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Daniela é uma jovem Doutora em Fisioterapia que decidiu mudar-se para São Paulo. Essa
decisão foi motiva por um antigo objetivo: fazer parte de um importante laboratório que
pesquisa tratamentos para a Síndrome do Imobilismo. O pai de Daniela sofre com esse problema
há mais de dois anos. Para conquistar sua meta, Daniela se inscreveu na seleção para
pesquisador desse laboratório, que é composto por uma equipe multidisciplinar. Depois de
muito estudar e de passar por uma série de etapas de seleção, ela foi escolhida para fazer parte
da equipe.
Certo dia Daniela ficou sabendo que sua equipe iria dedicar-se à pesquisa com células tronco.
Usar embriões congelados excedentes de tratamentos de fertilização e obter células-tronco a
partir de clonagem terapêutica eram duas soluções que o laboratório iria desenvolver chegar
mais perto da cura da doença.
Ao mesmo tem que se viu participando de um grande projeto que poderia desenvolver a cura
para o seu próprio pai, Daniela se viu diante de alguns problemas éticos e começou a questionar-
se:
– É moralmente válido produzir e utilizar embriões humanos para separar as suas células-
tronco? A esperança das pessoas, traduzida na criação constante de novas terapêuticas está
acima da vida dos embriões que terão que ser produzidos para gerar as células-tronco? Nos
países onde é permitida a clonagem terapêutica haverá a comercialização do tecido produzido
em laboratório através do envio deste material para países onde a técnica é proibida?
Além desses dilemas, Daniela ainda se viu diante de outra questão: essa pesquisa, que envolvia
a clonagem e o uso de embriões, estava condizente com a vontade de Deus? Como era uma
moça muito religiosa, e que seguia as crenças de seus antepassados, Daniela chegou à conclusão
de que aquela pesquisa contrariava os seus princípios religiosos. Depois de muito pensar,
resolveu se afastar do laboratório e tornar-se professora, ministrando a aulas de ética para
alunos de fisioterapia.