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4 ! CONCLUSO
Em concluso, quando no se pode exigir do Estado uma atuao
especca, tendo este, entretanto, um dever genrico de agir, e o servi-
o no funciona, funciona mal ou funciona tardiamente, haver omisso
genrica, pela qual responde a Administrao subjevamente com base
na culpa annima; quando o Estado tem dever especco de agir e a sua
omisso cria a situao propcia para a ocorrncia do evento danoso, em
situao que nha o dever de agir para impedi-lo, haver omisso espec-
ca e o Estado responde objevamente.
O corolrio dessa doutrina o acrdo do Supremo Tribunal Fede-
ral, verdadeiro leading case no tema, em que se decidiu que o Municpio
do Rio de Janeiro omiu-se especicamente no seu dever de garanr a
incolumidade "sica de alunos de sua rede pblica de ensino, a parr de
quando os mesmos ingressam no recinto escolar. Na ocasio, condenou a
municipalidade a ressarcir danos decorrentes de ferimento que cegou um
aluno, provocado por seu colega, durante o horrio escolar e dentro do
estabelecimento de ensino pblico.
Vale, pela importncia, reproduzir algumas passagens do voto do
eminente relator, o Ministro Celso de Mello: As circunstncias do pre-
sente caso apoiadas em pressupostos fcos soberanamente reconhe-
cidos pelo Tribunal a quo evidenciam que o nexo de causalidade mate-
rial restou plenamente congurado em face do comportamento omissivo
em que incidiu o agente do Poder Pblico (funcionrio escolar), que se
absteve de adotar as providncias reparatrias que a situao estava a
exigir. Na realidade consta dos autos que, por incompreensvel omisso
administrava, no s deixou de ser solicitado e prestado imediato