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Output.o
Output.o
s a n s
G a y e t é
(Montaigne, Des livres)
E x L i b r i s
J o s é M i n d l i n
E D U A R D O P R A D O
~}C*——
R a c i o n a l
i.« E D I Ç Ã O
SÃO PAULO
KSCOLA TYPOGRAPHICA SALESIANA
1903
I N T R O D U C Ç Ã O
A 15 de novembro de 1889, a g u a r n i ç â o e a
f o r ç a naval do R i o de Janeiro effectuaram a
m u d a n ç a da f ô r m a de governo do Brasil.
A bandeira e as armas da n a ç ã o , symbolos
da P á t r i a a t é aquelle d i a , f o r a m mudadas. E n -
tendeu-se que a P á t r i a t a m b é m tinha mudado.
No logar das i n s t i t u i ç õ e s abolidas ficou um go-
verno, por sua origem, por seus processos, por
suas theorias, por suas praticas e por seu pes-
soal, inteiramente diverso do governo supprimido.
O governo representativo e constitucional desap-
pareceu. O chefe supremo d o Estado, a t é e n t ã o
h e r e d i t á r i o e limitado nos seus poderes, deixou
de ser h e r e d i t á r i o e deixou, a t é hoje, de ser
l i m i t a d o . Ficou assim creada a Republica dos
Estados Unidos do Brasil.
N o dia 15 de novembro, voltando os regi-
mentos para os q u a r t é i s , os alferes enrolaram as
bandeiras e, atiradas sobre uma carreta, f o r a m
4 Introducção
(1) Annexo n. 1.
(2) Em Lisboa, dous officiaes da marinha brasileira,
ignorando a mudança, arvoraram, a bordo do Alagôas, a
bandeira das listras, que já nâo era a da nova Republica,
no dia 8 de dezembro; era, comtudo, a bandeira á qual,
na occasião, deviam a mesma fidelidade que haviam jurado
á antiga.
(3) Annexo n. 2.
Introducçâo 5
(1) Annexo n. 3.
(2) O sr. Teixeira Mendes tem a gentileza de, ao sub-
screver os seus artigos, informar o publico de que mora
ao n. 10 da rua de Santa Izabel e de que nasceu no Ma-
ranhão (Caxias), em 5 de janeiro de 1855.
(3) O fetichismo é a adoraçSo de um objecto qualquer
considerado Deus, exercendo as funcções e revestido do
poder de um Deus. E' preciso não confundil-o com a ido-
latria, que é a adoração de uma imagem, ou de um objecto,
considerado como a representação, ou a morada occasional,
ou habitual, de uma divindade, independente do objecto.
A bandeira do Brasil nunca foi considerada Deus. Pôde,
até certo ponto, dizer-se que era idolatrada pelos patriotas,
como a representação da Pátria. Esta distincção entre fe-
tichismo e idolatria é elementar. E' de extranhar a confu-
são feita pelo sr. Teixeira Mendes.
6 Introducção
2. E r r o capital de astronomia.
0
tinha de essencial.»
Official.
Este fac-simile fica em opposição
regeneração humana ».
tizam a esphera.»
As cores a z u l e b r a n c a s ó s ã o as
da bandeira portugueza, desde 1830,
em virtude do decreto da Regência,
chamada da Terceira, datado de A n -
gra, a 18 de outubro daquelle anno,
isto é, 8 annos depois da independên-
(1) Decreto:
« T e n d o o governo que usurpou o throno de
Sua Majestade Fidelissima usurpado t a m b é m as
c ô r e s que tinham guiado para a victoria as tro-
pas portuguezas, sempre distinctas pelo seu va-
lor e lealdade, e sendo n e c e s s á r i a s hoje novas
insígnias que distingam os portuguezes que per-
maneceram fieis no caminho da honra daquelles
que t i v e r a m a d e s g r a ç a de seguir o partido da
u s u r p a ç â o : manda a R e g ê n c i a , em nome da Rainha,
que, de ora em deante, a bandeira portugueza seja
bipartida verticalmente em branco e azul, ficando
o azul j u n t o da haste e as armas reaes, colloca-
das no centro da bandeira, a metade sobre cada
uma das c ô r e s ; e manda, outrosim, a Regência, em
nome da mesma Senhora, que nos laços militares
do real exercito e armada se usem as mesmas
12 Historia
Bandeira portugueza
nos domínios ultramarinos de Portugal; no Brasil,
desde 1500 até 1649.
Historia 13
sempre branca.
»
Bandeira hespanhola.
Historia 15
I
Estampa I , fig. C.
Bandeira portugueza
desde 1485 até 1816, e novamente de 1825 a 1830,
data em que começou a ser azul e branca.
Bandeira portugueza
desde 1816 até 1825.
Unido de Portugal, Brasil e Algarves)
Historia 17
A s o u t r a s b a n d e i r a s , c o m as armas
reaes, t a m b é m foram sempre brancas
e tinham no c e n t r o as armas de Por-
tugal e Algarves ( i ) , a t é 1816. Depois
do decreto de 13 de maio de 1816,
que deu armas ao Reino do Brasil, a
bandeira do Reino Unido de Portu-
gal, Brasil e A l g a r v e s , usada pela nossa
antiga m e t r ó p o l e a t é 1 8 2 5 , isto é, a t é
o reconhecimento da independência
2
i8 Historia
esphera armillar».
avós.»
inexacto.
As estrellas da constellação do
constellações do D r a g ã o e do Golphi-
nho. E m t o d o caso, n ã o f o i P e d r o A l -
vares Cabral, o descobridor do Brasil,
n a v e g a d o r e s da costa do Brasil.
Não ha, pois, r a z ã o a l g u m a para
a Apreciação Philosophica entender
d i v e r g ê n c i a . H a n a q u e l l e paiz quatorze
milhões de christãos. O brasileiro é
baptisado com o signal da Cruz e, no
seu descanço final, dorme no seu tú-
m u l o á s o m b r a da cruz. C o m o pretende
o sr. T e i x e i r a M e n d e s q u e este signal,
que o brasileiro recebe ao entrar na
vida e que o acompanha na morte, seja
um symbolo de divergência? E ' ínfima
a minoria n ã o christã no Brasil.
Demais, a cruz da Ordem M i -
litar de Nosso Senhor Jesus Christo
tem na bandeira, além da significação
religiosa, a alta significação histórica e
patriótica, de ter sido o s y m b o l o repre-
s e n t a d o na b a n d e i r a que o p r i m e i r o des-
cobridor portuguez hasteou no Brasil.
O Governo Provisório conservou
para os militares a cruz verde e flo-
renceada da o r d e m de S ã o Bento de
Aviz, e nenhum militar tem divergido,
até hoje, recusando-a. A i n d a ninguém
rejeitou essa condecoração, tão larga
28 Historia
de divergências theologicas.
Porque é que um symbolo é
apagado da bandeira como emblema
de d i s c ó r d i a e ao m e s m o t e m p o é pre-
gado ao peito dos soldados como
insígnia de honra?
Quanto á constellação do Cru-
zeiro fomentando a mais vasta frater-
nidade, pensamos que o sr. Teixeira
M e n d e s entrou, neste ponto, no domí-
(1) V i d . estampa I I I .
3o Historia
« Adoptou-se a representação
idealisada do aspecto do céo na ca-
pital dos Estados Unidos do Brasil,
no momento em que a constellação
do CRUZEIRO DO SUL se acha no me-
ridiano, estampando-se na direcção
da orbita terrestre a legenda—Or-
dem e Progresso .. . Figurou-se a
esphera inclinada sobre o horizon-
te, segundo a latitude do Rio de
Janeiro, e assignalou-se o polo Sul
pelo O do OITANTE, que se tornou o
symbolo natural do Município Neu-
tro. Escolheram-se constellações aus-
traes, com excepçâo do PEQUENO
CÃO, que forneceu Procyon, para
significar que a União Brasileira
tem um Estado que se extendc ao
hemispherio norte. Esta constella-
ção fica ao norte do Equador e ao
3
34 Astronomia
o do O I T A N T E (estrella insigni-
ficante ) ;
a do PEQUENO C Ã O (Procyon) ;
a da VIRGEM ( E s p i g a ) ;
as seguintes estrellas:
Do CRUZEIRO: a, p, y, ô, e e— cinco
estrellas.
Do TRIÂNGULO A U S T R A L : a, p e y
— tres estrellas.
Do ESCORPIÃO, não é possivel,
do CRUZEIRO — a e p do CENTAURO.
sições históricas.
Janeiro ».
o avêsso do céo.
A posição verdadeira das estrel-
NORTE
SUL
E s b o ç o da Carta do Brasil
ção stereographica sobre o horizonte do R40 de Janeiro
Astronomia 4i
c o n s t e l l a ç õ e s t o d a s as e s t r e l l a s q u e n ã o
figuram na bandeira e n o sello das ar-
mas do G o v e r n o Provisório. A estampa
n . 8, i m p r e s s a em papel transparente,
é a reproducção do modelo adoptado
42 Astronomia
botqanft
Astronomia 43
O aspecto do céo d o R i o d e J a n e i r o
continua, pois, a não ser o que tanto
dictatorialmente.
Ha no Rio de Janeiro um ob-
servatório astronômico, que poderia
t e r s i d o c o n s u l t a d o , d e s d e q u e se pre-
tendia pôr em contribuição os astros.
O Governo Provisório preferiu, porém,
desfraldar aquelle documento de igno-
adeantamento.
cípio Neutro. »
noxial.
Seria, portanto, preciso escolher,
d o h e m i s p h e r i o n o r t e , n ã o uma estrella,
mas duas, r e p r e s e n t a n d o o Estado do
P a r á e o Estado do Amazonas. Podiam
s e r Regulus, Arcturus, Castor, Pollux,
ou outras estrellas do hemispherio
norte.
O auctor da bandeira, evidente-
do Brasil.
Mas, então, seria preciso excluir
todas as 2 1 e s t r e l l a s e s c o l h i d a s , como
verá claramente o leitor applicando o
mappa n. ó com a projecção do ter-
ritório brasileiro sobre o mappa n . 5,
que é o do aspecto do céo do R i o de
J a n e i r o n o m o m e n t o e c o m as e s t r e l l a s
escolhidas pelo decreto e pelo auctor
da bandeira. Graças á transparência
t ã o a r b i t r a r i a m e n t e f e i t o « symbolo na-
tural do Município Neutro», pois o
Brasil não chega ao polo Sul; elimi-
nem-se também as estrellas de Léste
e de Oéste, inclusive as do multi-
stellifero SCORPIÃO, pois, no momento
escolhido, ellas não estão dentro dos
limites que o auctor da bandeira se
impoz, ao Norte, e que deveria tam-
b é m adoptar para o Sul, para o Oéste
e para o Léste.
O decreto e a Apreciação falam
4
5o Astronomia
ser escolhida. »
( i ) Aliás, Hipparcho.
Astronomia 5i
pherio boreal.»
b) « P r o c y o n , que é a única
estrella das escolhidas que está
no hemispherio norte, não podia
ser collocada acima da Ecliptica,
porque a constellação está ao sul
Q u a n d o c h e g o u nesse p o n t o , o a u -
n o r e f e r i d o h e m i s p h e r i o ; e, p a r a isso,
pede-se u m a estrella e m p r e s t a d a ao v i -
zinho hemispherio austral. O auctor da
bandeira, tendo feito este empréstimo
estellar, o l h o u de n o v o para a bola e
achou que estava bem.
Infelizmente, não descançou, por-
que continuou depois, a dedo, a desar-
ranjar os astros.
(1) V i d . as p o s i ç õ e s na estampa n . 5.
(2) V i d . estampa n . 5 e a bandeira do Go-
verno P r o v i s ó r i o , n . 4.
56 Astronomia
*
* *
ZEIRO, f i z e m o s g r a v a r a c a r t a n . 5, que
bem mostra o erro da bandeira.
Admittida a idéa de u m a bandeira
astronômica, o auctor dessa bandeira
deveria escolher outro momento. Se-
ria esse momento aquelle em que a
//(
>'tizo,\Te Seu
P r o j e c ç ã o stereographica
sobre o plano do horizonte do Rio de Janeiro
estando o Tf] do Navio sobre o meridiano.
Astronomia 57
estrella v do N A V I O A R G O ( I ) passa p e l o
meridiano do R i o de Janeiro.
O a s t r ô n o m o official teria, e n t ã o , de
escolher 21 estrellas, todas do maior
brilho e todas visíveis, o que, além de
mais bello, seria, c o m o j á observámos,
u m s y m b o l o d e egualdade e n t r e os dif-
ferentes Estados.
maior belleza:
6 em ORiON:-a, ou Betelgueze; y,
ou Bellatrix; P, o u Riegel; e as
tres d o Talabarte — ô e e £.
f
i no MAIOR C Ã O : a, ou Sirius;
i no MENOR C Ã O : a, ou Procyon;
i no LEÃO : a, ou Regttlus ;
i na VIRGEM : a, ou Espiga;
i no NAVIO A R G O : a, ou Canopo;
4 no CRUZEIRO : a, P, y e ô ;
2 no CENTAURO : a e p ;
3 no TRIÂNGULO A U S T R A L : a, p, e y;
i n o E S C O R P I Ã O : a, ou Antares.
21
*
* *
representar; 2. ) A s estrellas
0
não es-
tão nas suas v e r d a d e i r a s p o s i ç õ e s e a
faixa representativa da Ecliptica está
erradamente traçada.
A N N E X O S
A N N E X O N . I
tras nações ;
Decreta:
A N N E X O N . 2
A B A N D E I R A N A C I O N A L (*)
« P o r decreto n. 4, de 19 d e no-
vembro corrente, foi instituida a ban-
deira que symbolisa a Republica dos
Estados U n i d o s do Brasil. T a l symbolo
coincide essencialmente com uma pa-
triótica inspiração do denodado chefe
do governo actual e corresponde ás
tocantes e m o ç õ e s dos nossos soldados
e marinheiros, ao mesmo tempo que
traduz o c o n j u n t o das aspirações na-
As armas do Governo P r o v i s ó r i o
fac-simile do annexo N. 2 do Diatio Official.
Annexos 65
5
66 Annexos
*
* *
as c ô r e s d a a n t i g a metrópole.
A coroa era o caracteristico pecu-
liar da M o n a r c h i a . Pois bem, o novo
emblema devia significar os mesmos
sentimentos, mas tinha t a m b é m de tra-
duzir as novas aspirações nacionaes.
P a r a satisfazer a essa d u p l a neces-
s i d a d e , f o i q u e se a d o p t o u a represen-
t a ç ã o idealisada do aspecto do c é o na
capital dos E s t a d o s Unidos do Brasil,
no momento em que a constellação
do CRUZEIRO s e a c h a n o m e r i d i a n o , es-
tampando-se na direcção da orbita
Annexos 7i
representar a i n d e p e n d ê n c i a e concurso
civicos por u m conjunto de estrellas.
S u p p r i m i r a m - s e os r a m o s de tabaco
e de café, porque sobrecarregariam o
pavilhão com uma especificação que
n ã o m a i s c o r r e s p o n d e á r e a l i d a d e , vis-
to como n ã o s ã o os únicos objectos
agrícolas do commercio do Brasil, além
de occuparem u m logar secundário no
mesmo commercio, no ponto de vista
geral. O verde e o amarello da ban-
deira j á representam sufficientemente
o aspecto industrial do Brasil, p o r isso
que caracterisam o c o n j u n t o das pro-
ducções da natureza viva e da natu-
reza morta.
Vejamos, agora, como o novo em-
b l e m a t r a d u z as a s p i r a ç õ e s d o p r e s e n t e .
O povo brasileiro, c o m o todos os
povos occidentaes, acha-se v i v a m e n t e
solicitado por duas necessidades, am-
b a s i m p e r i o s a s , q u e se r e ú n e m n a s pa-
lavras — Ordem e Progresso. Todos
Annexos 73
as d u a s necessidades d e o r d e m e p r o -
gresso, l o n g e de serem irreconciliaveis,
por t o d a a p a r t e se h a r m o n i s a m .
E, ainda mais, o mesmo egrégio
p e n s a d o r d e m o n s t r o u q u e essa harmo-
nia se d á na politica e na moral, em
conseqüência da preponderância do
amor. N a phrase do fundador da Re-
ligião da Humanidade — «o progresso
è o desenvolvimento da ordem, como a
ordem é a consolidação do progresso».
Pois b e m , é essa c o n c i l i a ç ã o d a o r -
dem com o progresso que todo o
povo brasileiro sente e sem a qual
não poderia existir a verdadeira fra-
ternidade ; é essa conciliação que o
novo symbolo proclama.
Progressistas e ordeiros podem
hoje confraternisar; e essa confrater-
nisação é tanto mais solida, quanto a
divisa f o i hasteada após uma revolu-
ção progressista e triumphante. A nova
d i v i s a s i g n i f i c a q u e essa r e v o l u ç ã o n ã o
Annexos 75
ANNEXO N . 3
A B A N D E I R A N A C I O N A L (*)
dículo.
Antes de tudo, convém notar que
o ridículo não depende dos objectos
contemplados e, s i m , d o s sentimentos
de que se acha animado o contem-
plador, n ã o sendo de admirar que um
monarchista e clerical ache ridículos
os symbolos de uma Republica. Ou-
trosim, não existe imagem, por mais
bella e séria que seja, que não se
6
82 Annexos
assistentes.
Quanto ao primeiro argumento, a
sua puerilidade só se compara á do
segundo. Não ha verdade que não
tenha sido dita por u m certo homem,
tivismo.
O ter sido formulada por A u g u s t o
Comte a divisa republicana dos tem-
pos modernos a ninguém deve causar
8 4
Annexos
surpresa. S ã o s ó os A r i s t ó t e l e s , os S*
Paulo, os C o n f u c i o , os Mahomet, os
S. B e r n a r d o , os D e s c a r t e s , os L e i b n i t z ,
os Augusto Comte, etc, que podem
systematisar as a s p i r a ç õ e s d e s u a épo-
ca. Augusto Comte é um pensador,
cujo m é r i t o n ã o é mais m a t é r i a de mí-
nima duvida. Pôde rejeitar-se o con-
j u n t o de sua d o u t r i n a , e b e m pequeno
é o numero dos q u e a seguem hoje.
M a s muitos aspectos isolados delia j á
fazem parte integrante da civilisação
de nosso tempo.
U m dos fundadores da Republica
Brasileira, o cidadão Benjamin Con-
stant, s e m p r e a p r e g o o u a superioridade
mental e moral do eminente philoso-
pho republicano. E g u a l conducta tive-
ram o actual ministro da Agricultura,
o cidadão Demetrio Ribeiro, e tantos
e tantos que trabalharam pela Repu-
blica, quando o j o r n a l de que se trata
fazia salamaleques á dynastia decahida.
Annexos *5
p a g a r as v i s t a s p o l i t i c a s d e n o s s o M e s -
tre?...
e oito annos.
Quanto ao facto de ter a nossa
bandeira nacional u m a legenda, e não,
Annexos 87
cia d e nossa n a c i o n a l i d a d e p r o j e c t a r a m
uma bandeira com a divisa—Libertas,
quce sera tamen. Si o Brasil se hou-
vesse separado de Portugal e m 1789,
A l i b e r d a d e é u m a condição e não, um
fim; a liberdade é a condição funda-
m e n t a l j u s t a m e n t e d a Ordem e do Pro-
gresso. A divisa actual absorve, por-
tanto, espontaneamente, a legenda dos
gloriosos inconfidentes.
Devemos, finalmente, ponderar,
neração nacional.
Annexos 89
Izabel.
N. no Maranhão (Caxias), em 5 de
janeiro de 1855.»
9