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1
Período 01/02 Ano 1
Clube de ciências
Há 28 anos, projeto do
NPADC - Núcleo Pedagógi-
co de Apoio à Divulgação
Científica - aproxima os jo-
vens da ciência.
Pág. 3
Feira do Livro
Sediada em setembro e
outubro no Hangar, contou
com oficinas, palestras e
homenagens a Cuba e
a escritores paraenses.
Pág. 9
Projeto prevê que instituições estatais passem a ser administradas totalmente por
meio de recursos privados. O Hospital Universitário Betina Ferro pode ser uma dessas
intituições a serem privatizadas. Saiba o motivo e as diversas opiniões de representantes
das áreas de saúde, educação e dos trabalhadores das universidades brasileiras.
Págs. 4 e 5
Pág. 12
Estágios em alta João Bosco Conheça o Murão
Empresas apostam em Progra- Conheça o trabalho do cartunista, O espaço onde você encontra
Cotas em discussão mas de ‘Superestágios’, colhem os artista premiado internacional- ofertas de estágios, bolsas e opor-
“Sistema de cotas é uma bons resultados da iniciativa e lan- mente, que trabalha há 22 anos tunidades de aprendizado na uni-
descriminação positiva”,
çam ao mercado de trabalho pro- no mercado parense produzindo versidade. Além de ficar sabendo
afirma Zélia Amador em
entrevista ao O Circular.
fissionais mais qualificados. charges, caricaturas e cartoons. os eventos que rolam pela UFPA.
Pág. 12
Pág. 8 Págs. 10 e 11 Págs. 6 e 7
SAIU!!! Manhã de segunda-feira, 3 de setembro de 2007,
iníciozinho do segundo semestre do curso...Novas ma-
por causa da loucura que é fazer um jornal ou não)
que o jornalismo não era a carreira dos seus sonhos.
EXPEDIENTE
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
REPÓRTERES E FOTÓGRAFOS
térias, mesmos professores, novas idéias. Ganharíamos Dificuldades, alegrias, descobertase o orgulho a cada
mais responsabilidade: “Preparar um jornal”, dizia matéria fechada tudo isso aconteceu “até o fechamen- Abílio Dantas Aílton Faro
nosso professor e futuro editor. Nosso primeiro jor- to desta edição”. Aline Freitas José Fontelles
nal. Sabíamos sobre o que queríamos falar, a quem Falar da universidade era bom. Chegamos a Andréa Remédios Paula Catarina
queríamos escrever, mas qual nome dar a ele? “Que pouco tempo aqui e descobrimos que ela é mais ex- Brena Freire Raphael Freire
tal ‘O Circular’ “, gritou uma voz no fim da sala. Pri- tensa e rica em produção de conhecimento do que Clareana Rodrigues Suanny Costa
meiro soou estranho – um jornal com o mesmo nome imaginávamos. Queríamos explorar essa diversidade e
Felipe Cortez Wellington Lima
de um ônibus tão lento –, mas por que não? Pois era mostrá-la a quem vem todos os dias estudar, trabalhar
mas nos levava até onde queríamos chegar. E depois na UFPA. Enfim, “circular”.
COORDENAÇÃO
Lázaro Magalhães
de somar os prós e os contras, ele acabou vencendo: “
Ana Petruccelli
O circular, do básico ao profissional: Esse não te dei-
xa esperando”.
Alguns aceitaram o desafio e defenderam suas
matérias. Outros, porém, em meio a conflitos e pro-
E-MAIL
blemas no curso acabaram descobrindo (não sei se
ocircular@yahoo.com.br
Expressões como “estaremos providenciando”, É incrível a criatividade de governadores e pre- - pois seria um atentado ao pudor. Ou ainda aquela que
“vamos estar cumprindo” e “eu vou estar cuidando feitos quando o assunto é decretar novas leis. Ainda obrigava padres a “sempre” usar a batina mesmo fora
disso”, e todas aquelas, portanto, que segundo o dici- mais para explicar a ineficiência do Estado em resolver da Igreja, para ajudar os romeiros a identificar os sacer-
onário envolvem a forma nominal do verbo, marcada problemas da sociedade. Estas leis acabam subestiman- dotes ao chegar à cidade de Aparecida.
pela desinência ‘ndo’ (comprando, vendendo, partin- do a inteligência da população e maquiando certas bu- Proibir o gerúndio não é diferente. Segundo o autor
do) de função adverbial ou adjetiva, estão proibidas rocracias internas. Até porque não é a primeira vez que da lei, isso acabaria com a idéia de que repartições públicas
em repartições públicas. É o que diz uma lei isso acontece. E as nossas leis, que deveriam constituir, são lugares onde tudo funciona de forma lenta. Melhorar o
estabelecida pelo governador do Distrito Federal apro- em tese, pelo menos nossos direitos e deveres, acabam atendimento não seria a decisão mais sensata nesse caso?
vada recentemente. A justificativa para tal decisão foi tornando-se motivo de piada nacional. Pois então, “Excelentíssimo senhor governador”, ilumine
a ineficiência da máquina estatal em resolver proble- São leis como a que proibia o uso de trajes caipi- minha ignorância e queira estar emprestando vossa gramá-
mas. É incrível a criatividade de governadores e pre- ras em festas juninas para evitar estereótipos. Ou como tica para que possa estar gozando do mesmo conhecimen-
feitos quando o assunto é decretar novas leis. aquela que impedia o uso de maiôs e biquínis nas praias to que o senhor. Desde já estarei agradecendo.
Estudar Comunicação
por: Abílio Dantas
É imprescindível que nunca se perca, não im- pautas e usufruir seu status social. E também publici- ver um parente distante e o aparato de um hospital
porta o contexto social em que vivamos, a consciência tários interessados somente em seus bolsos, e pouco para receber seus pacientes. Já que não podemos fugir
da necessidade de se estudar a comunicação humana. preocupados com a importante função de seu traba- da comunicação, não devemos ignorar os seus estudo
Precisamos sempre estar lembrando aos outros e a nós lho na sociedade; comunicar. e nos levar pela ganância e mediocridade do nosso tem-
mesmos: sem a comunicação o homem não existiria. Durante o Encontro para a Opção Profissional, po. Afinal, só se aprende a comunicar ouvindo e per-
Ele não poderia sobreviver aos percalços pré-históri- ocorrido na Ufpa neste último final de semana, uma cebendo o mundo à sua volta, e não envolto em uma
cos apenas com seus dentes e unhas frágeis.Seu poder das principais dúvidas dos jovens era quanto ao mer- teia de ignorância.
de análise e transmissão de vontades foi a sua cado de trabalho. Será que dá dinheiro? Bem, depois
salvação.Portanto, não há como entender o passado e de tanto ouvir essa pergunta, eu elaborei uma resposta
o presente, ou prever o futuro, sem a reflexão e o estu- e, como um dos representantes do curso de Comuni-
do das práticas comunicativas. cação, dizia para todo mundo que chegava: Sim, acre-
No entanto, esta consciência vem se perdendo dito que o mercado está saturado.Mas saturado de ve-
gradativamente, principalmente se pensarmos nos es- lhas idéias.De concepções ultrapassadas, como o des-
tudantes dos cursos de Comunicação Social. Apesar respeito à inteligência das pessoas. E isto é fruto da
destes serem os mais concorridos nos vestibulares atu- não reflexão. Quando há questionamento nascem no-
almente, muitos universitários não possuem a clareza
do que é seu objeto de estudo. E acabam tornando-se
somente técnicos em suas áreas e reprodutores da rea-
vos pensamentos. E destes, novas ações. Repercutin-
do, assim, em algumas mudanças e na ampliação do
famigerado mercado.
!
lidade. Surgem, então, pencas de jornalistas de escritó- Segundo o autor Dominique Wolton, em seu li
rio, seres que pensam ser pagos apenas para cumprir onipresente em nossa vida; o avião que pegamos para
Foto: Brena Freire
e adolescentes
Projeto busca aproximar jovens
das questões científicas
Por: Brena Freire e Raphael Freire
Colaborou: Clareana Rodrigues
Quando pensamos em ciência a imagem de um seus horizontes e percebem que são capazes de fazer
velhinho de cabelos brancos enfurnado em um labo- ciência e os professores têm a possibilidade de entra-
ratório é muito marcante. No entanto, um grupo de rem em contato com diversas mentes na prática de en-
jovens está descobrindo uma maneira de investigar al- sino”, conta Alex Pina, um dos bolsistas do projeto.
gum fato ou fenômeno cientifico de uma maneira di-
vertida e atraente.Trata-se do Clube de Ciências, um Apoio e patrocínio
projeto de iniciação cientifica que é desenvolvido há O Clube de Ciências conta com recursos do
28 anos na Universidade Federal do Pará. Núcleo Pedagógico de Apoio à Divulgação Científica
Inicialmente a idéia surgiu da reivindicação de – NPADC -, do Proint, através de apoio financeiro, da
um espaço para a prática da docência dos alunos do Proex (Pró-Reitoria de Extensão), que financia as ex-
antigo curso de Licenciatura em Ciências. Naquela épo- cursões, da Fadesp, do CNPq e do Cinep. A inici-
ca o projeto era de um laboratório pedagógico que foi ativa também tem apoio da SEDUC, que cede alguns
chamado de Clube de Ciências, e acontecia na escola professores para ministrarem aulas.
Padre Leandro Pinheiro, no Guamá. Coordenados pela O Clube de Ciências é um dos diversos proje-
professora Teresinha Valente (atual coordenadora do tos existentes dentro da UFPA que buscam de alguma
Centro de Ciências Biológicas), os alunos realizavam forma beneficiar uma parcela da comunidade através
atividades experimentais com as crianças dessa escola. do compartilhamento de todo o conhecimento cientí-
Jesus Brabo comanda o projeto há 10 anos
A partir disso, a professora Teresinha buscou uma fico que é produzido dentro da universidade.
forma de levar essa iniciativa para dentro da universida- O Clube procura aproximar os jovens da ciên-
Grande parte dos alimentos comercializados cantinas do Básico e do Profissional. Após o cadastro Medidas - Desde 2004 a pesquisa foi redirecionada
no campus do Guamá apresenta contaminação por foi elaborado um mapeamento de pontos de pesquisa. para a avaliação microbiológica de pratos prontos
bactérias e coliformes fecais. É o que constatou o Após o cadastro foi elaborado um mapeamento de à base de carne e de saladas comercializadas no
resultado recentemente divulgado por uma pesquisa pontos de pesquisa. Destes, foram selecionados 34 para Campus. Houve o cadastramento de 16 estabele-
desenvolvida desde 2003 por alunos especialistas coleta de salgados, totalizando 102 amostras, e 40 pon- cimentos, do Básico e do Profissional, incluindo o
da própria universidade. tos para coleta de sucos, somando 120 amostras. Restaurante Universitário. A vistoria apurou que quase
A avaliação das condições higiênico-sanitá- Após a análise microbiológica dos salgados, foi todos os pontos comerciais estavam abaixo de 70%
rias de sucos e salgados é uma das metas do Pro- detectado que 11,6% tinham quantidades de coliformes da adequação às boas práticas de fabricação.
grama Integrado de Apoio ao Ensino, Pesquisa e fecais – em avaliações a 45º C - acima dos padrões O resultado da análise realizada com os su-
Extensão da Universidade Federal do Pará (Proint). cos e salgados comercializados em alguns
legais permitidos para higiene e consumo. Entretanto,
A pesquisa é coordenada pela bióloga Consuelo estabelecimentos no Campus da UFPA foram re-
não foram detectadas as presenças de Estafilococos
Souza de Lima, professora da UFPA e coordena-
coagulase e de Salmonela nessas mesmas amostras. passados para os responsáveis pelos pontos comer-
dora do Curso de Engenharia de Alimentos.
Os sucos apresentaram resultados mais alarman- ciais, para que esses se certificassem das condições
Consuelo é responsável também pelo Laboratório
tes. A análise concluiu que 47,5% estavam impróprios higiênico-sanitárias de seus alimentos. A Prefeitu-
de Microbiologia do Departamento de Engenha-
para consumo. Destes, 5% apresentaram resultados ra do Campus também tomou posse das informa-
ria Química.
positivos para Salmonela, 2,5% para Salmonela e ções. Elas deverão servir de base para o programa
Para a realização da pesquisa foi feito o
cadastramento, com o apoio da Prefeitura do coliformes e 40% mostraram altos índices de de segurança alimentar que está sendo implantado
Campus, de 45 pontos comerciais, entre boxes e coliformes. pela unidade.
Hospitais universitários
podem virar fundações
público-privadas
por: Suanny Costa e Abílio Dantas
Os 45 hospitais
universitários ligados às instituições pú-
blicas de ensino, como parte do Sistema
Único de Saúde, também entrariam neste
esquema. A possível mudança foi deba-
tida no seminário “Hospitais Universi-
tários: Concepção, Papel e Missão”, re- Foto: divulga-
alizado em Brasília no mês de outubro. ção
Durante o encontro, o ministro
da Educação, Fernando Haddad, defen-
deu as fundações como importantes para
a reestruturação da relação dos hospi-
tais com as universidades. Para ele, a
maior adequação seria justamente no fi-
nanciamento.
José Gomes Temporão, minis-
tro da Saúde, também se diz a favor do
projeto, como declarou em entrevistas.
Temporão acredita que a transformação
de instituições públicas em fundações es-
tatais do direito privado é um “avanço
na gestão pública, que permitirá ao Es-
tado agir com mais eficiência e rapidez”.
Mas o coordenador-geral da
Federação dos Sindicatos de Trabalha-
dores das Universidade Brasileiras
Betina Ferro e Barros Barreto
anos de tradição
Foto: Abílio Dantas
Destinado ao ensino, assistência e pesquisa
como formação integral de graduação e pós-gradua-
ção de profissionais da área da saúde, o Hospital Uni-
versitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) foi funda-
do em 18 de outubro de 1993e é referência estadual
em Oftalmologia, Otorrinolaringologia – oferecendo
Residência nessas duas especialidades – e em Cresci-
mento e Desenvolvimento Infantil. Ainda na área de
assistência especializada, ambulatorial e hospitalar, o
Bettina pretende tornar-se o primeiro hospital especi-
alizado na área de cabeça e pescoço, inclusive com a
execução de cirurgias de fissura labiopalatal.
O hospital possui ainda serviços complementares que
são: Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Serviço Soci-
al, Farmácia Hospitalar, Fonoaudiologia, Fisioterapia
e Terapia Ocupacional.
O atendimento no Bettina chega aproximada-
mente a 51.230 por mês e sua inserção é 100% pelo
sistema único de saúde (SUS).
O HUBFS fica localizado no Campus IV da UFPA,
em Belém – Rua Augusto Corrêa nº 01, Bairro Guamá,
com aceso pela Avenida Perimetral, Bairro da Terra
Firme.
Operação
em Campus Sempre Limpo
ação Realização:
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C ons orinh is, de 12 a 19 de dezembro de 2007,
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obr órico d e s d /And bient rais Campus do Guamá.
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http: r mações: 7. Inscrição: Secretaria do Programa de Pós- Graduação em Mestrado em Matemática e
derca //www
an_ /infode .ufpa.br Estatística, 9h-14h/ 15h-18.
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aqu / Informações: Instituto de Ciências Exatas e Naturais da UFPA - Campus Guamá. Site: http://
ICS
A - 122007 e s / www.ufpa.br/ppgme.
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Novos rumos do estágio
por: Aílton Faro
Na era da empregabilidade em que carteira assinada tende a se tornar artigo escas- mitindo que adquiram experiência e espaço para criar e assumir riscos, com esta
so e o mercado exigindo profissionais cada vez mais qualificados. As Universida- atitude, o estagiário desenvolve as habilidades que o mercado procura. Mas qual as
des estão buscando adaptar-se às novas exigências do mercado de trabalho. Alte- habilidades que o mercado procura? A questão envolve uma série de variáveis, mas
rando seus currículos, programas e atividades para garantir a inserção profissional as empresas mostraram-se unânimes ao apontar duas características como essenci-
dos estudantes. O estágio tornou-se uma ferramenta fundamental para essa inser- ais. São elas a capacidade de atualização e a habilidade para trabalhar em equipe.
ção, uma forma de encurtar a distância entre a universidade e o mercado. Em Isso porque o mercado de trabalho brasileiro vem passando por grandes
estudos recentes a Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que muitas empresas transformações nas últimas décadas. Segundo especialistas, essas transformações
vêem investindo na contratação de estagiári- são decorrentes principalmente da orientação
os e que o departamento de recursos huma- do modelo de desenvolvimento adotado pelo
nos dessas empresas apontam o estágio como Brasil e da política de controle inflacionário.
a melhor forma de avaliar a qualidade da mão- Em outras palavras, a inserção da economia
de-obra que futuramente irá formar o seu brasileira no processo de globalização, geran-
quadro de profissionais. do alterações significativas sobre os fluxos de
O mesmo estudo mostrou que a comércio e de capitais, sobre a base
interação Universidade-Empresa no Brasil ain- tecnológica, gerencial e organizacional das
da é muito pequena comparada as economias empresas e sobre o mercado e as relações de
mais desenvolvidas como a União Européia, trabalho; ou seja, uma economia aberta e com-
Estado Unidos e Japão e emergentes como petitiva capaz de se modelar, de se adaptar ao
China, Rússia e Índia. Essa interação pode ser ritmo dos fluxos globais. Que exige dos no-
trabalhada de diversas maneiras e os resulta- vos profissionais a mesma capacidade de ino-
dos dessa ação constitui o desenvolvimento vação e que tenha criatividade e rápida toma-
sócio-politico e tecnológico. Além disso, a da de decisão. Essa realidade fez com que gran-
interação promove o crescimento cientifico- des empresas cedessem mais espaço para a atu-
educacional do país. No Brasil, grande parte ação dos seus estagiários.
das universidades apresentam atividades que Super estagiários
permitem a aproximação do setor produtivo A exemplo da Volkswagen, em São
com o acadêmico, porém o estágio predomina como a principal estratégia de interação. Bernardo do Campo-SP, que integrou a sua equipe de engenheiros 64 estagiários, os
A pesquisa apontou que no primeiro semestre de 2007 houve um cresci- quais são testados em diferentes setores da empresa, trabalhando até no planejamen-
mento de 20% na oferta de vagas para estágio incentivado também por ações go- to e fabricação de projetos como o do Polo um dos principais modelos da fábrica no
vernamentais. Porém, tem se revelado uma realidade problemática, a qual muitas Brasil. O resultado foi significativo e a multinacional garante dar continuidade no
empresas se valem da lei que regulamenta a atividade do estágio para explorar os programa. Outras empresas tomaram outra postura, também pertinente a essa reali-
estudantes utilizando-os como mão-de-obra barata. A lei 6494/ 77 prevê que o dade. Elas passaram a contratar profissionais recém-formados somente após verifica-
estágio não cria vínculo empregatício. Isso significa que a unidade concedente não rem a qualidade de seus estágios. Uma das questões mais problemáticas que a huma-
tem encargos trabalhistas, ou seja, o estagiário não possui direito a férias remunera- nidade vem enfrentado é a do desemprego em massa, provocado - de um lado- pela
das, 13º salário, aviso prévio e fundo de garantia. Alem disso, não é raro que os recessão da economia mundial e - de outro- pela entrada de novas tecnologias no
jovens sejam obrigados a executar atividades que não competem à sua condição de processo produtivo. E retornando ao que foi dito no início dessa matéria, as Univer-
estudante e estagiário. sidades se vêem obrigadas a se adaptarem a novas demandas do mercado para solu-
Uma boa fuga dessa realidade são as empresas juniores, onde diferente- cionar a crise estrutural pela qual o emprego vem pas-sando. Isso ocorre em certo
mente das outras empresas, os estudantes podem participar de todos os procedi- tom desesperador e a uma certa crise existencial. Servir à sociedade ou ao mercado
mentos que compõem o processo de gerenciamento e de tomada de decisão, per- em certa relação à Deus e ao diabo. Aos dois parece ser o maisapropriado.
O ministro da saúde José Luis temporão encaminhou uma pro-posta de lei, Essa proposta de lei é mais uma atitude emergencial e de tapa buraco, pois
ao senado, que garante o direito de abortar a qualquer mulher, independentemente se aprovada daqui há alguns anos vão querer dizer que o número de adolescentes
do motivo que a levará a tal ato criminoso. que já são mãe diminuiu. Mas é lógico estão matando as crianças antes delas nasce-
RA No Brasil o aborto é permitido e é direito de toda mulher, quando, sua rem e entrarem paras as pesquisas. Estão querendo é tapar o sol com peneira.
vida está em risco ou em caso de gravidez originada por estupro. Muitas pessoas vão dizer que tais medidas citadas acima para evitar uma gravidez
Porem o nosso ministro da saúde não acha essas aberturas suficientes e quer tornar indesejada não vão dar certo, pois o sistema único de saúde(SUS) é muito precário
o aborto legal em qualquer situação. A gestante vai poder fazer como fazem os e a população não vai ter conhecimento de tais possibilidades.Mas se pensarmos
jovens com o vídeo game, enjoou desliga. bem, se o SUS não tem dinheiro para remédios, camisinhas e campanhas de pre-
O que querem fazer com a legalização do aborto é combater as maselas sociais. venção a gravidez,vai ter para fazer abortos. E a mãe que vai abortar, que dizem ter
O número de mulheres que engravidam e que não podem criar seus engravidado por falta de conhecimento, será que ela sabe os ricos de se fazer um
filhos é muito grande porem não é matando a criança aborto, por mais seguro que ele seja? Ao praticar o aborto a mulher pode perder o
E XTRA que evitaremos que ela morra de fome. útero, desenvolver infecções sem contar nos possíveis danos psicológicos, como
Ao invés de se investir em campanhas de por exemplo a depressão.
conscientização, distribuição de métodos contra Praticar o aborto é crime e legalizá-lo é agir contra o direito a vida. Temos que
aceptivos e na criação de entidades de apoio as mães após a gravidez, educar a nossa população e não agirmos como açougueiros. Chega de medidas
não nós vamos é matar a criança que não tem culpa nenhuma da realidade emergências e irracionais vamos agir pensando no futuro. Não podemos permitir
em que vai nascer que legalizem o aborto, pois se permitimos isso, legalizaremos um crime.
Conheça o Museu da UFPA
por: José Fontelles
Uma das mais antigas e maiores universidades odo do século 19 e são oriundas de estabelecimentos de 9 às 17 horas e aos sábados de 9 às 13 horas. A
do Brasil, a UFPA, é dona de um imenso e valoroso como Fidanza, Oliveira e Contente, além de casas es- entrada é gratuita.
acervo histórico. Para abrigar tal riqueza, a universida- trangeiras. A exposição visa atrair a atenção do público Além disso, o Museu da UFPa, através da
de comprou em 1962 a residência de Augusto para uma coleção inédita de originais fotográficos. O pe- sua Biblioteca está desenvolvendo o Projeto “Re-
Montenegro, governador do estado do Pará de 1904 à ríodo de visitação vai até 9 de dezembro, as terça-feira cuperação e Difusão do Acervo Musical da Cole-
1908. O prédio conhecido como Palacete Montenegro ção Vicente Salles”. Este projeto,
e que a quase meio século funciona como museu da aprovado na Lei Rouanet, conta com
UFPA, está localizado na avenida Governador José patrocínio da PETROBRAS. O Pro-
Malcher no bairro de Nazaré. jeto é coordenado pelo musicólogo
O museu da UFPA é um dos poucos prédios Jonas Arraes. A equipe de trabalho do
com autor conhecido, o italiano Filinto Santoro. Para a projeto é formada por profissionais das
sua construção foram utilizados materias, em sua mai- áreas de biblioteconomia e música.
oria, italianos. O projeto encerrou sua primeira fase
Devido a particularidade de tais materias, a sua priorizando a catalogação, higie-
restauração se torna muito cara, lenta e cautelosa para nização, digitalização e edição das
que não ocorra nenhuma perda histórica nas estrutu- mais de 1000 partituras manuscritas
ras e no acervo do museu. do acervo. O acervo de música da
Por essas dificuldades na sua restauração, hoje, o pré- Coleção Vicente Salles conta ainda
dio se encontra em lastimável estado de conservação, com discos vinis, inclusive vários de
com inúmeras mutilações em suas feições originais o 78 rpm, fitas de áudio e partituras edi-
que impede, também, a plena realização das atividades tadas no Pará na segunda metade do
do museu.Como: ações educativas, exposições, espe- Séc. XIX e início do Séc. XX.
táculos e oficinas. A biblioteca do Museu da
IHGP – Memória Fotográfica é uma das expo- UFPA pode ser chamada de coração
sições em execução no museu. Ela apresenta 30 repro- do prédio. Com um acervo de cole-
duções de fotografias originais pertencentes ao acervo ções de livros, periódicos, partituras,
do IHGP. As imagens foram impressas digitalmente recortes de jornais e materiais especi-
sobre papel, respeitando a grosso modo o formato e o ais, como discos, fitas, fotografias, em
aspecto dos originais. A seleção inclui retratos no for- grande parte produzidos ou versando
mato “carte de visite”, vistas de logradouros (como a sobre a Amazônia. Em breve o museu
Basílica em construção) e eventos, como a comemora- terá uma exposição, apenas, de artistas
ção do 15 de novembro em 1920, organizada pelo paraenses.
IHGP. As fotografias selecionadas privilegiam o perí- Colheita de castanha (de Augusto Morbach - Museu UFPA)
Rock na UFPA?
Evento promove mostras de banda de rock
por: Raphael Freire
Nos dias 13 e 14 de dezembro, a partir das Punk Rock, Hardcore, New Metal, Thrash Metal, Rock’n Básico e no E do Campus Profissional - foram
18h, será realizado no Espaço Cultural Vadião, na roll, Grunje e todas as outras. prorrogadas até o dia 30 de novembro.
Universidade Federal do Pará (UFPA), o Para mostrarem os seus tra- Segundo Patrick Pimenta, diretor do CAL e
Rock’in’Rio Guamá. O evento será uma balhos musicais em dezembro, colaborador do DCE, haverá outras versões do
mostra de bandas universitárias de rock e no mínimo 25% de cada banda Rock’in’rio Guamá. “Essa é só uma amostra das
é promovido pelo Diretório Central dos deve ser compostas por univer- bandas tanto autorais quanto covers. Ano que vem
Estudantes da UFPA (DCE). sitários de qualquer instituição nós já estamos pensando em fazer uma organiza-
A idéia surgiu a partir de um even- de ensino superior. ção, para que haja premiação, num festival de rock”.
to também chamado de Rock’in’rio As bandas autorais têm de apre- A coordenação Cultural do DCE também
Guamá, que foi realizado na própria uni- sentar um material em áudio ou está programando outros eventos para 2008. A
versidade nos anos 80. Os coordenado- em vídeo para serem avaliadas. intenção é fixar um calendário onde, além do
res de cultura do DCE resolveram resga- O DCE, com o apoio do Cen- tradicional forró, ao menos uma vez por mês, sejam
tar a memória desse evento e com isso fa- tro Acadêmico de Letras (CAL) apresentadas mostras de MPB e carimbó, saraus e
zer a segunda edição, décadas mais tarde. e do Centro Acadêmico de Pe- exposições fotográficas,
O Rock’in’Rio Guamá é um even- dagogia (CAPE), já recebeu todas realizadas por
to sem fins lucrativos, com o objetivo da promoção e mais de 30 inscrições de bandas autorais e covers. A or- alunos da UFPA.
da divulgação das bandas universitárias que tocam Rock
- e com liberdade de tendências, tais como Heavy Metal,
ganização espera receber ainda mais material, pois as ins-
crições – que estão sendo feitas no pavilhão G do Campus C ULTURA
O cartoon é
um desenho
de caráter
humorístico.
Não apresenta
necessariamente
algum tipo de
crítica. Pode
ser feito com o
propósito do
“riso pelo riso”,
chamado também
“humor non sense”.
Jornalista do traço
João Bosco Jacó de Azevedo, 46, trabalha há 22 anos na imprensa paraense.
O jornalista diz que seu talento com o traço foi herdado do avô. Porém, o
cartunista também afirma que, além de talento, é necessária informação para se
produzir.” Não existe inspiração para fazer uma charge”, afirma Bosco.
A carreira do caricaturista começou no jornal “A Província do Pará”, em 1983.
Há 19 atua apenas como chargista e diagramador do jornal “O Liberal”. Ao
longo da sua vida como ilustrador e jornalista, publicou dois livros: um de
cartoon, intitulado “Qual é graça?”, e outro de charges sobre o governo Itamar,
“A insuportável lerdeza do ser”.
Seus trabalhos já foram vistos em diversas revistas de todo o País, entre elas Veja e
Imprensa. Caricaturista renomado, sempre participa de salões de humor e já ganhou oito
prêmios nacionais e internacionais em festivais famosos como o Ranan Lurie e o V Salão
Internacional de Humor de Pernambuco.
Caricatura é o desenho
de um pesonagem da
vida real, como políticos
e artistas. O traço
enfatiza as
caricterísticas mais
marcantes da pessoa
retratada.
1. Que resultados o sistema de cotas em universidades pode dar para 7. Esse mecanismo de auto–indicação não seria problemático?
a inclusão social no Pará? Z.A.- Não sei. A universidade verá isso no processo. Não parto do princípio
de que toda a população brasileira é dada à fraude ou é dada à corrupção.
Z.A.- Aumentar a presença de negros em todos os cursos. Esse é o resulta- Muito pelo contrário, acho que as pessoas são de boa fé.
do que esperamos. O beneficio maior é para a própria universidade que
assim poderá descobrir novas linhas de pesquisa. 8. Como e quem fará a classificação da pessoa negra?
Z.A.- Na verdade a universidade está trabalhando com a auto-indicação. Eu
2. Vocês acreditam que a exclusão racial tem cor? digo que sou negra e ninguém discute isso.
Z.A.- Não sou eu quem diz isso. É o IPEA. Segundo seus dados, existem
22 milhões de pobres no Brasil. Desses, 60% são negros. 9. Estudantes paraenses de ensino privado foram os únicos a pro-
testar contra a implantação de cotas raciais. Isso não gera uma
preocupação sobre um possível agravamento do preconceito no
Estado?
Z.A.- Eles não estão protestando contra a cota racial. Eles estão protestan-
do porque entendem que estão diminuindo as possibilidades de se entrar na
3. Já que a maioria negra do País é de baixa renda, porque as cotas universidade. Porque das vagas da UFPA, 2 mil, em tese, já estão reservadas
não são direcionadas apenas pó esse critério? Eles não continua- para os estudantes de escolas públicas.
riam sendo assistidos pelas cotas?
Z.A.- Nós não estamos discutindo aí a pobreza. A pobreza é um dado 10. Pelo fato de passarem por instituições precárias, existe a
que tem que ser enfrentado. Para a universidade enfrentá-la, tem que possibilidade desses alunos terem o desempenho
pensar em outros mecanismos. O que estamos discutindo não é a po- prejudicado na universidade? Eles podem ser marginalizados
breza, e sim a exclusão racial. E esta para nós não se mistura com a nas salas de aula?
exclusão social. Elas são duas coisas separadas. Z.A.- Diziam que os estudantes de cotas iam baixar a qualidade do ensino,
que eles não iam ter um bom desempenho. Pelo contrário, na maioria das
4. Qual a justificativa de se implantar o sistema de cotas para negros? vezes esses alunos possuem um desempenho melhor do que aqueles que
Z.A.- Segundo dados do IBGE e do IPEA sobre a população universitária não entraram por cota.
brasileira, 2% dessa é negra. Isso configura uma situação grave. Se a popu-
lação é, praticamente, 47% preta e parda na Constituição, seria muita 11. O sistema de cotas deve ser acompanhado por programas de
disparidade só termos 2% nas universidades. cunho assistencialista como o Bolsa Alimentação, Bolsa Tra-
balho e outros?
5. Qual a justificativa de se implantar o sistema de cotas para negros? Z.A.- A universidade tem ou já deveria ter, inde-
Z.A.- Segundo dados do IBGE e do IPEA sobre a população universitária pendentemente, do sistema de cotas. Ela já de-
brasileira, 2% dessa é negra. Isso configura uma situação grave. Se a popu-
lação é, praticamente, 47% preta e parda na Constituição, seria muita
disparidade só termos 2% nas universidades.
veria ter o que podemos chamar de assistência
estudantil. Assim como uma série de políticas
para dar conta de pessoas de baixa renda.
E NTREVISTA