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O conceito de família surgiu com o próprio homem, com o modelo familiar sendo
resultante tanto do desenvolvimento cultural como do social, mas sempre tendo como princípios
básicos a função de defender seus membros e se reproduzir. Nos últimos anos este conceito tem
sido constantemente definido, com o matrimônio não sendo mais a única forma de construção
de família (1).
O que se verifica é que a família atual se alargou para além dos preceitos
constitucionais, uma vez que os novos modelos de família se encontram sob o pilar da
afetividade. Para Maria Berenice Dias o novo modelo da família funda-se sobre os pilares da
repersonalização, da afetividade, da pluralidade e do eudemonismo, impingindo nova roupagem
axiológica ao direito das famílias (2). Já para Lobo “o que interessa como seu objeto próprio de
conhecimento, são as relações sociais de natureza afetiva que engendram condutas suscetíveis
de merecer a incidência de normas jurídicas” (3).
Além disso, a família passou a ser vista como elemento essencial para formação da
sociedade, passando a ter a proteção do estado constitucionalmente. Neste aspecto, outras
estruturas e arranjos recebem também a proteção especial do Estado (4). Partindo deste
pressuposto, iremos mostrar alguns arranjos que se constituíram ao longo dos anos.
1 TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite; OLIVEIRA, Alexandre
Miranda. Manual de Direito das Famílias e das Sucessões. 2 ed. Belo Horizonte. Del Rey, 2010. P. 19
2 DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 11ª. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2016 (2016, p. 233)
3 LÔBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. 4ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. (2011, p. 29)
4 TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; RIBEIRO, Gustavo Pereira Leite; et. Al.. Manual de Direito
das Famílias e das Sucessões. 2 ed. Belo Horizonte. Del Rey, 2010. P. 20
5 TARTUCE, Flávio. Direito Civil, v. 5: Direito de Família, 12ª. ed., rev. atual. e ampl., Rio de
Janeiro: Forense, 2017. P.35
6 BRASIL. Código Civil Brasileiro
7 REVISTA ÂMBITO JURÍDICO. A prescrição conjugal. Disponível em:http://www.ambito-
jurídico.com.br/pdfsGerados/artigos/4168.pdfAcessado em 25/10/2017
8 BRASIL, CF de 1988, 2009, p.83.
9 RIBEIRO MARTINS, Paulo César. Família monoparental: uma interface entre o direito e a
psicanálise através de universitários. Disponível em: http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?artigo_id=6109&n_link=revista_artigos_leitura. Acessado em 24.10.2017.
10 LEITE, Eduardo de Oliveira. Famílias Monoparentais. São Paulo: RT, 1997
11 KUSANO, Susileine. Da família anaparental: Do reconhecimento como entidade familiar.
Disponível em: http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7559 Acessado em 26 de outubro de
2017.
12 DIAS, Maria Berenice. Comentários - Família pluriparental, uma nova realidade. 29 de dezembro
de 2008. Disponível em http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20081114094927519&mode=print
Acesso em 6 junho de 2009. Apud KUSANO, Susileine. Da família anaparental: Do reconhecimento como
entidade familiar. Disponível em:< http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7559> Acessado em 26 de outubro de
2017.
13 ALVARES, Luís Ramon. Novos Modelos Familiares e o Registro Civil das Pessoas Naturais.
Boletim Eletrônico do Portal do RI nº. 25/2013, de 04/06/2013. Disponível em
http://www.portaldori.com.br/2013/06/04/novos-modelos-familiares-e-o-registro-civil-das-pessoas-naturais.
Acesso em 27/10/2017.