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AS GRANDES RELIGIÕES DO MUNDO

 
O cristianismo continua a reunir a maioria dos fiéis de todo o mundo, constituindo cerca de um
terço da humanidade. Os restantes 67% dividem-se entre religiões não cristãs, dentre as quais
as mais importantes são o islamismo, o budismo e o hinduísmo. Mais de 28% dos cristãos
concentram-se na Europa, enquanto outros 24% estão na América Latina. Só o número de
Católicos ultrapassa, em 1999, a marca de 1 bilhão de adeptos, ficando em 17,5% da
população do planeta, segundo a Enciclopédia Britânica. No decorrer da década de 90, os
protestantes aumentam o número de adeptos em 120%. O islamismo avança nos países onde
essa religião já é predominante: o crescimento é de 157% nos anos 90. As religiões orientais,
como o budismo, o zen-budismo e o hinduísmo, no ocidente, passam, no final do século XX,
por um período de crescimento.
(almanaque abril 2001 - religião - página 60)
  
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A Igreja Católica Apostólica Romana
 
Igreja cristã que tem o Papa como autoridade espiritual. 
 
Até a reforma, no século 16, era a única igreja da cristandade ocidental. A Igreja Católica
Romana tem uma hierarquia elaboradamente organizada e centralizadas de bispos e padres
(todos celibatários). A autoridade do papa está baseada na doutrina da ‘sucessão petrina’, ou
seja, os papas são considerados os herdeiros espirituais do poder conferido a São Pedro por
Jesus. 
 
A Igreja Católica Romana é caracterizada pela autoridade suprema do papa, conforme
expresso na doutrina da infalibilidade papal, promulgada em 1870; mesmos as decisões
normativas, que não são consideradas tecnicamente infalíveis, gozam de grande autoridade. A
diferença entre o protestantismo e a Igreja Católica Romana está principalmente na importância
que esta confere à tradição, ao lado da bíblia. A importância dos sete sacramentos e a
celebração litúrgica desenvolveram-se como parte das tradições da Igreja. A maioria dos fiéis
segue o rito romano, mas há cinco outras tradições de rito oriental, que também aceitam a
autoridade do papa: a bizantina, a de antióquia, a alexandrina, a caldaica e a armênia,
abrangendo várias igrejas distintas. 
 
Outro aspecto da tradição católica é a veneração à Virgem Maria. A Igreja mantém sua
oposição ao divórcio, mas vem reconhecendo a necessidade de renovação e reforma; a
liturgia, conduzida universalmente em latim, é hoje realizada na língua vernácula falada pelo
povo em cada país.
 
As ordens monásticas mantêm sua importância, mas outros movimentos laicos, como as
‘comunidades eclesiais de base’ latino-americanas, vêm ultimamente ganhando projeção e
reconhecimento.
 
A Igreja participa do movimento ecumênico, enviando observadores ao Conselho Mundial de
Igrejas. Mais recentemente, ela vem assumindo papel ativo nos acontecimentos internacionais,
mantendo sua oposição a sistemas econômicos, políticos e ideológicos de tendência anti-
religiosa e desenvolvendo movimentos que respondam mais diretamente a problemas de
pobreza e opressão política, como é o caso da Teologia da Libertação, na América Latina.
  
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Budismo
 
Uma das grandes religiões mundiais, com cerca de 300 milhões de adeptos (não é possível
fazer estimativas muito precisas, uma vez que a adesão ao budismo não exclui a preservação,
pela pessoa, de outras crenças religiosas). O budismo inicialmente se desenvolveu a partir do
hinduísmo, através dos ensinamentos de Sidarta Gautama ( o Buda) e seus discípulos
(sangha), por volta do século 5 a. C., no norte da Índia. Graças a Líderes como Asoka (273-232
a.C.), que se converteu ao budismo e incentivou, assim, sua difusão, a nova religião
proporcionou uma estrutura política estável em toda Índia. Gradualmente, o budismo se
disseminou através da Ásia Central até a China, Coréia e Japão, enquanto perdia popularidade
na Índia, onde o hinduísmo voltou a predominar. Devido à sua diversidade lingüística e
amplitude geográfica, os ensinamentos, escrituras e observâncias budistas são complexos e
muito variados; algumas doutrinas principais, no entanto, são mais bem guardadas. 
 
O budismo não reconhece nenhum Deus Criador, detentor de todo conhecimento e poder; em
vez disso, formula a Lei da Originação Dependente, segundo a qual todos os fenômenos estão
ligados entre si numa infindável cadeia de interdependência. O budismo ensina que o
sofrimento do mundo é causado pelo desejo, e este, por sua vez, é determinado pela
ignorância; mas seguindo o caminho do Buda, e quebrando o elo que o desejo representa
nessa cadeia, pode-se alcançar a libertação do ciclo eterno de morte e renascimento
(samsara). 
 
Três grandes correntes podem ser apontadas no budismo: A escola Theravada, a mais
conservadora. As escrituras theravada, ou Tripitaka, resumem os ensinamentos básicos do
Buda: as Quatro Nobres Verdades e a Senda Óctupla. Embora esses ensinamentos sejam
comuns a todo o budismo, a perspectiva analítica e monástica do theravada é menos difundida
do que os princípios desenvolvidos pela escola maaiana. Esta é atualmente a maior corrente
budista.
 

Xintoísmo
 
Religião japonesa que data do tempos pré-históricos, cuja base é o culto ao Kami, poderes
sagrados associados a elementos ou fenômenos da natureza, como montanhas e rios. 
 
Sua prática é tolerante e flexível, enfatizando a dignidade e pureza de comportamento e os
rituais diários, em detrimento das doutrinas, que possuem importância secundária. Não existe
nenhuma escritura oficial xintoísta, mas diversos mitos e histórias sobre a criação e os deuses
estão reunidos no Kojiki (‘Registro de Coisas Antigas’) e no Nihonji (Crônicas do Japão’) que
são compilações do século 8, baseadas na tradição oral. Durante o século 5 d.C., a
disseminação do confucionismo incorporou o culto ancestral ao xintoísmo. No século 6, as
crenças budistas foram assimiladas à velha religião e alguns Kimi começaram a ser
considerados encarnações dos budas. Nas casas os Kami são obrigados em um kamidana, ou
‘estante de deuses’, e o culto individual envolve rituais de purificação e preces diárias a eles. 
 
O xintoísmo é visto como a religião da vida, enquanto o budismo é visto como a religião da
morte; os casamentos são portanto celebrados de acordo com a tradição xintoísta, enquanto os
ritos funerários são em geral de tradição budista. As peregrinações aos templos e santuários,
como aqueles que se encontram em montanhas, são bastante difundidas, especialmente
durante as festividades do ano novo, da primavera e do outono. Os cultos dos festivais incluem
a recitação de preces, a execução de música cerimonial e a oferenda de alimentos. Práticas
diversas caracterizam as chamadas seitas xintoístas, que se constituem de novos movimentos
religiosos baseados no xintoísmo tradicional.
  
 
Judaísmo
 
Religião do povo judeu e, mais amplamente, o conjunto da cultura judaica em seus vários
aspectos. Quanto ao aspecto estritamente religioso, o elemento central do judaísmo é o
monoteísmo, sintetizado na oração que diz: “Ouve, Israel: o Senhor é o nosso Deus, o Senhor
é um.” O deus a que se refere as escrituras judaicas (o Antigo Testamento da Bíblia) é tido
como o criador do mundo e de tudo que há nele, e estabeleceu uma aliança com o patriarca
Abraão, da qual o povo judeu seria o herdeiro e mantenedor. 
 
A religião judaica, ao longo de sua história, também desenvolveu crenças milenaristas na vinda
de um salvador ou messias (do hebraico meshiah, ‘ungido’), que inauguraria um novo tempo de
paz e justiça, e reuniria novamente na terra de Israel (simbolizada por Sion, em Jerusalém) o
povo judeu, disperso pelo mundo. A prática religiosa judaica está baseada na observância dos
preceitos da Torá, que cobrem todos os aspectos da vida espiritual, moral e religiosa, e estão
sintetizados nos Dez Mandamentos, transmitidos por Deus diretamente ao líder Moisés,
segundo o relato bíblico. A tradição rabínica de compilação, estudo e interpretação da tradição
oral que se desenvolveu em torno do cânone do Antigo Testamento remonta aos últimos
séculos antes da era cristã. 
 
As obras centrais dessa tradição, a Mishná e o Talmund, são a codificação do legado de muitas
gerações de comentadores e estudiosos, e contém escritos de natureza ética, jurídica, ritual,
doutrinária, científica, pedagógica e histórica. O culto judaico está centrado nos serviços
realizados nas sinagogas das comunidades e congregações, das quais a autoridade religiosa é
o rabino. Mas muitos dos elementos específicos importantes da observância religiosa estão
centrados na vida doméstica, como o descanso semanal do shabath e os preceitos relativo à
dieta alimentar.
 
 
Hinduísmo
 
Com uma tradição milenar, o Hinduísmo é uma das mais antigas religiões de todas as religiões.
Os hindus mantém muitas crenças distintas, mas todas são baseadas na idéia de que nossa
vida na terra é parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos. Toda pessoa
renasce - ou reencarna - cada vez que morre. Contudo, se levar uma vida voltada para o bem,
uma pessoa pode por fim conseguir libertar-se desse ciclo.
 
Hoje há mais de 745 milhões de hindus no mundo, a maioria dos quais vive no subcontinente
indiano - número que ainda está aumentando, principalmente devido ao constante crescimento
da população da Índia. Muitos hindus são vegetarianos, por causa de sua crença na
reencarnação e da convicção de que todos os seres vivos são parte do mesmo espírito. Eles
acreditam que animais e seres humanos devem ser tratados com igual respeito e reverência.
Levar uma vida pacífica, estudar os textos antigos do hinduísmo, rezar e meditar são os meios
utilizados pelos hindus para atingir seu objetivo, que é finalmente poder se identificar com
Brahman ou Deus.
Há centenas de deuses e deusas hindus, porém dois deuses - Vishnu, o Protetor, e Shiva, o
Destruidor - destacam-se como os mais populares, e há muitos templos dedicados só a eles.
Além disso, muitos hindus têm um santuário em sua casa, onde podem executar atos diários
de culto ao deus de sua escolha. Esses rituais de orações em casa, junto com um rico e
variado calendário de festivais, formam o núcleo do culto para muitos hindus.
 
Igrejas Cristãs Protestantes
 
Luterana, Igreja
Igreja muito difundida na Alemanha, Escandinávia e EUA. Também presente no Canadá e
Austrália. A doutrina luterana tradicional está diretamente ligada aos ensinamentos e à obra de
Martinho Lutero, para quem a fé em Jesus Cristo é necessária para a salvação. Muitas Igrejas
Luteranas tem estatuto de Igreja Oficial, com o chefe de Estado sendo também o chefe
hierárquico da Igreja do pais. De modo geral, os serviços religiosos luteranos se caracterizam
pela importância do sermão perante a congregação e pela pouca ênfase (se comparados aos
cultos católicos romanos e oriental ortodoxo) na celebração da Eucaristia.
  
 
Mormons
Membros de uma seita cristã fundada nos EUA, em 1830, por Joseph Smith. Segundo a
tradição, Smith teria encontrado e traduzido milagrosamente um registro inspirado por Deus da
história e da religião dos primórdios da América, o Livro dos Mórmons, que juntamente com
escritos do próprio Smith e com a Bíblia forma as escrituras mórmons. Os seguidores sofreram
perseguições ao tentarem se estabelecer nos Estados norte-americanos de Ohio e Missouri, e
Smith foi assassinado em 1844. Em 1850, o congresso garantiu aos mórmons o estado de
Utah, com Brigham Young, sucessor de Smith, como governador. Hostilidades crescentes
contra a florescente comunidade agrícola mórmon e contra seu preceito de poligamia
culminaram com a ‘Guerra de Utah’ (1857-8). Em 1890, a poligamia foi abolida, e o Estado de
Utah foi admitido na União em 1896. Possuem um presidente e conselheiros; reúnem
atualmente perto de 3 milhões de adeptos.
 
Batistas
As Igrejas Batistas emergiram na Europa no século 17. Com ênfase no trabalho missionário,
elas se espalharam pelo mundo todo, especialmente nos EUA. Só são batizados crentes
adultos que façam uma confissão de fé pessoal. Os batistas enfatizam a independência em
relação a Igreja local, e seu culto gira em torno das Escrituras e da pregação.
 
Presbiterianos
O movimento da reforma na Escócia deu origem a esta Igreja. Ela se distingue pela
organização em forma de conselhos que incluem sacerdotes ordenados e leigos chamados
“presbíteros”. Há numerosas Igrejas Presbiterianas no mundo. Muitas pertencem a um corpo
unificado, a Aliança Mundial das Igrejas Reformadas.
 
Testemunha-de-Jeová
Desde o final do século 19, sustentam a crença milenarista de que Cristo retornará à terra para
salvar os escolhidos. Os adeptos dessa fé baseiam-se numa interpretação literal da Bíblia.
Recusam-se a fazer qualquer coisa - de juramentos a transfusões de sangue - que acreditem
ser contra a lei de Deus.
 
Espiritismo
O espiritismo (ou Kardecismo), mais que religião, é para seus adeptos um sistema complexo
que abrange também filosofia e ciência. Inspirado nas idéias do escritor Léon Hippolyte
Denizard Rivail (1804-1869), que adotou o pseudônimo de Allan Kardec em obras como o Livro
dos Espíritos (1857), difundiu-se rapidamente na Europa e nos países da América, em especial
o Brasil. Trata-se de uma doutrina sincrética que combina uma adaptação de base hinduísta-
budista (crença no carma e no processo de evolução espiritual por reencarnações sucessivas)
com a ética da caridade cristã. Para os espíritas, a comunicação com os mortos é possível por
intermédio de pessoas dotadas, os médiuns.
 
Menonitas
Os menonitas, seita fundada pelo reformador holandês Menno Simonsz no século 16, têm hoje
1 milhão de seguidores, que vivem principalmente nos EUA. Sua fé é baseada no novo
testamento. São pacifistas e recusam-se prestar serviço militar. As comunidades amish dos
EUA derivam da mesma tradição dos menonitas.
 
Adventistas
Termo com que se designam vários grupos protestantes, originários dos Adventistas
Evangélicos - grupo fundado nos EUA, em 1831, que acredita numa iminente volta de Cristo.
Contam atualmente cerca de 1 milhão de membros ativos, entre os quais se destacam dois
grupos principais: os cristãos do segundo Advento, e os Adventistas do Sétimo Dia, que
guardam estritamente o sábado (tradicionalmente observado como dia de abstinência do
trabalho e lazer) e praticam o batismo adulto e a abstinência do álcool.
 
Quacres (Quakers)
A Sociedade dos Amigos, ou quacres, foi fundada por George Fox na Inglaterra do século 17. A
cidade de Oxford, na Inglaterra, preserva um pacífico e místico local de reflexão fraterna. Ela
não tem padres ou sacramentos - considera que Cristo está presente sempre que os amigos se
reúnem. Os quacres tiveram atuação humanitária notável, lutando pela paz, pelo voto das
mulheres e pela reforma da lei penal.
 
 
 
Religiões Afro-brasileiras
As religiões afro-brasileiras provém de diferentes tradições, que se refletem em seus distintos
nomes: candomblé, xangô, tambor-de-mina, pajelança, batuque, macumba, alguns desses
nomes são usados para variações regionais mais ou menos modificadas dos mesmos ritos:
pajelança na Amazônia, xangô em Pernambuco, Batuque no Rio Grande do Sul, por exemplo. 
Com a fixação urbana, essas correntes se fundiram em cultos organizados. A característica
central em todas elas é o politeísmo explícito. Além disso, essas religiões não impõem normas
de comportamento, que tem função basicamente ritual. Essenciais nesses cultos são a
inovação das potências divinas e os sacrifícios aos orixás.
 
Orixás
A caracterização dos orixás se baseia numa rica série de narrativas míticas. Cada um deles
tem sua própria história, suas cores, as situações associadas a ele e o grito que serve para
invocá-lo. Todo seguidor das religiões afro-brasileiras tem o seu orixá, pertence a ele ou
procura imitar seus traços. É possível descobrir o orixá de uma pessoa através do jogo de
búzios, praticado por um babalorixá (pai-de-santo) ou uma ialorixá (mãe--de-santo) em sessão
individual. Identificar-se com o modelo divino ajuda a pessoa a explicar e legitimar sua
personalidade. Ao mesmo tempo, o orixá protege o fiel, que deve procurar contato com ele nos
locais de culto, ou terreiros.
 
Outros Orixás
Ossanha, ou Ossãe, representa a vegetação e é o deus das folhas. Oxumaré é o orixá do arco-
íris e das interpéries. Xangô é muito temido: é o deus do trovão e da justiça. Iansã é a deusa do
relâmpago, dona dos espíritos dos mortos. Obá é a orixá da água, deusa do trabalho
doméstico. Oxum representa as águas doces, o ouro, o amor e a fertilidade. Iemanjá, muito
celebrada na cultura popular da Bahia, é a orixá das grandes águas, dos mares e oceanos, e
deusa da maternidade. Oxalá, ou Obatalá, é o deus da procriação; por sincretismo, é
identificado com Jesus. Além dessas, várias outras divindades constituem o panteão afro-
brasileiro.
 
Umbanda
Considerada uma religião original do Brasil, a umbanda surgiu no Rio de Janeiro na década de
1920. Nela se potencializa a tendência para o sincretismo: além das raízes africanas e das
influências católicas, ela incorpora a crença na reencarnação trazida pelo espiritismo , que por
sua vez se inspirou no budismo e no hinduísmo. Rapidamente a umbanda se expandiu nos
centros urbanos do Brasil, atingindo as classes média e alta.
 
Na umbanda, a matriz africana do candomblé se junta às práticas espíritas. Durante as
sessões do culto nos terreiros, os espíritos (guias) “baixam”ou se incorporam nos médiuns,
também chamados “cavalos”. Estes espíritos se organizam em “linhas” conforme seus
atributos: espíritos de índios, de escravos, de ciganos, de crianças, etc. Uma vez incorporado
pelo espírito, o médium pode curar doentes ou responder às consultas dos aflitos, o que faz da
umbanda uma religião de amor fraterno. Ocorre sincretismo da umbanda também com formas
de candomblé, como a pajelança.
 
Quimbanda
Como se poderia esperar de uma religião mágica e fetichista, a umbanda também tem seu lado
oculto, chamado quimbanda - encarada como uma forma de feitiçaria. Seus rituais invocam
espíritos das trevas conhecidos como exus e pombas-giras. Por isso é às vezes chamada de
“magia negra”, em oposição à magia branca da umbanda. é marcante a semelhança com o
vodu, culto dos negros antilhanos de origem animista que se vale de elementos do ritual
católico. Quimbanda também é um processo ritual da macumba, e dá nome ao local onde ela é
praticada.
 
Macumba
É também uma forma de culto sincrético, que incorpora elementos católicos, espíritas, do
candomblé e das religiões indígenas. Como outros ritos afro-brasileiros, a macumba se
caracteriza pelo uso de cantos rituais, acompanhados de uma forte percussão. Seus
praticantes também podem fazer despachos.  
Despacho - O despacho, macumba ou muamba é uma das práticas mais comuns da
quimbanda e da macumba. É a concretização de um sortilégio. Compreende o ebó (dar
cumprimento a uma promessa) e o feitiço propriamente dito, que serve para causar mal a
alguma pessoa. Por exemplo, um despacho de olhos e dentes de carneiro leva a uma morte ou
punição sem que a vítima possa se queixar a alguém. Outra função do despacho é a “troca de
cabeça”, isto é, transmitir os males de uma pessoa a outra.
 
Santo-Daime
Culto surgido na década de 1930 no Acre, o santo-daime também tem um rico ritual,
caracterizado pela ingestão da ayahuasca, cânticos e bailados. A ayahuasca, preparada
milenarmente pelos índios do Peru, é uma bebida alucinógena, feita com a decocção de um
cipó e uma folhagem da região. Seu uso ritualístico pelos indígenas, com o fim de provocar
visões, foi adaptado à nova religião, que utiliza a bebida (também chamada de santo-daime)
com objetivos socioterapêuticos. A religião, que aproveita elementos do catolicismo, foi
recebida da Virgem da Conceição, segundo os iniciados.
 
Candomblé
Das religiões afro-brasileiras, o candomblé é que mais tenta preservar as origens africanas em
sua integridade. Assim procura evitar o sincretismo com os santos católicos, embora em
algumas regiões tenha desenvolvido novas formas, como a veneração dos caboclos e dos
pretos-velhos. Como os outros cultos afins, o candomblé é rico musicalmente, e a dança tem
papel muito importante em seus rituais.
 
Fonte: http://www.rcentrium.com/ac/rel/rel150/

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