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Movimento
filosófico
iniciado no
final do
século XIX e
início do
século XX
por G. Frege,
B. Russell, G.
E. Moore, e
L.
Wittgenstein

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4
Círculo de Viena:
influente grupo
de filósofos e
cientistas
fundado por
Moritz Schlick, e
liderado por
Rudolf Carnap e
Otto Neurath. O
Grupo de Berlim,
na mesma época,
defendia as
mesma ideias

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Ludwig Wittgenstein
1889-1951
O filósofo mais influente do
século XX

Gilbert Ryle
1900-1976
O Conceito de Mente é
sua grande obra, um
marco na história
recente da filosofia da
mente

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Defunto levado até
Osíris para
ser julgado

1 Há bastante controvérsias sobre o significado dos primeiros rituais funerários dos Neandertais; a
partir de Homo Sapiens a situação começa a mudar e a se precisar. Em muitas ocasiões existem
evidências de que o ritual devia preparar para uma “outra vida”. Ver Paul Pettitt, “When Burial
Begins”. British Archeology 66, Augusto 2002. Ver também descrições interessantes em A. Shryock
& D. Smail, Deep History. The Architecture of Past and Present. Berkeley/Los Angeles: University
of california Press, 2011.

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Todos os seres
corporais são
compostos
de matéria e
de uma forma

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Senso comum:
tudo o que
aprendemos
sem
treinamento
especial

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-

Qualia são
aspectos
qualitativos e
subjetivos de
nossas
experiências
sensoriais e
conscientes

2 Uma proposição é um pensamento que uma frase declarativa expressa e que pode ser
avaliado como verdadeiro ou falso. É possível expressar a mesma proposição em várias
linguagens; portanto, uma proposição independe da linguagem.

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-

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Do latim,
significa “da
coisa”, em
oposição a
de dicto, “da
palavra” ou
conceito

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A cognição é um
conjunto de
processos
mentais, como a
atenção,
percepção,
memória, e
raciocínio que
produzem o
conhecimento

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Brentano,
Autor da
Psicologia do
Ponto de Vista
Empírico, 1874

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Movimento
criado por E.
Husserl,
continuado
por M.
Heidegger,
J.-P. Sartre, e
M. Merleau-
Ponty

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A posteriori,
é tudo o que
depende da
experiência,
ao contrário
do a priori
que
independe
da
experiência

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Uma linha
reta contínua
é constituída
de uma
infinidade de
pontos tais
que entre
qualquer par
de pontos, há
sempre pelo
menos um
ponto

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A expressão “explanatory gap” (lacuna explicativa) é devido a Joseph Levine, “Materialism and
Qualia: The Explanatory Gap”, em Pacific Philosophical Quarterly, 64, 354-361, 1983.

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É assim que pretendo traduzir a expressão inglesa introduzida por Thomas Nagel em “What is it
like to be a Bat?”, (“Que efeito isso faz ser um morcego?”, ou “Como é ser um Morcego?”), em
Mortal Questões. Cambridge, C.U.P., 1979.
5
Assim chamado por David Chalmers, em “Facing Up to the Problem of Consciousness”. Journal
of Consciousness Studies, 2(3): 200-19, 1995. Ver também, do mesmo autor, The Character of
Consciousness. Oxford: Oxford University Press, 2010.

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Necessário é o
que é
verdadeiro em
todas as
situações
possíveis;
contingente, é
o que não é
nem
necessário,
nem
impossível

Os racionalistas
acreditam nas
ideias inatas
como fonte de
conhecimento,
enquanto os
empiristas
negam que haja
na mente ideias
ou princípios
inatos

6Ver T. Crane & S. Patterson (orgs.), History of the Mind-Body Problem. Londres e Nova Iorque:
Routledge, 2000. Ver a Introdução dos organizadores.

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7R. Descartes, Méditations métaphysiques. Paris: Presses Universitaires de France, 1974, p. 43.
Tradução minha.

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Ilusão de
Müller-Lyer:
qual das duas
retas é a mais
comprida?
Saber que
elas são
iguais não
altera o que
vemos

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8Pierre Bayle, artigo “Rorarius”, em Dictionnaire historique et critique (1697), Paris Éditions
Sociales, 1974, 178-196.

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A Lógica cuida
da validade das
inferências; a
Ontologia
cuida do que é,
o que existe no
mundo

A distinção
entre intensão e
extensão foi
introduzida por
Leibniz no
século XVII e
usada de novo
de maneira
sistemática a
partir de Rudolf
Carnap no século
XX.

9Ver a Quinta Parte do Discurso sobre o Método (1637) de Descartes. Discours de la Méthode,
apresentação e notas de E. Gilson, Paris, Vrin, 1966.

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10Ver Donald Davidson, “Mental Events”, em L. Foster & J. Swanson (orgs.), Experience and
Theory. Amherst: University of Massachusetts Press, 1970. Publicado de novo em Ned Block
(org.), Readings in Philosophy of Psychology. Vol. 1. Cambridge: Harvard University Press, 1980,
107-119.

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11T. H. Huxley, “On the Hypothesis that Animals are Automata, and its History”, in Fortnightly
Review 16: 555-580, 1874; também em David J. Chalmers, Philosophy ofMind. Classical and
Contemporary Readings. Oxford: O.U.P., 2002.

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Introspecção é a
observação que
um sujeito faz
de seus próprios
estados mentais

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Psicologia
popular: um
conjunto de
práticas de
atribuição de
crenças, desejos,
intenções, que
nós usamos para
explicar ou
predizer o
comportamento
uns dos outros.

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O comportamento operante, é a seguinte ideia: as consequências de um comportamento podem
influenciar a probabilidade deste acontecer de novo. Se a consequência for agradável, a
probabilidade vai aumentar, senão, irá diminuir. O reforço pode ser positivo ou negativo. A
economia behavioural tem a ver com autocontrole e escolhas que fazemos ao longo de nossas vidas.

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13“Harris poll revels what people do and do not believe”. Ver Harris, 2009,
http//:www.harrisinteractive.com/.

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A teoria dos tipos lógicos invocada por Ryle foi concebida por Bertrand Russell na primeira
década do século XX para resolver um paradoxo na teoria dos conjuntos. Segundo Russell, há uma
hierarquia de tipos lógicos começando pelos indivíduos (tipo 0), as propriedades de indivíduos (tipo
1), como ser branco, ser rápido, etc., as propriedades de propriedade de indivíduos (tipo 2) – uma
propriedade que caracteriza um conjunto de propriedades – como ser um bom general, ter uma forte
personalidade –, e assim por diante. A teoria dos tipos lógicos aplica-se a objetos e propriedades, ou
a conceitos, ou ainda a predicados. Para evitar paradoxos e fórmulas mal formadas, um predicado (ou
conceito, ou propriedade) de tipo n deve aplicar-se a uma entidade de tipo n-1.

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Reduzir significa
descrever e
redefinir
algo em termos
diferentes
de outra teoria
seguindo princípios
rigorosos, e
identificar algo, por
exemplo a
temperatura de um
gás, com outra coisa,
como a energia
cinética média das
moléculas do gás

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John Jamieson Carswell Smart
(1920-2012), conhecido como
Jack Smart ou J.J.C. Smart, foi
um precursor da famosa teoria da
identidade mente-cérebro.

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15 Em símbolos da lógica dos predicados com identidade: x y [(x = y)  P (Px  Py)].

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Há quantas palavras
Moço no retângulo azul, à
Moço esquerda? Uma ou
Moço três?

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Este é um neurônio aumentado milhares
de vezes que sofreu um corte deixando
aparecer as pequenas bolsas (azuis e
verdes) contendo neurotransmissores.
Nosso cérebro contém por volta de 100
bilhões de neurônios de vários tipos
(piramidais, estrelados, neurônios
espelho, etc.), e uma longa lista de
substâncias químicas
(neurotransmissores). Estamos só
começando a descobrir a assombrosa
complexidade do cérebro.

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Hilary Putnam (1926- ), filósofo
estadunidense cujas ideias estão na
origem do funcionalismo e de outras
concepções interessantes em filosofia
da mente e da linguagem, como o
externismo. O argumento da
realizabilidade múltipla é dele.

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O instrumentalismo
é a tese de que as
teorias científicas
são bons
instrumentos para
fazer predições; elas
não precisam ser
caracterizadas como
verdadeiras ou falsas

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Alan Mathison Turing (1912-
1954), matemático inglês, criador
das “máquinas de Turing”, a base
da informática contemporânea.

Ao contrário do
instrumentalista, o
realista acredita que as
teorias são grosso modo
verdadeiras, e os
termos teóricos que
elas usam não são
fictícios, eles referem a
algo que existe
independentemente de
nós

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Cabeçote

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Jerry Alan Fodor (1935 -)
é uma das figuras mais
dominantes da filosofia
da mente e das ciências
cognitivas

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Ceteris paribus
significa: o resto
permanecendo
como está.

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David Kellog Lewis (1941-2001),
filósofo estadunidense, fortemente
influenciado pelos materialistas
australianos em filosofia da mente, foi
um dos filósofos analíticos mais
influentes da segunda metade do
século XX.

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 

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    
 


  

   

   

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O símbolo “x” é o quantificador universal e significa “para todos os x” ou “para qualquer x”; “x”
é uma variável que cobre o domínio das criaturas providas de mentalidade e que podem sentir dor;
“” representa a implicação material, o conectivo “se... então”; e “&” representa a conjunção “e”.

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Estar
normalmente
alerta

Desconforto
Corte
Queimadura Estado de Dor
Aranhão

Caretas
Desejo de gemidos
aliviar a dor

M1

M3
Corte
Queimadura
Aranhão M2

Caretas
gemidos
M4

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Patricia Smith
Churchland (1943- ) é
canadense e popularizou
a expressão
“neurofilosofia”; Paul
Churchland (1942- ),
filósofo estadunidense, e
principal representante
do materialismo
eliminista

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Holístico é
relativo ao
todo; discreto
significa bem
delimitado e
separado do
resto

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Donald Davidson (1917-2003)
foi um dos filósofos mais
importantes e influentes da
segunda metade do século XX,
em filosofia da linguagem, da
ação e da mente.

O monismo se
opõe ao
dualismo, e
significa uma só
substância;
“anômalo”
significa “sem
leis”

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 

 


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Propriedades
supervenientes

Dependência Determinação

Propriedades de
base

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Holismo, a ideia
de que cada parte
depende do todo
quanto à sua
existência e se
define em relação
ao todo

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John R. Searle (1932- ),
filósofo estadunidense, um dos
autores mais discutidos em
teoria da mente, da linguagem
e da realidade social.

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Linguagem Mente

 

Mundo Mundo

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 
 

 

 
 

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Intenção-na-ação Movimentos corporais
Causa intencionalmente

causa e realiza causam e realizam

Inervação de causa Mudanças fisiológicas


neurônios

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Jaegwon Kim (1934- ), filósofo
estadunidense de origem coreana, um
dos mais importantes metafísicos vivos,
e principal defensor do fisicismo
reducionista em filosofia da mente

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Alegria ao receber a Desejo de pegar o
boa notícia telefone e ligar
Causa ??

Superveniência

Superveniência
Causa ???
A instanciação de A instanciação de
propriedades físicas propriedades físicas
que realizam física- que realizam o desejo
mente a alegria

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Ver Jerry Fodor, “Making Mind Matter More”, em A Theory of Content and other Essays.
Cambridge (MA): MIT Press, 1990, p. 156. Tradução minha.

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Jaegwon Kim, Mind in a Physical World. An Essay on the Mind-Body Problem and Mental
Causation. Cambridge (MA): MIT Press, 1998, p. 39. Tradução minha.

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Coisas
pensantes
Coisas
vivas
Coisas
materiais

19 Para uma fascinante exposição recente de “como a mente emergiu da matéria”, ver Terence W.
Deacon, Incomplete Nature. How Mind Emerged from Matter. Nova Iorque: W. W. Norton &
Company, 2012. Para uma crítica igualmente recente, ver Thomas Nagel, Mind & Cosmos. Why the
Materialist Neo-Darwinian Conception of Nature is almost Certainly False. Oxford: Oxford
University Press, 2012.
20 Ver Elliot Sober, Philosophy of Biology. Boulder: Westview, 1993, p. 23.

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21Ver Roger Penrose, Shadows of the Mind. A Search for the Missing Science of Consciousness.
Oxford: O.U.P., 1994, p. 8. Também, em português, do mesmo autor, O grande, o Pequeno, e a
Mente Humana. São Paulo: Editora da Unesp, 1997.

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22 Ver John Perry, Knowledge, Possibility and Consciousness. Cambridge (MA): MIT Press, 2001.

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A mereologia é a
disciplina que
estuda as relações
entre partes e
todo. Por
exemplo, os
corpos
macroscópicos
são compostos de
moléculas, que
são compostos de
átomos, que são
compostos de
partículas sob-
atómicas, etc.

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23 Roderick, M. Chisholm, Person & Object. A Metaphysical Study. La Salle: Open Court
Publishing Company, 1976.

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24Hilary Putnam, “The Meaning of ‘Meaning’”, in K. Gunderson (org.) Language, Mind and
Knowledge, Minneapolis, University of Minnesota Press, 1975.

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25 DRETSKE, Fred, Naturalizing the Mind. Cambridge (MA): MIT Press, 1995. Ver
também do mesmo autor, “Triggering and Structuring Causes”, em O’CONNOR,
Timothy & SANDIS, Constantine (orgs.), A Companion to the Philosophy of Action.
Oxford: Blackwell, 2010, 139-144.

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26Ver Daniel Dennett, “Quining Qualia”, em A. J. Marcel & E. Bisiach (orgs.) Consciousness in
Contemporary Science. Oxford: O.U.P., 1988.

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