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Para explicitar o nome Moityca (fazer vencer em tupi guarani) escolhemos a noção de Eficiência
Empresarial, pois nela existe a ideia de otimização dos recursos disponíveis no intento de alcançar os
maiores resultados possíveis.
A busca da eficiência não é uma novidade. Em todas as áreas, a busca da otimização constitui o
principal motor do progresso. Nas atividades humanas procura-se cada vez mais evitar a perda de
tempo, de qualidade, de matérias-primas, de energia... Neste ponto as leis da física parecem
imensamente otimistas, mas não devemos esquecer que elas agem em sinergia com homens e
mulheres que, por sua vez, não obedecem às mesmas leis. Em uma frase, se os avanços tecnológicos
são impressionantes, nunca devemos esquecer que as “aventuras empresariais” mais bem sucedidas
ainda precisam de mulheres e homens. As leis da física permitem progressos constantes ao ponto de,
frequentemente, termos a impressão de que elas tendem ao infinito.
É possível construir edifícios sempre mais altos: o que são os 324 metros da Torre Eiffel frente aos
818 metros da Torre Burj Khalifa em Dubai que, por sua vez, desaparecerão dos livros dos recordes
em 2016? Sabemos nos deslocar sempre mais rapidamente. O que é a Maria Fumaça frente a um
trem bala? Conseguimos dominar as leis da aerodinâmica ao ponto de fazer voar aviões sempre mais
pesados. Há um pouco mais de um século parecia um milagre ver os 460 kg do “14 bis” levantar o
voo, enquanto hoje parece normal ver decolar as 560 toneladas de um Airbus A380! Podemos
multiplicar os exemplos quase ao infinito, em todos os campos, da medicina, à comunicação, às
finanças, aos materiais (nano tecnologias), à metrologia, etc. O progresso existe, parece sem limites e
está inerente à natureza humana na busca constante de otimização. Não se trata de temer ou
lamentar tal progresso, se trata só de lembrar que o progresso deve servir a humanidade e não
prejudicá-la... e deste ponto de vista a ética vai se tornar, com a generosidade, um dos principais
motores da economia.
No entanto, as leis dos seres humanos, não obedecem à mesma lógica. Podemos perceber que a
maioria de nossas funções podem se mover em direção a um ideal, mas se formos além desse ponto,
os recursos entram em colapso. Assim, para pegar um exemplo conhecido de todos os corredores de
longas distâncias, ao correr se aumenta a frequência cardíaca de um indivíduo, seu fluxo sanguíneo
vai aumentar até chegar a uma determinada frequência. Se exceder este ritmo, o fluxo de sangue
entrará em colapso, e o atleta vai acabar na insuficiência cardíaca. Otimizar o desempenho nos seres
humanos, portanto, requer o conhecimento do ponto de equilíbrio que cada indivíduo possui.
Na empresa convivem e se misturam as leis da física e as leis dos seres humanos. E, por
consequência, para um desempenho real, sustentável e duradouro no intento de evitar a
“destruição” de homens e mulheres, é necessário descobrir o ponto de justo equilíbrio. Não parece
claro? Vamos ilustrar nosso propósito com dois exemplos.
Como encontrar o ponto de equilíbrio ideal? Então, para cada colaborador, como saber se o nível de
objetivos definido se situa no ponto de equilíbrio ideal? Se for no nível certo, o colaborador irá
experimentar o prazer e, portanto, apresentar um baixo nível de estresse. Se for demasiadamente
elevado, o nível de prazer irá diminuindo e o do estresse aumentando. Se for baixo demais, não
haverá nenhuma satisfação nem prazer e o estresse poderá ser elevado.
Só os líderes excepcionais conseguem encontrar este ponto de equilíbrio naturalmente, sem nenhum
auxílio externo. A maioria dos gestores, para conseguir, pede ajuda a seu RH: uma avaliação de
potencial, dicas de gerenciamento, de motivação, de desenvolvimento possível, de aquisição de
novas competências, etc., mas ainda assim não consegue. Por quê?
A única possível consequência será aumentar ao mesmo tempo os resultados da empresa e o bem
estar dos colaboradores. É só ousar mudar alguns maus hábitos... mas esta é outra história!
R. Oswald
Bibliografia:
Mihaly Csikszentmihalyi (1990). Flow: The Psychology of Optimal Experience. New York: Harper and
Row.
Robert A. Karasek, 1979. Job Demand, job decision latitude, and mental strain: implications for job
redesign. Administrative Science Quarterly 24:pág. 285-308.
Renzo Oswald & Roland Capel, 2011. Quando a falta de escrúpulos alimenta um tráfico milionário e
arrecada prejuízos bilionários! (http://www.moityca.com.br/view_publi.asp?ID_PUBLI=109)