JUDICIA CURSOS PROFISSIONAIS LTDA.

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FORTALEZA
2015
 Alberto Bezerra de Souza

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Juliana Soares Lima – Bibliotecária – CRB-3/1120)

S719p Souza, Alberto Bezerra de.

Prática da Petição Inicial Cível no Novo Código de
Processo Civil (CPC). / Alberto Bezerra de Souza. –
)RUWDOH]D-XGLFLD&XUVRV3UR¿VVLRQDLV
S[FP

,6%1

'LUHLWR&LYLO3URFHVVR&LYLO3UiWLFD)RUHQVH3HWLomR
LQLFLDO3URFHVVR&LYLO3HoD3URFHVVXDO'LUHLWR&LYLO,6RX]D
Alberto Bezerra de. II. Título.

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Índices para catálogo sistemático:

3HWLomRLQLFLDO3URFHVVR&LYLO'LUHLWR&LYLO'LUHLWR

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$YHQLGD6DQWRV'XPRQW±6DODV±3DSLFX±&(3
Fortaleza – Ceará – Brasil
Copyright ‹-XGLFLD&XUVRV3UR¿VVLRQDLV/WGD
 DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Albertino Meneses e Maria Eldi, pelo esforço de

WRUQDUPHRSUR¿VVLRQDOTXHVRX

 $ PLQKD ¿OKD 1LFROH $JXLDU %H]HUUD JXHUUHLUD H PLQKD IXWXUD

companheira de trabalho.

Ao virtuoso psicanalista Galba Lobo Júnior, exemplo de pessoa e

SRUVHXSUR¿VVLRQDOLVPR

 $RFROHJD-RVp/HLWH-XFi)LOKRFRPSDQKHLURGH3yV*UDGXDomR
WDOHQWRVRDGYRJDGRHDGPLUDGRSRUQRVVDFODVVHGHDGYRJDGRVFHDUHQVHV
 SUMÁRIO
PARTE I - DOUTRINA ...........................................................................7

1. Requisitos Genéricos da Petição Inicial Cível ...................................9

'H¿QLomR ........................................................................................9
1.2. Distribuição e registro ..................................................................9
1.2.1. Distribuição .........................................................................10
1.2.2. Registro ................................................................................12
1.3. “Nomen juris”.............................................................................14
1.4. Capacidade postulatória (jus postulandi) .................................14
1.5. Formas .........................................................................................16
1.6. Dicas de redação forense............................................................17
1.7. Deferimento da petição inicial ..................................................21
1.8. Indeferimento da petição inicial ...............................................21
1.9. Emenda ou complemento da petição inicial.............................27

2. Requisitos da petição inicial ..............................................................30

2.1. Indicação do juízo (endereçamento) .........................................30
'H¿QLomRGDVSDUWHVHTXDOL¿FDomR ...........................................30
2.3. Fatos e fundamentos jurídicos do pedido.................................35
3HGLGRVHVXDVHVSHFL¿FDo}HV .....................................................37
2.4.1. Pedido mediato e imediato .................................................40
2.4.2. Pedido certo e o determinado ............................................41
2.4.3. Cumulação de pedidos (requisitos) ...................................45
2.4.4. Espécies de cumulação de pedidos ....................................46
2.4.4.1. Cumulação subsidiária e a alternativa de pedi-
dos..............................................................................................46
2.4.4.2. Cumulação simples e a sucessiva de pedidos ...........48
2.4.5. Interpretação do pedido .....................................................49
3UHVWDo}HVSHULyGLFDV..........................................................51
2.5. Alteração do pedido e da causa de pedir ..................................51
2.6. Mandato ......................................................................................53
2.7. Endereços (eletrônico e não eletrônico) e número de inscrição
na OAB ...............................................................................................56
2.8. Documentos .................................................................................57
SUMÁRIO
2.9. Valor da causa .............................................................................59
2.10. Indicação dos meios de prova ..................................................60
2.11. Opção pela realização da audiência conciliatória .................61

PARTE II - PRÁTICA ...........................................................................63

( 1 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – MORTE DE MENOR ...........65
( 2 ) AÇÃO DE DIVÓRCIO CONTENCIOSO ..............................94
( 3 ) AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO ............................118
( 4 ) AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE ...........................131
( 5 ) AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE ..............................146
( 6 ) AÇÃO DE EXECUÇÃO DE CONTRATO ...........................158
( 7 ) AÇÃO DE RESTAURAÇÃO DOS AUTOS ..........................162
( 8 ) AÇÃO MONITÓRIA ..............................................................168
( 9 ) AÇÃO DE EXIGIR CONTAS ................................................179
( 10 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANOS MATERIAIS 189
( 11 ) AÇÃO ANULATÓRIA DUPLICATA ..................................203
( 12 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO .................................................217
( 13 ) AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS .................229
( 14 ) AÇÃO DE PROTESTO JUDICIAL ....................................247
( 15 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO .................................................251
( 16 ) AÇÃO DE MODIFICAÇÃO GUARDA..............................266
( 17 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO .................................................282
( 18 ) INDENIZAÇÃO – MORTE MENOR - ACIDENTE .........297
( 19 ) INDENIZAÇÃO – DANO À IMAGEM - INJÚRIA ..........315
( 20 ) AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL
HOMOAFETIVA ............................................................................338
PARTE I - DOUTRINA
8
 9

1. Requisitos Genéricos da Petição Inicial Cível

'H¿QLomR

 $ SHWLomR LQLFLDO p GH JUDQGH LPSRUWkQFLD SDUD R GHVLGHUDWR GR

SURFHVVRPRUPHQWHOHYDQGRVHHPFRQWDGRSULQFtSLRGDLQpUFLDGDDWLYLGDGH
MXULVGLFLRQDO &3& DUW ž 'HVVH PRGR p FRP HVVD TXH R DXWRU VXVFLWD
R H[HUFtFLR GR (VWDGR-XL] LPSRUWDQGR QD DEHUWXUD GR YtQFXOR MXUtGLFR
SURFHVVXDO3RUWDQWRpSRUPHLRGDSHWLomRLQLFLDOTXHDDomRpPDWHULDOL]DGD
RQGHRFRUUHDSURSRVLWXUDGDDomR

 $GHPDLV D SHoD LQLFLDO UHSUHVHQWD XPD SURMHomR GR TXH UHVXOWDUi D

sentença (CPC, art. 141 e 492 3RU HVVH QRUWH UHSUHVHQWD REHGLrQFLD DR
princípio da adstrição, correlação e congruência e GL]HU D VHQWHQoD H D
SHWLomRHYLGHQFLDPDVSRVLo}HVH[WUHPDVGRSURFHVVR

 e FRP D SHoD H[RUGLDO GH XP SURFHVVR TXH R DXWRU GD DomR H[S}H
VXDV SUHWHQV}HV HP MXt]R VREUHWXGR TXDQGR VH GH¿QH R SHGLGR &RP VXD
GLVWULEXLomR RX GHVSDFKR LQDXJXUDO WHPVH FRPR DMXL]DGD D GHPDQGD
FRQVRDQWH GLVS}H R art. 312 do CPC 1mR Vy LVVR $JUHJDVH UHOHYkQFLD
TXDQGR D PHVPD WHP R FRQGmR GH LQWHUURPSHU D SUHVFULomR ²ainda que o
despacho seja proferido por juízo incompetente, consoante § 1º, do art. 240
²¿[DUDFRPSHWrQFLDCPC, art. 43HDSUHYHQomRGRMXt]RCPC, art. 59

 1D SUD[H MXUtGLFD DGRWDPVH RXWUDV QRPHQFODWXUDV SDUD HVVD WDLV

como peça vestibular, peça exordial, petição de ingresso, etc.

 6DOYR UDUDV H[FHo}HV D H[HPSOR GD SUHYLVmR H[SUHVVD FRQWLGD QD

Lei nº. 9099/95, art. 14QRVFDVRVGHYLROrQFLDGRPpVWLFDart. 12 da Lei
11.340/2006 H GD DomR GH DOLPHQWRV art. 3º, § 1º, da Lei 5.478/1968), a
SHWLomRLQLFLDOdeve ser escrita. Como “escrita” devemos entender a forma de
VHGRFXPHQWDUDOLQJXDJHPXWLOL]DGDQRSURFHVVR'HUHJUDSRUPHLRGHSDSHO
7RGDYLDDGPLWLGDDIRUPXODomRSRULQWHUPpGLRHOHWU{QLFRTXDQGRDVLWXDomR
DVVLPRSHUPLWLU3RUWDQWRDUHJUDpRDWRIRUPDOHVROHQHQRIRUPDWRHVFULWR

1.2. Distribuição e registro

 10

1.2.1. Distribuição

 eDWRSURFHVVXDOTXHDQWHFHGHDRUHJLVWURRFDVLmRHPTXHVHSURFHGH
DGLYLVmRGRVSURFHVVRVHQWUHRVMXt]HVTXHWHQKDPFRPSHWrQFLDFRQFRUUHQWH
SDUDDSUHFLiORVCPC, art. 285eSURYLGrQFLDLQGLVSHQViYHO nas comarcas
RQGHH[LVWDPPDLVGHXPMXL]RXPDLVGHXPHVFULYmRCPC, art. 284

 'HVVH PRGR D GLVWULEXLomR GRV SURFHVVRV PHVPR RV HOHWU{QLFRV

GHYHUi VHU IHLWD DWHQGHQGRVH j DOHDWRULHGDGH H j DOWHUQkQFLD HQWUH MXt]HV
VHPSUHREVHUYDQGRVHULJRURVDLJXDOGDGHGHQ~PHURVHQWUHHVVHVCPC, art.
285, caput$GHPDLVDOLVWDGHGLVWULEXLomRGRVSURFHVVRVREULJDWRULDPHQWH
VHUiSXEOLFDGDQR'LiULRGD-XVWLoDCPC, parágrafo único, art. 285+DYHQGR
HUURQHVVHVFULWpULRVLQFXPEHDRPDJLVWUDGRGHRItFLRRXDUHTXHULPHQWRGR
LQWHUHVVDGRFRUULJLUDGLVWULEXLomRCPC, art. 288

 &RP HIHLWR p FRP D distribuição RQGH VXFHGH D UHSDUWLomR GH v.g.,

SHWLomRLQLFLDOFDUWDVSUHFDWyULDVHURJDWyULDVHWF

 $DomRpWLGDSRUSURSRVWDHPMXt]RFRPRVLPSOHVSURWRFRORGDSHWLomR
inicial (CPC, art. 312, primeira parte'HVVHPRGRQmRKiPDLVG~YLGDGH
TXH D GLVWULEXLomR GR IHLWR VH GDU FRP D VLPSOHV HQWUHJD GD SHWLomR LQLFLDO
ao setor de protocolo. Entretanto, no art. 263 CPC/73 KDYLD D H[SUHVVmR
³GLVWULEXtGD´FRPRVHQGRRPRPHQWRGDSURSRVLWXUDGDDomR(LVVRWUD]LD
GXELHGDGH GH LQWHUSUHWDomR XPD YH] TXH QD YHUGDGH D SURWRFROL]DomR GR
DUUD]RDGR LQLFLDO HUD D ~QLFD GLOLJrQFLD H[LJtYHO SDUD VH WHU D DomR FRPR
proposta.

 +i FXULRVD H[FHomR TXDQWR j DomR GH DOLPHQWRV 3UHYr D Lei de

Alimentos (Lei 5478/68 TXH p FDEtYHO D ulterior GLVWULEXLomR H UHJLVWUR GD
DomRLA, art. 1º, caput e § 1º

 1DVLWXDomRDEDL[RGHVFUHYHVHKLSyWHVHRQGHMiH[LVWLDMXL]SUHYHQWR
SDUD DWXDU QR SURFHVVR GDt GLUHFLRQDGR j YDUD PHQFLRQDGD QR DUUD]RDGR
(CPC, art. 286, inc. I
 11

Note bem:1RVSURFHVVRVHOHWU{QLFRVHPUD]mRGRTXDQWRGLVSRVWRQRart.
10 da Lei 11.419/06DVLQLFLDLVHFRQWHVWDo}HVVmRLQVHUWDVGLUHWDPHQWHSHORV
DGYRJDGRV 1mR VH ID] QHFHVViULD D LQWHUYHQomR GH FDUWyULR RX VHFUHWDULD
MXGLFLDO SDUD D ¿QDOLGDGH GH GLVWULEXLUVH R SURFHVVR GLJLWDO ( LVVR IRL
reforçado com os ditames caput do art. 285 do CPC.

 ,PSRUWDUHVVDOWDUXPRXWURGDGRLPSRUWDQWHFRQFHUQHQWHjGLVWULEXLomR
GRSURFHVVReTXHjOX]GRTXHUHJHR§ 1° do art. 240 do CPCDSUHVFULomR
p LQWHUURPSLGD  FRP D SURSRVLWXUD GD DomR e GL]HU R DWR SURFHVVXDO HP
FRPHQWRWHPWRWDOUHOHYkQFLDQRWRFDQWHDHYLGHQFLDUXPDGHPDUFDomRTXDQWR
DRWpUPLQRGDFRQWDJHPGRWHUPRGDSUHVFULomR$VVLPH[LVWLQGRGHVSDFKR
LQLFLDOGHWHUPLQDQGRDFLWDomRPHVPRTXHSRUMXt]RLQFRPSHWHQWHRVHIHLWRV
GHVVDUHWURDJLUmRjGDWDGDSURSRVLWXUDGDDomR

 $OpPGLVVRDGLVWULEXLomRGDSHWLomRLQLFLDORXRUHJLVWURWUD]FRQVLJR
DLPSRUWkQFLDGHGHOLPLWDURMXt]RTXHMXOJDUiDFDXVDCPC, art. 431HVVH
SDVVRpDLGHQWL¿FDomRGD³DXWRULGDGHFRPSHWHQWH´TXHUHVROYHUiRFRQÀLWR
em perfeita sintonia com o princípio do juiz natural RX FRQVWLWXFLRQDO
evidenciado na Carta Magna (CF, art. 5°, XXXVII e LII

 'R PHVPR PRGR R DWR HP HVSpFLH RX R UHJLVWUR WRUQD SUHYHQWR R
MXt]RCPC, art. 59

 ,JXDOPHQWHLQFXPEHjSDUWHDXWRUDUHFROKHURVYDORUHVFRUUHVSRQGHQWHV
jVFXVWDVHGHVSHVDVGHLQJUHVVRCPC, art. 290eGL]HUDJXLDGHUHFROKLPHQWR
GRVYDORUHVGHYHDFRPSDQKDUDSHoDH[RUGLDO(VVDVFXVWDVFRQGL]HPjWD[D
SHORV VHUYLoRV SUHVWDGRV SHOR -XGLFLiULR D VXSULU DV GHVSHVDV DWLQHQWHV
FREUDGDVFRQIRUPHGLVFLSOLQDGRSRUOHLVHVWDGXDLVRXDTXHODVGH¿QLGDVSHOR
5HJLPHQWRGH&XVWDVGD-XVWLoD)HGHUDO'HVVHPRGRpLQGXELWiYHOTXHVH
 12

WUDWDGHGRFXPHQWRHVVHQFLDOjSURSRVLWXUDGDDomRQRVPROGHVGRart. 320
do CPC 2 QmR UHFROKLPHQWR DFDUUHWDUi R FDQFHODPHQWR GD GLVWULEXLomR
7RGDYLDDQWHVGLVVRDSDUWHDXWRUDGHYHUiVHUSUHYLDPHQWHLQWLPDGDSRUVHX
DGYRJDGRHQmRDSDUWHSDUDQRSUD]RGHGLDVSURPRYHUDUHJXODUL]DomR
3RUFRQVHJXLQWHGHYHUiHPHQGDUDLQLFLDOCPC, art. 321$LQREVHUYkQFLD
GHVVHDWRFXOPLQDUiQRFDQFHODPHQWRGDGLVWULEXLomRHPDLVFRPDH[WLQomR
do feito por abandono do processo.

 3RU ¿P UHJLVWUD R &3& TXH QDV KLSyWHVHV GH UHFRQYHQomR RX
LQWHUYHQomR GH WHUFHLUR v.g. RSRVLomR QRPHDomR j DXWRULD FKDPDPHQWR
DRSURFHVVRHWFRXDLQGDRXWUDKLSyWHVHGHDPSOLDomRGRSURFHVVRGHYHUi
VHUIHLWDDUHVSHFWLYDDQRWDomRSHORGLVWULEXLGRUCPC, art. 286, parágrafo
único$TXLQmRVHWUDWDGHHIHWLYDGLVWULEXLomRGHSURFHVVR$RUHYpVGLVVR
p WmR VRPHQWH D DQRWDomR DWLQHQWH DR UHJLVWUR H GRFXPHQWDomR GDV SHoDV
processuais.

1.2.2. Registro

 e FRP R UHJLVWUR GR SURFHVVR TXH HVVH VH HQFRQWUD UHJXODUPHQWH

GRFXPHQWDGRHVSHFLDOPHQWHFRPDGH¿QLomRGRVHOHPHQWRVTXHFDUDFWHUL]HP
XPDHVSHFt¿FDDomRSDUWHVQ~PHURGHSiJLQDVGDWDGRDMXL]DPHQWRHWF

 &RQ¿UD QD LPDJHP DEDL[R D DXWXDomR GH XP SURFHVVR RQGH FRQVWD
LQFOXVLYHDGLVWULEXLomRHRUHJLVWUREHPDVVLPRXWURVHOHPHQWRVFRQVWDQWHV
GDUHJUDGRart. 206 do CPC.
13
 14

 $VVLPSHUFHEHVHTXHRDWRGHUHJLVWURGL]UHVSHLWRDXPDGDVFDWHJRULDV
de atos praticados pelos auxiliares da justiça.

1.3. “Nomen juris”

 3DUDTXHDSDUWHVHMDDWHQGLGDHPVHXSHGLGRQmRVHID]QHFHVViULD
DLQGLFDomRGR³nome da ação´1DUHDOLGDGHHVVDDDomRLPSRUWDVRPHQWH
QD SUHUURJDWLYD GH REWHU D WXWHOD MXULVGLFLRQDO DGHFLVmR PHULWyULD TXDQWR j
SUHWHQVmRIRUPXODGDHPMXt]R

 6HJXQGR R TXH GHOLPLWD R art. 319 do Estatuto de Ritos, a

QRPHQFODWXUDXWLOL]DGDSDUDLGHQWL¿FDURWLSRGHSURFHVVRHSURFHGLPHQWRnão
é requisito1RHQWDQWRDGRWDVHHVVDFRQGXWDQDSUD[HIRUHQVH$H[HPSOR
FRVWXPDVH DSHOLGDU DV Do}HV FRPR v.g. DomR UHYLVLRQDO DomR HVWLPDWyULD
DomRGHGHSyVLWRDomRUHYRFDWyULDHWF

 $ SURSyVLWR H[WUDLVH HVVD FRQFOXVmR TXDQGR VH SHUFHEH D GLUHWUL]

¿[DGDQRart. 207 do CPC1HVVDFRQGXWDKiXPSURFHGLPHQWRDVHUWRPDGR
SHORHVFULYmRRXFKHIHGHVHFUHWDULDTXDQGRGRUHFHELPHQWRGDSHWLomRLQLFLDO
2EVHUYHVHTXHDQRUPDUH]DTXHpGHYHUHVSHFL¿FDUGHQWUHRXWURVDVSHFWRV
DSHQDV ³D QDWXUH]D GR SURFHVVR´ 3URFHVVR GH H[HFXomR GH FRQKHFLPHQWR
«

 7RGDYLD DR VH UHDOL]DU R UHJLVWUR H DXWXDomR GR SURFHVVR XP GRV
DVSHFWRV UHTXHULGRV SHOR VLVWHPD GH LQIRUPiWLFD p MXVWDPHQWH R ³nome da
ação´1DYHUGDGHLPSRUWDVLPDRUHYpVGLVVR o pedido e a causa de pedir
(CPC, art. 319, inc. III e IV

1.4. Capacidade postulatória (jus postulandi)

 $DSWLGmRGHSRVWXODUHPMXt]RpFRQFHGLGDDRDGYRJDGROHJDOPHQWH
habilitado (CPC, art. 103 c/c art. 1º, inc. I c/c art. 3º, do EOAB 1HP
PHVPRRVHVWDJLiULRVGHGLUHLWRWrPHVVDSUHUURJDWLYDOHJDOEOAB, art. 3º,
§ 2º$OpPGLVVRVRPHQWHSRGHUiUHSUHVHQWDUDSDUWHHDtWHUFDSDFLGDGH
SRVWXODWyULDVHOKHIRUFRQFHGLGDSURFXUDomRCPC, art. 104VDOYRH[FHo}HV
SUHYLVWDV QR GLVSRVLWLYR SURFHVVXDO RUD GHEDWLGR 3RUWDQWR DR EDFKDUHO HP
 15

GLUHLWRUHJXODUPHQWHLQVFULWRQD2$%,JXDOPHQWHDRPHPEURGR0LQLVWpULR
3~EOLFRv.g., CPC, art. 77ECA, art. 210, inc. I; CDC, art. 82, inc. I

 1mR VH GHYH FRQIXQGLU capacidade de postulação (jus postulandi),

DTXLWUDWDGDFRPDcapacidade processual (CPC, art. 70(VVDGL]UHVSHLWRj
SDUWHVREUHWXGRQRWRFDQWHDRFDELPHQWRGHSRGHUSHUTXLULUVHXVGLUHLWRVHP
MXt]RGHVXDWLWXODULGDGHHPUHIHUHQWHDDOJXPDSUHWHQVmRRXREULJDomRGD
VXDDSWLGmRGHH[HUFHUSHVVRDOPHQWHRVDWRVGDYLGDFLYLO$TXHODFRQWXGR
FXLGDGDSURSULHGDGHGHTXHPSUDWLFDRVDWRVSURFHVVXDLVGHVXDFDSDFLGDGH
WpFQLFDGHUHGLJLUSHoDVSURFHVVXDLV1HVVHSDVVRSRGHDFRQWHFHUGHH[LVWLU
XPLQFDSD]WHQKDcapacidade processual YJCC, art. 3º, 4º, 1.747, inc. I,
1.782, etc; ECA, art. 21, HWF SRUpP GHYHUi VHU UHSUHVHQWDGR HP MXt]R QD
forma da lei (CPC, art. 71

 'HVVHPRGRDULJRUQmRpGDGRjSUySULDSDUWHLQYRFDUVXDSUHWHQVmR
HP MXt]R (QWUHWDQWR VH HVVD WHP KDELOLWDomR OHJDO SDUD WDQWR DGYRJDQGR
HPFDXVDSUySULDIDFXOWDVHDSRVWXODomRSRULQWHUPpGLRGHSUR¿VVLRQDOGR
'LUHLWR$GHPDLVVHJXQGRQRUPDFRQVWLWXFLRQDORDGYRJDGRpLQGLVSHQViYHO
j DGPLQLVWUDomR GD -XVWLoD CF, art. 133 QmR SRGHQGR SRU LVVR VHU
FRQIXQGLGD D FDSDFLGDGH GH SRVWXODU HP MXt]R FRP R GLUHLWR GH DFHVVR j
-XVWLoDHRGHSHWLomRCF, art. 5º, inc. XXXIV e XXXV2GHVDWHQGLPHQWR
enseja nulidade absoluta dos atos praticados (EOAB, art. 4º

 'H RXWUR LPSRUWH LPSHQGH FRQVLGHUDU TXH Ki RXWUDV H[FHo}HV 1R
HQWDQWRUHJLVWUHVHTXHDVH[FHo}HVQHVVHSURSyVLWRGHYHPHVWDUprevista em
LeiDVVLPGHVREULJDomRTXHVXUJHope legis HQmRope judicis

 1DV FDXVDV TXH QmR XOWUDSDVVHP R HTXLYDOHQWH D YLQWH VDOiULRV

PtQLPRV FRQVRDQWH UH]D D Lei dos Juizados Especiais (art. 9º da Lei
9099/95pFRQIHULGRjSDUWHDSUHUURJDWLYDGHDWXDUGLUHWDPHQWHQRSURFHVVR
FPRDXWRURXUpXH[FHWRQDIDVHUHFXUVDOLJE, art. 41, § 2º2PHVPRVH
GL]FRPUHVSHLWRDRVJuizados Especiais Federais (Lei 10.259/01, art. 10
2XWURVVLP SHUPLWHVH TXH D SDUWH LPSHWUH +DEHDV &RUSXV SDUD VL RX SDUD
outrem, faculdade essa conferida por norma processual penal (CPP, art. 654,
caputDVVLPFRPRSHOREstatuto da OAB (EOAB, art. 1º, § 1º2PHVPR
 61

EDVWDQWHSH[GRFXPHQWDOWHVWHPXQKDOSHULFLDOHWF$VVLPGHVQHFHVViULD

D GHVFULomR ULJRURVD GH FDGD SURYD TXH SUHWHQGH SURGX]LU CPC, art. 369
$GHPDLVRSUySULRMXL]FRQGXWRUGRSURFHVVRSRGHUiGHWHUPLQDUGHRItFLRD
SURGXomRGHSURYDVTXHDFKDUQHFHVViULDDRGHVLGHUDWRGDFDXVDCPC, art.
370

 7RGDYLD p GH WRGR RSRUWXQR JL]DU TXH VH R SHGLGR PHULWyULR WLYHU
FRPR IXQGDPHQWR SURYD GRFXPHQWDO HVVD GHYHUi DFRPSDQKDU D SHWLomR
inicial (CPC, art. 320

 6HDFDVRRDXWRUGHL[HGHLQGLFDUVXDVSURYDVFRPDLQDXJXUDOSDUFHOD
GRV 7ULEXQDLV HQWHQGHP QmR UHSUHVHQWDU SUHFOXVmR SDUD RXWURV WUDWDVH GH
XPDGDVKLSyWHVHVGHHPHQGDGDLQLFLDOSRLVVHWUDWDGHXPGRVUHTXLVLWRVGD
SHoDH[RUGLDO1RHQWDQWRVHPHVPRGLDQWHGHGHVSDFKRVDQHDGRULQVWDQGRD
DLQGLFiODVRXPHVPRUHLWHUiODVDtVLPVHUiHQWHQGLGRFRPRXPDYRQWDGH
GHQmRVHSURGX]LUSURYDVCPC, art. 357eGL]HUSUHVXPHVHTXHRDXWRU
DOPHMDRMXOJDPHQWRDQWHFLSDGRGDOLGH

2.11. Opção pela realização da audiência conciliatória

 e H[LJLGR TXH D SHWLomR LQLFLDO LQGLTXH R LQWHUHVVH GR DXWRU HP

FRPSRUVHSRUDXGLrQFLDFRQFLOLDWyULDRXGHPHGLDomRCPC, art. 319, VII
1DYHUGDGHFRQMXJDQGRVHHVVDUHJUDFRPRFRQWH~GRGLVSRVWRQR§ 5º, do
art. 334 do CPC¿FDHYLGHQWHQRVLOrQFLRGRDXWRUTXDQWRDRLQWHUHVVHSHOD
FRPSRVLomRSUHVXPHVHTXHKiFRQYHQLrQFLDHPUHDOL]iOD'HVVHPRGRHVVD
DEVWHQomR QmR LPSOLFD REYLDPHQWH HP VH GHWHUPLQDU D HPHQGD GD SHWLomR
LQLFLDO2FRQWUiULRGLVVRFRPRYLVWRHVVHGHYHUiHVSHFL¿FDUH[SUHVVDPHQWH
QDSHoDH[RUGLDOFRQWXGRVHPDGHQWUDUQDVPRWLYDo}HV

 &RQWXGR KDYHQGR HYHQWXDO GHVLQWHUHVVH GR DXWRU HP UHDOL]DU

FRPSRVLomRLVVRQDGDREVWDTXHRPDJLVWUDGRGXUDQWHGRGHVHQYROYLPHQWR
GRSURFHVVRDJRUDSRUGHYHUCPC, art. 139, inc. VWHQWHFRQFLOLDUDVSDUWHV

 'H RXWUR ERUGR XUJH DVVHYHUDU TXH QRV FDVRV TXH QmR SHUPLWHP
DXWRFRPSRVLomR CPC, art. 334, § 4º, inc. II ² v.g., CC, art. 841, Lei
de Improbidade Administrativa, art. 17, § 1º, etc) R MXL] QmR OHYDUi HP
 62

FRQWD R GHVHMR PDQLIHVWDGR QD LQLFLDO TXDQWR j FRPSRVLomR (P IDFH GLVVR
GHWHUPLQDUiGHSURQWRDFLWDomRGDSDUWHDGYHUVD
PARTE II - PRÁTICA
64
 65

( 1 ) AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – MORTE DE MENOR

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[ JUSTIÇA GRATUITA ]

MARIA DA SILVAFDVDGDFRPHUFLiULDLQVFULWDQR&3)0)VRE

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procuratório acostado ±RTXDOHPDWHQGLPHQWRjGLUHWUL]GRDUWLQF,
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suporte no art. 186 e art. 948, inc. II, ambos do Código CivilSDUDDMXL]DU
a presente

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS,

“dano material e moral”

contra a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DO CEARÁ, pessoa jurídica

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delineado.

1 – DO PLEITO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Os Autores YrP UHTXHUHU D 9RVVD ([FHOrQFLD RV EHQHItFLRV GD

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2 – LEGITIMIDADE ATIVA – SUCESSORES DO DE CUJUS

( CC, arts. 12 c/c art. 943 e CPC, art. 613 )

'HLQtFLRFRQYpPWHFHUOLQKDVDFHUFDGDSURSULHGDGHGRDMXL]DPHQWR
GHVWDDomRLQGHQL]DWyULDQRPHDGDPHQWHHPIDFHGDlegitimidade ativa.

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de cujus WDPEpPpREMHWRGHGLUHLWRQDPHGLGDHPTXHRGLUHLWRGHUHFODPDU
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CÓDIGO CIVIL

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da

personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras
sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para

requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou
qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
 67

Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la

transmitem-se com a herança.

 1HVVHSDVVRFRQVLGHUHPRVDVOLo}HVGH0DULD+HOHQD'LQL]

“Os lesados indiretos pela morte de alguém serão aqueles que, em

razão dela experimentarem um prejuízo distinto do que sofreu a própria
vítima. Terão legitimação para requerer indenização por lesão a
direito da personalidade da pessoa falecida, o cônjuge sobrevivente,
o companheiro (Enunciado nº. 275 do CJF da IV Jornada de Direito
Civil), qualquer parente em linha reta ou colateral até o segundo
grau (CC, art. 12, parágrafo único). ” (DINIZ, Maria Helena. Curso
de Direito Civil Brasileiro. 24ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 88)

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3 – DOS FATOS

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 70

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4 – MÉRITO

4.1. Responsabilidade civil objetiva da Ré

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
SXEOLFLGDGHHH¿FLrQFLDHWDPEpPDRVHJXLQWH

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

 1mR EDVWDVVH LVVR SHUFHED TXH D /HJLVODomR 6XEVWDQWLYD &LYLO GR

PHVPRPRGRDGRWRXDRULHQWDomRFRQVDJUDGDQD&DUWD3ROtWLFD

CÓDIGO CIVIL
 71

Art. 43 - As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente

responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores
do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

 1mR Ki G~YLGDV WDPEpP TXH D KLSyWHVH UHFODPD D REVHUYkQFLD GD

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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,

nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,
que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,

permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento,
VmR REULJDGRV D IRUQHFHU VHUYLoRV DGHTXDGRV H¿FLHQWHV VHJXURV H
quanto aos essenciais, contínuos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial,

das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas
compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma
prevista neste código.

 7DPEpPSRUHVVHSULVPDpRSHQVDPHQWRGH5L]]DWWR1XQHVTXDQGR
SURIHVVDTXH

“Assim, estão compreendidos na ampla regulação da lei consumerista

os serviços públicos, sem ressalvas. Se se levar em consideração que
as duas exceções para não abrangência do CDC no que respeita aos
serviços (sem efetiva remuneração e custo; os de caráter trabalhista),
ter-se-á de concluir que praticamente todos os serviços públicos estão
protegidos pela Lei nº. 8.078/90
 72

Vale um comentário sobre o aspecto da gratuidade. Não é porque

algum tipo de serviço público não esteja sendo pago diretamente
– ou nem sequer esteja sendo cobrado – que não está abrangido
pelas regras do CDC. Os comentários que já tivemos oportunidade
de fazer quanto ao custo e à remuneração do serviço privado valem
também quanto ao serviço público. Nenhum serviço público pode ser
considerado efetivamente gratuito, já que todos são criados, mantidos
e oferecidos a partir da receita advinda da arrecadação de tributos.
“ (NUNES, Luiz Antônio Rizzatto. Comentários ao Código de Defesa
do Consumidor. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 190)

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FRPSURPLVVR GD FRQWUDSUHVWDomR QR PRPHQWR HP TXH HOHV PDLV
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HVWHVVHVREUHSRUjTXHOHV2FRQFHLWRGHIRUQHFHGRUGHVFULWRQRDUW
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S~EOLFDRTXHOHYDDHQWHQGHUTXHLQFLGHQRFDVRHPWHODDUHIHULGD
QRUPD$PDWpULDGRVDXWRVMiIRLGLVFXWLGDQHVWHWULEXQDORTXDO
VHSRVLFLRQDSHORFXVWHLRGDLQWHUQDomRHPKRVSLWDOQmRFUHGHQFLDGR
TXDQGR QmR Ki YDJDV QD UHGH FRQYHQLDGD  0DQWLGD D VHQWHQoD GH
SULPHLURJUDX5HFXUVRGHDSHODomRLPSURYLGRXQDQLPLGDGHTJPE
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