- Tentarei ento mostrar como os objetos e os modos de descrio e
de conceitualizao de Deleuze nos levam ao centro do que h a ser
pensado sob essa palavra (esttica) ; - Partirei ento de duas formulaes deleuzeanas, cuja distncia me parece fixar de modo exemplar os plos, aparentemente antagonistas, entre os quais se inscreve o pensamento deleuzeano; - a primeira encontra-se em o que a filosofia? : A arte um ser de sensao e nada mais: ela existe em si; O artista cria blocos de perceptos e afetos, mas a nica lei da criao que o composto deve se manter por si s; - a segunda que est no Lgica da sensao : Com a pintura, a histeria torna-se arte. Ou melhor: com o pintor, a Histeria torna-se pintura ; - a primeira assenta em a obra de arte assim o na medida em que se mantm por si s. o objeto que est diante de ns mas no precisa de ns mas existe como unidade de forma e matria, das suas partes e da sua juno; - exemplos: tragdia grega; manchas coloridas de Maurice Denis; - Deleuze descreve o quadro de Bacon como uma circunferncia que h diante de ns; combinao de duas formas idnticas; o fundo e a circunferncia que ao mesmo tempo os une e separa um espao do ver e tocar num mesmo plano; - resolvemos o problema desta funo no contorno, a linha desorganiza a funo do contorno; a circunferncia, a oval, o paraleleppedo tm uma funo muito precisa: isolar a figura;impede de entrar em contacto com outras figuras, de se tornar elemento de um historia; como contrariar: para se tornar elemento da historia, h relao externa de semelhana, a relao do personagem figurado com aquilo que ele representa; e h relaes que na prpria superfcie da obra a figura mantem com outras figuras; - Deleuze denomina isto de justia; trmino do movimento por meio do qual a figura escapa em direo estrutura molecular da matria; a obra faz justia e esta tem origem nalgum lugar; - o inimigo da justia a figura; o trabalho da arte desfazer-se desta figura, de apagar previamente o que est sobre qualquer tela; - ir em direo justia ir em direo ideia; - deleuze: esttica como figura do pensamento; centra a sua ateno no na obra, mas no que sente; - sensvel: privilegia o afeto que do espectador; quando o aspecto da obra j no remete para as regras da sua feitura, modo de pensamento quando a obra submtida ao sentido espiritual; - conscincia que se iguala ao inconsciente; submeter a considerao das obras potncia do espirito; - 2 pensamentos : o que se encarna, se deixa ler no sensvel e o da imagem petrificada ou seja a coisa em si;