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Eles não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos
construídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas mais
suaves - principalmente onde houvessem antigos carvalhos - os locais de suas
cerimônias. Os Druidas eram parte da antiga civilização Celta, povo que se
espalhava da Irlanda até vastas áreas no norte da europa ocidental, incluindo a
Bretanha Maior e Menor (Inglaterra e norte da França) e parte do extremo norte da
península ibérica (Portugal e Espanha). Dominavam muito bem todas as áreas do
conhecimento humano, cultivavam a música, a poesia, tinham notáveis
conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e
possuiam um avançado sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatônicos.
A mulher tinha um papel preponderante na cultura druídica, pois era vista como a
imagem da Deusa, detentora do poder de unir o céu (o Deus, o eterno aspecto
masculino) à terra (a Deusa, o eterno aspecto feminino). Assim, o mais alto posto
na hierarquia sacerdotal druídica era exclusividade das mulheres. O mais alto
posto masculino seria o de conselheiro e "mensageiro" dos deuses, e, entre outas
denominações, recebiam o nome de Merlin.
Das poucas coisas que sabemos sobre eles, temos a certeza de que os
Druidas acreditavam na Imortalidade da Alma, que buscaria seu aperfeiçoamente
através das vidas sucessivas (reencarnação). Eles acreditavam que o homem era
o responsável pelo seu destino de acordo com os atos que livremente praticasse.
Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo
as obras praticadas. Quanto mais cedo o homem despertasse para a
resposabilidade que tinha nas mãos por seu próprio destino, melhor. Ele teria
ainda a ajuda dos espíritos protetores e sua liberação dos ciclos reencarnatórios
seria mais rápida. Ele também teria a magna responsabilidade de passar seus
conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a
entender essa lei, conhecida hoje por lei do carma (que é uma denominação
hindu, não druídica).
Bibliografia Sugerida:
No início dos tempos, religião e vida se confundiam. A lei era, simplesmente, a vontade
dos Deuses e os princípios morais eram determinados por tabus religiosos. Nos festivais e
rituais, o homem primitivo se expressava por invocações melodiosas e meneios de corpo,
que as acompanhavam. Daí surgiram a música, a dança e o teatro. A Religião é a Mãe de
todas as Ciências e Artes.
Acima de tudo, estava a Grande Mãe, a Deusa da Fertilidade, regida pela Lua e suas fases,
que simbolizavam os períodos de semeadura e de colheita, além dos ritos sexuais, que
asseguravam sobrevivência e continuidade à tribo.
AS 4 RAMIFICAÇÕES DO DRUIDISMO
Tem sua origem na Era Paleolítica (500.000 a.C.), tendo segmento com as culturas Celtas,
na Bretanha, Irlanda, Escócia e França. É Matriarcado pela ênfase na mulher; é hereditário
porque o fator de substituição é o consangüíneo e é tradicional porque segue a Tradição da
Lua (mulheres) e a do Sol (homens). Indica-se desta época a construção de Stonehedge, na
atual Inglaterra.
Teve sua origem, quando um grupo de Celtas emigrou da Bretanha (3.000 a 2.500 a.C.)
para o Egito. Ocorreu a fusão com a metafísica de Alexandria, criando uma escola
iniciática, da qual participaram grandes filósofos como Platão, Aristóteles e Pitágoras.
Elas representavam o sagrado. O corpo da mãe, era visto como única fonte de vida, sem
conhecimento do papel do homem na concepção. Esse papel só foi entendido 3.000 antes
da Era Cristã. Os ciclos menstruais da mulher, coincidiam com os ciclos lunares, e a vida
se dava após um período de 9 luas. Aos homens, parecia que a mulher tinha o poder de
produzir a vida, por conta própria ou por obra divina. O poder Divino era feminino.
A Grande Deusa Mãe e suas sacerdotisas eram exemplos vivos da integração de corpo,
mente e espírito. Todos os antigos mitos da criação em todo o mundo descrevem a maneira
do nascimento original da Terra, do céu, das plantas, dos animais e do primeiro casal
humano, a partir da Deusa Mãe. Na Índia, Kujum-Chantu; na Venezuela, Kuma; e na
Grécia, Gaia; deusas primordiais criaram o mundo a partir de várias partes de seu corpo.
A Lua é a grande trindade feminina de Donzela, Mãe e Anciã. Os rituais Druídicos são
sempre realizados em conjunção com as fases da Lua, e as Druidesas (sacerdotisas) alinham
seu trabalho mágico, com seus ciclos menstruais. A Senhora do Destino é consagrada ao
dia 6 de janeiro.
Sua substituta era e ainda o é, hoje em dia, de linhagem hereditária, com poderes inatos e
inquestionáveis.
Praticam muitas das mesmas artes outrora sagradas: cozinham, costuram, preparam
poções, manipulam ervas, fazem fogueiras, coletam pedras curativas, erguem altares, lêem
presságios, realizam rituais, recitam orações e cantam hinos.
Continuam a usar os nomes mágicos em seus rituais. A arte continua fornecendo imagens
que trazem ao espírito, as poderosas energias, humanas e divinas, que produzem a vida.
As Druidesas e os Druidas (sacerdotes homens) veneram a Criação e respeitam o planeta,
na figura da Mãe Terra. Acreditam nos processos biológicos e espirituais, e nas forças
divinas do Criador. Acreditam, também, que as coisas nascem, crescem, morrem e
renascem em outros corpos. Tomam parte ativa na Roda do Ano e no curso das estações.