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LEGALISMO

(Mt 23.4)
O Novo Testamento considera a obedincia crist como a prtica de "boas obras". Os
cristos so "ricos de boas obras"

(1Tm 6.18; cf. Mt5.t6; Ef2.10; 2Tm3.17;Tt2.7, 14; 3.8, 14)


. Uma boa obra aquela feita segundo o padro correto, isto , segundo a vontade
revelada de Deus; com base na motivao correta, ou seja, no amor a Deus e aos
outros; e com um propsito correto, isto , a glria de Deus.
O legalismo urna distoro da obedincia que nunca pode produzir boas obras nesse
sentido. O legalismo distorce a motivao e o propsito, vendo as boas obras como
meio de se obter o favor de Deus. O legalismo pode levar ~ e a desdenhar daqueles
que no agem de acordo com os seus padres. Finalmente, o propsito egosta do
legalismo exclui do corao a bondade despretensiosa e a compaixo.

No Novo Testamento, encontramos diferentes espcies de legalismo. Os legalistas


entre os fariseus pensavam que, por serem descendentes de Abrao, tinham
aprovao garantida da parte de Deus, enquanto, paradoxalmente, formalizaram a
observncia diria da lei, em seus mnimos detalhes, como regra de vida. Agindo desse
modo, eles evitavam aquilo que a lei verdadeiramente exigia. Os judaizantes eram
legalistas que ensinavam aos cristos que eles precisavam ir alm e tornarem-se
judeus, submetendo-se circunciso e observando o calendrio religioso e as leis
rituais, e, deste modo, obterem o favor de Deus. Jesus atacou o legalismo dos fariseus,
e Paulo, o dos judaizantes.
Os fariseus que se opunham a Jesus consideravam-se fiis guardadores da lei mosaica.
Contudo, dando nfase aos menores detalhes, negligenciavam o que era mais
importante (Mt 23.23-24). Suas interpretaes elaboradas e desencaminhadas da lei
negavam seu verdadeiro esprito e propsito (Mt 15.3-9; 23.16-24). Substituam a lei
autorizada de Deus pelas tradies humanas, subjugando as conscincias onde Deus as
havia deixado livres (Me 2.16-3.6; 7 .1-8). No ntimo, eram hipcritas, pois buscavam a
aprovao humana para si mesma e condenavam os outros (Lc 20.4547; Mt 6.1-8;
23.2-7).
Os judaizantes aos quais se opunha Paulo acrescentavam ao evangelho exigncias para
a salvao, exigncias estas que obscureciam e negavam a suficincia absoluta de
Cristo (GI 3.1-3; 4.21; 5.2-6). A ideia de que era necessrio acrescentar exigncias para
aperfeioar o evangelho era a raiz do erro deles. Paulo se ope a essa ideia, no
importando quem propusesse (CI 2.8-23), porque ela corrompia o caminho da
salvao. Assim como Jesus, Paulo no tolerava aqueles que traziam novos fardos para
sobrecarregar as ovelhas.

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