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• A REDE ENERGIA CONSOLIDADO vendeu 15.

995 GWh,
representando um crescimento de 13,9% em relação a 2007.

• O incremento no número de consumidores entre 2007 e 2008 foi de


26,7%.

• A Receita Operacional Líquida CONSOLIDADA ficou 21,1% acima de


2007.

• O EBITDA CONSOLIDADO foi de R$ 1.069,0 milhões: 4,2% superior a


2007.

• Em junho, a REDE ENERGIA e a EDP Energias do Brasil celebraram


Contrato de Permuta de Ativos. Em Setembro, a operação de permuta de
ativos foi concluída e a REDE ENERGIA assumiu a totalidade da
participação da EDP Energias do Brasil na Empresa Energética do Mato
Grosso do sul (ENERSUL) e em troca transferiu sua participações na
Invéstco S.A. (detentora da concessão da UHE LAJEADO) e da Rede
Lajeado Energia S.A.

• Em outubro, a REDE ENERGIA adquiriu da Inepar Energia S.A., a


totalidade das ações da QMRA Participações S.A. (QMRA), empresa
holding controladora da Centrais Elétricas do Pará S.A. (CELPA). Com isso,
a REDE ENERGIA passou a deter 100% do capital social da QMRA (vide
tópico “Eventos Relevantes em 2008” para mais detalhes).

Distribui ção

Gera ção

Área de Negócio
Eventos Relevantes em 2008

• REDE ENERGIA e a REDE POWER, de um lado, e a EDP - Energias do


Brasil, do outro, celebraram, em 18 de junho de 2008, Instrumento
Particular de Compromisso de Permuta de Ações e Outras Avenças, que
estabeleceu os termos e condições da permuta de ativos, sem torna, na
qual REDE ENERGIA e REDE POWER transferiram a totalidade das
respectivas participações societárias nas sociedades REDE LAJEADO,
TOCANTINS ENERGIA e INVESTCO e a EDP Energias do Brasil transferiu
a totalidade da sua participação societária na ENERSUL, companhia que
atua na atividade de distribuição de energia elétrica no estado do Mato
Grosso do Sul. Em 11 de setembro de 2008 a permuta foi concluída, e a
Rede Energia em conjunto com a Rede Power passaram a ser titular do
controle acionário da ENERSUL e a EDP Energias do Brasil passou a ser
titular do controle acionário da REDE LAJEADO, TOCANTINS ENERGIA e
Invéstco.

• Em Reunião do Conselho de Administração, realizada no dia 1º de


outubro de 2008, foi aprovada a aquisição, pela REDE ENERGIA, da
totalidade das ações da QMRA Participações S.A., empresa holding
controladora da CELPA. Com isso, a REDE ENERGIA adquiriu, ao preço
de R$ 115 milhões, as ações detidas pela Inepar Energia S.A. (“INEPAR”),
representada por 78.842.748 ações ordinárias e correspondentes a 35% do
total de ações de emissão da QMRA. A aquisição das ações permitiu à
REDE ENERGIA, a consolidação do controle acionário direto sobre a
QMRA (a REDE ENERGIA passou de 65,00% para 100,00% do capital
social da QMRA), e aumento da sua participação indireta sobre a CELPA (a
REDE ENERGIA passou de 43,43% para 61,37% do capital total direto e
indireto da CELPA) . Na mesma reunião, foi aprovada ainda a aquisição,
pela REDE ENERGIA, de 411.048 debêntures conversíveis em ações
emitidas pela INEPAR, de titularidade da BNDES Participações S.A.
(“BNDESPAR”), pelo mesmo preço de R$ 115 milhões, para dação em
pagamento do preço das ações de emissão da QMRA.
Desempenho Operacional

Balanço Energético em 2008

Rede Consolidado (M
A geração hidráulica é composta pelas UHE's Tangará e Juruena. A geração
térmica, que não passou pelo processo de desverticalização está subdividida
em 128 GWh na CEMAT e 364 GWh na CELPA. A geração em 2008
representou 9,6% da energia requerida (7,4% de geração hidráulica e 2,2% de
geração térmica) e a energia restante é representada por contratos bilaterais

Residencial
(35,5% do total de energia comprada) e compras em leilão de energia (64,5%
do total da energia comprada).

Geração Hidráuli
Industrial
Mercado de Energia

1.655 GWh
Comercial
Rural
Outros
Geração Térmic
Total
492 GWh
REDE ENERGIA CONSOLIDADO: O mercado consumidor consolidado
apresentou um crescimento de 13,9%, passando de 14.038 GWh em 2007
para 15.995 GWh em 2008. A consolidação da ENERSUL agregou 1.040 GWh
ao resultado de 2008. Sem esse efeito, o crescimento da REDE ENERGIA
CONSOLIDADO seria de 6,5%. Outros fatores, além do crescimento vegetativo
e da entrada da ENERSUL, que influenciaram o crescimento do mercado
Consolidado foram: na Região Centro-Oeste, destaca-se a retomada do
crescimento das atividades ligadas ao agronegócio, impulsionado pelo nível de
preços internacionais das principais commodities agrícolas (soja, milho,
algodão e carnes) e na região Norte a expansão das atividades de
extração/fabricação de produtos minerais não metálicos e produtos
alimentícios. Vale destacar o expressivo crescimento de 15,1% na classe rural,
impulsionado pela implantação do "Programa Luz Para Todos". De 2004 a
2008, o mercado consolidado da REDE ENERGIA cresceu em média 9,1% ao
ano.
REDE SUL/SE: o mercado passou de 2.879 GWh em para 3.098 GWh em
2008, representando um crescimento de 7,6%. Percentualmente, as classes
que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram a Industrial e
Comercial com 19,5% e 6,5%, respectivamente. O expressivo crescimento da
classe Industrial foi principalmente devido à boa atuação da indústria de
transformação e do setor sucroalcoleiro na área de concessão da EDEVP, bem
como pelo retorno de dois consumidores industrias de grande porte ao
mercado cativo da EEB.

CELTINS: A Companhia forneceu 1.068 GWh de energia a seus clientes em


2008, o que representou um crescimento de 7,6% na energia ofertada, em
relação ao período anterior. Percentualmente, as classes que apresentaram as
maiores taxas de crescimento foram a rural e Industrial com 16,5% e 12,1%,
respectivamente. O aumento da classe rural foi influenciado pelo consumo dos
produtores irrigantes e pela continuidade do Programa Luz Para Todos. Quanto
à classe Industrial, o bom desempenhou foi devido à boa atuação dos
fabricantes de produtos alimentícios, bem como extração e tratamento de
minerais não metálicos.

CEMAT: A Companhia encerrou 2008 com um fornecimento de energia elétrica


de 4.347 GWh, representando um crescimento de 10,0% em relação aos 4.782
GWh de 2007. O incremento foi principalmente em conseqüência do aumento
da classe Industrial em 17,6%, a maior taxa de crescimento da companhia.
Esse crescimento foi influenciado pelo bom desempenho do agronegócio no
Estado do Mato Grosso, com destaque para as commodities, e sobretudo às
atividades ligadas às cadeias produtivas da soja, do abate de bovinos e do
abate de aves. O aumento da demanda por alimentos e o ajuste na produção
mundial de cereais e oleaginosas, em razão da crescente demanda por
biocombustíveis, que elevou os preços internacionais dos produtos agrícolas,
também contribuiu para o desempenho positivo do setor. O sub-setor de
Produtos Alimentícios, que representa 52,1% do consumo industrial (550
GWh), cresceu 37,1% em relação a 2007. Outro destaque do setor industrial é
a construção civil, que registrou um aumento de consumo de energia elétrica
de 25%, comparado ao período anterior. A classe Rural registrou um
crescimento significativo de 13,7% no fornecimento de energia, principalmente
devido à implementação do Programa Luz Para Todos.

CELPA: O fornecimento de energia da Companhia em 2008 foi de 5.519 GWh,


o que representou um aumento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano
anterior. Percentualmente, a classe que o melhor desempenho do período foi a
rural com 25,9%, basicamente em decorrência da continuação dos Programas
de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica, Programa Luz Para
Todos, Entorno do Lago e do Programa de Investimentos Sociais (PIS). A
classe que registrou o segundo melhor desempenho do período foi a industrial
com 10,8%, devido à expansão das atividades de extração/fabricação de
produtos minerais não metálicos e produtos alimentícios.
ENERSUL: A companhia encerrou o ano de 2008 com um fornecimento de
energia elétrica de 2.928 GWh (mercado cativo), representando um
crescimento de 3,4% em relação aos 2.833 GWh de 2007. A Companhia foi
responsável pelo transporte de 469 GWh para clientes livres, que
apresentaram um incremento de 6,5%. Dessa forma, a energia total distribuída
pela empresa foi de 3.397 GWh em 2008, representando um crescimento de
3,8% em relação aos 3.273 GWh de 2007, superior à média anual de 2,9%
registrada nos últimos cinco anos. Esse incremento é decorrente do cenário
favorável, no início de 2008, à mudança da produção no Mato Grosso do Sul
para uma base mais diversificada através da cana-de-açúcar. Inicialmente são
previstas inúmeras usinas de álcool e açúcar para o Estado, além da instalação
de novas unidades de processamento de carne e da ampliação dos setores de
metalurgia e de minerais não metálicos. Com o agravamento da crise
econômica global, a partir de setembro, são postergados alguns desses
investimentos. Mas, a despeito disso,o Estado apresenta um crescimento
econômico significativo sinalizado pelo aumento de 10,9% do consumo da
classe industrial, demonstrando a sua recuperação econômica definitiva e a
retomada do desenvolvimento. Em 2008, o minério de ferro, a soja e a carne
bovina foram os propulsores das exportações recordistas de Mato Grosso do
Sul que cresceram 61,5% em relação ao exportado em 2007.

REDECOM: A Companhia vendeu 1.625 GWh em 2008 e 1.329 GWh em


2007, representando um aumento de 22,3% do volume das vendas de um
período para outro, principalmente devido à conquista de novos mercados fora
das áreas de concessão das distribuidoras da REDE ENERGIA. Do total de
energia vendida em 2008, a REDECOM vendeu 1.217 GWh para
Concessionária e Permissionárias (74,9% do volume total de vendas) e 408
GWh para Consumidores Livres (25,1% do volume total de vendas). As vendas
para Concessionárias e Permissionárias aumentaram 72,8%, passando de 701
GWh em 2007 para 1.212 GWh em 2008 e as vendas para Consumidores
Livres decresceram 34,8%, passando de 627 GWh em 2007 para 408 GWh em
2008, devido ao retorno de 8 consumidores livres para o ambiente cativo, que
voltaram a ser atendidos pelas distribuidoras da REDE ENERGIA, muito
embora outros 8 novos consumidores livres, de menor porte, entraram para a
base de clientes da REDECOM em 2008.

PRO FORMA - Mercado:

O quadro abaixo apresenta o efeito anual da entrada da ENERSUL na REDE


ENERGIA CONSOLIDADO em 2008. Considerando-se portanto essa versão
Pro Forma, o mercado consolidado aumentaria 27,4% de 2007 para 2008:

Rede Consolidado P
Rede Sul/Se
Consumidores

REDEConsolidado
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Outros
Total
Rede Sul/Se
O número de consumidores da REDE ENERGIA CONSOLIDADO passou de
3.348.414 em 2007 para 4.242.604 em 2008, representando um crescimento
de 26,7%. Esse percentual foi impulsionado, principalmente, pela expansão da

Residencial
base de clientes da CELPA e CEMAT que, juntas, agregaram 117.073 novos
consumidores. A entrada da ENERSUL contribuiu com 740.940 consumidores
adicionais. Percentualmente, a distribuidora que registrou a melhor taxa de
crescimento no período foi a CEMAT com 7,4%, seguida pela CELTINS com
5,5%. A classe Rural, especialmente nas distribuidoras CEMAT e CELPA

Industrial
apresentou crescimentos expressivos devido à implantação do "Programa Luz
Para Todos". Com relação a ENERSUL, analisada individualmente, o número
de consumidores passou de 740.288 em 2007 para 740.940 em 2008,
representando um acréscimo de 4,3%.

Perdas

O índice de perdas globais (acumulado 12 meses), medido a partir do mercado


faturado da REDE ENERGIA CONSOLIDADO manteve-se estável em relação
ao exercício anterior (19,7% em 2007 e 19,8% em 2008), fruto dos
investimentos e medidas implementadas pela administração da REDE
ENERGIA ao longo do exercício. Dentre essas medidas, destaca-se a criação
do “Departamento de Recuperação de Energia” em suas distribuidoras,
centralizando todas as decisões em uma Vice-Presidência de Operações
corporativa.

Perdas de Energia
23,2%
20,7% 19,8%
19,1% 19,7%
17,3% 16,4% 16,2% 17,0%
15,3% 16,0%

1.998 1.999 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 2.006 2.007 2008

A subsidiária que apresentou o melhor resultado no combate às perdas em


2008 foi a CELTINS. A Companhia reduziu seu índice em 2,5% pontos
percentuais, passando de 17,2% em 2007 para 14,7% em 2008, devido às
diversas ações, dentre as quais destacam-se:
• Intensificação das atividades de inspeções comerciais, cortes de
ligações clandestinas e autuações;
• Continuidade e fortalecimento da parceria através do Convênio com a
Secretaria de Segurança Pública do Estado do Tocantins, para a instalação
de Delegacia Especial de Repressão ao Furto de Água e Energia Elétrica
do Estado do Tocantins; e
Investimento na melhoria do sistema elétrico com foco na regularização de
áreas com ligações clandestinas, substituição das redes para cabos
multiplexados, construção e recondutoramento de alimentadores, entre outras
ações

Na tabela abaixo, apresentamos o resultado de perdas por empresa:

Acumulado 12
meses
• CELPA: Com relação ao aumento de 0,4 pontos percentuais da CELPA, vale
ressaltar que essa variação é menor do que a registrado entre 2006 e 2007,
que foi de 0,6 pontos percentuais. Isso significa que os investimentos e as
medidas implementadas durante o ano de 2008 resultaram na diminuição do
ritmo de elevação dos percentuais, com tendência de queda. A
concessionária continuará realizando investimentos e implementando
diversas ações, com o propósito de reduzir esse índice a patamares
menores.

Em 2008, foram investidos R$ 117,8 milhões em projetos para redução de


perdas. Diversas ações ocorreram durante ano, dentre as quais destacamos: 1)
Rede PSH (primária e secundária na horizontal), associada à medição
eletrônica centralizada. Esse novo sistema foi implantado para a medição de
96.302 clientes. No entanto, apenas 25.010 estão sendo faturados através
desse novo modelo. Quanto aos outros 71.292, a concessionária ainda não
efetivou o faturamento associado a essa tecnologia, em função da resolução
371 do INMETRO. Caso o sistema tivesse sido homologado teríamos uma
redução estimada de 1,46% nas perdas medidas; 2) Instalação de 425
equipamentos de medição externa do grupo A, sendo 220 na região
metropolitana de Belém e 205 no interior do Estado, o que corresponde a um
consumo agregado de 29.259.635 KWh; 3) Utilização do sistema E-Revenue
Assurance, que permite gerar ordens de serviço de fiscalização, controlar os
resultados obtidos, cadastrar projetos, acompanhar a energia agregada e
analisar as unidades consumidoras com a finalidade de identificar fraudes; e 4)
Intensificação da fiscalização de unidades consumidoras, sendo inspecionadas
497.319 e detectadas 61.264 irregularidades (12,32%).

• ENERSUL: O aumento de 1,6 pontos percentual deve-se basicamente ao


segmento das perdas não técnicas. O procedimento rigoroso adotado de
inspeção, cálculo e cobranças das irregularidades resultou ao final de 2008,
em aproximadamente 45.000 processos de irregularidades, em análise, que
deverão impactar na redução das perdas comerciais em 2009.

Em 2008, a concessionária investiu R$ 28,0 milhões em projetos de combate


as perdas, dos quais se destacam: 1. Telemedição de clientes rurais em 15.338
unidades consumidoras (R$ 12,8 milhões); 2. Substituição de medidores
eletromecânicos por eletrônicos (R$ 3,1 milhões); 3. Execução de rede especial
anti-furto (R$ 1,4 milhões); 4. Regularização de clientes clandestinos (R$ 1,0
milhões); e 5. Inspeção de 239.350 inspeções e retirada de 167.870 ligações
clandestinas, totalizando R$ 9,7 milhões.

Por outro lado, outras ações estão sendo realizadas para ampliação da Rede
Básica, no sentido de reforçar o sistema elétrico de suprimento ao Estado e,
por conseqüência, reduzir o impacto da aplicação da resolução 344/ANEEL,
que determinou a mudança do ponto de medição de fronteira para Jupiá e
Porto Primavera, incorporando aos requisitos da ENERSUL, as perdas nos
troncos de 138 KV Jupiá-Campo Grande (322 km) e Porto Primavera-Dourados
(185 km), alterando o patamar das perdas técnicas a partir do ano de 2005.

• REDE SUL/SE: Neste mês completou-se 21 meses que o processo de


fiscalização foi padronizado e implantado na REDE SUL/SE. As companhias
fecharam o ano de 2008 com mais de 18 mil fiscalizações realizadas, 2 mil
medidores substituídos e 195 processos de irregularidades emitidos. As
principais ações realizadas no combate às perdas comerciais foram:
Instalação de medidores, cobrança de taxa de auto-religações e resíduos de
consumo, substituição de medidores danificados com irregularidades e com
mais de 30 anos, cobrança de excedente de reativo para clientes do grupo
'B' e remanejamento de medidores em UC´s 'DS' para UC’s ligadas sem
equipamento de medição. Há ainda o projeto de fiscalização na zona rural
cuja efetividade está em torno de 12%.

• CEMAT: A companhia segue realizando diversas ações, dentre as quais se


destacam:
• Inspeções: forma mais de 149 mil em 2008;
• Irregularidades identificadas: mais de 12 mil, representando um
acréscimo de 29,3% em relação a 2007.;
• Regularização de bolsões com 100% de perdas comerciais: mais de 1,1
mil clientes regularizados em 10 bolsões de Cuiabá e Várzea Grande;
• Instalação de CP REDE em condomínios;
• Instalação de medição remota: instalação de mais de 1,1 mil unidades
que atendem a aproximadamente 4 mil unidades consumidoras; e
• Substituição de medidores eletromecânicos por eletrônicos: mais 19 mil
medidores substituídos em 2008.

Indicadores de Qualidade

DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Cliente) e FEC (Freqüência


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Equivalente de Interrupção por Cliente) são os principais indicadores de
eficiência de nossas distribuidoras. Das nove distribuidoras, sete estão
satisfatoriamente enquadrados aos padrões estabelecidos pela ANEEL, à

Caiuá
exceção da CELTINS e CELPA.

Com o objetivo de se adequar aos parâmetros determinados, ações estão


sendo adotadas pela companhia através do “Programa de Obras e Manutenção

Edevp
da Rede” que objetiva: (i) minimizar as ocorrências emergenciais; (ii) melhorar
a performance do sistema elétrico; e (iii) implementação e consolidação do
sistema automático de transmissão e recepção de serviços. Em adição a este
programa e para melhora dos indicadores da CELPA, entende-se necessário –
e neste sentido já esta em entendimentos junto à ANEEL - a revisão das
métricas em vigor devido à: (i) crescimento acelerado de algumas regiões do
estado, principalmente no sul do Para gerando sobrecarga no sistema elétrico;
(ii) dimensão e escala do "Programa Luz Para Todos" no estado seja em
termos de novos consumidores assim como os acréscimos necessários em
transmissão e subestações; (iii) incorporação de redes particulares; e (iv)
continua necessidade de investimentos e aumento nos seus custos
operacionais.

Ainda com relação à CELPA, os indicadores de qualidade apresentaram


elevação quando comparados ao exercício anterior, principalmente, devido ao
grande crescimento do sistema elétrico na área rural, com a continuação do
"Programa Luz Para Todos" e ao processo de incorporação de redes
particulares, em cumprimento às metas de universalização fixadas pelo
Governo Federal. Nesse contexto, houve um incremento de 45% em redes
rurais, localizadas em regiões afastadas dos pólos de manutenção, cujas áreas
apresentam dificuldades de acesso e exposição à condições climáticas e
ambientais adversas, o que compromete o desempenho operacional, bem
como os atendimentos emergenciais e de manutenção. A influência de fatores
não gerenciáveis tais como: supridora, descargas atmosféricas, vendavais,
erosão, vegetação, pipas, vandalismos, animais, abalroamento e queimadas,
contribuem com 58,3% na apuração final dos indicadores.

Com relação ao DEC da CELTINS, esse vem sendo superior a meta


estabelecida pela ANEEL, devido a vários fatores, sendo o principal deles, o
incremento das redes dos programas de eletrificação rural, conforme detalhado
a seguir:

• O expressivo crescimento na extensão das redes rurais submeteu o


sistema elétrico da CELTINS a uma maior exposição às intempéries da
natureza, aos problemas advindos da arborização e acidentes causados
por terceiros, como, por exemplo, acidentes com máquinas agrícolas,
árvores derrubadas sobre as redes e vandalismo, dentre outros. Isso exige
da empresa um aumento no número de equipes para realizar as
manutenções preventivas e corretivas. Nesse sentido, destacam-se as
quantidades de árvores a serem podadas e as faixas de servidão a serem
limpas, que tiveram crescimento significativo;

• O incremento de redes impactou consideravelmente no aumento do


número de ocorrências registradas nos últimos anos e, por conseqüência,
interferiu nos resultados dos indicadores de continuidade Duração
Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora - DEC e Freqüência
Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora - FEC, o que obrigou
a concessionária a adequar sua estrutura de operação e manutenção.

Para minimizar os custos de ligação por cliente, as redes construídas através


dos Programas de Eletrificação Rural, em sua maioria, não margeiam as
estradas e rodovias. Este fato vem dificultando o acesso ao local das
ocorrências.

Ambiente Regulatório

Até 31 de dezembro de 2008, oito distribuidoras da REDE ENERGIA passaram


pelo processo de Revisão Tarifária Periódica e uma, a CELPA, pelo processo
de Reajuste Tarifário Anual. Os resultados homologados pelo Órgão Regulador
estão demonstrados na tabela abaixo:

Data
Data - Refere-se ao início de vigência do reajuste que perdurará por um ano.

Anexo I
Anexo I - É o índice que vigorará da data do reajuste até o dia que antecede o
próximo período tarifário (esse índice inclui as "bolhas financeiras", que serão
excluídas no próximo ciclo).
Anexo II - É o índice que fará parte da base de cálculo para o reajuste do
próximo ciclo (é a tarifa limpa, sem "bolhas financeiras").

Anexo II
Fator X - é um redutor que visa compartilhar com os consumidores os ganhos
de produtividade.
Impacto médio para o consumidor: é o impacto que o consumidor perceberá
em sua conta. Nesse percentual estão considerados todos os componentes
financeiros (bolhas) que vigorarão durante o ciclo tarifário anual.

Fator X
Desempenho Econômico e Financeiro
Receita Operacional Bruta

RTA* / RevTar**
Impacto médio***
R$ mil
Resolução
Residencial
REDE ENERGIA CONSOLIDADO: Todas as distribuidoras da REDE
ENERGIA passaram pela Revisão Tarifaria Periódica em 2008, com exceção
da CELPA. A Bragantina foi a única distribuidora a obter um percentual de
impacto médio positivo, enquanto as outras sete distribuidoras sofreram uma
redução de tarifa. Mesmo assim, a receita operacional bruta da REDE
ENERGIA CONSOLIDADO, composta pela receita de fornecimento ao
consumidor final, fornecimento de energia para revenda (suprimento) e receita
do uso do sistema de distribuição ("TUSD"), aumentou em 17,3%, passando de
R$ 5.179,7 milhões em 2007 para R$ 6.075,1 milhões em 2008, influenciado
positivamente pelo crescimento do mercado consumidor e pela contabilização
da ENERSUL, que agregou uma receita operacional bruta de R$ 451,4 milhões
à base de 2008.

R$ mil
REDE SUL/SE: O crescimento do mercado em 7,6% compensou a redução da

Rede Sul / Se
tarifa média de fornecimento e assim a receita operacional bruta da REDE
SUL/SE registrou um aumento de 4,1%, passando de R$ 908,2 milhões em
2007 para R$ 945,9 milhões em 2008.

CELTINS: O aumento de mercado em 7,6% compensou a redução da tarifa

Celtins
média de fornecimento e a receita operacional bruta em 2008 atingiu o valor de
R$ 541,5 milhões, valor esse 5,9% superior aos R$ 511,1 milhões registrados
no exercício anterior.

CEMAT: O expressivo crescimento do mercado consumidor em 10,0%

Cemat
compensou a redução na tarifa média e a receita operacional bruta da
companhia apresentou um aumento de 9,1%, passando de R$ 1.830,2 milhões
em 2007 para R$ 1.997,4 milhões em 2008.

CELPA: O incremento de mercado de 7,8%, aliado ao crescimento da tarifa

Celpa
média anual em 0,2% impulsionou o aumento de 8,1% na receita operacional
bruta, passando de R$ 1.755,2 milhões em 2007 para R$ 1.897,4 milhões em
2008.

ENERSUL: A companhia passou de uma receita operacional bruta de R$

Enersul
1.080,7 milhões em 2007 para R$ 1.283,4 milhões em 2008, o que representa
um aumento de 18,8%, influenciado principalmente pelo aumento do consumo
em 3,4% e, ainda, pelo fato de, em 2007, ter sido provisionado o valor de
R$ 183 milhões referentes ao ajuste dos resultados da revisão tarifaria de

RedeCom / RedeSer
2003.

REDECOM / REDESERV: A receita operacional bruta da REDECOM e


REDESERV, juntas, foi 51,2% maior do que o ano anterior, principalmente
devido ao aumento da receita operacional da REDECOM que passou de R$
149,8 milhões em 2007 para R$ 229,7 milhões em 2008, representando um
aumento de 53,4%. Esse aumento foi impulsionado pela conquista de novos
mercados para o grupo de clientes classificados como “Concessionárias e
Permissionárias”.

PRO FORMA – Receita Operacional:


Considerando-se a consolidação integral da ENERSUL (12 meses) no
resultado consolidado da REDE ENERGIA, e excluindo-se a geração vendida,
a receita operacional bruta apresentaria um crescimento de 33,3%, passando
de R$ 5.179,7 milhões em 2007 para R$ 6.906,1 milhões em 2008, e a receita
operacional líquida passaria de R$ 3.300,2 milhões em 2007 para R$ 4.601,3
milhões em 2008, representando uma elevação de 39,4%.

Receita Operacional Líquida (por Companhia)

R$ mil
Receita Operacional
R$ m il
Deduções da Receita
Rede Sul / Se
Gastos Operacionais Combinados das Distribuidoras1

Receita Operacional
Gastos
Celtins Gerenciáveis
1 Pessoal
Cemat
Os valores expressos neste tópico referem-se à soma (total combinado) dos gastos gerenciáveis e não-gerenciáveis
das nove distribuidoras da REDE ENERGIA.

Material
Celpa
Gastos Gerenciáveis: as despesas com Pessoal, Material, Serviços de
Terceiros e Outros (“PMSO”) da REDE ENERGIA CONSOLIDADO
aumentaram de R$ 775,2 milhões em 2007 para R$ 934,5 milhões em 2008,
representando um incremento de 20,5%, explicado por:
• Incremento de 38,3% (R$ 81,4 milhões) em pessoal, principalmente
devido ao atendimento da Norma NR 10 do Ministério do Trabalho que, por
medida de segurança, obriga que os atendimentos dos eletricistas sejam
realizados sempre em duplas, resultando em ampliação do quadro de
funcionários; aumento da estrutura para implementação do Programa Luz
Para Todos; e dissídio anual;
• Aumento de 18,8% (R$ 76,1 milhões) nos custos com Serviços de
Terceiros, em função da necessidade de ampliação da estrutura
operacional para atendimento ao "Programa Luz para Todos"; e
• Incorporação dos custos da ENERSUL em 2008 no valor de R$ 40,4
milhões. Expurgando o valor da ENERSUL, as despesas gerenciáveis
teriam aumentado em 15,3%.

Gastos Não-Gerenciáveis: os gastos não-gerenciáveis aumentaram 30,7%,


passando de R$ 1.536,4 milhões em 2007 para R$ 2.008,0 milhões em 2008,
como resultado do aumento de 28,4% nos custos com energia comprada para
revenda e aumento de 32,8% nos encargos do uso da rede elétrica. Juntos,
esses dois itens representaram um aumento de 28,9% (R$ 429,7 milhões). As
principais razões desse aumento foram:

• Elevação do valor do PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), devido


às diferenças entre as sazonalizações previstas e os contratos vigentes.
Historicamente, o custo dessa energia no início do ano é o mais baixo do
período, devido à forte intensidade das chuvas nessa época do ano (maior
demanda). No entanto, isso não ocorreu no início de 2008. Ao contrário, a
intensidade das chuvas nos meses de dezembro de 07 e janeiro de 08
foram aquém do esperado, diminuindo a demanda e, naturalmente,
elevando os preços de compra;
• Também devido à falta de chuvas, a geração térmica aumentou a sua
produção a fim de suprir a demanda, o que colaborou também para a alta
dos preços da energia comprada (custo variável unitário); e
• Incorporação dos gastos da ENERSUL no valor de 187,1 milhões em
2008.

Vale acrescentar que esses custos compõem a chamada “Parcela A”, categoria
de custos não gerenciáveis e, portanto, integralmente repassados para a tarifa
de fornecimento.
Gastos Operacionais por Distribuidora

Gastos Gerenciáveis
Rede Sul/SE
Celtins
Cemat
Gastos Gerenciáveis

REDE SUL/SE: Os gastos gerenciáveis da REDE SUL/SE aumentaram em


15,8%, passando de R$ 133,1 milhões em 2007 para R$ 154,1 milhões em

Celpa
2008, principalmente devido ao aumento nos gastos com pessoal que subiram
17,5% (R$ 10,1 milhões) e dos gastos com serviços de terceiros que
aumentaram 15,5% (R$ 8,4 milhões), devido ao dissídio anual e atendimento à
NR 10 do Ministério do Trabalho.

Enersul
CELTINS: Os gastos gerenciáveis da CELTINS aumentaram em 27,8%,
passando de R$ 91,7 milhões em 2007 para R$ 117,2 milhões em 2008,
principalmente devido à rubrica serviços de terceiros que aumentou 23,3% (R$
12,0 milhões), em função do aumento de estrutura decorrente da
implementação do Programa Luz Para Todos e atendimento à NR 10.

Total dos Gastos Ge


CEMAT: Os gastos gerenciáveis da CEMAT aumentaram em 15,8%, passando
de R$ 206,6 milhões em 2007 para R$ 239,3 milhões em 2008, principalmente
devido ao aumento da rubrica pessoal que aumentou 36,0% (R$ 22,0 milhões),
em função do aumento da estrutura decorrente da implementação do Programa

Gastos Não-Gerenciá
Luz Para Todos, atendimento à NR 10 e dissídio anual.

CELPA: Os gastos gerenciáveis da CELPA aumentaram em 11,5%, passando


de R$ 343,8 milhões em 2007 para R$ 383,5 milhões em 2008, principalmente
devido ao aumento da rubrica serviços de terceiros que aumentou 12,2% (R$
23,2 milhões) e incremento 7,0% (R$ 5,7 milhões) nos gastos com pessoal, em

Rede Sul/SE
função do aumento da estrutura decorrente da implementação do Programa
Luz Para Todos, atendimento à NR 10 e dissídio anual.

Celtins
ENERSUL: Os gastos gerenciáveis da ENERSUL diminuíram 21,6%, passando
de R$ 144,3 milhões em 2007 para R$ 113,3 milhões em 2008, principalmente
devido a reversão de provisão que reduziu R$ 34,9 milhões as despesas de
2008. As demais rubricas mantiveram-se estáveis de um período para o outro.

Gastos Não-Gerenciáveis

REDE SUL/SE: Os gastos não-gerenciáveis da REDE SUL/SE aumentaram


em 19,9%, passando de R$ 317,2 milhões em 2007 para R$ 380,3 milhões em
2008, principalmente devido ao aumento do consumo de energia; aumento dos
custos com energia comprada devido a diferença entre a sazonalização
prevista no final de 2007 e o realizado, em razão do risco de racionamento; e
aumento da tarifa média de compra.

CELTINS: Os gastos não-gerenciáveis da CELTINS aumentaram em 1,9%,


passando de R$ 147,1 milhões em 2007. para R$ 149,9 milhões em 2008,
principalmente devido ao custo do serviço, composto da compra de energia
para revenda e encargos de uso do sistema de transmissão e distribuição que
registrou um acréscimo de 4,6%. Esse aumento pode ser atribuído ao
crescimento da demanda do mercado e, principalmente, ao pagamento do
Encargo de Serviços do Sistema motivado pelo risco de escassez de energia
nos primeiros meses do ano de 2008 e considerado custo não gerenciável pela
companhia.

CEMAT: Os gastos não-gerenciáveis da CEMAT aumentaram em 22,3%,


passando de R$ 561,4 milhões em 2007 para R$ 686,4 milhões em 2008,
principalmente devido ao aumento de 8,9% no custo do serviço, composto de
energia elétrica comprada para revenda e encargos do uso de sistema, em
decorrência do aumento da demanda.

CELPA: Os gastos não-gerenciáveis da CELPA aumentaram em 18,3%,


passando de R$ 510,7 milhões em 2007 para R$ 604,4 milhões em 2008,
principalmente devido ao aumento no custo do serviço de energia elétrica,
composto de compra de energia e encargos de uso do sistema de transmissão,
que atingiu R$ 584,8 milhões em 2008 e, portanto, 18,4% acima do verificado
em 2007. Esse crescimento foi conseqüência da combinação dos seguintes
fatores: compra de energia, por meio de leilão, a custos maiores que os
anteriormente praticados através do contrato inicial; amortização e diferimento
dos custos de variação da Parcela A (CVA Energia Comprada); aquisição de
uma quantidade maior de energia para atendimento do crescimento da
demanda.

ENERSUL: Os gastos não-gerenciáveis da ENERSUL foram de R$ 568,5


milhões em 2008 e R$ 546,2 em 2007, representando um aumento de 4,1%,
principalmente devido ao aumento de 5,4% no custo do serviço, composto de
energia elétrica comprada para revenda e encargos do uso de sistema, em
decorrência do aumento da demanda.

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