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Resumo
A elaboração deste texto se dá a partir da minha experiência na Universidade Federal
de Santa Maria e do trabalho que venho desenvolvendo com formação de professores
na área de Artes Visuais. Intenciono discutir a formação inicial em Artes Visuais a
partir de cinco proposições oriundas do campo da cultura: idéia de rede; conteúdos
culturais subjetivados; leitura para a transformação; prática educativa coletiva e
ambiência. Os principais autores que referendam as análises aqui apresentadas são:
Gimeno Sacristán (2007), Hernández (2005), Mirzoeff (2003), Porlán & Martín (1997),
Guasch (2005) e Freedman (2006).
Palavras-chave: formação inicial; artes visuais; cultura.
Abstract
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isso seria um retrocesso. Porém, é certo que devemos repensar ‘a forma’ como
estamos formando os professores de Artes Visuais. Buscar um diálogo entre a
universidade e a escola, seria um bom começo. E como se faz isso? Na
caminhada que tenho feito durante as assistências das aulas dos meus alunos
estagiários nas escolas conveniadas de Santa Maria/RS e na discussão dos
planejamentos coletivos realizados em sala de aula universitária, percebo que
nossas propostas vêm sendo bem recebidas ao longo desses seis anos que
trabalho com formação inicial.
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Kerry Freedman neste livro – Ensinar a Cultura Visual - disserta sobre o que se
ensina como Cultura Visual e sobre o que se deveria ensinar em uma
democracia contemporânea e como parte de uma cultura global. Segundo a
autora, teorizar sobre a arte em educação é difícil porque implica duas formas
de prática que, frequentemente, estão em conflito: a educação, que busca
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Acredito num curso de formação inicial que entenda a cultura como instrumento
de criação das capacidades de compreensão, de expressão, de sentir, de
construir com critérios de autonomia, liberdade, racionalidade e respeito pelos
demais.
Conteúdos culturais subjetivados não significam dizer o que o autor disse, mas,
ampliar este campo de visão, o que eu digo do que o autor disse? Qual é a
minha opinião sobre isso? Auferir significado ao conteúdo trabalhado, ampliar o
campo de visão, dialogar com o autor - processo de subjetivação. Como este
conteúdo me afeta? O que ele me diz? Como me toca?
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Destarte, a Cultura Visual pode ser pensada nos cursos de formação inicial em
Artes Visuais como um conteúdo cultural subjetivado por apresentar-se como
um campo interdisciplinar, ou seja, um lugar de convergência e turbulência,
com zonas de conflito, tensão e com momentos de rupturas, mas também de
diálogos.
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A leitura pode servir para quatro finalidades: para doutrinar; para informar; para
distrair e para formar. Este último fim, leitura para formar, é o que nos interessa
enquanto academia, porém, o mesmo só acontece quando rechaçamos,
discordamos, discutimos, confrontamos e construímos, ou seja, transformamos
o que lemos.
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A leitura do diário no grupo passa a ser um objeto de estudo em que seu texto
continua sempre em aberto. Configura-se em penetrar nas análises das causas
e conseqüências, torna-se objeto de pesquisa. Pesquisar significa construir
novas interpretações. Aponta hipóteses e faz perceber os acontecimentos que
se desenrolam durante as experiências no ambiente da escola.
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Rememorei este poema – Aula de vôo, justamente para abordar o casulo. Para
voar é necessário mais que asas, é necessário o casulo. O casulo pode ser a
experiência da qual nos fala Larrosa (2002). Pensar a educação a partir do par
experiência/sentido.
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Referências
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Currículo resumido
Professora do Programa de Pós Graduação em Educação, PPGE/CE/UFSM.
Doutora em História da Arte e Mestre em Antropologia Social, ambos pela
Universidad de Barcelona, Espanha. Coordenadora do GEPAEC – Grupo de
Estudos e Pesquisas em Arte, Educação e Cultura, diretório CNPq.
Representante da ANPAP no RS. marildaoliveira27@gmail.com
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