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HUGO ORRICO, JR. PIRATARIA DE SOFTWARE, Preficio: Mareos da Costa Aptesentagio: Francisco Paletta LIVROS Sie Poui2004 sc Sora Cepek © 0 por H. Owes i 60 Pai oped prc de be amon ps SSerocktonemn pn te cpa oar einen ‘Beats Laie Na Gee apa Nags ‘Dae rc Cnt Ra ‘Crews Bama fon Bd Coren | rr Sea HgpOo.= < Mak =o Et ee 204, | aft Coe 2 Rogan cng Es Se aint cou-n.seaoee Ine ure ctoe semit: {0 Lo aor Dias Aes mens fis, Hig ¢ Lia fontes permanente de alegras; Dan A Paes tha certera de que ea segundo va rele Jeu a pena A Ana Miia, co-asora de minhas melhores obras: meus filbos Acs as pis, Hage ¢ Mara Apar 4h, por ced terem me mostrado, com tnnen suas vidas, o quanto “pequenos”exem- plos substituem “grandes” palavras, PREFACIO Hugo Orrico Jinior, com sua obra, consegue enfrentar, 20 mesmo tempo, dois desafios, © primeiro € tratar de temas extremamente atuis, muitos ‘dos quais ainda em fase de construgio, € nfo ratas vezes afeta dos por aparentes os reais confltos, isso em um mundo cada ver mais dependente da capacidade de desenvolvimento inte- lectual do homem, para fazer frente is demandas sociais mo. sdernas,assegurando um ambiente adequado a0 estimulo da cri aso mas que, ao mesmo tempo, busque instrumentos para evtat ctiagio de monopélios que possam vir indir o acesto A infor- smacio pela prépriasociedade. (© segundo € expor questbes de narurezajurdiea - normal- mente apresentadas em linguagem estrtamente téeniea,aleangic velexclusivamente pelos operadores do dieito - deforma dide- «a, permitindo sua leitura € conhecimento por tod a socidade, inclusive por profissionalslgados ao setor de tecnologia. EEsses desafios somente poderiam ser superidos por alguém «que, como Hugo Orrico Jinior, agtega no apenas 6 conheci mento cientfico para abordar de forma responsivel os temas, ‘mas também larga experiéncia profisional, convivendo divtu- ‘namente com situagdes reais, que telamam sua intervenga0. Mais sinda: Hugo Orrico Jinior tem, também, como ele- mento definidor de seu perfil, participagto ativa em importan. tes erespetiveisinstiuigdes de classe, com aruagbes em associ des ligadas ao setor de software, e também em nossa Comis- Slo de Informatica da Seccional Sio Paulo da Ordem dos Ad- vogados do Brasil, onde a roca de experigacias entre 08 advo- tgados militantes de éreasafeas&informitica concedew aos seus ‘membros uma ampla visio dos diversos vetores envolvides no desenvolvimento e uso, cada vex mais intenso, das novas teeno- logias pela sociedade moderna Por essa razdes é que a obra de Hugo Orrico jinior certa- mente forneceri a todos, operadores do dircto, empresicios, estudantes, € profissionais ligados, ou com interesse, no setor de informitica, um quadro bastante importante das questes juridicas envolvidas no desenvolvimento de tecnologia em ge- ral e,em especial, do direito autora do software. Marcos Gost Ado, Piet dh Cai de ae da OA Fk Peete Cato pc dentin uti a OB de a al ee sun coo em 198 cae qu sha Se a a0 hte Ditton Tesi ‘nen de Adour de Se Pa Fs ota Tundna Geni arg SP ‘keTalseSENAC de Teg Es dene tea sae APRESENTACAO A Tecnologia da Informagio tem um papel fundamental que smuitas vezes ter sido nepligenciado - ou mesmo tem passado despercebido - pela maioria das empresas e Gngios de informa tica. As competéncias essenciais e 0 conhecimento coletivo se ‘basciam em informagies: saber e experiéncia. O papela ser d- sempenhado pela Tecnologia da Informacio é estratégico:aju- dar 0 desenvolvimento coletivo ¢ 0 aprendizado continuo, tor nando mais ficil is pessoas de uma orgunizagao compartilha- rem problemas, expecraivas,idéas e solugies. Neste cenirio competitive do mundo contemporineo, prin- ipa desafio das onganizagdes esti em estabelecer os padres éti- cos nas relagdes entre pessoas e empresas, € 20 falar de Ftica Iki como aio se lembrar do exemplo de Hugo Orsico J. um dos ‘mais competentes e étcos profissionais que eu ji conheci. ‘A dtica, em poueas palavras, € uma cacacteristica inerente a toda acio humana e, por esta raz4o, é um elemento vital na producio da realidade social. Todo homem possui um senso ico, uma espécie de “consciéncia moral”, estando constante- ‘mente avaliando e julgando suas ages para saber se sio boas ou mis, certas ou extadas, justas ou injustas. Funciona como um cécigo interno, que sializa, de modo reflexivo,o valor intin seco e extrinseca de cade agio, [Em sua tajetria profssional, Hugo Orrico Je. tem conju do perfeitamente os conhecimentos e a visio de excelente ad- 0 ao Oro rinistrador ¢ advogado aos desafios da competitividade mer- cadolégica. Quando atuei como Diretor de Vendas Indiretas da Novell do Brasil, tive o privilégio de contar com Hugo como responsivel pela rea de Antipiratara da Novell Inc. para o Brasil cesua contribuiglo foi marcante para o desenvolvimento de nosso negécio. Mais tarde, ji como Presidente da Novell no Brasil (Coury Manager, pude contat mais uma vez com 2 experitncia de Hugo Orrico Je. em todos os assuntos relacionados com a protesio de propriedade intelectual de software Hugo Orrico J. representa, para todos com os quais ém ‘contato, um modelo profissional, pois usta, de modo impar, como a atitude dos profissionais em relagio as questoes éicas pode ser um diferencial entze 0 sucesso ou o fracasso. Ser étco nada mais & do gue agir ditto, proceder bem, sem prejudicar (0 outros Ser éxico é, também, agir de acordo com os valores rmorais de uma determinada sociedad, em um determinado momento histrico. A pessoa e a organizagio sio mas eficentes quando hi con- _gruéncia entre os valores eas crengas, tanto a tespeito do modo de cexecugio do traballbo, quanto ao aleance das expectatvas € cum- primento das exigéncas da organizacio, em relago is suas metas. sminhar tio harmoniosamente sé & possivel quando hi cenraizado nas entranhas da corporagio, inluindo seus entes| hhumanos, 0s principios morais que compée o sistema ético daguele momento histérico, sistema responsivel pela fixacio de regras e procedimentos para sua atuacio, no s6 vislum- bbrando controle interno, mas também qualidade externa 20 seu produto. [esse sentido Hugo Orrico J. & mais uma ver exemplar Poss talento inato& lideranga, meio pelo qual promove a dis- seminacio do mencionado sistema ético a todos os setores das organizagies em que trabalhou. Incansivel, nao poupa esfor- Apso au 0s para fiscalizar a postura moral na execugio de tarefaselimi- nando todo e qualquer foco desagregador. Falhas éticas “arranham” a imagem da empresa ea levam a perder clientes efornecedores importantes, dficutando 0 est bbelecimento de parcerias, pois na hora de dar as mos, além de levaatat as afinidades culturais ¢ comercias, as empresas tam- ‘bém verificam se existe compatibilidade ética entre elas E fun- «damental criar relacionamentos mais ticos no mundo dos ne- _gécios para poder sobreviver ¢, obviamente, obter vantagens ‘competitias Ceramente utilizar softwares piratas na empresa, por qual quer que sea a razdo ou 0 periodo, no € uma condita Fica. E 10 terminar de ler este precioso trabalho o leitor, qualquer que seja.a sua drea de atuacio ou estudos, certamente estaré muito bem informado, possuindo em suas mios todas as informa- Bes necessirias e suficientes, sobre como manter-se, € 20 seu cempregador, dentro de uma condita érica em relagio & propri- cedade intelectual de tereiros ‘A obra de Hugo Orrico Je. € uma leitura obrigatria para os profisionais que buscam respostas sobre o que fazer para an- dar com um pouco mais de seguranga no terreno nebuloso da informitica Saba exatamente quais sio os seus limites éticos;, avale detalhadamente os valores da sua empresa; trabalhe sem= pre com base em fatos;avale os riseos de cada decisio que tomar, siba que, mesmo ao optar pela solugio mais éica, po eri se envolver em situagdes delicadas; se co significa, muitas vezes, perder dinheito, status, € beneficios a custo praz0, pro- porcionando, contudo, ganhos incomensurveis —mateias in- clusive —a médioe longo prazos, Eger de Pro Prof Univ & Colerain ‘teats de FAAP. Fangio Armando Aloe ened. Babar em gee ea pel FEL Fouad de Eager Ina specie Asmar e Conte Aura Calege Poe, A, USA, Po ged ‘Guages de ter pt iene Pas cde tambo onde Fre ee Mec, po MBA es Ning es Ua ic Sio nce Dado on Chaat sw ene Cosi de Trl Nock NOTA DO AUTOR Para que se tena uma idéia da importincia desta matéria, ‘zo motivadora para escrevermos esta obra basta-se observat ‘os nimeros divulgados no dia 17/11/2008, pela ABES ~ Asso- cago Brasileira das Empresas de Software em conjunto com a BSA - Business Software Alliance De acordo com os dados divulgados, de janeiro a novern- bbro de 2008, foram realizadas cerca de mil agdes de Busca e Apreensio contra usuitios ¢ vendedores de softwares piratas 10 Brasil, resultando no recolhimento de mais de 987 mil pro- _gramas falsificados. ‘Como resultado da aruago constante e incansvel dessas duas centidades, cera de 180 ages judiciais foram sjulzadas em todo © Brasil, culminando no pagamento de cerca de RS 7 milhdes em indenizagdes para as empresas viimas da pirataia, Foram elas também responsiveis pela coordenacio de bus- ‘cas que proporcionaram a vistoria de 5,5 mil computadores, 500 estabelecimentos comerciais, em como o fechamento de nove laboratérios de produgio de sistemas ilegais. Segundo o ilustre Advogado e Diretor da BSA no Brasil, And de Almeida, emlpora o indice de pirataria no Brasil tenha caido de 77% para 55% nos iltimos sete anos, somente em 2002 a industria de software brasileira perdeu cerca de RS 1.200.000.000,00 (um bilhao e duzentos milhdes de reais) em virtude das falsiticagdes de sofewares. (Os dados acima expostos, falam praticamente por si 6 2 respeito da atualicade erelevincia do tema, corroborando a ui- lidade da leitura desta obra, no 6 Aqueles que tabalharn coma rmatéria, mas 2 quase totalidade da populacio, que, de algum modo, faz uso de computadores. Abordagem dos temas Na primeira parte do trabalho procuramos registrar a ori ‘gem, a evolugio no Brasil e os eselarecimentos técniecos neces- sitios & compteensio bisica dos conceitos de softwares, wtili- zando-selinguagem ao aleance de todos os operadores do Di- reito e demaisinteressados, nfo-técnicos, em informatica Na segunda parte, concentramo-nos no campo juridio, re- slizando uma explanagio pritica e sucinta da Lei de Software cealguns pontos essenciais de outras legislagdes sobre o assun- to, Deliberadamente sem grandes aprofundamentos doutrin ‘os, foram abordados os pontos mais importantes, do ponto de vista legal, sempre procurando utilizar uma linguagem aces- sivel a todos (objetivo desta segunda pare €esclareces, em linguagem to simples quanto possvel, os conceits jurdicos, su aplicagio 6. rica e pti, de Forma que se poss ter uma visio geral sobre 0 assunto e sobre os rscos causaclos pea pita de partaria ‘Concordamos com a quasetotalidade dos estudiosos da irea| juridica, quando afirmam a grande dificuldade, para um profs: sional exclusivamente do Dircito, em tratar desse tema. Dificul- dade essa decorrente, principalmente, do fato de que sio neces- srios, para sua apreciagio corzeta, o entendimento e compre ensio de uma gama enorme de informagies téenicas que, em ‘geal, ojursta ainda nio possi e nfo tem ao sew aleance. Nes doar s FF jstamente essa lacuna que pretendemos preencher com este empreendimenta lteritio, Tornar acessivel este conjunto de conceitos téenicos, ajudando a resolver esa cartncia de in- formagio, Esperamos contar com a pacitncia e boa vontade os leitores que sejam especialistas em umm ov outro tema, na esperanga de que essa obra sirva ao menos para estabelecer uma ppequena ponte de comunicagio entre as area tecnolégica ej- ridica, em relagio aos sofewares e& violacao de direitos autorais sobre os mesmos (a popularmente denominada piraara de sof- ‘wate, principalmente, ajadara qualquer letor que se interes- se pelo assunto a compreendé-lo um pouco melhor. H. Orriw SUMARIO 1. Preimbulo Samii 1.1. Orgm ds Tene ¢ Eveaie Hisica 1.2.0 Bras ea Pietra 1.3 Usa de Eprsier Aline Obsrrgier Peis 2, Pieataria de Obras Intelecrais. Samii 21 Ong, Or casts mass 0 ls Vie andy, Dison, Ugg, aa das DVDs, 22 Coro 1s Governantl ras Denmabinnt Calta 3.AlImternet Sumi 3.1 Coders Ges 3.2 Tominaga 33 Com ‘0 Elan 3:4 Cori Ebonics 3.5 SPAM, 3.6 Pinole ‘om incendie oda pele Inter 3.7 Goliad rar de Maw Gots par Boma 3 Propagan Vir de Compatair 39 Pripaai de ‘Warm 3.10 "Tron Hor ne" 3.11 Vir de Obra 3.12 Diser miro ws de Ema Nogies Preliminares sobre Pirataria e Software. Sums 4.1 Condes Gers 4.2 Pasar e Sofa, 43 Progama de Compr 44 Apia, 4.5 Prodan 4.6 Me ig 4.7 Rede de Compare 48 Sri, 49 Eta de rua 4.10 Capar de Back. 4.17 Sfere Lier woe Sfware Cratite 4.12 Piatra de Sera Litre Espécies de Licenciamento de Softwares.....--. Sui: 5.1 Lieiameta 3.2 Lieas Val UpgraeeUp- 221 35 37 a age Orie ate 5.3 Liceniamento Invdul por Nimer de Ste 54 Licesamenio om Versio Corrente « Artis (Carre end Prior Licensing) 55 Liecameno por Servier 5.6 Lacie muta por Nis 3.7 Liemiment or Eitan on "Str" 5.8 Linniomete por Usui. 5.9 Converts de Liienin. 5:10 Lacimento Topo 6, Dos Contratos de Licenga Sti: 6.1 Conidae ea 2 Nea Fa Dia do aii No Origa 6.3 Vends sora Cas de Dine de Ld Seftor 64 Nua de Le de Repl por aes. 6.5 Preramas Adpunde ws Extn 7, Das Garantias 10s Usuazios . Sami 7.1 Dated Vad iia 7.2 Gets de Cadi “& Dif do Connor 8. Tipos de Pirataria de Software... Siri: 8.1 Cipia de mia orginal 8.2 Cia de sipin 83. Fic de ita oginaic 84 Ui de rina em eal ai ni eid. 8.5 Uli do rao id 8.6 Downlad deIrmt 8.7 Pata por E-mis 88 Abu Cnr 89 Ala de pas 8.10 Grey Mek 8.11 Pre str OEM, 9. Tipos deAgdes Annipirataria Smit AgbesEstejadicii lone Clas Cam os de Marking, Parris ¢Campanbas Comers, Neti= ‘ae Exiga 9.2 Ages Judai: Madar Cael 1s Bas Apres o Prada Anta de Poa, epg Ailes De pe nde Ae 10, Fundamentos da Protege Auroral Samii: 10.1 Dian Astral esas Dias eto 102.4 Goede Berna 10.3 Dino Ano ws Cabra. 104 al 93, 113 Suniio Dine de Prroalilade 10.5 Da Prag is Pesmas Fs 6 rica. 1016 Dire Peonldade dePes aria 10.7 “Tae Mora Toc aime, 10.8 Dae Earned Pes rie 109 Innttnabdad do To Art de Lt 1 Sfare 10.10 O pape do Mitr Patbio npr dos Dinas Mai 11, Da protegio aos Direitos de Autor Sars 11.1 gue a Lp 11.2. Lagi Nasal 11.3 Prog a Ean 114 Ege a lara 15 Lec de Sefoores 106 Nip Obrigaidae de Regio do Sofia 11.7 Titra dor Parana. 11.8 Commas do ‘at 11.9 Uns Cs on os Peas 11.10 Pres € Didi 10.19 Syd de atic 11.12 Abas Indie 11.13 Dams Estar on aid patria 12, Das Sangides Civis Shire: 12.5 Inependn de re iminal. 12.2 Soin eda 12.3 Condens Cie Abbie Criminal Psi 1h 124 Ohrid Dri dat Cia rats. 125 Daa Nate det Dist Autor ¢ des Reparaio Civ 12600 Davs Extnapatrinoil Carter senna cil. 12.7 A indi de 1000 rr 0 var ds pots pats. 128 [Note tie gant a lord inden: guar deo pretrial ete pble da ora. 13. Das Sangies Penais .. ‘Sumi 131 Tes Pat Aphis 13.2 Gime ma aor tend rier ra 13.3 As Poa Pb vera AP ria 1340 mee Bibliografia Geral... : [Apénaice: Legiiagio Comumente Aplicada, 129 MT 161 1 PREAMBULO Sami: 14 Orion do Terms « Evel Hitica 1.2.0 Brae Prt 1.3 Unico de Express Arigna ¢ Obras Psi 111 Origem do Termo e Evolusio Histérica [Em breve histéreo, podemos afirmar que a pirataria€ tio an- tiga quanto o Homem, seu conccito originalmente est relacio ado pillage, ist é,a0 furto ou roubo do resultado do trabalbo ‘ou da propriedade de alguém por outrem, que assim, com um. cesforgo minimo, se beneficia do que aio Ihe pertence, outrora apenas bens materia, hoje também crags intelecuais. Milhares de anos depois, provavelmente a partir da etiagio «dos primeiros romances escrito os pirat acabaram incialmente estigmatizados pela figuea do marinheiro feio e mau, com rou- pas de cigano, tapa olho e perna de pau. Essa acabou sendo a imagem do pirat, disseminada mundialmente pelos primeitos filmes, no inicio do século XX. Logo depois, indistria cinematogeéfica, em busca de mais cemogiese aventuras que divertissem e aumentastem seu pibli- co ~e naturalmente seus hucros ~ acabaram populatizando figura do pirata herd, com porte alético, bonito, sedento de justiga, oprimido pelos poderosos e em busca de justica social Acabaram, assim, jusifcando moralmente sua atuagio fora allel e mudaram sua imagem, sendo agora no mais repulsivo,

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