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Priscila Folkl
Reginaldo T. Konatu
Natália C. Osidacz
Priscila S. Ashiguti
Paulo Henrique Rosa Santos
RESUMO
A soldagem por fusão por chama oxiacetilênica realiza soldas homogêneas
(metal de adição idêntico ao metal base) com ou sem material de adição
(caldeamento), onde as bordas das duas peças a unir e o material de adição, quando
existir, são levados simultaneamente à fusão. Neste processo, a zona de fusão possui o
material fundido com estrutura própria, com propriedades mecânicas tão boas quanto
a do material de base. A solda por fusão é executada com maçarico que fornece chama
de alta temperatura. Entre os tipos de maçaricos que executam com eficiência e
precisão este trabalho, encontramos aquele que efetua a mistura entre os gases
oxigênio e acetileno, produzindo a chama oxiacetilênica que alcança temperaturas de
até 3.100º C.
Palavras-chave: solda, oxiacetilênica, microdureza, microscopia, macrografia
I. Introdução
As operações de solda e corte pelo processo oxiacetilênico, são realizadas
através da queima da mistura de oxigênio e acetileno misturados nas proporções
corretas em um maçarico. A chama resultante dessa queima pode chegar a temperaturas
ao redor dos 3.200º C. O processo de soldagem à gás é na realidade uma fusão onde as
duas partes do material que deve ser soldado são aquecidas até o seu ponto de fusão e
depois unidas.Essa fusão pode ser feita sem adição ou com a adição de um material
(eletrodo) similar ao que está sendo trabalhado.
No corte, basicamente a mistura oxigênio/gás combustível serve para pré-
aquecer o material a ser cortado até a temperatura de reação do metal (ignição), no caso
das chapas de aço, entre 700ºC e 900ºC, quando o aço toma a coloração vermelho
cereja, mas ainda não atingiu a temperatura de fusão. Nesse ponto, o jato de oxigênio
puro é acionado, incidindo diretamente sobre a área pré-aquecida, o que
desencadeia uma violenta reação química exotérmica entre o
oxigênio e o metal aquecido, formando óxido de ferro (escória), que
se desloca pela força do jato de gás e abre espaço para a penetração
da chama produzindo o corte no metal.
O metal de adição, que pode estar na forma de fio ou barra, quando for utilizado,
é alimentado pelo soldador com uma mão, enquanto que, com a outra, ele manipula a
tocha. A proteção do material fundido é realizada pelos gases resultantes da queima
primário em uma chama corretamente ajustada. Dependendo do metal a ser soldado, um
fluxo pode ser utilizado para facilitar a escorificação das impurezas existentes na
superfície da junta. A soldagem oxiacetilênica utiliza um equipamento simples e de
baixo custo e pode ser usada para a soldagem de diversos tipos de metais. O mesmo
equipamento, com pequenas alterações no maçarico, pode ser utilizado para o corte,
brasagem e tratamento térmico de pequenas peças. Contudo, devido à sua baixa
intensidade de calor e, consequentemente, baixa produtividade, a soldagem
oxiacetilênica foi largamente suplantada pelos processos de soldagem a arco, sendo
atualmente mais usada em manutenção e na soldagem de chapas e tubos de parede fina.
1 – Maçarico:
O equipamento básico é formado por:
Corpo do maçarico:
- Dois tubos separados para passagem dos gases;
- Válvulas separadas de controle dos gases;
- Câmara de mistura dos gases;
- Tubo de chama;
- Extensão de solda ou bico de corte.
Os maçaricos de corte necessitam de duas entradas de oxigênio, uma para fazer a
mistura com o acetileno (pré-aquecimento) e a outra para formar o fluxo de corte.
Existem dois tipos de maçaricos:
-Maçarico misturador: utilizam acetileno e oxigênio na mesma pressão, são de
construção simples e devem ser usados com acetileno de cilindros. São mais seguros no
que diz respeito ao perigo de engulimento de chama pelo maçarico.
-Maçarico injetor: trabalham com baixa pressão de acetileno que é aspirado pelo
oxigênio fornecido a uma pressão maior. São mais utilizados em sistemas com gerador
de acetileno.
Para a operação de um maçarico, a pressão e a vazão dos gases utilizados devem
ser compatíveis com o tipo e a capacidade do maçarico. O uso de uma pressão
excessivamente baixa, a existência de dobras na mangueira, o superaquecimento do bico
do maçarico, o toque do bico do maçarico na poça de fusão ou a obstrução deste bico
por uma partícula de metal podem causar o engulimento da chama. Durante este, a
chama passa a queimar dentro do maçarico e, em casos extremos, pode atingir a fonte
de acetileno. O problema é minimizado pela regulagem correta da pressão dos gases e
pelo uso do maçarico em boas condições. Além, é fundamental a colocação de válvulas
contra retrocesso de chama no equipamento. Um engulimento de chama pode causar
queimaduras às pessoas, danos ao equipamento e, em casos extremos, uma explosão.
2 – Mangueiras:
As mangueiras do equipamento oxiacetilênico obedecem a um código fixo de
cores, acetileno é vermelho e oxigênio é verde. As conexões são de rosca direita e as do
acetileno são de rosca esquerda.
3 – Reguladores de gás:
A função principal desses equipamentos é o controle da pressão do gás. Ele
reduz a pressão alta do gás que vem do cilindro para a pressão de trabalho do maçarico,
mantendo-a constante durante toda a operação.
4 – Válvulas Redentoras:
São válvulas colocadas nas linhas de oxigênio e acetileno, ou na saída dos
reguladores para evitar o refluxo da chama do bico para dentro do maçarico. Isso pode
ocorrer quando a velocidade da chama é maior que a velocidade de fluxo do gás. Neste
caso a chama pode atravessar a câmara de mistura em sentido contrário e alcançar a
mangueira, e, em casos extremos, ao gás dentro do cilindro.
(a) (b)
Figura 8 – Técnicas de execução: (a) Soldagem para trás e (b) Soldagem para
frente.
1. Materiais e Equipamentos:
1.1. Materiais:
Baquelite, amostra de solda oxiacetilênica em aço, lixas (200, 600, 1000, 1500,
2000 e 4000), pano de polimento, detergente, OPS (diluído em água 1:1), água
destilada, nital 5.5%, álcool etílico (para secagem), luvas e algodão.
1.2. Equipamentos:
Equipamento de corte (Mesotom); equipamento de embutimento (Panpress 30);
equipamento de polimento (Polipan 2 – Pantec); capela; secador; estereoscópio
(zeiss), microscópio (Nikon – Epiphot 200) e equipamento de microdureza (nome).
2. Métodos:
O corte foi feito da maneira seguinte:
IV. Conclusão
Analisando os resultados da microdureza, confirmou-se que o metal base foi
pouco afetado pela temperatura, visto que, pode-se verificar a olho nu que o metal de
base não foi fundido por completo.
V. Referências Bibliográficas
[1]
http://www.praxair.cm/sa/br/bra.nsf/0/c247b9e346203c31852572500
061214b?OpenDocument – acessado dia 01/07/2010;
[3]
http://www.demet.ufmg.br/grad/disciplinas/emt019/pratica_ogw.pdf -
acessado dia 01/07/2010.