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14/12/2017 83

Governo ignora sociedade


e aprova “PL da morte”
Emenda aglutinativa amenizou projeto em parte, mas só a
mobilização pode conquistar reajustes e demais reivindicações

A
Assembleia Legislativa aprovou na noite de II – a concessão de promoções e progressão fun-
quinta-feira, 14/12, o projeto de lei 920/2017, cional;
conhecido como “PL da morte”, que corta III – a realização de concursos públicos e admissão
gastos do Estado por mais dois anos, prejudicando os de servidores, civis e militares, e empregados públicos;
serviços públicos à população (como educação, saúde, Parágrafo único – Ficam preservados, observado
segurança e outros). o “caput” deste artigo, todos os direitos e vantagens
A partir do momento em que o governo enviou de ordem pecuniária, tais como adicional por tempo
o projeto à Alesp, a APEOESP imediatamente mobi- de serviço, licença-prêmio, adicional de insalubridade,
lizou a categoria para barrar mais este ataque. Desde adicional de periculosidade, horas extras, férias, entre
então, nossa presença naquela casa, pressionando outros previstos na legislação em vigor.”
os deputados e lotando as galerias, foi constante. Em Ou seja, formalmente não estão proibidos reajustes,
reuniões com o líder do governo, deputado Barros concursos públicos, promoções e progressão funcional,
Munhoz, nossa posição foi firme pela retirada do como na versão original. Porém, sabemos que isto não
projeto. Outras entidades do funcionalismo também basta. É nas ruas, com nossas paralisações, greves e
se mobilizaram, assim como a CUT e outras centrais mobilizações que vamos conseguir avançar e conquistar
sindicais. nossos direitos e reivindicações.
A pressão obrigou a um recurso parcial do gover- Mais uma vez, o governo Alckmin demonstra seu
no, que apresentou uma emenda aglutinativa, com o descompromisso com os direitos da população, com a
seguinte teor: educação, com os serviços públicos e com os servido-
“Artigo 3º – A autorização prevista nesta lei não res. Quer nos fazer pagar o preço da dívida que con-
impede, desde que observada, adicionalmente, a Lei traiu com a União, de R$ 232 bilhões. Mas, ao mesmo
Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000 tempo, se não tivesse deixado de cobrar impostos dos
(Lei de Responsabilidade Fiscal): empresários desde 2002, totalizando R$ 174 bilhões,
I – a concessão de reajustes ou adequação de re- 80% desta dívida não existiria.
muneração de membros, servidores e empregados Vamos continuar nossa luta,
públicos, civis e militares, de Poder ou de Órgão; com unidade e muita mobilização!
Secretaria de Comunicação

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