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16/06/2011

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

Compactação dos Solos

Prof. Gregório Luís Silva Araújo, D.Sc.

Brasília, DF

Compactação dos Solos

 Trata-se do processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus


vazios e assim aumentar sua resistência, tornando-o mais estável.

 Além de características de resistência, melhora também a permeabilidade e a


compressibilidade.

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 Basicamente, causa o aumento no peso específico do solo.

Barragem da PCH Telegráfica (Sapezal – MT) Aterro Sanitario Minas do Leão - RS

 Na compactação, há a expulsão do ar, enquanto que no adensamento há a


expulsão da água.

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Compactação dos Solos

Curva de Compactação:

 Quando se realiza a compactação de um solo, sob diferentes condições de


umidade e para uma mesma energia de compactação, a curva peso específico
aparente seco (γγd) versus teor de umidade (w) apresenta o gráfico abaixo:

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Compactação dos Solos

Curva de Compactação:

 Como se pode observar, a curva não toca a curva referente ao solo


completamente saturado. Isso se deve ao fato de não se conseguir expulsar todo
o ar de um solo não saturado por compactação.

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Compactação dos Solos

Curva de Compactação:

 Como se pode observar, a curva não toca a curva referente ao solo


completamente saturado. Isso se deve ao fato de não se conseguir expulsar todo
o ar de um solo não saturado por compactação.

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Valores típicos de γdmax e wot:


• solos argilosos: wot = 25 a 30% e γdmax = 14 a 15 kN/m3
• solos siltosos: valores baixos para γdmax e curvas bem abatidas
• areias c/ pedreg. bem graduadas: wot= 9 a 10% e γdmax = 20 a 21 kN/m3
• areias finas argilosas lateríticas: wot = 12 a 14% e γdmax = 19 kN/m3
(solos lateríticos caracterizam-se por ramo seco nitidamente íngreme)

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 RAMO SECO (baixa umidade) → a atração face-aresta das partículas não é


vencida pela energia de compactação  ESTRUTURA FLOCULADA;

Estrutura do solo
compactado → f(tipo de
carga aplicada, tempo de
aplicação desta carga e teor
de umidade do solo)

 RAMO ÚMIDO (próximo a saturação) → a repulsão entre partículas aumenta e a


compactação orienta as partículas  ESTRUTURA DISPERSA;

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OBS.:Ajuste → retas definindo os ramos secos e úmido e uma parábola fazendo a


transição entre as duas.

É geralmente representada em
conjunto a curva de saturação do
solo e opcionalmente curvas de
igual grau de saturação.

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Ensaio de Compactação Proctor Normal:


Idealizado por R.Proctor (1933)

Soquete: Massa = 2,5 kg,


Cilindro de compactação: altura de queda = 30,5 cm

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 Em cada ensaio, a amostra é divida em três


camadas e são aplicados 26 golpes em cada
camada por meio de um soquete (2,5 kg).

Os golpes são aplicados com altura constante (30


cm), garantindo que a mesma energia seja aplicada.

 No final do ensaio, calcula-se a massa de solo


dentro do cilindro e o volume de tal massa (função
do cilindro utilizado).

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Observa-se que na wot não se tem a maior resistência, mas tem-se maior estabilidade →
menor redução de resistência com o aumento do teor de umidade pelas chuvas.

Princípio fundamental na compactação → obtenção da densidade máxima, que não implica


numa resistência máxima, mas na maior estabilidade sob adversidades climáticas.

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Controle de Compactação em Campo:

 O controle de campo é feito por meio do quociente entre o peso específico aparente
seco obtido em campo e o peso específico aparente seco máximo obtido em
laboratório, denominado de Grau de Compactação:

γ s ( campo )
GC = x100
γ s ( laboratório )
 Não sendo obtida a compactação desejada, a qual não deverá ser inferior a
determinado valor de grau de compactação (fixado pela especificação adotada) o
material ser REMOVIDO E RECOMPACTADO.

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Controle de Compactação em Campo:

 Frasco de Areia (γ)

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Controle de Compactação em Campo:

 Método Speedy (Umidade por meio de variação de pressão devido à presença de


carbureto de cálcio) CaC 2 + H 2 O → Ca (OH ) 2 + C 2 H 2

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Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

 Mede-se a resistência à penetração de,


mediante o puncionamento, na face
superior da amostra de um pistão, com
aproximadamente 5 cm de diâmetro, sob
uma velocidade de penetração de 1,25
mm/min.

 A deformação é medida por meio de um


deflectômetro (com sensibilidade de 0,01
mm).

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Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

 Traça-se então a curva pressão-penetração.

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Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

O I.S.C. empregado no
dimensionamento de pavimentos flexíveis
é o que corresponde à penetração de 0,1”
(6,9 MPa) ou de 0,2” (10,35 MPa),
adotando-se o MAIOR valor encontrado

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Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

 A expansão do material, devida à absorção da água, é feita moldando-se o corpo-


de-prova, com a umidade ótima, conforme indicado anteriormente

 Sobre a amostra coloca-se um papel filtro e, acima deste, um disco perfurado,


munido de uma haste ajustável, com uma sobrecarga de discos anelares – equivalente
ao peso do pavimento – a qual não deverá ser superior a 4,5 kg.

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Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

 Imerge-se o cilindro com amostra compactada, junto com o disco e a sobrecarga,


dentro de um depósito cheio com água, durante quatro dias ou menos, se o material for
não-coesivo,

 Sobre a haste coloca-se um deflectômetro (com sensibilidade de 0,01 mm) e ajusta-


se a leitura. A cada 24 horas, durante 4 dias, são feitas as leituras observando-se assim
a expansão do material.

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Compactação dos Solos

Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

8,00
7,00
Pressão ( Mpa )

6,00
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Penetração ( mm )

A pto 02 - nat

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Compactação dos Solos

Índice Suporte Califórnia (ISC)/California Bearing Ratio (CBR)

100 20

90
19,5
80

70
19
60

50 18,5

40
18
30

20
17,5
10

0 17
5 7 9 11 13 15 17 19

ISC Compactação

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PARÂMETROS DE CONTROLE QUALIDADE


Expansão < 2% - subleito
C.B.R. > 20% e Expansão < 1% - sub-base
ISC para Base > 60% ou 80% (depende do tráfego) e expansão < 0,5%

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Compactação dos Solos

Exercício 01: Com uma amostra de solo a ser usado em um aterro, foi feito um ensaio normal de
compactação. Na tabela abaixo estão as massas dos corpos-de-prova (CDP s), determinadas em
cinco moldagens num cilindro que tinha 992 cm3. Estão também as umidades correspondentes de
cada moldagem. Desenhar a curva de compactação e determinar Peso Específico Aparente Seco
máximo e a Umidade Ótima.
Ensaio 1 2 3 4 5
Massa do C.D.P. (kg) 1,748 1,817 1,874 1,896 1,874
Umidade do solo compactado (%) 17,73 19,79 21,59 23,63 25,75
19
Peso Específico Aparente Seco (kN/m3 )

18

17

16

15

14

13
15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

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Umidade (%) Luís S. Araújo

Compactação dos Solos

Exercício 02: Foi realizado um ensaio de C.B.R e foram obtidos os dados abaixo. Traçar o gráfico pressão
versus deslocamento e determinar o valor de C.B.R.

ENSAIO DE C.B.R.

Pressão Penetração
2
Carga (kg) Carga (kN) (MN/m ) (mm)
0 0 0 0
34 0,34 0,2 0,63
84 0,84 0,4 1,27
225 2,25 1,1 1,9
451 4,51 2,3 2,54
625 6,25 3,2 3,17
790 7,9 4,0 3,81
929 9,29 4,7 4,44
1087 10,87 5,5 5,08
1186 11,86 6,0 5,71
1302 13,02 6,6 6,48
1381 13,81 7,0 7,35
1378 13,78 7,0 8,35

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Compactação dos Solos

Exercício 02: Foi realizado um ensaio de C.B.R e foram obtidos os dados abaixo. Traçar o gráfico pressão
versus deslocamento e determinar o valor de C.B.R.

10

7
Pressão (MPa)

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Deslocamento (mm)

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Exercício 03: Foi realizado um ensaio de compactação e foram obtidos os dados da planilha abaixo.
Determine a Massa Específica Aparente Seca Máxima e a Umidade ótima.
COMPACTAÇÃO

Jazida: BR-101
Amostra: Rio Santa Luzia
Nº: Operador: Data: 10/6/2000

Cilindro Nº : Peso do Cilindro (g) : 2265 Volume do Cilindro (cm3) : 988,71


Ponto 01 Ponto 02 Ponto 03 Ponto 04 Ponto 05 Ponto 06
Massa do cilindro + Solo úmido (g) 4100,00 4171,00 4263,00 4381,00 4414,00 4318,00
Massa do solo úmido (g) 1835,00 1906,00 1998,00 2116,00 2149,00 2053,00
Massa Específica Aparente Úmida (g/cm3)
Cápsula Nº 49 54-A 65 36 71 95-B
Massa da cápsula (g) 30,17 31,59 31,48 32,17 30,77 32,45
Massa da cápsula + Solo úmido (g) 130,54 133,67 128,88 139,63 151,34 205,84
Massa da cápsula + Solo seco (g) 123,90 125,63 120,76 129,18 138,21 184,80
Massa da água (g)
Massa do solo seco (g)
Teor de Umidade - w (%)
Massa Específica Aparente Seca (g/cm3)
Massa Específica Aparente Máxima (g/cm 3) : Umidade Ótima (%) :

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Exercício 03: Foi realizado um ensaio de compactação e foram obtidos os dados da planilha abaixo.
Determine a Massa Específica Aparente Seca Máxima e a Umidade ótima.

Ensaio de Compactação

2,10

Massa Específica Aparente Seca (g/cm 3)


2,05

2,00

1,95

1,90

1,85

1,80

1,75

1,70

1,65

1,60
5% 6% 7% 8% 9% 10% 11% 12% 13% 14% 15% 16% 17% 18% 19% 20%

Umidade (%)

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