotidianas, como o simples ato de respirar.
Evidenciar que um gesto individual pode se tornar coletivo. Inseridos nesta
performance, investigar os diversos significados dos termos cooperação, in-
teração e dependência.
Questionar se essa interação/cooperação/dependência é válida ou não, tudo
isso sobre a sombra dos signos do individualismo, da auto-suficiência tão
importante para o homem.
A realização desta performance, com todo seus elementos de constituição,
propõe levantar questões sobre o artista e a obra, entre o público e o pri-
vado, entre o indivíduo e o coletivo e talvez com isso mostrar que todos
estes elementos se unem num único fôlego para que o outro aconteça”
> pesquisa

site | trabalho em progresso


2009
As definições e biografias do wikipedia são trocadas, constrói-se uma confusão
e uma nova realidade com questões históricas e de identidade. A definição de
“arte” é trocado por “guerra”; “Independência do Brasil” por “Gang Bang”, as
alterações ficam no ar por algumas horas até serem “consertadas” pelo site.
> screenshot. guerra por arte e arte por guerra
> renan araujo | 1987

Vive e trabalha em Ribeirão Preto.


É graduando em Comunicação Social pela Universidade de Ribeirão Preto e
atualmente trabalha na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri. Desde 2005, vem
participando de mostras coletivas e salões de arte em alguns estados brasi-
leiros: São Paulo, Pará, Pernambuco, Goiás e Vitória. Foi premiado na Bienal
de Artes Visuais de Santos em 2008 e recebeu bolsa de incentivo a produção
artística SPA das artes | Recife em 2007 [coletivo soco na pomba]. De vez
em quando faz confusão no wikipedia trocando algumas definições e biografias,
na última vez trocou “Independência do Brasil” por “gang bang”

+ contato:
www.renanaraujo.hd1.com.br
e-mail: renanaraujo2002@yahoo.com.br
rua lúcio de mendonça, 1180
bairro: vila virginia
cep: 14030-540
ribeirão preto - sp
tel: (16) 39194261
cel: (16) 81287080

+ representação:
galeria de arte marcelo guarnieri
ribeirão preto - sp
contato@galeriamarceloguarnieri.com.br
www.galeriamarceloguarnieri.com.br
+ exposição individual

2006 - renan araújo, sesc – ribeirão preto - sp.

+ exposições coletivas selecionadas

2010 - IN-SONORA - VI muestra de arte sonoro e interactivo | madrid | espanha


2010 -(((ESTA CASA ESTA SONADA))) X velada de santa lucia | maracaibo - venezuela
2009 - A5IM´TRIA | centro fundación telefónica - lima e teatro del centro cultural
peruano norteamericano - arequipa
2009 - 15º salão de pequenos formatos | galeria de arte da unama belém - pa
2009 - sobre as águas, a solidão e o olhar - galeria homero massena | secretaria de
cultura do estado - vitória - es.
2008 - 33° sarp – salão de arte de ribeirão preto-nacional contemporâneo – marp –
museu de arte de ribeirão preto – sp.
2007 - arte pará - museu do estado do pará (mep), em parceria com luciana ohira e
sérgio bonilha, belém - pará.
2007 - verbo 07, festival de performances e instalações, galeria vermelho - sp
2006 - exposição de (re)inauguração da galeria de arte marcelo guarnieri – galeria
de arte marcelo guarnieri – ribeirão preto – sp.
2006 - 11° salão paulista de arte de contemporânea – mac/usp – são paulo – sp.
2006 - 17° mostra de arte da juventude – sesc – ribeirão preto – sp.
2006 - 5º salão nacional de arte de jataí, mac jataí – go
2005 - 30º salão de arte de ribeirão preto-nacional contemporâneo – marp – museu de
arte de ribeirão preto – sp.

+ prêmios e bolsas

2008 - 11ª bienal de artes visuais de santos, santos - sp [prêmio aquisitivo].


2007 - bolsa de produção artística do spa das artes recife, recife - pe
Ribeirão Preto | São Paulo | Brasil | julho de 2010

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