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‘SUC ji espaco revisia legdo pl] CULT Adauira sua col BIST iccomam we meow CONECTE-SE. "eesnisteeos @rscakt Qos ve Cc — MATERIAS EDIGOES COLUNAS OFICINALITERARIA BLOGMARCIATIBURI ESPAGO CULT ome > Bdigior >183.> Una es iiotn Pry 2esscioce Uma tese idiota Pa fee, B Pd a BB ssexovcommne Antes falar bobagens, que calarbesteiras.. JGR, Primeiras estérias) polenta No primeira semestre de 1985, enquanto fazia os eréitos de meu doutorado no programa de ‘mail Receba 15 ‘Teoria Literiria da USP, tive a impressio perturbadora, quando lis pela terceira vez Grande peepapennens Sertao: Veredas, de Joao Guimaraes Rosa (2908-1967), de que olivro nao fazia sentido ~ ou, pelo menos, nao tanto sentido como as varias interpretagdes Ihe davam. Antes de dizer por que fest impressfo se instalow em mim, tenho de confesser também que, naquela ocasizo, nao ceonsegui encarila de frente ‘Assim, para o meu trabalho final para o curso, com medo de afirmé-la com todas as letras © passa por idiot, anunciet parte da estranheza, mas, ao final, ratei de absorvé-la numa Interpretagio superior posiiva,densamentesigifiestiva, a saber, que o “nfo fazer sentido” se assemelhava a cerlasteorias neoplatdnieas do periodo renascentista, em particular, com as outrinas da “douta ignorincia" de Nicolau de Cusa (1401-1464). Bu tinha eonseidneia de que meter 0 Cust no melo do Sertio do Rosa era, em parte, um modo le desistir (como se estivesse saindo por cima) daquilo que era o meu sentimento mais sineero sobre o livro, De fato, nfo vie da “douta ignorinca", no romanee, mais que genevalidades. Mas ‘encaixel com relativa hablidade na discussao das condigoes da iéncia pelo homem, dera umn aspecto metafisco plausfvel ou ao menos compativel com a doxa em torno a Rosa e dsfargara ‘que eu tinha de mais pesoal a enunciar: a tese iota. Pee ibedonstrehe tl Heraclito A interpretagio neoplaténiea, seni era civel para mim mesmo, era mais prudente~ niio apenas publicamente pois poderis ser assimilada sem diculdades, mas até para mim mesmo, {que nao teria de lidar com as diculdades de dizer, sustentar e até entender o que ea mesmo Ii estava certo de que fosse. No fundo, achava que a tese que nia saa da minha cabega era mesmo idiota ¢ que devia ha- ver nelaalguim furo imenso que eu ndo estava pervebendo,

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